Tuesday, August 13, 2024

 

A  DINÂMICA DO PERDÃO  -  3 

Nós, comumente buscamos definir dois conceitos profundos e importantes, apenas por erigir argumentos inconscistentes e altamente refutáveis. Estou me referindo aos conceitos de LIVRE-ARBITRIO e ao conceito de PODER-DE-ESCOLHA. E buscamos também dar mais ênfase e importância ao conceito de LIVRE-ARBITRIO, como se nós estivessemos possuídos desse poder. Na verdade, nós, seres humanos, não temos livre-arbitrio. Em outras palavras, nós não temos o livre-arbitrio em função das escolhas que fazemos no dia-a-dia. Mas, temos o poder para escolher.  Em seu livro “O Desenvolvimento da Personalidade” JUNG diz que “A força para o desenvolvimento da personalidade não provém apenas da necessidade, que é o motivo causador, mas também da decisão consciente e moral”.(pg.159) Por consciência e decisões morais nós decidimos escolher alguma coisa, fazendo uso de nosso poder de escolha. O livre-arbítrio nos dá a opção de escolher préviamente o que deveríamos escolher ao tomarmos uma decisão baseada nele próprio. Tomar decisões em função de nosso livre-arbítrio nos diz que nossas escolhas já foram feitas previamente antes de nossa decisão arbitrária. Em outras palavras ninguém usa de livre-arbítrio ao fazer escolhas prévias e atuais, caso contrário, tal não seria um arbítrio-livre mas estaria baseado em escolhas. E esse é o campo de atuação do poder de escolha. Quando usamos do nosso poder de escolha, fazemos escolhas em apenas duas opções básicas e únicas: ou escolhemos o bem, ou escolhemos o mal escondidos no objeto de nossas opções. Não existe livre-arbítrio se fomos levados a escolher entre bem e mal. Isso se chama poder de escolha. E tal poder de escolha nos leva a crer que existem somente duas opções de escolha, o bem e o mal. Podem existir duas opções de escolha baseadas em opções reais e verdadedeiras, como opções bem-bem mas  ao regeitarmos uma delas por decisão pessoal, uma se torna “má” por ter sido regeitada, e a outra se torna “boa” por ter sido aceita. O mesmo ocorre diante de duas opções mal-mal. Uma será regeitada e a outra será aceita. Fica claro que nesse caso agimos por fazer uso de nosso poder de escolher entre duas coisas contraditórias, ou seja, bem e mal. O Livre-Arbítrio nos dá a opção livre de não precisarmos optar pelas duas opções livres que fazemos no dia-a-dia. O Livre arbítrio vive sob o impacto de uma opção única já decidida consciente e moralmente. A opção pelo bem. E isso o projeta na direção certa e inamovível, em direção ao alvo certo, livre de segundas opções. (Cont.)  

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