IGREJAS
EVANGÉLICAS BRASILEIRAS NOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA – 14
Sua
diversidade eclesiológica e doutrinária.
A vitória definitiva de Jesus no calvário
começa com sua morte e ressurreição. A vitória da Igreja obedecendo ao exemplo
do Mestre se inicia com o Espírito Santo, com o discursso de Pedro, a morte do primeiro
martir Estevão, e o nascimento da Igreja que personifica a própria vitória do
Mestre, através do trabalho missionário de Paulo. É a vitória da Igreja que
avança em glória com a certeza de que o Espírito do Senhor a sustenta e
vivifica. Os homens, no entanto, criaram auternativas de criticismo,
alternativas de controle eclesiástico, e as denominações. Entre elas, o
Pentecostalismo, que visava seguir ao modelo da Igreja Primitiva fundada por
Jesus e alimentada pela fé apostólica. No entanto, o Pentecostalismo criou seu
próprio modelo de Igreja, que se espalhou pelo mundo criando também diferentes
e divergentes modelos de Igreja, supostamente com intenções de seguir ao Modelo
paradigmático da Igreja Primitiva. O Pentecostalismo, da forma como vimos hoje,
foi criado para idealizar o modelo paradigmático, mas serviu mais para
humanizar um criticismo eclesiástico e as tentativas frustradas de uma inserção
nas experiências válidas da Igreja de Pentecostes. Além disso, criaram também
(muitas vezes incosncientemente) a zelopatia psicopáta, cujas principais
intenções eram voltadas para a crítica pura e simples e impiedosa da Igreja
Corpo, mas intencionalmente voltada para a igreja institucionalizada, com
características de instituição política e social. E por meio do zelo impiedoso
(que se assemelhava a uma inquisição branda contra a Igreja primitiva ) buscavam
excluir impiedosamente aqueles cujos sonhos mais puros eram o de mover a Igreja
ao retorno à igreja que buscava ser movida pelo Espírito Santo. A zelopatia
psicopata é na verdade uma doença que existe até aos dias atuais, e significa
um excesso de zelo extrapolado, dirigido pela liderança da igreja a uma parte
significativa dos membros internos da própria igreja, visando criticar e
excluir. Portanto, o excesso de zelo nas igrejas brasileiras gera a zelopatia,
que também representa um mecanismo de defesa da liderança eclesiástica no
sentido da sua autopreservação nas esferas do poder. Em consequência, a
zelopatia visa preservar os interesses de tal liderança contra a ameaça aos
seus interesses, ou contra problemas internos às igrejas, contra a ameaça à
perda dos interesses exclusivos e de poder da liderança, e favorável à
discriminação de determinado número de pessoas (ou ovelhas) ou até mesmo a
outros pastores, para que se sintam ameaçados e se afastem da igreja. Nesse
sentido a zelopatia, que é uma anomalia crônica dentro das igrejas, se
manifesta como um fenômeno político-social e não como sintoma de religiosidade
ou de espiritualidade. Sem dúvidas, o zelo excessivo e doentio, é uma herança
do farisaísmo. Normalmente os zelopatas são mal instruídos teologicamente, pois
se concentram e se manifestam em um nível inferior de características
político-socio-ideológicas e não a nível de espiritualidade e amor. E isso define
a Igreja Corpo como um organismo meramente político, que passa a se tornar com o
tempo, um grupo movido e orientado por forças políticas internas, por leis e
sub-leis de controle e manipulação, fora dos preceitos bíblicos e muito aquém
do que Jesus Cristo estabeleceu durante a fundação da Igreja Corpo que leva seu
nome. Jesus Cristo também manifestou zelo para com seus discípulos quando
esteve na terra, mas não existem evidências de que ele tenha excluído Judas,
que o traiu, da confraria dos apóstolos, mesmo sabendo que Judas o trairia. A
palavra ZELO (zeal) aparece várias vêzes no relato bíblico desde o livro de Números no
Antigo Testamento, até à carta de Paulo de Tarso aos cristãos Filipenses, no
Novo Testamento. E Paulo nos faz uma séria advertência em Romanos 10 verso 2,
referindo-se ao zelo dos Israelitas por Deus, nas seguintes pelavras: “ For
I can testify about them (the Israelites) that they are zealous for God, but their
zeal is not based on knowledge.” ( “Porque eu posso testificar a respeito
deles que eles são zelosos por Deus, mas que seu zelo não é baseado em
conhecimento ( ou em sabedoria).” E esse
é um dos tipos de zelo muito comum a algumas igrejas evangélicas brasileiras,
nos Estados Unidos. Tal modelo de zelo criticado por Paulo em Romanos, segue a um
padrão de zelopatia que se identifica com organismos institucionais com objetivos
sócio-políticos, como já nos referimos, mas não com o modelo paradigmático de Igreja
Corpo, a exemplo do modelo da Igreja encontrada no discursso bíblico.
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