Monday, June 29, 2020


IGREJAS EVANGÉLICAS BRASILEIRAS NOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA – 21
Sua diversidade eclesiológica e doutrinária.


No primeiro capítulo do livro “UNDERSTANDING THE TRINITY” seu autor Alister E. McGrath começa a narrar a história de um famoso jornal londrino que, certo dia, notificou o obituário de um notório político inglês que na verdade não havia morrido ainda. Indignado, o político ligou para o editor do jornal reclamando porque lhe haviam feito tal ofensa. A resposta do editor além de irônica e resumida, foi a seguinte: “Posso lhe perguntar de onde você está ligando?” Supostamente, a pergunta jocosa teria sido uma piada para que através dela o editor pudesse se justificar diante do político. Coincidentemente, hoje em dia nós também, como em meio aos anos 60, (quando se itensificou a falsa ideia de que Deus teria morrido – GOD IS DEAD – em jornais e revistas americanos e ingleses, como o SUNDAY OBSERVER, TIME MAGAZINE, em uma de suas edições de 1966, THE NEW YORKER, e THE NEW YORK TIMES), formulamos ideias a respeito da Morte de Deus, quando certamente sabemos que Deus jamais havia morrido. E comumente associamos o que sabemos sobre Jesus Cristo quando lemos sobre ele nos Evangelhos. Mas, o pouco que sabemos sobre a pessoa do Espírito Santo nos vem à mente através do que nos disse Jesus nas Escrituras. E tal conhecimento é muitas vezes associativo, ou determinado através de uma figura de linguagem, a metonímia, onde associamos uma parte pelo todo que a engloba. Em outras palavras, quando pregamos sobre Jesus, nós nos referimos indiretamente à pessoa do Espírito Santo, através de uma associação de ideias. Às vezes nem mesmo reconhecemos que o PODER Espiritual que nos foi dado em Pentecostes, está diretamente ligado à pessoa do Espírito Santo. Se não existe poder espiritual nas igrejas hoje, é porque pouco sabemos sobre o Espírito Santo. O legado de Poder eclesiástico que nos foi deixado por Jesus, vem dele. E tal poder inclui o poder de operar milagres, sinais e maravilhas, o poder do convencimento do pecado humano e do arrependimento, o poder do avivamento espiritual em nossas igrejas, e o poder de seu crescimento exponencial, o extraordinário poder de reconhecer e transformar nossas igrejas em Sal da Terra e Luz do Mundo. Se nossas igrejas desconhecem a pessoa e o poder que advém do Espírito Santo, tais igrejas estão frias e porque não, estão à beira da Morte de Deus de que nos falavam os anos 60. SE o mundo se encontra perdido, à beira do fim trágico de suas intituições, à beira do colapso moral e espiritual das nações, é porque a igreja desconhece o poder que vem do Espírto Santo.

 João 8:32 nos diz que “E conheceremos a Verdade e a Verdade nos libertará.” Nossas igrejas evangélicas vivem acuadas, amedrontadas e oprimidas pelo poder secular das instituições mundanas e pelas demandas do Estado, à espera de conhecer sobre o Espírito Santo. E por tal motivo elas se tornam também instituições mortas, carentes do avivamento espiritual e esvaziadas do Poder que lhes advém através do Espírito Santo. O que observamos hoje é que nossas igrejas, através de sucessivas gerações históricas, se projetaram para além de um desconhecimento quase total de quem é o Espírito Santo, certamente com medo de serem denominadas como “Pentecostais“ ou “Neo-Pentecostais” pois tais alcunhas muitas vêzes se tornaram inapropriadas ou inconvenientes. Melhor serem chamadas de Nova Luz, Nova Esperança, Nova Vida, Nova Jerusalem, Evangelho Renovado, Universal, ou Graça de Deus entre outros. O nome da igreja, no entanto, não define se ela tem ou não o poder do Espírito. Mas, essencialmente nossas igrejas estão à beira do colapso por desconhecerem quem é o Espírito Santo e que Poder é esse de que nos falou Jesus Cristo. E que Poder é esse afinal? Estamos de posse do Poder absoluto espiritual que nos foi legado por Jesus Cristo através do Espírito Santo? Qual foi a última vez que ouvimos se pregar sobre o Espírito Santo? As alegações mais comuns são de que Deus, Jesus Cristo e o Espírito Santo são a mesma pessoa e que ao pregarmos sobre Deus Pai no Antigo Testamento, ou sobre Jesus Cristo no Novo, estamos na verdade nos referindo ao Pai e a Jesus como também ao Espírto Santo. Isso é de fato, uma verdade incontestável. Mas, o que diremos sobre a Palavra de Deus em Atos 1:8 quando Jesus nos promete a vinda do Espírito Santo e o derramar do Poder advindo com Ele? Uma promesa que deveria ser obedecida pela Igreja Corpo de então, e o revestimento de Poder Espiritual seria a condição inicial para que os Apóstolos do Mestre iniciassem o IDE de Jesus Cristo para começarem a tão árdua tarefa de evangelização dos povos em toda a Terra. O Poder Espiritual nas igrejas evangélicas hoje, como foi no passado, está associado à pessoa do Espírito Santo. Se não existe poder de transformação, conversão, milagres, sinais e maravilhas, além do Batismo do Espírito Santo, isso significa que o Espírito Santo não está presente nas Igrejas. Afinal, quem é o Espírito Santo?  

Thursday, June 25, 2020


QUOTE OF THE MONTH


“The Old Testament frequently refers to God as a rock. (e.g. Psalm 18:2; 28:1; 42:9; 78:35; 89:26; Isaiah 17:10). In many ways it may seem quite inappropriate to model God on an inanimate object such as a rock. However, the image is actually very helpful, conveying one simple and very powerful idea – security and reliability.”

5. God as a rock, by Alister E. McGrath in UNDERSTANDING THE TRINITY, on pg. 74.

Wednesday, June 24, 2020


 IGREJAS EVANGÉLICAS BRASILEIRAS NOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA – 20
Sua diversidade eclesiológica e doutrinária. 

