Saturday, May 9, 2020


SENSUALISMO – IDOLATRIA DE UM SENTIMENTO – 64
Algumas ideias retiradas do conceito da sexualidade humana na criação do sexo.

As revelações contidas em Gênesis cap. 3, versos 8-24 são realmente estarrecedoras. Ao se esconder da presença de Deus por detrás das árvores do jardim, os seres humanos nos mostram a interdependência existente entre eles e a natureza, a conivência entre ambos, a cumplicidade que se aglutina entre homem, pecado e natureza. Desvela-se a partir daí uma resposta do homem em relação à natureza criada e ao mesmo tempo uma resposta de conivência da natureza em relaçao aos seres humanos. Ambos coexistem em cumplicidade e conivência. Ambos são intimamemnte relacionados e se respondem mutuamente numa interdependência em níveis ontológicos, essenciais e até mesmo espirituais, porque na verdade não se pode absolutamente se esconder de Deus. E tal atitude humana de tentar lograr se esconder de Deus revela-nos a fragilidade da existência dos seres humanos em sua dependência com a natureza e em sua relação com o divino. O profundo significado dessa relação fragmentada e dependente mostra-nos que todos os atos humanos, quer sejam de natureza ético-moral ou a expressão de profundo humanismo existencialista, isolados de todo distanciamento com o divino, como se o homem quisesse se distanciar do universo para o mais profundo recanto dentro de um infinito de solidão absoluta, até aí não seria possível se isolar de Deus. Isso nos revela um outro lado do ocultamento humano. Todos os pecados humanos são de todo revelados e não escapam do julgamento e da ira divina. E certamente, como Deus pode ver todas as coisas ocultas ou não, os pecados ocultos revelam na mesma dimensão, iniquidades ocultas e pragas ocultas. Em outras palavras, o ocultamento do pecado gera a eclosão das consequências obscuras desse ocultamento sobre toda a natureza criada.  
Ou seja, pecados ocultos geram pragas ocultas, o desvelamento da maldição divina, e o eclodir de enfermidades ocultas sobre a natureza humana. O que o homem oculta com seus pecados traz uma dupla cumplicidade, traduzida pela manifestação de uma resposta também de maldição e dor. A natureza se desvela em suas manifestações aparentes, em tragédias, em pragas, em enfermidades e em dores mortais sobre o gênero humano. Esse seria um princípio de dores sobre a humanidade, sendo revelado por uma praga invisível, oculta por sob a roupagem da natureza. Isso é o que nós lemos no relato contundente de Gênesis 3:8-24.  

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