Sunday, January 31, 2016

PROCESSOS QUE ENVOLVEM MISSÕES E EVENGELISMO – 13 F
LIVROS, IDEIAS E FILMES ANTAGÔNICOS E SEUS EFEITOS SOBRE AS NOVAS GERAÇÕES.

A Rede de TV. CBS dos Estados Unidos lançou recentemente (2015) uma série já  em Season 2, para a televisão intitulada EXTANT,uma ficção científica estrelada por Halle Berry, Jeffrey Dean Morgan, Pierce Gagnon e Kiersey Clemons, onde a trama gira em torno da difusão de determinado virus que ao interferir na estrutura do DNA dos terráqueos, transforma-os em seres com carcterísticas extraterrestres, com estranhos poderes e uma atitude insurgente contra os próprios humanos. Na série, os atores Pierce Gagnon e a atriz Kiersey Clemons - entre outros - são robôs-humanos que agem e se comportam com essa atitude fria, sem sentimentos, e agindo como agentes militares secretos, atuando contra seus pares humanóides afetados pelo mesmo virus, com intenção de matá-los. É interessante observar que tanto Lucy ( Kiersey Clemons) quanto Ethan Woods (Pierce Gagnon) além de robôs humanos estão também entre os elementos chave sobre quem a trama se desenrola e evolve. E nessa trama de exterminar os seres afetados com tal virus, Lucy foi incumbida de descobrí-los através da checagem de sua temperatura interna, e matá-los, como ela o faz friamente. Mas, uma coisa me chamou a atenção. Antes de se entregar a essa designada missão de extermínio, Lucy leu um livro e o memorizou em sua memória computarizada, simplesmente através de ler super rapidamente suas páginas. Mas, que livro era esse? Nada menos do que “O PRÍNCIPE”  de Maquiavel (Machiavelli). Nesse particular, o livro de Maquiavel funcionou como uma espécie de prérequisito a uma missão de extermínio, e mais, funcionando também como um motivador ideológico que vem incitar o robô humano Lucy a se tornar bem sucedido em toda essa trama de extermínio, como se estivesse dando-lhe os elementos de gerenciamento de sua ação. Mas, o que alguns não perceberam foi que foi necessário um humanóide robô, e não um autentico ser humano, capaz de absorver o livro e todas as suas maquiavélicas instruções no afã  de prosseguir em sua infame missão. Essa é uma das interpretações que se dá hoje ao livro “O Príncipe” de Maquiavel.  Nisso nós vemos também a influência das ideias político-filosóficas na cultura como um todo, além do contínuo retorno às ideias de Machiavelli hoje, não so em Holywood, mas no exército, na política, na filosofia, na educação, num referencial dialógico entre Teologia e filosofia política e em toda parte.  

Saturday, January 30, 2016

Trecho de meu livro ainda inédito “O CRIME DE OLGA”.
João se virou em direção à rua e, ao se aproximar da esquina da outra rua, onde, enfim, desapareceria do alcance de seus olhos, olhou para trás e a viu, atenta, os olhos fixos à espera de um aceno de mão. Virou-se, então, e por alguns segundos estancou os passos e, olhando a distância, acenou para ela, vendo o movimento distante de seu braço se erguendo no ar, e a suavidade de sua mão ondulante solta no espaço. Nada havia que fosse mais real naquele pedaço de chão, além de dois seres distantes um do outro, como se nada houvesse além de si; como se o claro espaço da terra fosse acrescido aos poucos, na sua efêmera e supérflua ambiguidade.
 De um lado, a verde vegetação rala das encostas, que antes ausentes, agora eram então acrescidas; e do outro, as cercas das casas vizinhas compondo um cenário rústico, cinzento. João seguiu seus passos até sumirem junto a sua casa. O dia ainda estava claro, mas aos poucos tenderia ao cinzento, permeado pela mesma brisa que soprava nas tardes de domingo. O movimento de transeuntes era mínimo, mas o movimento interno de sua mente criando novos pensamentos era muito intenso. Ao passar por ruas congruentes, isoladas dentro da timidez do bairro Nove de Abril, que distava cerca de dois quilômetros e meio de sua casa, avistou um aglomerado humano, que lhe chamou a atenção. Em pleno domingo, aquilo parecia normal no bairro simples. Eram pessoas que formavam ordenadas, duas filas ligeiramente paralelas, em cujo interior, protegido pelo aparato humano, um de cada lado, uma espécie de andor, certamente de madeira, envolvido por fitas coloridas, flores e outros enfeites bordados, em cujo...

