Monday, December 30, 2024

 A DINÂMICA DO PERDÃO – 14

 

                Optar pelo mal significa escolher uma opção contrária ao que Deus nos oferece de bom. Também significa regeitar através de nossa autonomia e suposta liberdade de escolher, o bem que Deus nos oferece.  “Que Pai, que sendo mal, ofereceria coisas más a seu filho, que ao lhe pedir pão lhe daria um escorpião?” (Lucas 11:11-13). Tal referência bíiblica ilustra claramente o amor que Deus nos oferece a cada dia em sua infinita bondade e providência para com suas criaturas. O que Deus nos oferece sempre, é traduzido por bençãos intermináveis, como expressão de seu infinito amor para com os seres por Ele criados. No entanto, nosso relacionamento interpessoal com Deus, muitas vezes nos conduz a regeitar suas opções de perdão e reconciliação, levando-nos a optar pelo lado ruim de nosso poder de escolha, no intuito de satisfazer nossa liberdade pessoal, e nossa autonomia exclusivista centrada em nós mesmos.

A Bíblia nos mostra uma série de opções benignas oferecidas a nós por Deus, dentro do critério de livre escolha que ele mesmo nos oferece a cada dia. Começando por Adão e Eva, que regeitaram a melhor opção de obedecer a Deus, por uma atitude de desobediência e conivência com as propostas malignas de Satanás. Cain optou em matar o próprio irmão quando, na verdade, poderia ter-lhe polpado a vida. David cometeu adultério e o crime contra a vida humana ao tentar esconder seu erro. E através do relato bíblico, muitos outros personagens também fizeram a imprudente opção pelo mal, regeitando o que Deus lhes havia oferecido como opção pelo bem.

                Um teólogo americano se preocupou em analisar a questão ligada às opções erradas que fazemos durante o transcurso de nossa vida. E tal análise não abrange apenas as decisões  opcionais que os seres humanos tomam em sua vida diária. Ela abrange o aspecto moral, o social, o filosófico, o psicológico e também o aspecto teológico de suas opções em cada um desses contextos. Francis A. Schaeffer (1912-1984) foi o teólogo que deu ênfase ao estudo da cultura humana de modo geral, em cada um desses contextos culturais, ou pelo menos abriu um amplo caminho através da crítica à cultura humana em suas decisões equivocadas.

Schaerffer escreveu um pequeno livro intitulado “ESCAPE FROM REASON” no qual ele delineia todo o processo da rejeição autônoma do bem proposta pela mente humana, e a aceitação pura e simples de decisões contrárias à vontade divina, em detrimento de sua própria felicidade pessoal e dos seres a ela relacionados. No entanto, baseado no poder que o poder-de-escolha lhes oferece, as opções definidas pelos seres huamanos lhes criaram sérios problemas que, afetando sua vida pessoal, de sua família e de toda uma comunidade, levaram o homem a uma divisão entre si e o próprio Deus, que  em muitos casos pode perdurar pelo resto de sua vida, causando-lhe danos irreparáveis e até mesmo infelicidade eterna.      

Friday, December 27, 2024

 A DINÂMICA DO PERDÃO – 13

 

                Da mesma forma, existe um fluxo contínuo de expansividade na evolução tecnológica, que busca se expandir rumo à superação de suas formas originais de criação, que ao se tornarem obsoletas lança-se a recriar outras formas mais perfeitas, sobre as formas originais também tidas por imperfeitas. Nesse sentido, a criação do gênio humano (o poder de criar da mente humana), não interrompe o processo criativo, mas o faz interminável, não somente no processo criativo mas ainda na expansão da imaginação, na evolução da inteligência e na transformação da realidade.

O perdão de Deus age como uma força original de incursão (ou inclusão) no fluxo constante de amor e expansividade. Em outras palavras, ao nos oferecer a opção de escolha através do poder-de-escolher, Deus nos deu a chance de nos inserir novamente no seu fluxo constante de amor, ao nos oferecer o perdão como uma opção de ecolha dentro do poder-de-escolha que Ele próprio nos concedeu. Ele nos perdoa e nos oferece outra opção aprazível, de boa fama, que nos conduz a um caminho de positividade, e bem.  Isso quer dizer que Deus nos oferece com o perdão, a chance de uma nova opção de inserção dentro da perspectiva do Reino e da salvação que nos foi dada gratuitamente através de Jesus Cristo. É como se Deus nos oferecesse uma nova chance de salvação ao nos perdoar e afirmar nossa re-inclusão ao seu amor como filhos. Cabe a cada um de nós optar pela nova chance que Ele nos oferece dentro do poder-de-escolha. Dessa forma, quando Deus nos perdoa Ele nos recebe de volta ao seu amor infinito e nos abraça ao nos oferecer reconciliação. O perdão de Deus nos abre a opção, a porta do reencontro com sua graça e amor infinitos, como podemos observar na Parábola do Filho Pródigo. (Lucas 15:11-32).

