Tuesday, June 9, 2020


IGREJAS EVANGÉLICAS BRASILEIRAS NOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA – 14
Sua diversidade eclesiológica e doutrinária.


A vitória definitiva de Jesus no calvário começa com sua morte e ressurreição. A vitória da Igreja obedecendo ao exemplo do Mestre se inicia com o Espírito Santo, com o discursso de Pedro, a morte do primeiro martir Estevão, e o nascimento da Igreja que personifica a própria vitória do Mestre, através do trabalho missionário de Paulo. É a vitória da Igreja que avança em glória com a certeza de que o Espírito do Senhor a sustenta e vivifica. Os homens, no entanto, criaram auternativas de criticismo, alternativas de controle eclesiástico, e as denominações. Entre elas, o Pentecostalismo, que visava seguir ao modelo da Igreja Primitiva fundada por Jesus e alimentada pela fé apostólica. No entanto, o Pentecostalismo criou seu próprio modelo de Igreja, que se espalhou pelo mundo criando também diferentes e divergentes modelos de Igreja, supostamente com intenções de seguir ao Modelo paradigmático da Igreja Primitiva. O Pentecostalismo, da forma como vimos hoje, foi criado para idealizar o modelo paradigmático, mas serviu mais para humanizar um criticismo eclesiástico e as tentativas frustradas de uma inserção nas experiências válidas da Igreja de Pentecostes. Além disso, criaram também (muitas vezes incosncientemente) a zelopatia psicopáta, cujas principais intenções eram voltadas para a crítica pura e simples e impiedosa da Igreja Corpo, mas intencionalmente voltada para a igreja institucionalizada, com características de instituição política e social. E por meio do zelo impiedoso (que se assemelhava a uma inquisição branda contra a Igreja primitiva ) buscavam excluir impiedosamente aqueles cujos sonhos mais puros eram o de mover a Igreja ao retorno à igreja que buscava ser movida pelo Espírito Santo. A zelopatia psicopata é na verdade uma doença que existe até aos dias atuais, e significa um excesso de zelo extrapolado, dirigido pela liderança da igreja a uma parte significativa dos membros internos da própria igreja, visando criticar e excluir. Portanto, o excesso de zelo nas igrejas brasileiras gera a zelopatia, que também representa um mecanismo de defesa da liderança eclesiástica no sentido da sua autopreservação nas esferas do poder. Em consequência, a zelopatia visa preservar os interesses de tal liderança contra a ameaça aos seus interesses, ou contra problemas internos às igrejas, contra a ameaça à perda dos interesses exclusivos e de poder da liderança, e favorável à discriminação de determinado número de pessoas (ou ovelhas) ou até mesmo a outros pastores, para que se sintam ameaçados e se afastem da igreja. Nesse sentido a zelopatia, que é uma anomalia crônica dentro das igrejas, se manifesta como um fenômeno político-social e não como sintoma de religiosidade ou de espiritualidade. Sem dúvidas, o zelo excessivo e doentio, é uma herança do farisaísmo. Normalmente os zelopatas são mal instruídos teologicamente, pois se concentram e se manifestam em um nível inferior de características político-socio-ideológicas e não a nível de espiritualidade e amor. E isso define a Igreja Corpo como um organismo meramente político, que passa a se tornar com o tempo, um grupo movido e orientado por forças políticas internas, por leis e sub-leis de controle e manipulação, fora dos preceitos bíblicos e muito aquém do que Jesus Cristo estabeleceu durante a fundação da Igreja Corpo que leva seu nome. Jesus Cristo também manifestou zelo para com seus discípulos quando esteve na terra, mas não existem evidências de que ele tenha excluído Judas, que o traiu, da confraria dos apóstolos, mesmo sabendo que Judas o trairia. A palavra ZELO (zeal) aparece várias vêzes no relato bíblico desde o livro de Números no Antigo Testamento, até à carta de Paulo de Tarso aos cristãos Filipenses, no Novo Testamento. E Paulo nos faz uma séria advertência em Romanos 10 verso 2, referindo-se ao zelo dos Israelitas por Deus, nas seguintes pelavras: “ For I can testify about them (the Israelites) that they are zealous for God, but their zeal is not based on knowledge.” ( “Porque eu posso testificar a respeito deles que eles são zelosos por Deus, mas que seu zelo não é baseado em conhecimento ( ou em sabedoria).”  E esse é um dos tipos de zelo muito comum a algumas igrejas evangélicas brasileiras, nos Estados Unidos. Tal modelo de zelo criticado por Paulo em Romanos, segue a um padrão de zelopatia que se identifica com organismos institucionais com objetivos sócio-políticos, como já nos referimos, mas não com o modelo paradigmático de Igreja Corpo, a exemplo do modelo da Igreja encontrada no discursso bíblico.            

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