Thursday, January 28, 2016

The little child with the little doll, like a baby daughter of the little daughter. That's the way it is when parents love each other. The beauty of life come out to fulfill the beauty of love among lovely families. That's the way it is. God wants families to build love and to create families, like the little daughter that dreams to became a young lovely mother to build a lovely beautiful family. Life is wonderful! Don't you think?  

Monday, January 25, 2016

PROCESSOS QUE ENVOLVEM MISSÕES E EVANGELISMO –13E
LIVROS E IDEIAS ANTAGÔNICAS E SEUS EFEITOS SOBRE AS NOVAS GERAÇÕES.
                O livro de Maquiavel “ O Principe” foi escrito tendo como ideia central o conceito e as propostas relativas ao poder. E toda a sua inclinação aspirando ao poder, voltada para uma mentalidade sanguinária, é derivada essencialmente pela ambição humana, não somente da ambição puramente da mente humana, mas também das instituições criadas pelo genio criativo e empreendedor dos seres humanos. A luta incessante pelo poder começa com a tentativa humana de se alcançar liberdade de se sentir isolado ou afastado, ou em outras palavras, de se sentir não molestado por outros e, simultaneamente, continuar a exercer domínio sobre outros. Tais ideias são correntes no livro de Michael A. Ledeen, “Machiavelli on Modern LeadershipWhy Machiavelli’s Iron Rules are as Timely and Important Today as five centuries ago”.  (Truman Talley Books – NY. 1999). Já no segundo capítulo deste livro o autor começa a delinear as ideias chaves encontradas em “O Principe”. Mas, é interessante mencionar, que já em sua dedicatória ao “O Principe”, propositadamente dedicado a “Lorenzo de Medici”, Maquiavel se esmera em lhe oferecer a mais honrada oferenda pública, o próprio livro, mas com especial acuidade mental, com especial atenção e parcimônia, tendo em vista a consciência do poder que emanava diligentemente das mãos, ou do forceps, ou de alguma outra virtude advinda do próprio Lorenzo de Médici, a quem Maquiavel chama gentilmente de “Sua Magnificência”. Pode-se observar que a ideia própria de poder se encontra personificada na benignidade do príncipe, que a incorpora de alguma forma, num sentido humanistico e egocêntrico. Para tanto, Maquiavel, ao tentar evitar a recusa em aceitá-lo por parte do príncipe, ele lhe apresenta “O Príncipe” como que desprovido de adornos e atrativos que lhe atribuam excentricidade e extravagância de estilo. Portanto, nenhuma honra deveria ser dada a “O Príncipe”, mas à pessoa do prínpice, personificada aqui, a princípio, pela figura do todo poderoso  Lorenzo de Médici. Neste sentido “O Principe” expressa então o desejo de buscar a exaltação personificada da pessoa do príncipe, ou daquele que detém o poder, no sentido de exaltá-lo, de cultuá-lo como a um ídolo, e acima de tudo de oferecer-lhe tributo como homem de poder, ou a quem o poder cumulou graciosamente com os atributos do poder. Ainda na peroração de sua dedicatória Maquiavel reconhece a utilidade do livro que, se for lido e considerado pelo príncipe, em sua magnifica grandeza, ele lhe trará os benefícios que a sorte por si, juntamente com outros atibutos, lhe conceder como promessa.
Essa é sem dúvida uma das maiores carcterísticas de “O Príincipe”: exaltar o atributo do poder contido na pessoa do príncipe, dando-lhe elementos que o permitam usá-lo com maestria e mais poder ainda. Mas, tal proposta de exaltação da personalidade do príncipe é um reflexo do estado de coisas experimentado por Maquiavel, enquanto observador e homem público, do abuso de poder, e da corrupção  em diversas escalas e níveis de poder nos principados, tanto naqueles em que em seu tempo, eram tidos por hereditariedade, ou os novos principados, aos que se incluem também o poder eclesiástico, que na época de Maquiavel era mais secular, do que propriamente ministerial. Supõe-se que ao observar a discrepância de poder, e ao abuso advindo desta anomalia, Maquiavel, visualiza adaptar o príncipe a um certo numero de normas de conduta política, que melhor se coadunassem à sua condição pública como líder, em função do caracter político que emanava do poder em sua secularidade e corruptibilidade. E para isso, em todos os niveis e modelos estatais, havia sempre um padrão a ser comparado, uma condição a ser exemplificada, um carater a ser perseguido, uma ambivalência  a ser descartada como deplorável, uma atitude a ser negada como execrável, mesmo que para isso a própria Igreja Romana, em seu nível deplorável de corrupção e iniquidade, tivesse que ser descartada como modelo de virtude a ser seguido. E como as invirtudes humanas são cronologicamente ilimitadas, percebe-se claramente que O Príncipe tenha prevalecido através do tempo, e sirva até hoje como modelo aplicável, ou critério prático de julgamento, a servir como padrão em que o príncipe se adapte a  ele, e pelo contrário, não que “O Príncipe” a ele se adapte através do tempo, como se o seu carater paradigmático fosse na verdade alimentar as ambições do príncipe, como medida prototípica.  Essa é uma das primeiras condições práticas utilizadas por Maquiavel, que na verdade cria um estereótipo de comportamento aplicavel ao caracter do líder político, e que vai prevalecer através dos tempos, para os próximos 500 anos. Neste sentido a sua prática não é essencialmente comportamental e coercitiva, mas liberalizante e libidinosa, uma vez que o líder político, ao se utilizar do modelo maquiavélico, encontra elementos de liberalização de suas tendências radicalizantes e seculares, como a se utilizar de um guia que viesse a justificar as atitudes do príncipe, como governante de plenos poderes.  Esse é um veio a ser explorado, mais ainda quando se percebe que O Principe é um modelo profundamente secular, um padrão político das justificativas do poder,  contrariamente à dialética positiva do Cristianismo contida nos Evangelhos de Jesus Cristo, que ao contrário d'O Príncipe, não cria nenhum modelo político aplicado às práticas de poder, nem sugere o modelo de formação e manutenção de uma estrutura de poder secular.  