A cada dia nós somos confrontados em optar por escolher quase sempre entre duas opções, uma boa e outra má. “Quem não está comigo, está contra mim”, vemos em Mateus 12:30.

À medida que nos confrontamos em optar por decisões e atitudes do dia-a-dia, escolhemos sempre entre 2 realidades que se opõem intrinsecamente, ou o bem, ou o mal. Se escolhemos por uma única opção, tida por boa, a outra será necessariamente má, ou considerada má por não ter sido escolhida.  E foi assim desde o princípio, Bem ou Mal. Deus nos oferece sempre, com o perdão, uma nova opção pelo Bem. Nós, normalmente, continuamos a escolher o mal.

 

Wednesday, December 25, 2024

 A DINÂMICA DO PERDÃO  -  12


                Deus é todo amor. Essencialmente o amor define o que é Deus. Tudo o que Deus cria é perfeito e por essa razão, mesmo que a evolução das espécies prove o contrário, existe perfeição em todas as fases do processo evolutivo, pois a natureza se expande como todo o universo se expande, rumo à sua perfeição absoluta.  Deus é quem concede a evolução e expansão de toda a criação. Da mesma forma como ocorre com a expansão das primeiras coisas criadas por Ele. Veja a expansão daquilo que Deus criou, por exemplo, na criação do círculo, uma figura geométrica sem princípio e sem fim, mas que se transforma em várias outras formas, porém mantendo sua originalidade. Deus se utiliza da forma original do círculo para aplicá-la nos astros e estrelas, nas células e moléculas, nos átomos e partículas infinitamente pequenas existentes na natureza. E nós também a aplicamos no nosso dia-a-dia, nos pneus, nos anéis, nas engrenagens, e em muitas outras coisas. O círculo se expande. Da mesma forma o amor de Deus se expande através da expansão do universo. Tudo faz parte de um fluxo constante de expansividade, na natureza, no universo. O círculo, sem princípio e sem fim protagoniza como paradigma original a essência de Deus. Sem princípio e sem fim. Da mesma forma o perdão, que nasce do amor de Deus, é um atributo divino que não tem fim. Martin Luther King Jr. expressa muito bem isso ao afirmar que “forgiveness is a constant attitude”, o que em outras palavras quer dizer, interminável, como um fluxo contínuo, sem fim.  Isso quer dizer que o perdão é uma atitude constante em direção ao objeto (ou sujeito) do perdão.

Tuesday, December 24, 2024

 A DINÂMICA DO PERDÃO – 11

 

Para entendermos a dinâmica do perdão, como aplicada por Deus às suas criaturas, será necessário que conheçamos  o signifcado do perdão, de onde ele nos vem e como se aplica à nossa vida inteiramente. O perdão não apareceu no Universo aleatoriamente, mas tem origem e causação espiritual, dentro do ser divino, como um ente de razão lógico de natureza definida, originado do ser de Deus, como força epiritual única, que nasce do coração de Deus, de sua essência original e amor original. Em outras palavras, o perdão nasce do Amor de Deus, e dele emana, como um dom espiritual nascido de seu amor por nós. Paulo tenta descrever o que é o amor ao fazer aplicar tal definição em direção ao que devemos fazer para realizá-lo em nosso ser. Em 1 Cor. 13:4-7 Paulo afirma que à medida que fazemos crescer nosso relacionamento com Deus, mais somos movidos a fazer tudo o que fazemos, dizemos e desejamos, como se transparecesse em nós a essência do que Deus é. Amor. O Amor define a essência de Deus. Dessa forma é impossível crermos em Deus sem amá-Lo inteiramente. Assim como é impossível agradar a Deus sem termos fé direcionada a Ele. Assim como a fé é uma condição necessária para agradá-lo, o amor é a condição necessária que aparece, que surge em nosso universo pessoal à medida que nos aproximamos de Deus. A Bíblia nos dá prova disso constantemente. Por amor Deus criou todas as coisas perfeitas. Por amor Deus nos enviou seu Filho, e por Amor Deus nos redime e nos aceita conectados a seu trono Eterno. Essencialmente, o amor de Deus faz originar o perdão de Deus. Paulo se refere à essencia espiritual divina, ao se referir  aos dons espirituais nascidos do próprio Deus, numa conecção intima e absoluta, de tal forma que não existe a maniferstação dos dons espirituais desconectados da essência absoluta de Deus no seu amor absoluto. Da mesma forma, jamais poderemos manifestar perdão se não estivermos ligados ao amor de Deus, de onde vem o perdão. (Romanos 12:6-8, 1 Pedro 4:9-11, Efésios 4:11).

