Wednesday, June 24, 2020


 IGREJAS EVANGÉLICAS BRASILEIRAS NOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA – 20
Sua diversidade eclesiológica e doutrinária. 

Na verdade a não aceitação de conceitos definidos teologicamente através de uma análise bíblico-exegética, existe em função de uma rejeição pura e simples. E uma das razões para tal rejeição é que as igrejas pretensamente suportam suas próprias convicções na direção de uma postura exclusiva e separatista que em si, limita a investigação e a interpretação dos  textos bíblicos, em função da preservação de seus próprios princípios eclesiásticos, suas leis internas, estatutos, laws e by-laws, e outros dogmas internos. E se observarmos atentamente, cada igreja tem suas próprias convicções internas, seu conjunto de ideologias internas  aplicadas à Palavra de Deus. Por que, em verdade, a interpretação que a cúpula da Igreja dá a si própria, muitas vezes é baseada apenas numa mera interpretação cujas convicções não são teológicas ou teologicamente doutrinárias, mas se caracterizam por conclusões dogmáticas advindas da liderança centralizada. No entanto, se formos nos aprofundando mais nessa questão veremos que as igrejas querem se preservar dos movimentos anteriores, dos erros do passado, ou dos anos que a precedem, e buscam por esse motivo criar dispositivos próprios de preservação de suas instituições. As diferentes denominações existentes hoje falam muito bem dessa tendência separatista. (É bom que se exclareça aqui que nós não defendemos qualquer movimento ecumenista.) A tal ponto que as Igrejas de modo geral criaram um leque de separatismo, uma diversidade de interpretações exclusivistas a ponto de se excluirem entre si. Na verdade, existe uma série de interesses que estão em jogo na direção da preservação desses interesses.  E nessas intenções existe a manifestação do que Israel Galindo chama de “Alarming Indicators” (opus cit. page 14) que na verdade são respostas das diferentes denominações às suas próprias intenções de preservação, como mecanismos de diferenciação que surgem em função de cada umas das diferentes interpretações que nascem dentro das igrejas e que por isso, as define como denominações exclusivas. A questão da interpretação tem grande relevância hoje como teve no passasdo, até mesmo dentro da Igreja Primitiva. ( Por exemplo, a controvérsia ligada à circumcision que ocorreu entre Pedro, o apóstolo líder da Igreja, e Paulo de Tarso, na cidade de Antioquia e em Jerusalém, conforme está descrito em Atos 15, em 1 Cor.7:18 e na carta de Paulo aos Gálatas 2:11-14) A igreja não está imune às controversias de interpretações da Palavra que venham a criar contoversias internas.  Tal intenção de preservação nasce a partir do instante em que surge uma nova denominação pois do contrário elas não sobreviveriam, mas se lançam no “mercado eclesiástico” ou na indústria que rege tal mercado, com intenções muito claras de se preservarem ou até mesmo com intenções de dominarem sobre outras igrejas.  Desta forma, entre as Igrejas evangélicas brasileiras aqui nos Estados Unidos, existem aquelas que ao buscar se preservar ou buscando preservar sua existência como exclusiva, admitem rejeitar a eclesiologia de outras igrejas numa postura exclusiva, ou seja, banindo o que certas igrejas admitem em sua eclesiologia. Um exemplo claro disso, é que algumas igrejas rejeitam o batismo nas águas operado por outras. E quando um membro de uma igreja admite mudar-se para outra igreja, seu batismo nas águas é simplesmente rejeitado por tal congregação e tal membro é convencido a se batizar novamente para obedecer aos requisitos doutrinários estabelecidos pela nova igreja. Esta é uma das restrições impostas por igrejas entre si. Semelhante comportamento eclesiástico, além de se manifestar como originário de uma atitude zelopática dentro de determinadas igrejas, é também fruto do “comportamento julgamental” que certamente existe de igreja para igreja. O termo, na verdade, tem uma conotação negativa. E a expressão julgamental é negativa no sentido de que descreve alguém que se apressa em emitir opiniões e juízos ( ou pré-juízos ) contra alguém, sem apresentar razões justificadas. Podemos até mesmo considerar tal comportamento comum em muitas igrejas brasileiras, ou não, aqui nos Estados Unidos ou não, como uma atitude farisáica e hipócrita. Além disso, tal comportamento julgamental chega até mesmo,  numa atitude extrema, a excluir membros da congregação baseando-se em seu comportamento julgamental exclusivo e sem razões justificadas.  Tal distinção entre o comportamento julgamental de certas igrejas evangélicas chega até mesmo a afetar o crescimento de certas igrejas, pois ele se manifesta em função de um comportamento de autoritarismo julgamental e não através do Poder espiritual dado às igrejas Corpo durante o Pentecostes. Observe que durante e após o Pentecostes, o discursso de Pedro converteu mais de 3 mil pessoas através do Poder do Espírito. No mundo espiritual existe uma reação positiva dada pelo Espírito Santo no sentido do crescimento da Igreja.

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