Na verdade a não aceitação de conceitos definidos teologicamente através de uma análise bíblico-exegética, existe em função de uma rejeição pura e simples. E uma das razões para tal rejeição é que as igrejas pretensamente suportam suas próprias convicções na direção de uma postura exclusiva e separatista que em si, limita a investigação e a interpretação dos  textos bíblicos, em função da preservação de seus próprios princípios eclesiásticos, suas leis internas, estatutos, laws e by-laws, e outros dogmas internos. E se observarmos atentamente, cada igreja tem suas próprias convicções internas, seu conjunto de ideologias internas  aplicadas à Palavra de Deus. Por que, em verdade, a interpretação que a cúpula da Igreja dá a si própria, muitas vezes é baseada apenas numa mera interpretação cujas convicções não são teológicas ou teologicamente doutrinárias, mas se caracterizam por conclusões dogmáticas advindas da liderança centralizada. No entanto, se formos nos aprofundando mais nessa questão veremos que as igrejas querem se preservar dos movimentos anteriores, dos erros do passado, ou dos anos que a precedem, e buscam por esse motivo criar dispositivos próprios de preservação de suas instituições. As diferentes denominações existentes hoje falam muito bem dessa tendência separatista. (É bom que se exclareça aqui que nós não defendemos qualquer movimento ecumenista.) A tal ponto que as Igrejas de modo geral criaram um leque de separatismo, uma diversidade de interpretações exclusivistas a ponto de se excluirem entre si. Na verdade, existe uma série de interesses que estão em jogo na direção da preservação desses interesses.  E nessas intenções existe a manifestação do que Israel Galindo chama de “Alarming Indicators” (opus cit. page 14) que na verdade são respostas das diferentes denominações às suas próprias intenções de preservação, como mecanismos de diferenciação que surgem em função de cada umas das diferentes interpretações que nascem dentro das igrejas e que por isso, as define como denominações exclusivas. A questão da interpretação tem grande relevância hoje como teve no passasdo, até mesmo dentro da Igreja Primitiva. ( Por exemplo, a controvérsia ligada à circumcision que ocorreu entre Pedro, o apóstolo líder da Igreja, e Paulo de Tarso, na cidade de Antioquia e em Jerusalém, conforme está descrito em Atos 15, em 1 Cor.7:18 e na carta de Paulo aos Gálatas 2:11-14) A igreja não está imune às controversias de interpretações da Palavra que venham a criar contoversias internas.  Tal intenção de preservação nasce a partir do instante em que surge uma nova denominação pois do contrário elas não sobreviveriam, mas se lançam no “mercado eclesiástico” ou na indústria que rege tal mercado, com intenções muito claras de se preservarem ou até mesmo com intenções de dominarem sobre outras igrejas.  Desta forma, entre as Igrejas evangélicas brasileiras aqui nos Estados Unidos, existem aquelas que ao buscar se preservar ou buscando preservar sua existência como exclusiva, admitem rejeitar a eclesiologia de outras igrejas numa postura exclusiva, ou seja, banindo o que certas igrejas admitem em sua eclesiologia. Um exemplo claro disso, é que algumas igrejas rejeitam o batismo nas águas operado por outras. E quando um membro de uma igreja admite mudar-se para outra igreja, seu batismo nas águas é simplesmente rejeitado por tal congregação e tal membro é convencido a se batizar novamente para obedecer aos requisitos doutrinários estabelecidos pela nova igreja. Esta é uma das restrições impostas por igrejas entre si. Semelhante comportamento eclesiástico, além de se manifestar como originário de uma atitude zelopática dentro de determinadas igrejas, é também fruto do “comportamento julgamental” que certamente existe de igreja para igreja. O termo, na verdade, tem uma conotação negativa. E a expressão julgamental é negativa no sentido de que descreve alguém que se apressa em emitir opiniões e juízos ( ou pré-juízos ) contra alguém, sem apresentar razões justificadas. Podemos até mesmo considerar tal comportamento comum em muitas igrejas brasileiras, ou não, aqui nos Estados Unidos ou não, como uma atitude farisáica e hipócrita. Além disso, tal comportamento julgamental chega até mesmo,  numa atitude extrema, a excluir membros da congregação baseando-se em seu comportamento julgamental exclusivo e sem razões justificadas.  Tal distinção entre o comportamento julgamental de certas igrejas evangélicas chega até mesmo a afetar o crescimento de certas igrejas, pois ele se manifesta em função de um comportamento de autoritarismo julgamental e não através do Poder espiritual dado às igrejas Corpo durante o Pentecostes. Observe que durante e após o Pentecostes, o discursso de Pedro converteu mais de 3 mil pessoas através do Poder do Espírito. No mundo espiritual existe uma reação positiva dada pelo Espírito Santo no sentido do crescimento da Igreja.

Monday, June 22, 2020


IGREJAS EVANGÉLICAS BRASILEIRAS NOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA – 19
Sua diversidade eclesiológica e doutrinária.

