JONAS, e o clamor de JAY.
Me mande notícias do
lado de fora do mundo
Pois aqui estou
jazendo no interior do estômago
De horripilante peixe
e gigantesco, no fundo
De seu mais alarmante
seio, como recluso no âmago.
Sem que tenha
entendido o que Jay me ordenou
No dia em que me
mandou como profeta êrmo,
Liberado pelos
encantos do mundo e seu enlevo
Zombando de mim mesmo
e a desprezá-Lo em tudo.
Me mande um sinal,
pois na boca um ardor de sal
Me invade a alma e me
faz verter lágrimas de igual sabor
Por lhe ter negado um
dia sequer, mais puro amor
Que me fez engolido,
como um ser desfalido,
Resto de homem
meramente mortal, vomitado na praia,
Me farei um profeta,
sim, e gosmenta lacraia, assim,
Até que de minha boca
o povo possa ouvir de mim
O clamor de Jay, sim
irei, ainda que molhado, irei.
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