Sunday, September 1, 2024

 A DINAMICA DO PERDÃO. - 7  

 

As afirmações do autor do livro "David and Goliath" contradizem de modo substancial o que o relato bíblico tem por intenção e inspiração transmitir. O relato bíblico não tinha por foco analisar o lado socio-histórico do exércxito filisteu, e nem mesmo dar ênfase às enfermidades de Golias naquele instante. Pelo contrário, a Bíblia se refere mais especificamente à escolha histórica de David ao trono de Israel, como futuro rei já escolhido por Deus para substituir o Rei Saul. Se Golias estava doente ou não, o problema tinha que ver com o próprio povo Filisteu, que escolheu um enfermo para reprersenta-lo na batalha. O relato bíblico quer nos mostrar a fidelidade de David ao Deus de Israel, sua genuína humildade e coragem diante dos perigos enfrentados pelo seu povo, além de nos mostrar o nível elevado e inabalável de sua fé em Deus. Não lhe importava saber quem era Golias, se seu principal oponente estava ou não enfermo, mas avançar em direção ao gigante com a certeza da vitória. Isso não quer dizer que Deus se aproveitou das fragilidades de Golias, para garantir a vitória dos Hebreus. A fragilidade de Golias, posta em confronto com a fragilidade de David, dava aos contendores um equilíbrio bélico nivelado e justo. E o que importa mais no texto bíblico é acima de tudo o lado da fidelidade humana à vontade de Deus, do que a enfermidade humana. As enfermidades humanas, por seu carater indistinto aplicado a cada ser humano, não se curam por si mesmas. Isso nos permite afirmar que o poder da fé é mais poderooso que o poder do corpo humano em produzir cura. Razão pela qual o poder da fé, quando o afirmamos e o vivemos em toda a sua plenitude, é semelhante ao livre-arbítrio, o que nos permite afirmar que o livre-arbítrio é um atributo da fé humana em Deus, uma atitude da fé, ou uma obra realizada pela fé em direção ao próprio Deus. O que nos permite afirmar também que o livre-arbítrio é a essência primária dos atributos da fé em Deus, o que nos permite manter sempre conectados a Deus em nossas atitudes, nosso comportamento moral, e em nossa dependência a Deus em todos os níveis. Nós entendemos que a fé é um dom de Deus que precisa ser exercitado, ou, em outras palavras, ser mostrado de forma objetiva, como Tiago 2:8 admite. E não queremos afirmar que o livre-arbitrio é um sub-dom da fé. Não podemos nos esquecer que a expressão “livre-arbítrio” não é nem sequer mencionada na Palavra de Deus.  Queremos afirmar apenas que o conceito envolvendo a expressão “livre-arbítrio” é usado de modo intercambiável com a expressão “poder de escolha”, chegando até mesmo a ser confundido ou mal interpretado em pregações pastorais dentro de igrejas evangélicas.     

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