Autoridade e Poder, são conceitos diferentes que precisam ser clarificados e devidamente entendidos para que o caráter espiritual da Igreja Corpo, seja definido a fim de que a Igreja seja entendida como Corpo Espiritual, da Igreja dos ultimos dias. De uma forma radical a Igreja precisa retomar seu espaço hoje como um modelo à semelhança do modelo paradigmático, que era na verdade uma igreja de poder, e não de autoridade. E nisso devemos perseguir o que nosso lider e cabeça a quem toda a autoridade é devida. E Jesus foi muito claro e específico na definição dos dois conceitos que se aplicam à igreja de hoje também. Se não existe entendimento do que tais conceitos significam, a Igreja perde sua visão como igreja de poder espiritual e passa a assumir equivocadamente seu papel como igreja de autoridade, onde seus líderes assumem erroneamente um carater autoritativo secularizado. A igreja de poder do Espírito Santo é a herança e o legado deixado por Jesus através do Espírito. Pois existe uma visão entendida como dentro de um erro de interpretação da Palavra, que se reveste da autoridade que somente a Jesus deve ser aplicada. Observe que a autoridade como o mundo a conhece hoje, tem conotações politicas limitadas, obviamente aplicada aos negócios pertinentes ao Estado ou ao governo secular dentro de uma esfera limitada aplicada aos varios poderes seculares existentes no mundo hoje. E o Estado, pretensamente usa de autoridade secular, como vemos claramente, delimitando a própria “autoridade” eclesiastica, que certamente não pode se impor contra tal autoridade do Estado. Mas, o poder espiritual deixado como legado cristão para a Igreja, é a única força que supera e se sobrepõe à autoridade secular do Estado. Porque o conceito cristão de poder, tem dimensão absoluta, pois está revestido do Poder infinito concedido pelo Espírito. Alguns dizem que a Igreja deve se revestir de autoridade e nisso ela se perde, pois não sabe expressar o que Jesus deixou para a Igreja no seu modelo paradigmático. Unica e exclusivamente o Poder Espirtual.  No A.T. nós vemos a distinção clara desse conceito quando Deus usa a José do Egito, primeiramente através de uma projeção definida de poder espiritual, em meio à autoridade do faraó que se rende ao fato de que José percebe e usa de poder espiritual para revelar coisas relativas à vida numa dimensão política. Através desse poder espiritual, José muda o cenário político-social-espiritual de toda uma nação. O mesmo aconteceu com Daniel e os tres hebreus lançados na fornalha de fogo ardente. De nada lhes adiantaria usar de autoridade, mas eles se renderam unicamente à força e ao poder espiritual que o Espírito lhes concedeu para sairem ilesos da autoridade faraônica usada para destruí-los no fogo, mediante um decreto autoritário. Na igreja de Pentecostes tal poder foi devidamnete declarado, e testificado como legado perpétuo e atestado para os confins da terra. Nas igrejas atuais, principalmente nas Igrejas brasileiras nos Estados Unidos, existe o vício pastoral que se propõe a se presentificar através de um legado autoritativo que não existe e nem foi deixado por Jesus. Ninguém pode operar milagres através de um legado de autoridade eclesiástico. Mas, tal autoridade está conectada à pessoa e ao nome de Jesus, a quem foi concedido toda a autoridade nos céus e na terra. Desta forma, o que nós percebemos claramente é que alguns pastores se propóe a usar de uma autoridade que não lhes foi concedida, e passam a minifesta-la sem o entendimento de que a AUTORIDADE foi dada a Cristo para que a IGREJA a use através do PODER ESPIRITUAL que lhe foi concedido.  Em Marcos 12:17 Jesus atesta claramente a separação entre Poder Espiritual e Poder Estatal manifesto acima de tudo através do poder político. “Render to Caesar the things that are Caesar’s and to God the things that are God’s.” ( Dê a Cesar o que é de Cesar, ou seja, o poder politico baseado numa autoridade legal,  e a Deus o que é de Deus, ou seja, o poder espiritual, que supera infinitamente as limitações pertinentes à autoridade política do Estado, concedida por um legado politico de autoridade política.) Mas o legado espiritual de poder dado à Igreja é ilimitado e durará para sempre. Aliás, os conceitos que irão definir a igreja como instituição, serão apresentados aqui, para que possamos distinguir com clareza, o que vem a ser tal conceito em face do poder espirtual da Igreja, em detrimento de seu poder como instituição meramente secular. Tal definição vai nos permitir também clarear a definição dos conceitos aplicados aos diversos modelos de igrejas denominacionais pentecostais.      

Thursday, June 18, 2020


IGREJAS EVANGÉLICAS BRASILEIRAS NOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA – 18
Sua diversidade eclesiológica e doutrinária.


