IGREJAS EVANGÉLICAS BRASILEIRAS NOS ESTADOS
UNIDOS DA AMÉRICA – 13
Sua diversidade eclesiológica e doutrinária.
O Livro de Atos dos Apóstolos delineia alguns dos dados mais
importantes acerca da história gloriosa da vida de Jesus Cristo entre nós. E
ainda, sua narrativa inspirada, detalhada e cheia de informações preciosas, dá
testemunho ocular da pessoa de Jesus “até o dia em que Ele foi elevado aos céus”.
A partir de então, começa a história documental do Reino que Ele pregou e que
agora, após sua ascenção continua através da Igreja Corpo que nasce em
Pentecostes. E na dimensão gloriosa do Reino, o batismo de João Batista cede
lugar ao batismo no Espírito Santo, quando, dando instruções aos seus
discípulos, para que permanecessem em Jerusalem, Jesus lhes diz: “ For John
baptized with water, but in a few days you will be baptized with the Holy
Spirit” ( Acts 1:5 – NIV.) Jesus não veio abolir o batismo nas águas mas
complementá-lo em sua essência com o batismo no Espírito. A Igreja Corpo segue
os passos do Senhor a partir do instante em que Ele determina “ You will
receive POWER when the HOLY SPIRIT comes on you; and you will be my WITNESSES.”
(Acts 1:8). Um determinado número de
palavras-chave, dentre outras palavras-chave em Atos 1:1-9 são as seguintes:
HOLY SPIRIT, POWER e WITNESSES, ou seja, ESPIRITO SANTO, PODER e TESTEMUNHAS. A
Igreja que nasce em Jerusalem é a mesma que dá Testemunho de Jesus Cristo na
Judéia, na Samaria, e até o fim dos tempos. A Igreja que nasce a partir de
Pentecostes ou durante o batismo com o Espírito Santo, é a mesma que serve como
paradigma para as Igrejas que darão TESTEMUNHO de Jesus Cristo até aos confins
da Terra. Portanto, 3 palavras-chave nos são delineadas pelo próprio Senhor
Jesus em Atos 1:4-5. E o PODER de que fala Jesus segue impactando a vida dos
apóstolos logo após ao Pentecostes. Não
somente aos apóstolos mas a todos que seguem a Jesus Cristo e obedecem à sua
Palavra. Estevão não era apóstolo, assim como todos os santos e mártires da
Igreja Primitiva também não eram. Mas, se fizessemos um paralelo entre a descrição do que foi a
Igreja Primitiva da narrativa de Atos, veremos que essencialmente não existem
comparações como prova de identidade entre as igrejas brasileiras atuais, a
julgar pelo “poder” que emana do Espírito Santo. E nossas igrejas carecem
profundamente desse poder. Se tomassemos como modelo a vida de Pedro, de Estevão
e de Paulo e os demais apóstolos, santos e mártires, veremos que em nossas Igrejas
Corpo atualmente, não existe poder, não existe o Espírito Santo e não existem
testemunhas de Cristo. O que existe dentro delas, na verdade, é o confronto
ideológico, oposição interna entre irmãos e obreiros, discriminação acirrada e
muita crítica uns contra os outros. As igrejas hoje, personificam o modelo de
sutil manipulação interna e oposição entre seus diversos grupos. De um lado a
liderança controla e manipula as ovelhas e essas, por sua vez, buscam
secretamente controlar e manipular a liderança. Além disso, existe internamente
o dolo da exclusão interna definido por um suposto “zelo” em excluir os que supostamente
se revestem em pele de “lobos”, visando exclusivamente aos interesses específicos
da liderança, à medida que a liderança, em seu zelo discriminatório, se sente
ameaçada em seus interesses absolutos como liderança. Mas, de alguma forma, tal
vício da discriminação de certos membros do corpo nasce em função da insegurança
íntima da própria liderança que não segue ao modelo cristão de liderança, mas a
um modelo secular, político-ideológico, e não bíblico. Se existem “lobos” nas
Igrejas Corpo, não existe liderança cristã efetiva, mas uma liderança camuflada
e frágil. E tal carência de efetiva liderança, que produz insegurança, existe
por conta da educação teológica formal, atada à formação dos líderes que não
lideram como Jesus Cristo e nem sob a inspiração espiritual do Espírito Santo e
da Palavra, mas seguem a um modelo institucional, secular e com bases
político-ideológicas. É interessante observarmos as palavras de Israel Galindo
em “The Hidden Lives of Congregations”, à
página 15. “ The majority of the full-time pastoral staff members of all
of the churches I visited did not have formal theological education”. O autor obviamente se refere a algumas igrejas evangélicas americanas
em solo americano. E o que diremos, pois, sobre as Igrejas evangélicas brasileiras
nos Estados Unidos da América?
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