Thursday, May 14, 2020


IGREJAS EVANGÉLICAS BRASILEIRAS NOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA – 4
Sua diversidade eclesiológica e doutrinária.


Em função desse paradigma ou modelo bíblico de que fazemos menção, vamos nos aprofundar numa análise bíblica para que possamos identificar o modelo que supostamente deveria ter sido usado como reflexo do que cada igreja deveria seguir. E as cartas paulinas vão nos ajudar a entender o porque de seu objetivo, ou das objeções que o apóstolo Paulo fazia quando se propunha a escrever cartas como modelos corretivos, ou seja, admoestando as igrejas de seu tempo. Em tudo Paulo buscava acomodar a identidade das igrejas ao modelo, padrão cristão, de acordo com a inspiração que lhe era dada pelo Espírito.  Além disso, como numa proposta de história da Igreja ( cujo foco se concentra apenas nos livros do Novo Testamento ), veremos o que Paulo previa ou o que ele racionalmente prognosticava como sendo os problemas eclesiásticos do tempo, ou do modelo sócio-histórico e político das igrejas de seu tempo. Veremos também, dentro de uma visão pós-moderna, porque existem conflitos teológicos entre o modelo corporativo e o modelo corporativista aplicado às igrejas nos dias atuais. Pois bem sabemos que alguns teólogos afirmam que (referindo-se às igrejas cristãs), “as congregações são primariamente organismos de relacionamento corporativo.” ( “The Hidden Lives of Congregations – Discerning Church Dynamics”. By Israel Galindo, pg. 13, The Alban Institute USA. 2004).   E de outra forma, outros teólogos se opõem a tal modelo corporativo de igrejas, acusando as igrejas de se esmerarem exageradamente dentro de uma ideologia corporativista. ( ver “Corporate Christianity - How Double-Minded Pastors are hi-jacking Christianity.” By Bobby E. Mills, PhD. )  Fato curioso é que ao desvendarmos tais discrepâncias ideológicas, vamos definir o que algumas igrejas brasileiras ignoram em relação ao tema. Além disso, visamos analisar também a questão do comprometimento político de líderes e pastores cristãos envolvidos numa adesão a movimentos e partidos políticos dentro dos Estados Unidos, o profundo significado de sua adesão político-partidária, as origens desse comportamento de filiação política, suas razões e reais motivações, que nos possibilitem entender o porque de tal adesão. Faremos um paralelo com o cenário histórico-político em que Jesus viveu dentro de um contexto histórico de opressão e injustiça. E tal contexto nos permitirá entender o porque de semelhante deliberação pastoral em função da liderança proposta por Jesus Cristo, que certamente não se envolveu com as oscilações ideológicas mantidas pelo Império Romano em seu tempo, mas que influenciou significativamente o comportamento da classe religiosa judáica, que na verdade, representou a maior oposição de carater político e religiosa contra Jesus Cristo em seu tempo. Todos esses assuntos, e muitos outros, ainda serão analisados em profundidade nesse estudo, cuja única propopsta será a de entender as discrepâncias entre o modelo original de Igrejas, da forma como a entendemos no Novo Testamento, e o modelo eclesiástico de que fazemos parte como membros nos dias atuais.

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