Sunday, January 24, 2016

JONAS,  e o clamor de JAY.

Me mande notícias do lado de fora do mundo
Pois aqui estou jazendo no interior do estômago
De horripilante peixe e gigantesco, no fundo
De seu mais alarmante seio, como recluso no âmago.

Sem que tenha entendido o que Jay me ordenou
No dia em que me mandou como profeta êrmo,
Liberado pelos encantos do mundo e seu enlevo
Zombando de mim mesmo e a desprezá-Lo em tudo.

Me mande um sinal, pois na boca um ardor de sal
Me invade a alma e me faz verter lágrimas de igual sabor
Por lhe ter negado um dia sequer, mais puro  amor
Que me fez engolido, como um ser desfalido,

Resto de homem meramente mortal, vomitado na praia,
Me farei um profeta, sim, e gosmenta lacraia, assim,
Até que de minha boca o povo possa ouvir de mim
O clamor de Jay, sim irei, ainda que molhado, irei.


Monday, January 18, 2016

PROCESSOS QUE ENVOLVEM MISSÕES E EVANGELISMO – 13 D
LIVROS E IDEIAS ANTAGONICAS E SEUS EFEITOS SOBRE AS NOVAS GERAÇÕES.
            O famoso e sábio escritor ingles Herbert George Wells (1866-1946), ou apenas como é conhecido H.G.Wells, em seu livro “The New Machiavelli”, - uma novela que ele inicia como “Book The First: The Making of a Man, Chapter the First – Concerning a Book that was never written”, - escreveu que “It is no longer a negative power we have, but positive; we cannot prevent, but we can do. This age, far beyond all previous ages, is full of powerful men, men who might, if they had the will for it, achieve stupendous things” (“Não existe mais um poder negativo o que temos hoje, mas positivo; não podemos prevenir, mas nós podemos fazer. Esta geração, muito além das gerações que a antecederam, está cheia de homens poderosos, homens que poderão, se eles tiverem a vontade para tal, alcançar coisas tremendas”.) Ele certamente se referia a um tipo de poder que ele considerava positivo, poder de transformar a natureza, de criar meios de produção que pudessem por si só trazer desenvolvimento social e industrial para determinada região no mundo, enfim, poder gerador de riquezas, e nisso ele tinha convicções acerca do tipo de poder ao qual se referia. E esse poder teria sido realmente positivo. Mas, apesar dessa visão otimista de H.G.Wells, - que serviu para formular o tema de seu livro - existiu também no mundo em que ele viveu, simultaneamente ao mundo em que o livro foi escrito, uma dialética mundana, secularizada, que certamente deu provas de que existiram elementos claros o bastante para provar que havia um poder dito negativo, que se manifestou historicamente com extrema negatividade, e com provas reais de que as duas vertentes de poder poderiam coexistir lado a lado. Tanto o poder positivo, quanto o poder negativo souberam ou tiverem meios para coadunar-se com grande simultaneidade. Ainda na época em que o livro “The New Machiavelli” foi lançado, 1911, forças sociais, filosóficas, espirituais e culturais estavam realmente existindo, mas dentro do âmago dessas mesmas forças, estava sendo gerado o espectro de um conjunto de forças tão poderosas quanto as forças positivas de que fala o autor. O Marxismo já havia lançado o Manifesto Comunista de 1848. Havia uma dialética negativa em pleno vigor sendo criada, um movimento de transformação que dentro em breve produziria seus primeiros frutos e acabaria por surpreender ao próprio H.G. Wells