Thursday, June 18, 2020


IGREJAS EVANGÉLICAS BRASILEIRAS NOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA – 18
Sua diversidade eclesiológica e doutrinária.


Tivemos a oportunidade de pesquisar em uma série de referências bíblicas o significado mais profundo, ou supostamente mais genérico, em relação aos termos “autoridade” e “poder” em duas referencias bíblicas:  Atos 1:7-8 e Mateus 28:18. Como pudemos observar Jesus fez distinção clara entre os dois termos ao se referir simultaneamente a Deus Pai e aos homens reunidos em Jerusalem. Ou melhor ainda, quando Jesus se referiu a Deus Pai em Atos 1:7, ele disse a palavra Autoridade (ἐξουσία Acts 1:7 BGT, BYZ, M-01A,  M-012A, 012B, 012C, M-03A e muitas outras referências ) de modo específico, como já mencionamos. E quando Jesus se refere ao poder dado pelo Espírito Santo aos que estavam reunidos no dia de Pentecostes, ele se refere ao termo PODER ( δύναμιν Act 1:7 BYZ e muitas outras referências.) Jesus Cristo, como Deus ele próprio, quis ser específico em relação às coisas espirituais atribuídas aos homens. Tal distinção, na verdade, está muito clara na Palavra quando ele quer se referir às “coisas” de Deus, relativamente às coisas dos homens. As referências bíblicas às quais nos aludimos, são mencionadas em Atos 1:7-8 e Mateus 28:18 que diz: “Then Jesus came to them and said: ALL AUTHORITY  in heaven and on earth has been given to me.” ( NIV.) ( Então Jesus veio a eles e lhes disse: TODA AUTORIDADE no céu e na terra me foi dada.) Nas 58 versões bíblicas diferentes da Palavra em Mateus 28:18 nós vemos claramente que existe um determinado número de variações que se referem a AUTORIDADE e outras que se referem a PODER. Em 42 versões pudemos observar que o termo grego usado para AUTORIDADE é εξουσια, e em 16 versões o termo citado foi PODER ( δύναμιν ) e certamente isso nos permite concluir que as fontes referenciais consideradas nos dão uma margem de segurança em afirmar que o termo AUTORIDADE é específicamente usado para DEUS e JESUS e não para os homens, aos quais se aplica o termo PODER. Isso obviamente não nos permite concluir que os dados estatísticos retirados de uma análise exegética de determinados textos bíblicos, não nos levam à verdade, mas nos dão elementos para uma análise exegética mais apurada. Bem sabemos que O ESPÌRITO SANTO nos conduz à verdade da Palavra quando a ouvimos e meditamos. Isso, no entanto, nos dá elementos para concluir que existem muitas variações nas escrituras a traduções das versões originais, tanto do grego do NT., quanto do hebráico do VT. O número de variações em várias versões diferentes nos permitem concluir também que o termo AUTORIDADE ( εξουσια ) referido a DEUS e a JESUS, é mais consistente na sua aplicação à divindade, do que em relação ao termo PODER ( δύναμιν ) aplicado especificamente aos seres humanos no Corpo de Cristo. Isso nos dá a entender que Jesus fez distinção nas coisas relativas aos céus ou a DEUS PAI ( e a si próprio ) ao usar termos específicos. Outras conclusões são as seguintes: o termo PODER se refere à incontestável concessão de PODER espiritual dado pela promessa da vinda do Espírito Santo sobre aqueles que estavam reunidos em Jerusalem no dia de Pentecostes, promessa que se estende a TODOS os membros do Corpo de Cristo, até aos confins da terra. E como já dissemos, o termo AUTORIDADE (ἐξουσίᾳ.) se refere às coisas específicas de Deus Pai, do Filho e do Espírito Santo dadas pelo PAI a seu filho amado Jesus Cristo e por isso, cabe aos líderes de igreja, não confundirem as coisas que são específicas de DEUS e as coisas que foram dadas  aos homens por direito espiritual concedido e adquirido. Deus Pai certamente sabe distinguir aquilo que é concernente a Jesus daquilo que é concedido aos homens. É evidente que DEUS prometeu e concedeu o Espírito Santo de poder e verdade à Igreja Corpo, da forma como Estevão, Pedro, Paulo e os demais apóstolos e mártires da Igreja Primitiva o receberam. E Deus é justo e verdadeiro naquilo que promete ( Romanos 3:4; Num. 23:19-20).  A questão mais controvertida relativamente às nossas igrejas brasileiras nos Estados Unidos diz respeito ao PODER dado pelo Espírito Santo àqueles que o mereceram e continuam a merecer os benefícios espirituais concedidos pelo Espírito. O poder do Espírito Santo deve habitar em meio à congregação como foi prometido e concedido realisticamente por JESUS ainda hoje nas igrejas. Não são os pastores que concedem o Espírito em suas pretensas orações autoritativas,  mas o Espírito é dado pela pessoa de JESUS CRISTO às Igrejas. Existe aí uma espécie de IDOLATRIA ou uma FIGURAÇÂO SEMÂNTICA DE TERMOS, QUANDO DETERMINADOS PASTORES SE CONFUNDEM E SE REVESTEM DE autoridade espiritual para conceder o Espírito Santo à Igreja. Isso é uma idolatria pastoral e deve ser banida de dentro do Corpo de Cristo. Quem concede o PODER do Espírto Santo é o Espírto de Jesus que vive nas Igrejas Corpo, conforme diz a Palavra de Deus. Nenhum pastor deve dizer “estar revestido de ‘autoridade’ espiritual” dentro das igrejas evangélicas, ou naquelas igrejas que professam uma fé verdadeira em Jesus Cristo e obedecem à sua Palavra. Tal confusão semântica certamente leva a liderança a pecar contra a própria Palavra de Deus quando o assunto é o Batismo no Espírito Santo. Somente JESUS tem AUTORIDADE para nos batizar com o Espírito Santo para sermos revestidos pelos dons e pelo PODER que vem do céus através do Espírito Santo.      

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