Tivemos a oportunidade de pesquisar em uma série de referências bíblicas o significado mais profundo, ou supostamente mais genérico, em relação aos termos “autoridade” e “poder” em duas referencias bíblicas:  Atos 1:7-8 e Mateus 28:18. Como pudemos observar Jesus fez distinção clara entre os dois termos ao se referir simultaneamente a Deus Pai e aos homens reunidos em Jerusalem. Ou melhor ainda, quando Jesus se referiu a Deus Pai em Atos 1:7, ele disse a palavra Autoridade (ἐξουσία Acts 1:7 BGT, BYZ, M-01A,  M-012A, 012B, 012C, M-03A e muitas outras referências ) de modo específico, como já mencionamos. E quando Jesus se refere ao poder dado pelo Espírito Santo aos que estavam reunidos no dia de Pentecostes, ele se refere ao termo PODER ( δύναμιν Act 1:7 BYZ e muitas outras referências.) Jesus Cristo, como Deus ele próprio, quis ser específico em relação às coisas espirituais atribuídas aos homens. Tal distinção, na verdade, está muito clara na Palavra quando ele quer se referir às “coisas” de Deus, relativamente às coisas dos homens. As referências bíblicas às quais nos aludimos, são mencionadas em Atos 1:7-8 e Mateus 28:18 que diz: “Then Jesus came to them and said: ALL AUTHORITY  in heaven and on earth has been given to me.” ( NIV.) ( Então Jesus veio a eles e lhes disse: TODA AUTORIDADE no céu e na terra me foi dada.) Nas 58 versões bíblicas diferentes da Palavra em Mateus 28:18 nós vemos claramente que existe um determinado número de variações que se referem a AUTORIDADE e outras que se referem a PODER. Em 42 versões pudemos observar que o termo grego usado para AUTORIDADE é εξουσια, e em 16 versões o termo citado foi PODER ( δύναμιν ) e certamente isso nos permite concluir que as fontes referenciais consideradas nos dão uma margem de segurança em afirmar que o termo AUTORIDADE é específicamente usado para DEUS e JESUS e não para os homens, aos quais se aplica o termo PODER. Isso obviamente não nos permite concluir que os dados estatísticos retirados de uma análise exegética de determinados textos bíblicos, não nos levam à verdade, mas nos dão elementos para uma análise exegética mais apurada. Bem sabemos que O ESPÌRITO SANTO nos conduz à verdade da Palavra quando a ouvimos e meditamos. Isso, no entanto, nos dá elementos para concluir que existem muitas variações nas escrituras a traduções das versões originais, tanto do grego do NT., quanto do hebráico do VT. O número de variações em várias versões diferentes nos permitem concluir também que o termo AUTORIDADE ( εξουσια ) referido a DEUS e a JESUS, é mais consistente na sua aplicação à divindade, do que em relação ao termo PODER ( δύναμιν ) aplicado especificamente aos seres humanos no Corpo de Cristo. Isso nos dá a entender que Jesus fez distinção nas coisas relativas aos céus ou a DEUS PAI ( e a si próprio ) ao usar termos específicos. Outras conclusões são as seguintes: o termo PODER se refere à incontestável concessão de PODER espiritual dado pela promessa da vinda do Espírito Santo sobre aqueles que estavam reunidos em Jerusalem no dia de Pentecostes, promessa que se estende a TODOS os membros do Corpo de Cristo, até aos confins da terra. E como já dissemos, o termo AUTORIDADE (ἐξουσίᾳ.) se refere às coisas específicas de Deus Pai, do Filho e do Espírito Santo dadas pelo PAI a seu filho amado Jesus Cristo e por isso, cabe aos líderes de igreja, não confundirem as coisas que são específicas de DEUS e as coisas que foram dadas  aos homens por direito espiritual concedido e adquirido. Deus Pai certamente sabe distinguir aquilo que é concernente a Jesus daquilo que é concedido aos homens. É evidente que DEUS prometeu e concedeu o Espírito Santo de poder e verdade à Igreja Corpo, da forma como Estevão, Pedro, Paulo e os demais apóstolos e mártires da Igreja Primitiva o receberam. E Deus é justo e verdadeiro naquilo que promete ( Romanos 3:4; Num. 23:19-20).  A questão mais controvertida relativamente às nossas igrejas brasileiras nos Estados Unidos diz respeito ao PODER dado pelo Espírito Santo àqueles que o mereceram e continuam a merecer os benefícios espirituais concedidos pelo Espírito. O poder do Espírito Santo deve habitar em meio à congregação como foi prometido e concedido realisticamente por JESUS ainda hoje nas igrejas. Não são os pastores que concedem o Espírito em suas pretensas orações autoritativas,  mas o Espírito é dado pela pessoa de JESUS CRISTO às Igrejas. Existe aí uma espécie de IDOLATRIA ou uma FIGURAÇÂO SEMÂNTICA DE TERMOS, QUANDO DETERMINADOS PASTORES SE CONFUNDEM E SE REVESTEM DE autoridade espiritual para conceder o Espírito Santo à Igreja. Isso é uma idolatria pastoral e deve ser banida de dentro do Corpo de Cristo. Quem concede o PODER do Espírto Santo é o Espírto de Jesus que vive nas Igrejas Corpo, conforme diz a Palavra de Deus. Nenhum pastor deve dizer “estar revestido de ‘autoridade’ espiritual” dentro das igrejas evangélicas, ou naquelas igrejas que professam uma fé verdadeira em Jesus Cristo e obedecem à sua Palavra. Tal confusão semântica certamente leva a liderança a pecar contra a própria Palavra de Deus quando o assunto é o Batismo no Espírito Santo. Somente JESUS tem AUTORIDADE para nos batizar com o Espírito Santo para sermos revestidos pelos dons e pelo PODER que vem do céus através do Espírito Santo.      

Monday, June 15, 2020


IGREJAS EVANGÉLICAS BRASILEIRAS NOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA – 17
Sua diversidade eclesiológica e doutrinária.

Em Atos 1:8 Jesus nos revela 3 grandes segredos concernentes à Igreja corpo ( ekklesia ) formada a partir de Pentecostes. São eles: PODER, ESPÍRITO SANTO e TESTEMUNHA. Para melhor entendermos o que ele quer nos dizer nessa referência, faremos uma análise exegética de tais termos, baseado nas versões originais de que disposmos e nos lexicons que temos disponíveis no momento.  ( Friberg Greek Lexicon, VGNT Greek Dictionary, Gringrich Greek Lexicon, e as versões em que encontraremos o termo original em grego: BGT., BYZ., M-01A e M-03A onde não existem variações na semantica das palavras). Seu significado tem a ver com fortaleza, força, potestade angelical, poder, habilidade, capacidade, força no sentido militar, poder como a de um ser divino, milagre, ato ou ação de poder, e dinamite (devido à pronuncia do grego como dinamis ), ou referindo-se a dínamo, central geradora de poder. Na verdade, podemos atribuir à palavra “poder” no NT., dois sentidos básicos: 1) dado por Jesus que não usou o termo δύναμιν (Act 1:8 BGT) com limitações, mas deu sentido absoluto à palavra e  2) o sentido dado pelo homem, que tem conotações político-culturais referidas ao contexto de cada linguagem. Isso nos permite concluir que as palavras PODER, POWER e DÍNAMIS ( no grego do NT. δύναμιν ) tem conotações e sentidos diferentes quando Deus se refere à palavra manifestando o conteúdo atribuído a Deus, ao pronunciá-la. E quando o homem fala a mesma palavra também ao pronunciá-la. Jesus certamente se referiu ao sentido absoluto ( ou universal ) da palavra “poder” como manifestação de um atributo divino, ou seja, Deus tem poder, o Espírito Santo tem poder, e esse é o poder de que fala Jesus aplicado aos seres humanos, quando ele diz em Atos 1:8 “E recebereis poder quando o Espírito Santo vier sobre vocês” . E Pedro  se apossou desse mesmo poder ao operar milagres em Jerusalem. Certamente entendemos que na Bíblia Sagrada autoridade e poder são conceitos diferentes, ao referir-se a Deus (Mat 28:18 BYZ- ἐξουσία - autoridade) e poder, ao se referir aos humanos (poder δύναμιν Act 1:8 BGT). No entanto, o conceito de autoridade engloba o conceito de poder em seu sentido. E no sentido bíblico “autoridade” quer dizer também ter poderes cósmicos acima e além da esfera humana mas também relacionado ao homem, ( cf. Josué 10: 12-13 ) porque existe no texto do NT o sentido de poder e autoridade exercido por governantes, domínio e jurisdição. No entanto, como observamos, os termos são manifestos através de diferentes palavras, como podemos ver acima. Mas, nas escrituras percebemos que Jesus ao se referir ao Pai no mesmo verso de Atos 1:7, ele usa do termo “autoridade”( ἐξουσία conforme tambem Mat 28:18 BYZ). Em Atos 1:7 está claro que algumas traduções trazem o termo “autoridade” ( a versão NIV em Ingles traz o termo “autoridade”) assim como as versões em grego (Atos 1:7-8) também trazem os termos diferenciados, autoridade e poder. A questão mais controvertida agora, é saber se nossas igrejas que se chamam pelo nome de Corpo de Cristo, e se apregoam o direito de se declararem A Noiva do Cordeiro, operam de acordo com o Poder que lhes foi atribuído pelo Espírito Santo. Ou se elas se transformaram com o tempo, em meras instituições religiosas sem que se manifeste nelas o poder do Espírito Santo da forma como Deus Pai concedeu à Igreja Primitiva no dia de Pentecostes. Essas são as divergências reais que certamente existem desde o princípio quando o Espírito Santo desceu sobre aqueles reunidos em Jerusalém. Na verdade, eles eram e são, como nós, a mesma Igreja fundada por Jesus Cristo, que deve ser entendida no seu sentido paradigmatico mais original. Ou isso não faz mais sentido nos dias atuais? 
A palavra-chave seguinte dita por Jesus em Atos 1:8 é "Espírito Santo". E também dela faremos um estudo exegético de seu sentido mais profundo.