Desta forma é impossível entendermos a dinâmica do perdão de Deus em nós, se não entendermos a essência dinâmica do amor divino aplicado às suas criaturas.    


A DINÂMICA DO PERDÃO - 10 


  Os problemas enfrentados por David naquele instante de conflitos e supostas incertezas (da parte de Saul), na verdade acentuaram as propostas originais de Deus em relação ao futuro rei de Israel e Judá. A escolha definida por Deus lhe asseguraria o trono real, como se fizessem prevalecer uma indescritível e indestrutível decisão divina que veio a se concretizar após cerca de 14 anos, até que finalmente, em Hebron, David fora ungido rei. O jovem rei se tornara apto ao trono com 30 anos de idade, primeiro em Hebron, a maior cidade de Judá, onde reinou por 7 anos e 6 meses. Ao todo, somado à conquista de seu reinado em Jerusalem, sobre as duas maiores cidades de seu reinado, onde reinou ao todo 33 anos sobre toda a região de Judéia e Israel.  Duas datas simbólicas, o ano do início de seu reinado, 30 anos, e o tempo em que reinou, 33anos, que certamente nos fazem  lembrar do ano em que Jesus iniciou seu ministério na terra, e o ano em que  o concluiu. O que nos faz absorver uma conexão direta com a presença de Deus na vida de David, e o ministério de Jesus entre nós, como se houvesse uma identidade original entre a fidelidade vitoriosa de David e o reinado Eterno de Jesus na terra.  Tal conexão nos faz referir à fidelidade de David, refletida pela adesão fiel ao que já haviámos nos referido, quando identificamos a adesão do rei David ao trono do povo escolhido, com a soberania de Cristo como Rei de Todo o Universo. Prova incontestável de que a mente do rei estava focada unicamente na visão de obediência incontestável ao livre arbítrio, ou seja, à sua escolha absoluta à fidelidade a Deus, sem subterfúgios, sem escolhas duvidosas, sem a interferência das escolhas do poder de escolher ou optar entre o bem e o mal. Mas a certeza absoluta de que sua escolha já havia sido feita pela fé em Deus, focado exclusivamente na opção que fez em direção à fidelidade ao Deus do Universo.     

Sunday, November 10, 2024

 CAPÍTULO 2 -

A DINÂMICA DO PERDÃO – 9

 

                À primeira vista percebe-se que o autor de “David and Goliath” se ocupa em abreviar a compreensão do texto bíblico numa mera tentativa de “downsizing it”, ou diminuí-lo a uma forma reduzida em que se evidenciam as falácias de um confronto desproporcional e desqualificado em que David, afinal, não teria agido com sabedoria e heroísmo, mas com oportunismo e pseudo-valentia. E estes teriam sido argumentos suficientes para que o próprio Deus o desqualificasse ao trono real. Considerando o conceito de livre-arbítrio, visto anteriormente, os motivos no coração de David apontam para tal, ou seja, para a certeza de que a vitória contra o gigante ter-lhe-ia sido garantida incondicionalmente pelo próprio Deus, não importando que tipo de motivações estratégicas ou logísticas estariam interagindo na mente de David, ou nas condições pertinentes ao estado físico do gigante. Dentro desse ponto de vista, é fácil concluirmos que os poderes atribuídos à vitória de David, foram, na verdade, conferidos pelo próprio Deus, cujo suporte de argumentação e ação emanam da Palavra de Deus. Em Isaías 40:29 encontramos as reais “justificativas” da vitória de um mero pastor de ovelhas, contra um descomunal gigante.  O texto de Isaías nos diz o seguinte: “He gives power to the faint, and to him who has no might he increases strength”.  ( “Ele dá poder ao fraco, e ao que não tem força, ele aumenta a força”. ESV. ) Em outras palavras, Deus é o autor ou a causa original de todo o poder existente no universo. David foi agraciado pelo gift (presente) dado por Deus não somente na vitória contra Golias, mas ainda em sua escolha ao trono de Israel, o que demonstra a fidelidade absoluta manifesta por Deus através da vida do futuro Rei de Israel e Judá.