e a toda uma geração de cidadãos de bem, que não esperavam por seu eclodir, e por seus efeitos devastadores. O livro que era na verdade uma novela e não um ensaio, que apesar do nome sugestivo relativo à pessoa de Maquiavel, obviamente, não trazia uma análise objetiva referente a temas políticos maquiavélicos como supostamente haveríamos de pensar. Em 1911 Antonio Gramsci ganhou scholarship para estudar na Universidade de Turin, e logo em seguida se filia a partidários marxistas. Alguns anos depois, 1913, Stalin assume o sobrenome e desponta no cenário internacional como proeminente ditador. E em 1914, por motivos que hoje seriam considerados banais, explode a primeira grande guerra mundial, tendo sido prevista por Marx como desfecho da crise entre as classes burguesa e o proletariado. Mas, a Primeira Guerra Mundial representou uma crise teórica para o marxismo, que posteriormente Gramsci, na Itália e Lukács, na Hungria, coincidentemente resolveram o desfecho ao descobrir as causas  dessa crise teórica.  Sobre o assunto ainda falaremos.
Relativamente ao Cristianismo e à nossa pesquiza voltada para o Evangelismo, o que devemos aprender por lição é que quando a Igreja Cristã falha em sua missão cristocêntrica e evangelística, perdendo sua visão profética, o século, ou a dinâmica dialética do pensamento negativo crítico, admite sempre um criticismo insano e impiedoso contra ela própria, em virtude dessa disfunção interpretativa dentro da sua proposta ético-moral.  Não é de se estranhar que em meio às oscilações no comportamento ético e moral das instituições religiosas, diga-se Igreja Cristã, existe sempre um movimento negativo na dialética do pensamento humano, que fatalmente tenderá a penalizar duramente o Cristianismo com um criticismo exarcebado e impiedoso, tal como ocorreu com o advento do maquiavelismo, dentro do poder de vetor negativo, ou com a Reforma, dentro do poder de vetor positivo, ambos motivados pelos desvios na conduta etico/moral da Igreja Romana. Somente à guisa de ilustração, o cenário político e moral da Itália do tempo de Maquiavel, no período conhecido como Alta Idade Média e Baixa Renascença, era dos mais tenebrosos em todos os níveis, político, espiritual e social. Havia de tudo um pouco. O carater profundamente corruptível de Alexandre Bórgia, deu-lhe o “cargo” de papa – não o ministério sacerdotal -, da Igreja Romana, através de meios ilícitos, imorais, mentira, corrupção, propinagem, e por pretensões meramente políticas e egocêntricas. Suas intenções ao se tornar pontífice, foram as de se apropriar das riquezas da Igreja para o benefício de sua própria família. Perigosamente, a Igreja criava então, o cenário propício à sua alto-destruição e humilhação, o que somente não ocorreu por obra e graça da Palavra de Deus, que define e sustenta profeticamente a missão da Igreja. Na dialética do pensamento humano aplicado à Igreja e ao Cristianismo, será gerado por esse efeito devastador a síndrome do desvio na imoralidade ou na visão anti-ética, por permitir que em sua doutrina teológica a Igreja deixa de cumprir seu papel como Sal da Terra e Luz do Mundo, e isto ocorre quando ela perde sua visão profética e seu propósito divino.

(Dialética - processo dinamico e incessante do pensamento humano, que se movimenta progressivamente e por rupturas e contradições internas.)