Saturday, June 13, 2020


IGREJAS EVANGÉLICAS BRASILEIRAS NOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA – 16
Sua diversidade eclesiológica e doutrinária.


A história da Igreja em sua “evolução” através do tempo demonstra uma identidade muito profunda com a própria ideia da instauração do Reino dos Céus que se inicia com Jesus Cristo, no sentido de que Igreja e Reino dos Céus são identidades correlacionadas. Noutras palavras, a Igreja foi fundada não apenas com propósito educacional teológico, mas também com a ideia de constante preservação dos ideais cristãos de que o Reino dos Céus avança e se perpetua através das gerações seguintes, acolhendo todos aqueles que são chamados para dele fazerem parte e se inserirem. Ela lança uma proposta de originalidade em seu convite a todos os povos para o convívio do Reino. Portanto, as portas da Igreja que prevalecem em sua penetração histórica, resistindo ao reino das trevas, representa o próprio e vitorioso avanço do Reino dos Céus entre nós, cujo fundador nos garante sua sobrevivência constante e vitória inabalável. No entanto, a identidade da Igreja Corpo com o Reino dos Céus está desaparecendo, se já não está completamente extinta, em função da busca por um modelo de desenvolvimento eclesiástico fora dos padrões paradigmáticos implantados pela Igreja Primitiva. E isso ocorre muito dentro das igrejas brasileiras nos Estados Unidos. Na verdade tal busca apresenta duas opções perigosas. As igrejas não procuram mais por líderes, ou pastores ou teólogos treinados  teologica e eclesiasticamente, mas as opções maiores recaem sobre aqueles cujas experiências em negócios ou habilidades gerenciais chamam mais a atenção da liderança eclesiástica. ( Cf. Israel Galindo op. cit. pg. 15 &16 ).  Resultado, o membro da Igreja, na maioria dos casos, tem maiores oportunidades à medida que ele é reconhecido como dono de empresa bem sucedido (o que é uma característica secular) e quando seus dízimos e ofertas estão bem acima da média dentro do cômputo geral. E muitas vêzes, por tais motivos, suas oportunidades em se tornar membro de eleite da liderança eclesiástica, é bem maior se comparada aos demais membros. Por esse motivo a Igreja perde em qualidade de exposição, interpretação e na pregação da Palavra, em função da carência na formação teológica. Em função disso, a Igreja se vê na opção de dar mais ênfase aos dízimos e ofertas porque ela se identifica mais com uma característica de instituição social que compete em nível de desigualdade com outras instuições eclesiásticas e denominações que estão “crescendo mais” numa comparação desigual. Perde-se portanto, o foco e a visão da Igreja dentro da perspectiva do Reino dos Céus. A liderança, portanto, tem um pé no Reino e outro no mundo, o que caracteriza uma igreja encima do muro. E tal dualidade é representada pela divagação espiritual da liderança pastoral que enfatiza mais seu próprio sustento, o sustento e futuro da própria família, os encargos sociais da igreja, a manutenção de sua estrutura social e orgânica em detrimento de seu crescimento como parte espiritual do Corpo de Cristo dentro da perspectiva do Reino. Se hoje não podemos distinguir claramente tais realidades ( Igreja na identidade do Reino e Igreja instituição secularizada ), é porque a Igreja está cada vez mais ausente de sua missão espiritual tornando-se um negócio a ser gerenciado. No entanto, não podemos negar que a Igreja está conectada ao seu contexto social e urbano.  Existe um artigo interessante em “ INCARNATIONAL MINISTRY – Planting churches in Band, Tribal, Peasant and Urban Societies”, by Paul G. Hiebert and Eloise Hiebert Meneses, à página 325, cujo título é “The Church in Urban Societies”, onde o autor nos diz: “ If the church captures the cities for Christ, it will grow. If it loses the cities, it will become a movement on the margins of modern life.”   ( Se a Igreja conquista as cidades para Cristo, ela crescerá. Se ela perder as cidades, ela se tornará um movimento às margens da vida moderna. ) E a Igreja cristã não pode ser apenas um movimento. Não podemos negar que a Igreja Primitiva cresceu dentro do contexto urbano, e Paulo previu tal perspectiva urbana ao buscar se inserir no contexto das cidades de seu tempo. É evidente que o contexto original difere substancialmente das igrejas hoje. Mas, muitas igrejas brasileiras negam sua inserção no contexto diversificado da cultura das cidades em que se encontram. Um exemplo disso é que algumas igrejas rejeitam os cultos em Inglês ou em Espanhol dentro de sua estrutura eclesiástica, por razões até mesmo desconhecidas (mas talvez por incompetência dentro de seu corpo pastoral, por discriminação das culturas diversificadas em seu contexto, ou até mesmo por rejeição pura e simples ). Mas, em suma, tal rejeição significa negar o contexto socio-urbano em que elas estão inseridas, e as perspectivas futuras da evolução de seu conteúdo sócio-cultural em que elas, fatalmente, mais cedo ou mais tarde terão que adotar o Inglês como idioma prevalecente dentro da sua eclesiologia.