Tuesday, September 10, 2024

A DINÂMICA DO PERDÃO - 8 


O alerta existe em função da riqueza de conceitos envolvendo a ideia de livre-arbítrio. É algo essencialmente oposto ao conceito de poder-de-escolha. Na verdade tais conceitos são diametralmente opostos. Deus os concebeu e os entregou na mão dos seres humanos, para que deles fizessem opção. Observe o confronto de ideias quando fazemos uma análise comparativa entre o pecado de Lúcifer, e o pecado de Adão e Eva. Já refletiram a respeito? Lúcifer agiu por conta própria. Adão e Eva agiram também livremente, porém dentrro de uma opção sugerida por Deus, ou seja, Deus lhes deu a opção de escolha, ou melhor ainda, a opção do poder de escolha. Duas opções distintas: obedecer ou desobedecer e em ambas as opções sugeridas por Deus, existe muito poder envolvido, um poder de predominância e validade infinitas. Todos os atos de Deus são essencialmente atos de poder eterno. Deus deu ao ser humano a opção do poder de escolha numa dimensão também eterna. As opções que fazemos em vida, tem o poder de nos projetar eternamente ou para o céu ou para o inferno. Nisso a imagem e semelhança de Deus inscrita por Ele mesmo em nosso ser, continua existindo, embora enfraquecida pelas opções erradas. A restauração de nossa Imagem e semelhança à Deus é obtida quando nos distanciamos completamente das opções erradas e nos acertamos nas escolhas certas diante de Deus. Já observaram como a mídia e a cultura secular, de modo geral, sempre nos apresentam duas (ou mais) opções dentro do poder de  escolha e do consumismo?

Isso sigfnifica, se você tem certeza de suas opções em vida, isso nos leva a crer ou que você escolheu as opções certas ou que escolheu, infelizmente, as opções erradas para sua vida. Optar pelas opções certas, significa seguir o alvo certo definido pela certeza do livre arbítrio. Já não existem mais segundas opções. Somente uma. Aquela que te leva a escolher o alvo certo e te faz seguir por ele  constantemente.  No entanto, optar por escolhas erradas, vai te fazer sofrer. Nesse caso, você deverá parar, refletir, se arrepender, pedir perdão a Deus (através de Jesus) e continuar seguindo sua vida, buscando sempre pelas opções certas. E isso é possível? Sim, é absolutamente possível. Aquele que se lança no inferno antes de morrer, fez opções erradas. O que fez opções certas, é digno de honras e recompensa. 

Sunday, September 1, 2024

 A DINAMICA DO PERDÃO. - 7  

 

As afirmações do autor do livro "David and Goliath" contradizem de modo substancial o que o relato bíblico tem por intenção e inspiração transmitir. O relato bíblico não tinha por foco analisar o lado socio-histórico do exércxito filisteu, e nem mesmo dar ênfase às enfermidades de Golias naquele instante. Pelo contrário, a Bíblia se refere mais especificamente à escolha histórica de David ao trono de Israel, como futuro rei já escolhido por Deus para substituir o Rei Saul. Se Golias estava doente ou não, o problema tinha que ver com o próprio povo Filisteu, que escolheu um enfermo para reprersenta-lo na batalha. O relato bíblico quer nos mostrar a fidelidade de David ao Deus de Israel, sua genuína humildade e coragem diante dos perigos enfrentados pelo seu povo, além de nos mostrar o nível elevado e inabalável de sua fé em Deus. Não lhe importava saber quem era Golias, se seu principal oponente estava ou não enfermo, mas avançar em direção ao gigante com a certeza da vitória. Isso não quer dizer que Deus se aproveitou das fragilidades de Golias, para garantir a vitória dos Hebreus. A fragilidade de Golias, posta em confronto com a fragilidade de David, dava aos contendores um equilíbrio bélico nivelado e justo. E o que importa mais no texto bíblico é acima de tudo o lado da fidelidade humana à vontade de Deus, do que a enfermidade humana. As enfermidades humanas, por seu carater indistinto aplicado a cada ser humano, não se curam por si mesmas. Isso nos permite afirmar que o poder da fé é mais poderooso que o poder do corpo humano em produzir cura. Razão pela qual o poder da fé, quando o afirmamos e o vivemos em toda a sua plenitude, é semelhante ao livre-arbítrio, o que nos permite afirmar que o livre-arbítrio é um atributo da fé humana em Deus, uma atitude da fé, ou uma obra realizada pela fé em direção ao próprio Deus. O que nos permite afirmar também que o livre-arbítrio é a essência primária dos atributos da fé em Deus, o que nos permite manter sempre conectados a Deus em nossas atitudes, nosso comportamento moral, e em nossa dependência a Deus em todos os níveis. Nós entendemos que a fé é um dom de Deus que precisa ser exercitado, ou, em outras palavras, ser mostrado de forma objetiva, como Tiago 2:8 admite. E não queremos afirmar que o livre-arbitrio é um sub-dom da fé. Não podemos nos esquecer que a expressão “livre-arbítrio” não é nem sequer mencionada na Palavra de Deus.  Queremos afirmar apenas que o conceito envolvendo a expressão “livre-arbítrio” é usado de modo intercambiável com a expressão “poder de escolha”, chegando até mesmo a ser confundido ou mal interpretado em pregações pastorais dentro de igrejas evangélicas.     