Thursday, January 14, 2016


                   

PROCESSOS QUE ENVOLVEM MISSÕES E EVANGELISMO. 13-C
LIVROS E IDEIAS ANTAGÔNICAS E SEUS EFEITOS SOBRE AS NOVAS GERAÇÕES.
Apesar de todas as tentativas de proibir a divulgação das ideias heréticas de determinados autores, filósofos e teólogos, o INDEX Romano não pôde fazer muito nesse sentido. A Sagrada Congregação da Inquisição Romana certamente deve ter se sentido impotente diante do esforço descomunal de impedir que tais ideias fossem dissimuladas. Mas tal impotência ocorria não somente pelo fortalecimento dos ideais cristãos trazidos e fortalecidos pela Reforma Protestante, mas também pela própria degeneração da moral Católico Romana, que havia criado seu próprio atoleiro  Além do INDEX eram também publicadas listas chamadas CATÁLOGOS EXPURGATÓRIOS, cujas intenções eram também as mesmas que as do INDEX, mas, que aos poucos foram se tornando ineficazes, como parte de um processo de discriminação intelectual ou cognitivo, sustentado pela Igreja de Roma, que em 1948, emitiu a sua última edição do INDEX, para aboli-lo inteiramente em 1966, como já o mencionamos. O esforço de impedir a dissimulação de tais livros e ideias aos poucos foi demonstrando que a Igreja Católica Romana, como a única instituição religiosa que se ocupava dessa empreitada, já não tinha mais força e influênica num projeto de tal magnitude. Aliás, a Igreja de Roma se valeu do INDEX como um dispositivo hierarquizante e dogmatizante ao criá-lo e se utilizar dele, para cercear, proibir e impugnar a divulgação de livros e idéias na época em que aparece O Principe no cenário político/intelectual/filosófico da Europa de meados do sec. XVI. O INDEX foi um dispositivo de auto-defesa da igreja, usado também para se defender do espírito reformista que se espalhava rapidamente sobre o Século. Há quem diga que Maquiavel e Lutero( Martin Luther ) conjugaram forças para se opor à investida contra-reformista da Igreja, a julgar pelo extenso criticismo de Maquiavel contra o cristianismo no Principe.  Isso por conta de um processo ainda muito sutil de degeneração dos ideais cristãos atribuido à própria Igreja Católica dos tempos de Maquiavel, onde o que houve foi resultado de um processo de corrupção interna que começou a corroer a Teologia da Igreja Católica devido à comercialização da fé, aos interesses políticos de papas, bispos e cardeais, além de orgãos e instituições ligadas à própria Igreja Romana. O filósofo alemão Friedrich Nietzsche em seu livro “Humano Demasiado Humano” (ou “ Human All too Human”), “por sua vez enxerga em Maquiavel um precursor das suas próprias ideias sobre a influencia dissolvente da ética cristã, responsável, segundo ambos, pela “degenerescência” dos povos europeus”. Um dos pilares da Civilização Ocidental começam a ser duramente criticados. Tal ideia nós vamos ver sendo retomada posteriormente através do pensamento de Karl Marx, no início do séc. XX e revigorada por uma nova vertente do marxismo em Antonio Gramsci, no Marxismo Cultural. (in Olavo “Maquiavel, ou a Confusão Demoníaca.”) Isso quer dizer que o Cristianismo começa a surgir no horizonte do criticismo marxista como o grande vilão da história.  Não se pode negar a profunda infuência que Maquiavel exerceu sobre Nietzsche, nao apenas pelos conceitos maquiavelicos “do supremo teorista do poder”, o que para Nietzsche representou o ideal político/filosófico do“Superhomem”mas também pelo fato de que foi de Maquiavel que Nietzsche deriva a ideia da separação radical de moral e política. Em outras palavras para Maquiavel a ideia de moral cristâ não poderia ser compatível com os valores da filosofia politica, ou seja, que o cultivo das virtudes morais e éticas pela alma humana venha culminar com os mais alto ideais políticos, uma vez que ambas estão radicalmente separadas. Para Maquiavel a vida humana na Terra não estava centrada na alma, mas em seus ideais políticos voltados para o poder. A partir daí podemos afirmar que um ciclo de ideias negativas começa a invadir a mente humana, certamente criado e promovido pelo próprio Satanás, quando se percebe que ele lança sobre a mente humana um fluxo descomunal e às vezes imperceptível de setas ou ideias de vetor negativo contra o cristianismo, que servirão para desorientar a mente, criando confusão e irracionalismo.  

Monday, January 11, 2016

PROCESSOS QUE ENVOLVEM MISSÕES E EVANGELISMO – 13 B
Livros e ideias antagônicas e seu impacto sobre nossas gerações.