Thursday, June 11, 2020


IGREJAS EVANGÉLICAS BRASILEIRAS NOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA – 15

Sua diversidade eclesiológica e doutrinária.



Antes mesmo de nos adentrarmos numa análise exegética dos termos (palavras-chave) ditos por Jesus Cristo em Atos 1:8, que na verdade foram as últimas palavras proferidas pelo Mestre diretamente à Igreja Corpo em formação, antes de sua ascensão, devemos reconhecer que tais palavras revelam à Igreja Corpo segredos que seguiriam àqueles que foram chamados para fazer parte espiritual de seu próprio corpo, a Igreja, formando sua presença no mundo dentro da própria Igreja Corpo que se chama pelo seu nome. Através dessas 3 palavras nós vamos entender o poder e a influência da Palavra de Deus ditas por Jesus Cristo, e a ação do Espírito Santo sobre o crescimento exponencial da Igreja, que passou de 3 mil no Pentecostes, para em torno de 5 mil homens em apenas alguns dias, conforme relato de Atos, fato que ocorreu antes e logo após à prisão de Pedro e João por ordem do Sinédrio. No entanto, a evidência maior apontando na direção do crescimento da Igreja Corpo e dos milagres operados por Pedro, certamente ocorreram por obra e graça do Espírito de Jesus Cristo que opera maravilhas na vida dos que nele creem e cega o entendimento àqueles que nele não creem. É evidente que não se trata aqui considerarmos “crescimento de igreja” como a matéria de maior importância dentro do contexto desse estudo. Mas,  devemos observar que a ação conjunta entre Jesus Cristo, o Espírito Santo e o poder que emana DELES e somente DELES é a única força que atua como dínamo e que opera não somente o crescimento da Igreja Corpo, mais o acréscimo exponencial daqueles que seriam e serão salvos por obra do Espírito Santo somente. E não por obra do Pentecostalismo ou da zelopatia, ou da paranóia de liderança, ou da polidez eclesiástica das igrejas que se tornaram negócios institucionalizados, lucrativos e secularizados. Em toda essa controvérsia relativa aos diferentes estágios  em que a Igreja Corpo passa a se envolver a partir da morte e ressurreição de Jesus Cristo, seguida pelo Pentecostes, o discursso e morte de Estevão, o discursso e milagres operados por Pedro, seguidos pelo crescimento exponencial da Igreja, de 3 para quase 5 mil membros , e o trabalho missionário de Paulo, importa-nos questionar um fato que normalmente passa desapercebido pela grande maioria das Igrejas brasileiras nos Estados Unidos. Estão tais igrejas inseridas dentro do contexto espiritual da forma como a Igreja paradigmática, dita primitiva, sempre esteve, ou  deixamos nos envolver por uma série de variáveis que se tornaram influentes e secularizadas? A questão de maior relevância certamente se encontra revelada não somente nas páginas inspiradas do livro de Atos dos Apóstolos, mas em toda a Palavra de Deus, mas notadamente nas páginas reveladoras dos livros do Novo Testamento, que nos dão um relato mais apurado acerca da fundação da Igreja Cristã antes, durante e após a vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo. Nós cremos, no entanto, que os Livros do Novo Testamento não tem sido estudados profundamente, analisados e meditados teologicamente em tais igrejas, para que o Espírito Santo nos revele segredos ainda não de todo desvendados. É importante observarmos que em Atos 4:13, os membros do Sinédrio zombaram de Pedro (e João) aos chamá-los de iletrados e homens ordinários ao se admirarem de sua fluência discurssiva e na operação de milagres. Mas, não se reportaram ao fato de que os discípulos de Jesus Cristo estiveram com o Mestre dos Mestres aprendendo com Ele durante 3 anos em seu convívio diário e que Jesus Cristo certamente soube instruí-los e educá-los convenientemente da forma como nenhum homem na terra soube jamais instruir e educar.

Tuesday, June 9, 2020


IGREJAS EVANGÉLICAS BRASILEIRAS NOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA – 14
Sua diversidade eclesiológica e doutrinária.