Tuesday, August 27, 2024

A  DINÂMICA DO PERDÃO.  -  6 


 Razão pela qual a originalidade do poder do Perdão é superior em força a todos os outros dois poderes também criados por Deus, mas unicamente usados pelo ser humano. Para que sejamos tidos por criados à imagem e semelhança de Deus, é preciso nos identificar inteiramente com Ele através do livre-arbítrio. Nós já possuímos o Espirito em nosso interior, mas nos identificamos inteiramente com a imagem e semelhança de Deus quando estamos conectados com Ele através de nosso ser totalmente centrados Nele. E o livre-arbítrio nos conecta inteiramente com Ele e nos permite tal conecção. Enquanto estivermos com nossa mente e nosso ser desconectados de Deus através de nosso poder de escolha incondicional, na verdade estamos desconectados de Deus. Deus  chama tal conecção de adorar a Deus em Espírito e em Verdade. Temos o Espírito, e a Verdade nos faz entender o que Deus quer de minha vida diante Dele. A Verdade nos revela onde devemos estar e o que devemos saber para adorá-Lo em Espírito e em Verdade.

Quando David enfrentou Golias, ele já tinha certeza da vitória contra o gigante. Não havia nada que pudesse abalá-lo em sua fé diante da vitória já garantida. A certeza do livre-arbítrio existia dentro dele de modo firme, inamovível, indestrutível, inquestionável.  Existe, inclusive, uma consideração a ser feita em relação a tais personagens. No livro “David And Goliath – Underdogs, misfits, and the Art of Battling Giants” escrito por Malcolm Gladwell, o autor faz uma análise profunda do episódio envolvendo os dois contendores, David, de um lado, lutando por seu povo, os Hebreus, e Golias, de seu lado, defendendo a honra de seu povo, os Filisteus. O autor faz uma análise muito atípica do personagem Golias, que, na verdade, estava muito doente. Ele tinha problemas de visão causados por uma inflamação na glândula Pituitária, bem próxima aos olhos, que produz os hormonios do crescimento. Tal inflamação da glândula além de criar problemas com a visão de Golias, gerava a disfunção da glândula, que produzia hormônios de crecimento em excesso, razão pela qual Golias era gigante. Tal era a análise feita pelo autor. David, no entanto, não sabia disso e nem lhe foi revelado por Deus. Aliás, David não precisava saber desses detalhes. O autor, no entanto, faz o seguinte comentário a respeito de David: “To play by David’s rules you have to be desperate. You have to be so bad that you have no choice”.[1] Para o autor David se desesperou Diante da suposta força de Golias, o que o motivou a vencer. Além disso, o autor afirma que David precisou ser “muito ruim” para lhe dar a stamina da coragem e da vitória. Por acaso, tal comentário faz sentido?



[1] Cf.” David and Goliath”, by Malcolm Gladwell, on page 34.

Sunday, August 25, 2024


A DINÂMICA  DO PERDÃO - 5 


 Não podemos nos esquecer que foi o próprio Deus quem introduziu o Poder de Escolha, bem como o Livre-Arbítrio. Pois Adão e Eva os experimentaram a ambos no Paraíso. Mas, isso define uma distinção muito forte entre os dois conceitos criados por Deus. De um lado o Livre-Arbítrio estabelece um poder inigualável de se manter estável e centrado na pessoa do próprio Deus. E essa força que mantém Deus e a mente humana ( pra não dizer todo o ser humano), conectados num só propósito, qual seja, o propósito do amor e do serviço interagindo entre ambos. Quando nos tornamos inteiramente de Deus, Ele se torna inteiramente nosso. Tal como ocorreu com o próprio Jesus: “Eu e o Pai somos um”. A transição entre livre-arbítrio e poder de escolha é possível, como vimos em Adão e Eva. E a transição entre poder de escolha e livre-arbítrio também é possível. Mas o poder que envolve o livre-arbítrio muitas vezes é avaliado como de igual poder, se comparado com o  poder que envolve o poder de escolha. Podemos avaliar isso através do pecado de Adão e Eva, que por um “simples” ato de desobediência destruiu todos os nossos sonhos de pureza e santificação, além de vida eterna sem auxilio de remissão. Através do arrependimento e da remissão de nossos pecados readiquirimos a força que provém de ambos. Difícil é nos manter constantes dentro dessa força.  

