IGREJAS EVANGÉLICAS BRASILEIRAS NOS ESTADOS
UNIDOS DA AMÉRICA – 20
Na verdade a não aceitação de conceitos
definidos teologicamente através de uma análise bíblico-exegética, existe em
função de uma rejeição pura e simples. E uma das razões para tal rejeição é que
as igrejas pretensamente suportam suas próprias convicções na direção de uma
postura exclusiva e separatista que em si, limita a investigação e a interpretação
dos textos bíblicos, em função da
preservação de seus próprios princípios eclesiásticos, suas leis internas,
estatutos, laws e by-laws, e outros dogmas internos. E se observarmos
atentamente, cada igreja tem suas próprias convicções internas, seu conjunto de
ideologias internas aplicadas à Palavra de Deus. Por que, em verdade, a
interpretação que a cúpula da Igreja dá a si própria, muitas vezes é baseada
apenas numa mera interpretação cujas convicções não são teológicas ou
teologicamente doutrinárias, mas se caracterizam por conclusões dogmáticas
advindas da liderança centralizada. No entanto, se formos nos aprofundando mais
nessa questão veremos que as igrejas querem se preservar dos movimentos
anteriores, dos erros do passado, ou dos anos que a precedem, e buscam por esse
motivo criar dispositivos próprios de preservação de suas instituições. As
diferentes denominações existentes hoje falam muito bem dessa tendência
separatista. (É bom que se exclareça aqui que nós não defendemos qualquer
movimento ecumenista.) A tal ponto que as Igrejas de modo geral criaram um
leque de separatismo, uma diversidade de interpretações exclusivistas a ponto
de se excluirem entre si. Na verdade, existe uma série de interesses que estão
em jogo na direção da preservação desses interesses. E nessas intenções existe a manifestação do
que Israel Galindo chama de “Alarming Indicators” (opus cit. page 14) que na verdade são
respostas das diferentes denominações às suas próprias intenções de preservação,
como mecanismos de diferenciação que surgem em função de cada umas das
diferentes interpretações que nascem dentro das igrejas e que por isso, as
define como denominações exclusivas. A questão da interpretação tem grande
relevância hoje como teve no passasdo, até mesmo dentro da Igreja Primitiva. ( Por
exemplo, a controvérsia ligada à circumcision que ocorreu entre Pedro, o
apóstolo líder da Igreja, e Paulo de Tarso, na cidade de Antioquia e em Jerusalém, conforme
está descrito em Atos 15, em 1 Cor.7:18 e na carta de Paulo aos Gálatas 2:11-14)
A igreja não está imune às controversias de interpretações da Palavra que
venham a criar contoversias internas. Tal
intenção de preservação nasce a partir do instante em que surge uma nova
denominação pois do contrário elas não sobreviveriam, mas se lançam no “mercado
eclesiástico” ou na indústria que rege tal mercado, com intenções muito claras
de se preservarem ou até mesmo com intenções de dominarem sobre outras
igrejas. Desta forma, entre as Igrejas
evangélicas brasileiras aqui nos Estados Unidos, existem aquelas que ao buscar
se preservar ou buscando preservar sua existência como exclusiva, admitem
rejeitar a eclesiologia de outras igrejas numa postura exclusiva, ou seja,
banindo o que certas igrejas admitem em sua eclesiologia. Um exemplo claro
disso, é que algumas igrejas rejeitam o batismo nas águas operado por outras. E
quando um membro de uma igreja admite mudar-se para outra igreja, seu batismo
nas águas é simplesmente rejeitado por tal congregação e tal membro é
convencido a se batizar novamente para obedecer aos requisitos doutrinários estabelecidos
pela nova igreja. Esta é uma das restrições impostas por igrejas entre si.
Semelhante comportamento eclesiástico, além de se manifestar como originário de
uma atitude zelopática dentro de determinadas igrejas, é também fruto do “comportamento
julgamental” que certamente existe de igreja para igreja. O termo, na
verdade, tem uma conotação negativa. E a expressão julgamental é negativa no
sentido de que descreve alguém que se apressa em emitir opiniões e juízos ( ou
pré-juízos ) contra alguém, sem apresentar razões justificadas. Podemos até mesmo
considerar tal comportamento comum em muitas igrejas brasileiras, ou não, aqui
nos Estados Unidos ou não, como uma atitude farisáica e hipócrita. Além disso,
tal comportamento julgamental chega até mesmo,
numa atitude extrema, a excluir membros da congregação baseando-se em
seu comportamento julgamental exclusivo e sem razões justificadas. Tal distinção entre o comportamento
julgamental de certas igrejas evangélicas chega até mesmo a afetar o
crescimento de certas igrejas, pois ele se manifesta em função de um
comportamento de autoritarismo julgamental e não através do Poder espiritual
dado às igrejas Corpo durante o Pentecostes. Observe que durante e após o
Pentecostes, o discursso de Pedro converteu mais de 3 mil pessoas através do
Poder do Espírito. No mundo espiritual existe uma reação positiva dada pelo
Espírito Santo no sentido do crescimento da Igreja.
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