A vitória definitiva de Jesus no calvário começa com sua morte e ressurreição. A vitória da Igreja obedecendo ao exemplo do Mestre se inicia com o Espírito Santo, com o discursso de Pedro, a morte do primeiro martir Estevão, e o nascimento da Igreja que personifica a própria vitória do Mestre, através do trabalho missionário de Paulo. É a vitória da Igreja que avança em glória com a certeza de que o Espírito do Senhor a sustenta e vivifica. Os homens, no entanto, criaram auternativas de criticismo, alternativas de controle eclesiástico, e as denominações. Entre elas, o Pentecostalismo, que visava seguir ao modelo da Igreja Primitiva fundada por Jesus e alimentada pela fé apostólica. No entanto, o Pentecostalismo criou seu próprio modelo de Igreja, que se espalhou pelo mundo criando também diferentes e divergentes modelos de Igreja, supostamente com intenções de seguir ao Modelo paradigmático da Igreja Primitiva. O Pentecostalismo, da forma como vimos hoje, foi criado para idealizar o modelo paradigmático, mas serviu mais para humanizar um criticismo eclesiástico e as tentativas frustradas de uma inserção nas experiências válidas da Igreja de Pentecostes. Além disso, criaram também (muitas vezes incosncientemente) a zelopatia psicopáta, cujas principais intenções eram voltadas para a crítica pura e simples e impiedosa da Igreja Corpo, mas intencionalmente voltada para a igreja institucionalizada, com características de instituição política e social. E por meio do zelo impiedoso (que se assemelhava a uma inquisição branda contra a Igreja primitiva ) buscavam excluir impiedosamente aqueles cujos sonhos mais puros eram o de mover a Igreja ao retorno à igreja que buscava ser movida pelo Espírito Santo. A zelopatia psicopata é na verdade uma doença que existe até aos dias atuais, e significa um excesso de zelo extrapolado, dirigido pela liderança da igreja a uma parte significativa dos membros internos da própria igreja, visando criticar e excluir. Portanto, o excesso de zelo nas igrejas brasileiras gera a zelopatia, que também representa um mecanismo de defesa da liderança eclesiástica no sentido da sua autopreservação nas esferas do poder. Em consequência, a zelopatia visa preservar os interesses de tal liderança contra a ameaça aos seus interesses, ou contra problemas internos às igrejas, contra a ameaça à perda dos interesses exclusivos e de poder da liderança, e favorável à discriminação de determinado número de pessoas (ou ovelhas) ou até mesmo a outros pastores, para que se sintam ameaçados e se afastem da igreja. Nesse sentido a zelopatia, que é uma anomalia crônica dentro das igrejas, se manifesta como um fenômeno político-social e não como sintoma de religiosidade ou de espiritualidade. Sem dúvidas, o zelo excessivo e doentio, é uma herança do farisaísmo. Normalmente os zelopatas são mal instruídos teologicamente, pois se concentram e se manifestam em um nível inferior de características político-socio-ideológicas e não a nível de espiritualidade e amor. E isso define a Igreja Corpo como um organismo meramente político, que passa a se tornar com o tempo, um grupo movido e orientado por forças políticas internas, por leis e sub-leis de controle e manipulação, fora dos preceitos bíblicos e muito aquém do que Jesus Cristo estabeleceu durante a fundação da Igreja Corpo que leva seu nome. Jesus Cristo também manifestou zelo para com seus discípulos quando esteve na terra, mas não existem evidências de que ele tenha excluído Judas, que o traiu, da confraria dos apóstolos, mesmo sabendo que Judas o trairia. A palavra ZELO (zeal) aparece várias vêzes no relato bíblico desde o livro de Números no Antigo Testamento, até à carta de Paulo de Tarso aos cristãos Filipenses, no Novo Testamento. E Paulo nos faz uma séria advertência em Romanos 10 verso 2, referindo-se ao zelo dos Israelitas por Deus, nas seguintes pelavras: “ For I can testify about them (the Israelites) that they are zealous for God, but their zeal is not based on knowledge.” ( “Porque eu posso testificar a respeito deles que eles são zelosos por Deus, mas que seu zelo não é baseado em conhecimento ( ou em sabedoria).”  E esse é um dos tipos de zelo muito comum a algumas igrejas evangélicas brasileiras, nos Estados Unidos. Tal modelo de zelo criticado por Paulo em Romanos, segue a um padrão de zelopatia que se identifica com organismos institucionais com objetivos sócio-políticos, como já nos referimos, mas não com o modelo paradigmático de Igreja Corpo, a exemplo do modelo da Igreja encontrada no discursso bíblico.            

Saturday, June 6, 2020


IGREJAS EVANGÉLICAS BRASILEIRAS NOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA – 13
Sua diversidade eclesiológica e doutrinária.

O Livro de Atos dos Apóstolos delineia alguns dos dados mais importantes acerca da história gloriosa da vida de Jesus Cristo entre nós. E ainda, sua narrativa inspirada, detalhada e cheia de informações preciosas, dá testemunho ocular da pessoa de Jesus “até o dia em que Ele foi elevado aos céus”. A partir de então, começa a história documental do Reino que Ele pregou e que agora, após sua ascenção continua através da Igreja Corpo que nasce em Pentecostes. E na dimensão gloriosa do Reino, o batismo de João Batista cede lugar ao batismo no Espírito Santo, quando, dando instruções aos seus discípulos, para que permanecessem em Jerusalem, Jesus lhes diz: “ For John baptized with water, but in a few days you will be baptized with the Holy Spirit” ( Acts 1:5 – NIV.) Jesus não veio abolir o batismo nas águas mas complementá-lo em sua essência com o batismo no Espírito. A Igreja Corpo segue os passos do Senhor a partir do instante em que Ele determina “ You will receive POWER when the HOLY SPIRIT comes on you; and you will be my WITNESSES.” (Acts 1:8).  Um determinado número de palavras-chave, dentre outras palavras-chave em Atos 1:1-9 são as seguintes: HOLY SPIRIT, POWER e WITNESSES, ou seja, ESPIRITO SANTO, PODER e TESTEMUNHAS. A Igreja que nasce em Jerusalem é a mesma que dá Testemunho de Jesus Cristo na Judéia, na Samaria, e até o fim dos tempos. A Igreja que nasce a partir de Pentecostes ou durante o batismo com o Espírito Santo, é a mesma que serve como paradigma para as Igrejas que darão TESTEMUNHO de Jesus Cristo até aos confins da Terra. Portanto, 3 palavras-chave nos são delineadas pelo próprio Senhor Jesus em Atos 1:4-5. E o PODER de que fala Jesus segue impactando a vida dos apóstolos logo após ao Pentecostes.  Não somente aos apóstolos mas a todos que seguem a Jesus Cristo e obedecem à sua Palavra. Estevão não era apóstolo, assim como todos os santos e mártires da Igreja Primitiva também não eram. Mas, se fizessemos um paralelo entre a descrição do que foi a Igreja Primitiva da narrativa de Atos, veremos que essencialmente não existem comparações como prova de identidade entre as igrejas brasileiras atuais, a julgar pelo “poder” que emana do Espírito Santo. E nossas igrejas carecem profundamente desse poder. Se tomassemos como modelo a vida de Pedro, de Estevão e de Paulo e os demais apóstolos, santos e mártires, veremos que em nossas Igrejas Corpo atualmente, não existe poder, não existe o Espírito Santo e não existem testemunhas de Cristo. O que existe dentro delas, na verdade, é o confronto ideológico, oposição interna entre irmãos e obreiros, discriminação acirrada e muita crítica uns contra os outros. As igrejas hoje, personificam o modelo de sutil manipulação interna e oposição entre seus diversos grupos. De um lado a liderança controla e manipula as ovelhas e essas, por sua vez, buscam secretamente controlar e manipular a liderança. Além disso, existe internamente o dolo da exclusão interna definido por um suposto “zelo” em excluir os que supostamente se revestem em pele de “lobos”, visando exclusivamente aos interesses específicos da liderança, à medida que a liderança, em seu zelo discriminatório, se sente ameaçada em seus interesses absolutos como liderança. Mas, de alguma forma, tal vício da discriminação de certos membros do corpo nasce em função da insegurança íntima da própria liderança que não segue ao modelo cristão de liderança, mas a um modelo secular, político-ideológico, e não bíblico. Se existem “lobos” nas Igrejas Corpo, não existe liderança cristã efetiva, mas uma liderança camuflada e frágil. E tal carência de efetiva liderança, que produz insegurança, existe por conta da educação teológica formal, atada à formação dos líderes que não lideram como Jesus Cristo e nem sob a inspiração espiritual do Espírito Santo e da Palavra, mas seguem a um modelo institucional, secular e com bases político-ideológicas. É interessante observarmos as palavras de Israel Galindo em “The Hidden  Lives of Congregations”, à página 15. “ The majority of the full-time pastoral staff members of all of the churches I visited did not have formal theological education”. O autor obviamente se  refere a algumas igrejas evangélicas americanas em solo americano. E o que diremos, pois, sobre as Igrejas evangélicas brasileiras nos Estados Unidos da América?      