Fica mais simples avaliar agora o quanto vale para nós o perdão de Deus. Não podemos deixar de admitir que foi Deus quem introduziu o perdão no universo. Bem como o livre-arbítrio e o poder de escolha. E fica simples admitir também que o poder que envolve o Perdão de Deus, é infinitamente maior do que os dois conceitos interligados. 

Thursday, August 15, 2024

A DINÂMICA DO PERDÃO - 4 

A DIA DINÂMICA DO PERDÃO  -  4  O que ocorreu com David, se nós o analisamos com mais detalhes, é que ele estava em absoluto estado de livre-arbítrio diante daquela cirscunstância. Para ele não havia no que pensar seriamente, além de se entregar à graça de Deus, do Deus que estava com ele, e o supria em todas as suas necessidades. Para David, a vitória já estava ganha ao povo de Israel. Para Saul, no entanto, havia a incerteza do poder de escolha, escolher entre você, David, de um metro e cinquenta de altura, ou Golias, de dois metros e sessenta, ou mais ou menos, não importava. A escolha feita por Saul, foi baseada no tamanho. No aspecto físico de cada um dos contendores. E como todos sabem, David foi humilhado e regeitado por Saul. David, no entanto, fez a escolha por Deus. Uma escolha absoluta, sem temor e sem dúvida, mas longe das limitações  do poder de escolha. David cria mais em Deus, que pode todas as coisas, e que lhe dará a vitória, do que no tamanho de seus contendores. David mesmo, escreveu no Salmos 91, que “mil cairão ao meu lado e dez mil à minha direita e eu não serei atingido”. Todos nós sabemos que esse salmo foi escrito bem mais tarde, quando ele já era rei de Israel e Judá. O que poucos sabemos é que a mesma certeza de fé em seu coração, era a mesma fé que o mantinha firme diante de Deus, muitos anos depois. A certeza do livre-arbítrio, restituída pelo perdão. É uma convicção que muito poucos tem em seu íntimo. Creio que no antigo testamento, apenas Adão e Eva a tiveram. Mas até quando tiveram que se utilizar de seu poder de escolha.  Ao ter que optar entre obedecer a Deus ou desobedecè-lo dainte de Satanáz, preferiram desobedecer a Deus. O que tem isso a ver com PERDÃO? Continue lendo, pois em breve saberá.  O mesmo ocorreu com Moisés, David e os outros santos do Antigo Testamento, que eram convictos em seu livre-arbitrio, até o instante em que tiveram que escolher e decidir diante da relidade. Ao optarem pelo Poder de Escolha, pecaram. A  bem da verdade, somente JESUS CRISTO sempre foi possuído pelo livre-arbítrio diante de Deus, e se manteve puro e firme até o ultimo dia.

Tuesday, August 13, 2024

 

A  DINÂMICA DO PERDÃO  -  3 

Nós, comumente buscamos definir dois conceitos profundos e importantes, apenas por erigir argumentos inconscistentes e altamente refutáveis. Estou me referindo aos conceitos de LIVRE-ARBITRIO e ao conceito de PODER-DE-ESCOLHA. E buscamos também dar mais ênfase e importância ao conceito de LIVRE-ARBITRIO, como se nós estivessemos possuídos desse poder. Na verdade, nós, seres humanos, não temos livre-arbitrio. Em outras palavras, nós não temos o livre-arbitrio em função das escolhas que fazemos no dia-a-dia. Mas, temos o poder para escolher.  Em seu livro “O Desenvolvimento da Personalidade” JUNG diz que “A força para o desenvolvimento da personalidade não provém apenas da necessidade, que é o motivo causador, mas também da decisão consciente e moral”.(pg.159) Por consciência e decisões morais nós decidimos escolher alguma coisa, fazendo uso de nosso poder de escolha. O livre-arbítrio nos dá a opção de escolher préviamente o que deveríamos escolher ao tomarmos uma decisão baseada nele próprio. Tomar decisões em função de nosso livre-arbítrio nos diz que nossas escolhas já foram feitas previamente antes de nossa decisão arbitrária. Em outras palavras ninguém usa de livre-arbítrio ao fazer escolhas prévias e atuais, caso contrário, tal não seria um arbítrio-livre mas estaria baseado em escolhas. E esse é o campo de atuação do poder de escolha. Quando usamos do nosso poder de escolha, fazemos escolhas em apenas duas opções básicas e únicas: ou escolhemos o bem, ou escolhemos o mal escondidos no objeto de nossas opções. Não existe livre-arbítrio se fomos levados a escolher entre bem e mal. Isso se chama poder de escolha. E tal poder de escolha nos leva a crer que existem somente duas opções de escolha, o bem e o mal. Podem existir duas opções de escolha baseadas em opções reais e verdadedeiras, como opções bem-bem mas  ao regeitarmos uma delas por decisão pessoal, uma se torna “má” por ter sido regeitada, e a outra se torna “boa” por ter sido aceita. O mesmo ocorre diante de duas opções mal-mal. Uma será regeitada e a outra será aceita. Fica claro que nesse caso agimos por fazer uso de nosso poder de escolher entre duas coisas contraditórias, ou seja, bem e mal. O Livre-Arbítrio nos dá a opção livre de não precisarmos optar pelas duas opções livres que fazemos no dia-a-dia. O Livre arbítrio vive sob o impacto de uma opção única já decidida consciente e moralmente. A opção pelo bem. E isso o projeta na direção certa e inamovível, em direção ao alvo certo, livre de segundas opções. (Cont.)  

