Thursday, January 14, 2016

PROCESSOS QUE ENVOLVEM MISSÕES E EVANGELISMO. 13-C
LIVROS E IDEIAS ANTAGÔNICAS E SEUS EFEITOS SOBRE AS NOVAS GERAÇÕES.
Apesar de todas as tentativas de proibir a divulgação das ideias heréticas de determinados autores, filósofos e teólogos, o INDEX Romano não pôde fazer muito nesse sentido. A Sagrada Congregação da Inquisição Romana certamente deve ter se sentido impotente diante do esforço descomunal de impedir que tais ideias fossem dissimuladas. Mas tal impotência ocorria não somente pelo fortalecimento dos ideais cristãos trazidos e fortalecidos pela Reforma Protestante, mas também pela própria degeneração da moral Católico Romana, que havia criado seu próprio atoleiro  Além do INDEX eram também publicadas listas chamadas CATÁLOGOS EXPURGATÓRIOS, cujas intenções eram também as mesmas que as do INDEX, mas, que aos poucos foram se tornando ineficazes, como parte de um processo de discriminação intelectual ou cognitivo, sustentado pela Igreja de Roma, que em 1948, emitiu a sua última edição do INDEX, para aboli-lo inteiramente em 1966, como já o mencionamos. O esforço de impedir a dissimulação de tais livros e ideias aos poucos foi demonstrando que a Igreja Católica Romana, como a única instituição religiosa que se ocupava dessa empreitada, já não tinha mais força e influênica num projeto de tal magnitude. Aliás, a Igreja de Roma se valeu do INDEX como um dispositivo hierarquizante e dogmatizante ao criá-lo e se utilizar dele, para cercear, proibir e impugnar a divulgação de livros e idéias na época em que aparece O Principe no cenário político/intelectual/filosófico da Europa de meados do sec. XVI. O INDEX foi um dispositivo de auto-defesa da igreja, usado também para se defender do espírito reformista que se espalhava rapidamente sobre o Século. Há quem diga que Maquiavel e Lutero( Martin Luther ) conjugaram forças para se opor à investida contra-reformista da Igreja, a julgar pelo extenso criticismo de Maquiavel contra o cristianismo no Principe.  Isso por conta de um processo ainda muito sutil de degeneração dos ideais cristãos atribuido à própria Igreja Católica dos tempos de Maquiavel, onde o que houve foi resultado de um processo de corrupção interna que começou a corroer a Teologia da Igreja Católica devido à comercialização da fé, aos interesses políticos de papas, bispos e cardeais, além de orgãos e instituições ligadas à própria Igreja Romana. O filósofo alemão Friedrich Nietzsche em seu livro “Humano Demasiado Humano” (ou “ Human All too Human”), “por sua vez enxerga em Maquiavel um precursor das suas próprias ideias sobre a influencia dissolvente da ética cristã, responsável, segundo ambos, pela “degenerescência” dos povos europeus”. Um dos pilares da Civilização Ocidental começam a ser duramente criticados. Tal ideia nós vamos ver sendo retomada posteriormente através do pensamento de Karl Marx, no início do séc. XX e revigorada por uma nova vertente do marxismo em Antonio Gramsci, no Marxismo Cultural. (in Olavo “Maquiavel, ou a Confusão Demoníaca.”) Isso quer dizer que o Cristianismo começa a surgir no horizonte do criticismo marxista como o grande vilão da história.  Não se pode negar a profunda infuência que Maquiavel exerceu sobre Nietzsche, nao apenas pelos conceitos maquiavelicos “do supremo teorista do poder”, o que para Nietzsche representou o ideal político/filosófico do“Superhomem”mas também pelo fato de que foi de Maquiavel que Nietzsche deriva a ideia da separação radical de moral e política. Em outras palavras para Maquiavel a ideia de moral cristâ não poderia ser compatível com os valores da filosofia politica, ou seja, que o cultivo das virtudes morais e éticas pela alma humana venha culminar com os mais alto ideais políticos, uma vez que ambas estão radicalmente separadas. Para Maquiavel a vida humana na Terra não estava centrada na alma, mas em seus ideais políticos voltados para o poder. A partir daí podemos afirmar que um ciclo de ideias negativas começa a invadir a mente humana, certamente criado e promovido pelo próprio Satanás, quando se percebe que ele lança sobre a mente humana um fluxo descomunal e às vezes imperceptível de setas ou ideias de vetor negativo contra o cristianismo, que servirão para desorientar a mente, criando confusão e irracionalismo.  

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