Thursday, June 4, 2020


IGREJAS EVANGÉLICAS BRASILEIRAS NOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA – 12
Sua Diversidade eclesiológica e doutrinária.


Certamente Jesus Cristo pensou na perpetuação da fé através do propósito educacional. E Paulo de Tarso foi o primeiro teólogo da Igreja Primitiva a quem foi delegado o ensino da doutrina cristã através do ensino teológico. E este é um dos dilemas enfrentados pela grande maioria das igrejas evangélicas brasileiras atualmente nos Estados Unidos: o ensino da Doutrina Cristã através do ensino da Teologia. Na verdade existe uma espécie de impacto na dimensão eclesiástica de certas igrejas quando se trata de construir uma estrutura educacional teológica. E o que ocorre muitas vêzes é que a grande maioria dos pastores se sente incapaz de estruturar um curso teológico em bases Bíblicas, em função de sua carência na sua própria formação teológica, chegando até mesmo a se utilizar de cursos teológicos advindos de outras igrejas, de diferentes denominações, para suprir a carência deles. Ocorre também que tais pastores negam a importância do estudo da Teologia e radicalizam sobre qualquer iniciativa que venha a produzir efeitos imediatos, ou a longo prazo e consistentes na direção de um curso que possa ter resultados efetivos. As críticas normalmente chegam até mesmo a se tornar ofensivas com relação ao ensino e estudo sistemático da teologia, de tal forma que se torna comum ouvir expressões do tipo “ninguém precisa de Teologia pra ser salvo”, ou “ a Teologia não leva ninguém pro céu”, ou ainda, de modo mais radical, ofensivo, anti-bíblico e pesado, admitem que “ A Teologia é merda”.  Além disso o criticismo de certas igrejas chega até mesmo a níveis alarmantes em direção às instituições de ensino da Teologia, ao ponto de negar a organização sistemática de um seminário teológico a nível eclesiástico, por conta da fragilidade e desconfiança nessa possibilidade. Em linhas gerais tais pastores chegam a desconhecer as prerrogativas propostas por Jesus Cristo na escolha de Paulo de Tarso para o ensino e expansão da Igreja em seu trabalho missionário e criam por isso, um bloqueio para o conhecimento, instrução e formação teológica da Igreja Corpo. E tal bloqueio inclue críticas pesadas, insistentes e discriminatórias contra um certo número de instituições de ensino teológico, que as tornam incapazes de atuar na formação de pastores no ministério urbano, ou de teólogos encumbidos do ensino da Teologia em suas Igrejas. Existe, na verdade, uma tentativa por parte da liderança de certas igrejas em “proteger” os membros de suas igrejas, como se as intituições do ensino teológico, os seminários, em sua maioria fossem corromper a igreja ou dispersar os “seus rebanhos”. Tais dispositivos são determinados pelas vidas ocultas internas a cada igreja evangélica, que muitas vêzes veem à tona em situações críticas. Mas tal iniciativa, quase sempre, é direcionada pelos próprios pastores que temem desnecessariamente pela “interferência nefasta” dos seminários na educação teológica de seus  membros, como se os seminários cristãos teológicos fossem, em sua maioria, realmente nocivos à educação teológica da Igreja Corpo. E nisso eles admitem negar o que Jesus Cristo fez ao escolher o Apóstolo Paulo para instruir, educar teologicamente e liderar a Igreja em suas propostas missionárias. Algumas Igrejas ainda insistem que somente o Espírito Santo pode instruir, conduzir e educar o rebanho na direção de sua formação e aprendizado da Teologia. No entanto, bem sabemos, através da Palavra de Deus, que o Espírito Santo NUNCA negou a existência dos Teólogos, nunca os baniu da Igreja, e nem mesmo os Teólogos se declararam auto-suficientes para NEGAR a existência do Espírito Santo dentro da Igreja.  Na origem da formação da Igreja Primitiva, o Espírito Santo foi, sem sombra de dúvidas, seu orientador, seu guia espiritual, seu instrutor e Cabeça do Corpo de Cristo. O próprio fato de algumas igrejas negarem que a escolha de Paulo de Tarso por Jesus Cristo representou uma nova dimensão no direcionamento eclesiológico da Igreja Corpo, permite-nos concluir que tais igrejas vivem seus dilemas heréticos ocultamente, o  que nos possibilita concluir que o rebanho pode estar sofrendo por desconher a verdade da Palavra de Deus no que se refere à própria origem histórica da Igreja Primitiva. 
        
  


A DINÂMICA DO PERDÃO - 8   O alerta existe em função da riqueza de conceitos envolvendo a ideia de livre-arbítrio . É algo essencialmente op...