Monday, July 29, 2024

 — Earth was his brightest home, his indescribable adventure, his shiver in his soul.

vertebra, his mental frenzy, his lump of hope, the place that saw him grow, that saw him loving nature, his almost absolute freedom, his voice expressions, his boyish voice and his singing like a bird. He didn't know that his pain would grow, and that possible intense tears would flow over his restless face of a boy discovering the world. But hell would come one day, like a prophecy about himself, like a harbinger that his pain was clinging to his soul, waiting to destroy him forever. Perhaps. Will life itself guarantee you certainty about the days to come? Will nature be able to make him forget that pain can be stopped forever, and that as soon as his eyes reach the distance of a wonderful and abruptly unpredictable Earth, everything will be nothing more than a mere illusion of reality? I was born an adult, I would say, and grew for a short time inside Eden, until finally the Node presented itself to me empty and terribly transformed, my home from now on, where I would have to absorb what its surprises drove me far away from me, same.

Excerpt from my latest book A TERRA DE NODE. ( NODE'S LAND ).

 

Saturday, June 8, 2024

 LIBERALISMO INTELECTUAL 1. 

O LIBERALISMO INTELECTUAL difere visceralmente em essência e conteúdo do Liberalismo Econômico. Nesse caso a mente humana adota intimamente uma concepção de liberdade aparentemente sem enganos para justificar-se como evidente e aceitável  não apenas no comportamento humano mas ainda na estrutura cognitiva da mente. Em essência tal liberalismo não se opõe a si mesmo através de qualquer forma de criticismo, mas se admite como uma forma, um conteúdo e um estereótipo inamovível e quase absoluto. E toda e qualquer forma de pensamento humano passa a ser aceitável pela criação imaginativa da mente humana e toda e quaisquer de suas exteriorizações. Confrontar o auto criticismo se torna praticamente impossível, em função das evidências da cultura americana em sua essência, de sua característica mais profunda que de modo abrangente  rejeita as ideias conservadoras. E rejeitá-las significa admitir que uma postura auto-consciente cre que elevar-se ou ascender-se a níveis de uma evolução cultural de última geração tende a rejeitar toda forma de conservadorismo, por admitir que as ideias conservadoras criam a fragilidade dessa cultura. Em outras palavras, no ciclo evolutivo da cultura não existe restrição do espaço para a imobilidade da cultura em todas as suas formas. Poderíamos perguntar então: cultura íntima do capitalismo pós-moderno? O que há de intrínseco dentro da cultura do capitalismo que busca a rejeição das ideias conservadoras? Diremos então, que a cultura americana procura anular as ideias conservadoras por temer que tal rejeição crie em síntese o flagelo da cultura. E para que tal cultura possa evoluir dentro da estrurura de sua dimensão cultural, isso significa projetar-se para além do futuro da cultura, o que implica simultaneamente a rejeição do passado da cultura em suas formas mais simples. Tal equivale dizer que dentro do espaço alcançado pelas formas culturais avançadas que eclodem no dia a dia, ainda existe epaço para um avanço mais amplo que formula a negação de tais formas avançadas por outras formas ainda mais avançadas. E isso implica num ciclo constante em sua estrutura íntima, cuja dialética representa a dialética da rejeição cultural e a profunda insegurança da própria evolução cultural.     

Sunday, May 12, 2024

Trecho de meu ultimo livro intitulado  A TERRA DE NODE


 "Foram então, Mada e Ave, levados por seus próprios poderes a voar por sobre a Árvore e a escrutá-la em todas as direções, e a contemplá-la, observando que em toda a sua dimensão existia a mesma e perfeita simetria, a exata correspondência em todos os lados e em quaisquer dos ângulos em que pudessem observá-la. E em cada um de seus lados observavam a mesma identidade, nos dois lados misteriosamente distintos e perfeitos. Para cada bilhão de folhas de um lado, existia o mesmo bilhão de folhas do outro lado. A Árvore tinha uma harmonia simétrica extremamente grande e estonteante. Ao mesmo número de frutos de um lado, equivalia simetricamente o mesmo número de frutos do outro lado. Mas em tudo ela se parecia como a uma árvore natural e perfeita, como a todas as demais árvores no Paraíso. 

