IGREJAS EVANGÉLICAS BRASILEIRAS NOS ESTADOS
UNIDOS DA AMÉRICA – 4
Sua diversidade eclesiológica e doutrinária.
Em função
desse paradigma ou modelo bíblico de que fazemos menção, vamos nos aprofundar
numa análise bíblica para que possamos identificar o modelo que supostamente
deveria ter sido usado como reflexo do que cada igreja deveria seguir. E as
cartas paulinas vão nos ajudar a entender o porque de seu objetivo, ou das
objeções que o apóstolo Paulo fazia quando se propunha a escrever cartas como
modelos corretivos, ou seja, admoestando as igrejas de seu tempo. Em tudo Paulo
buscava acomodar a identidade das igrejas ao modelo, padrão cristão, de acordo
com a inspiração que lhe era dada pelo Espírito. Além disso, como numa proposta de história da
Igreja ( cujo foco se concentra apenas nos livros do Novo Testamento ), veremos
o que Paulo previa ou o que ele racionalmente prognosticava como sendo os
problemas eclesiásticos do tempo, ou do modelo sócio-histórico e político das
igrejas de seu tempo. Veremos também, dentro de uma visão pós-moderna, porque
existem conflitos teológicos entre o modelo corporativo e o modelo
corporativista aplicado às igrejas nos dias atuais. Pois bem sabemos que alguns
teólogos afirmam que (referindo-se às igrejas cristãs), “as congregações
são primariamente organismos de relacionamento corporativo.” ( “The Hidden Lives of Congregations –
Discerning Church Dynamics”. By Israel Galindo, pg. 13, The
Alban Institute USA. 2004). E de outra forma, outros teólogos
se opõem a tal modelo corporativo de igrejas, acusando as igrejas de se
esmerarem exageradamente dentro de uma ideologia corporativista. ( ver “Corporate
Christianity - How Double-Minded Pastors are hi-jacking Christianity.” By Bobby E. Mills, PhD. ) Fato curioso é que ao desvendarmos
tais discrepâncias ideológicas, vamos definir o que algumas igrejas brasileiras
ignoram em relação ao tema. Além disso, visamos analisar também a questão do
comprometimento político de líderes e pastores cristãos envolvidos numa adesão
a movimentos e partidos políticos dentro dos Estados Unidos, o profundo
significado de sua adesão político-partidária, as origens desse comportamento
de filiação política, suas razões e reais motivações, que nos possibilitem
entender o porque de tal adesão. Faremos um paralelo com o cenário
histórico-político em que Jesus viveu dentro de um contexto histórico de
opressão e injustiça. E tal contexto nos permitirá entender o porque de
semelhante deliberação pastoral em função da liderança proposta por Jesus
Cristo, que certamente não se envolveu com as oscilações ideológicas mantidas
pelo Império Romano em seu tempo, mas que influenciou significativamente o
comportamento da classe religiosa judáica, que na verdade, representou a maior
oposição de carater político e religiosa contra Jesus Cristo em seu tempo. Todos
esses assuntos, e muitos outros, ainda serão analisados em profundidade nesse
estudo, cuja única propopsta será a de entender as discrepâncias entre o modelo
original de Igrejas, da forma como a entendemos no Novo Testamento, e o modelo
eclesiástico de que fazemos parte como membros nos dias atuais.
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