IGREJAS EVANGÉLICAS BRASILEIRAS NOS ESTADOS
UNIDOS DA AMÉRICA – 2
Sua diversidade eclesiológica e doutrinária.
No entanto, é necessário que se fale apropriadamente
do modelo de igreja que nos servirá de paradigma a ser utilizado para
confrontarmos o padrão de igrejas brasileiras existentes nos Estados Unidos,
notadamente na região de New England, ao nordeste dos Estados Unidos, onde existe
grande concentração de igrejas brasileiras evangélicas e católicas. Tal modelo paradigmático certamente será
retirado do Novo Testamento da Bíblia Sagrada, onde encontraremos a versão mais
original das igrejas ou da igreja da forma como foi criada por Jesus Cristo e que supostamente
deveria ter sido preservada até os dias atuais. E somente Jesus Cristo poderia
ter-nos deixado o padrão de Igrejas cristãs que posteriormente nos serviriam
como modelo e paradigma. Para tal vamos buscar acima de tudo nas epístolas
paulinas e nos livros do Novo Testamento, Atos dos Apóstolos de Lucas,
Apocalipse de João, e muitos outros livros, dentro e fora do discursso bíblico, onde encontraremos igrejas que deveriam ter sido
originárias do modelo original criadas e inspiradas por Jesus. E dentro dessa
perspectiva dinâmica e de preservação dos valores cristãos originais, vamos
buscar entender os distúrbios mais sutis, as variáveis mais significativas que
venham a identificar as discrepâncias que certamente irão identificar as
igrejas atuais com os modelos de igrejas do Novo Testamento, notadamente, se as
compararmos com o paradigma criado no primeiro século da Era cristã. Aliás, tais desvios deveriam ter sido
acrescidos logo no primeiro capítulo desse estudo, pois determinam de modo
transparente, o que há de ser analisado em termos de discrepâncias para que
sejam estabelecidos os parâmetros de comparação. Nisso podemos definir que
existe uma característica comum às igrejas modernas e pós modernas, traduzida
por sua evidente distinção como organismo corporativo, ou de padrões
corporativistas, que em síntese, define um conceito ideológico, que vai
categorizar as igrejas como existindo dentro de uma estrutura grupal de
interesse particular. As igrejas pós-modernas, notadamente as igrejas
brasileiras criadas nos Estados Unidos nos últimos, digamos, 50 anos, seguem a
esse modelo de organismos corporativistas, que definem muito bem os modelos de
organismos com características monopolísticas, que certamente se fecham em si,
e que fogem essencialmente do modelo original definido pelas igrejas
primitivas, no que se refere às sua estrutura como “eclésia”, a igreja corpo, tida
como igreja mística e espiritual, centrada acima de tudo na pessoa de Jesus
Cristo, como modelo absoluto e paradigmático. Nós vamos analisar com mais
detalhes o modelo corporativista de igrejas existente dentre as igrejas
brasileiras nos Estados Unidos, - a partir de um estudo mais comparativo com o
modelo das Igrejas do Novo Testamento -, para definirmos as influências externas
e ideológicas apregoadas por tais igrejas brasileiras, para estabelecer de que
forma as igrejas brasileiras se deixaram influenciar pelo modelo corporativista,
e em função do tipo de ideologias infiltradas dentro dessas igrejas, quais
sejam, influencias retiradas de sua modernização, de influências do
secularismo, de seu aculturamento contemporâneo, ou da assimilação da cultura
americana que, de alguma forma, influenciou a adesão a padrões de comportamento
corporativista ou até mesmo do liberalismo e do neo-liberalismo vigentes acima
de tudo nos tempos atuais. Também vamos analisar a rejeição aos padrões culturais ou à suposta rejeição do aculturamento inevitável que, fatalmente, tais igrejas brasileiras seriam intituladas a aceitar em sua estrutura interna, por estarem convivendo com uma cultura intrinsecamente diferente da cultura brasileira. Tal rejeição da cultura americana, seria, na verdade uma aversão a tal aculturamento, o que geraria possivelmente, a manutenção de padrões de comportamento eclesiológico tido como importados do Brasil, para ser adotado e assumido nas igrejas brasileiras aqui nos Estados Unidos. Tal aversão certamente criaria um choque cultural dentre as diferentes gerações dos membros nas igrejas brasileiras. Vamos incorporar também os principais modelos denominacionais e o porque de sua existência dentro das igrejas brasileiras.
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