E passaram-se os dias no Jardim do Éden. E quanto mais o tempo fluía, mais podiam observar a magnitude da Árvore e descobrir sua extraordinária perfeição. E ela era a única árvore em que se podia observar tamanha simetria e identificada como distinta em meio às demais árvores lá existentes. E ela despertava tamanho interesse e curiosidade entre o casal de humanos, que muitas vezes eram vistos tolhidos por tal mansidão especulativa em grande parte do dia. Sentados a curta distância ficavam a observá-la e a arrazoar em seus corações o que haveria de misterioso em sua estrutura íntima e no âmago mais secreto de sua aparência etérea, que lhes houvesse Jay imposto semelhante proibição."

Tuesday, April 30, 2024

                                                             A  DINÂMICA DO PERDÃO - 2 


É evidente que tais causas motivadores do perdão, ou do não-perdão, também se originam dentro da alma humana, ou dentro do coração do ser humano. Diríamos que tais estímulos podem ser objetivamente definidos como agentes teológicos, ou causas teológicas motivadores espirituais, ou motivações íntimas. No entanto, é importante observarmos que tais causas, motivações, efeitos e consequências existem e surgiram dentro de cada um de nós quando somos confrontados com a realidade perdão e não-perdão.

A Teoria do Perdão[1] é, por esse motivo, definida e motivada pelo contexto espiritual da Palavra, que lista uma série de referências bíblicas reveladas por Deus dentro desse contexto, com o objetivo único de salvar. Deus nos revelou toda a Verdade através do Logos de Deus. O amor infinito de Deus em direção às suas criaturas, tornou isso possível.  

“Supondo que qualquer tratamento que vise à cura de doenças objetiva a eliminação de suas causas” (ídem pg. 138), podemos inferir que o objetivo de Deus ao nos revelar toda a verdade relativa ao perdão, é o de nos fazer crer que seu amor também nos corrige, nos cura e nos redime de nossos pecados mesmo quando perdoamos, ou pedimos perdão. Não se trata apenas de um esforço diagnóstico-terapêutico de Deus em nossa direção. Pois Deus conhece toda verdade relativamente à alma humana, suas carênciads, erros e necessidades mais profundas.  



[1] É importante observarmos que A Teoria do Perdão, NÃO é uma Teologia do Perdao. Não temos intensão alguma de criarmos uma teologia em torno ao assunto. 

Wednesday, February 28, 2024

 A DINÂMICA DO PERDÃO - 1 

 

A Teoria do Perdão, como identificável nas Escrituras, se refere ao conjunto de referências bíblicas encontradas na Palavra de Deus, em que a dinâmica do perdão é definida por Deus a partir de palavras originais inspiradas ditas no contexto das Escrituras. E em cuja dimensão original Deus nos revela o que é importante relativamente ao perdão dado ou recebido por alguém. Como bem sabemos, “a Psiquiatria carece de agentes etiológicos para explicar as causas das doenças mentais” (cf. “Alcool e outras drogas – Diálogo sobre um mal-estar contermporâneo”, por Sérgio Alarcom e Marco Aurélio S. Jorge – Editora Fiocruz, RJ. Brasil, 2012. Pg. 138). No entanto, para determinarmos a causa ou as causas motivadoras de doenças de modo geral, é necessário definirmos o agente etiológico que as causaram. Mas, para determinarmos as causas, efeitos e consequências que levam um indivíduo a optar em sã consciência por perdoar alguém, tais causas não são definidas etiologicamente, mas por agentes espirituais motivadores encontrados dentro do contexto da Palavra de Deus.

(continua)   

Monday, February 19, 2024

 A TEORIA DO PERDÃO.    (Teoria, Doutrina, ou Teologia do Perdão). 

A Teoria do Perdão, como identificável nas Escrituras, se refere ao conjunto de referências bíblicas encontradas na Palavra de Deus, em que a dinâmica do perdão é definida passo a passo por Deus a partir das palavras originais ditas no contexto das Escrituras, em cuja dimensão original Deus nos revela o que é essencial relativamente ao perdão dado ou recebido por alguém. Veja a seguir nessa série de artigos sobre o tema. 

  A DINÂMICA DO PERDÃO – 22                    O perdão de Deus ao nos abrir portas de reconciliação, abre em primeiro lugar o nosso pró...