”Nunca, como nos últimos séculos, o destino das multidões e até os sentimentos íntimos e fantasias pessoais do homem comum foram determinados tão diretamente pelas doutrinas dos filósofos, que se disseminam rapidamente pelo “proletariado acadêmico” das universidades, pelos mass media e pela rede mundial de computadores, invadindo os lares e as consciências – se não os subconscientes – e convertendo-se rapidamente em forças plasmadoras da vida das multidões. (...) Essa história é a história da nossa vida. Se não a entendermos, não nos entenderemos a nós mesmos.”
( Olavo de Carvalho in “Maquiavel, ou a Confusão Demoníaca”.)
Olavo de Carvalho é basileiro, filósofo cristão, jornalista, escritor, ensaísta, articulista político, presidente do The Inter-American Institute for Philosophy, Government, and Social Thought, USA. É nosso contemporaneo e vive na cidade de Richmond no Estado da Virginia USA.

“O PRINCIPE” de Nicolau Maquiavel.( 1469-1527)        Ni
                Maquiavel morreu cerca de 10 anos depois que Martinho Lutero (além de John Calvin, Henry VIII, Huldrych Zwingli e outros Reformadores Protestantes) deflagrou a Reforma Protestante na Alemanha em 1517. As 95 Teses descritas por Lutero como tendo duas ideias centrais – 1) que a Biblia é a autoridade central religiosa da Igreja Cristã, e 2) que os seres humanos somente podem alcançar salvação por sua fé e não por suas obras – foram o estopim que deflagaram o movimento conhecido desde então como a Reforma Protestante.  Alguns anos antes, porém, NICOLAU MAQUIAVEL, escreveu (mas foi publicado somente apos sua morte) um livro polêmico e não menos revolucionário, intitulado O PRÍNCIPE, cuja influência apesar de negativa, sobre váriaos segmentos da sociedade moderna e pós-moderna, permanece viva ainda hoje, sobre mentes e sitemas ideológicos, políticos e filosóficos. Um clima de iniquidade, corrupção e conflitos, compunha o cenário da Itália na época em que Maquiavel nasceu. Além disso a Itália vivia no maior clima de corrupção e hipocrisia religiosa de sua história, em que “os papas nada mais eram do que lobos políticos em pele de cordeiro”, escreveu Benjamin Wiker in “10 Books that Screwed Up the World: and 5 others that didn’t help”.( Regnery Publishing Inc. 2008). O livro foi praticamente escrito com a intenção de proteger o próprio autor, e dar honras a seu soberano mestre, chamado Cesar Borgia, que além de terrivelmente sanguinário, foi usado por Maquiavel em seu livro, O Príncipe, como um modelo a ser imitado e seguido. Maquiavel não culpava Borgia por suas atrocidades, (como no episódio da morte sangrenta de Ramiro Orco, um dos subordinados de Borgia, que morreu cortado ao meio e atirado em praça pública, para que uma das intençoes de Borgia fosse obtida.)  mas o louvava, e o usou como um dos personagens principais de O Principe. “Cesar Bórgia era um homem sem consciência...e não hesitava em operar crueldades enormes para assegurar e manter seu poder.”  (Benjamin Wiker, obra citada.) Foi o que ocorreu a Ramiro Orco. Borgia o enviou a uma província chamada Romanha, onde havia muitos “assaltos, brigas e todo o tipo de insolência”. Para aplacar esse mal, Borgia envia Ramiro de Orco, que fez todo trabalho sujo de repressão, e matança de líderes. Ramiro se sujou pessoalmente com isso no meio do povo. Depois disso Borgia agiu contra Ramiro, pois “ sabia que precisava fazer o povo acreditar que “se alguma crueldade havia sido feita, isso não vinha dele, mas da natureza implacável de seu ministro.” “Foi então que Bórgia expos Ramiro certa manhã, na praça de Cesena, cortado em dos pedaços. A ferocidade desse espetáculo deixou o povo de uma só vez satisfeito e em estupor.” ( Benjamin Wiker, obra citada). Essa reação de Bórgia na verdade atende propositadamente a um dos postulados mais celebrados dO Principe, segundo o qual. “os meios justificam os fins”, o que criou uma série de antecedentes ao pensamento, ao livro e à pessoa de Maquiavel. Nesses termos, quando os meios justificam os fins, “isso designa um tipo de politica que existe e continuará a existir independentemente de sua influência...uma política que usa de todos os meios, justos, razoáveis ou estúpidos, ferro ou veneno, para obter seus fins.” (“History of Political Philosophy”, by Leo Strauss & Joseph Cropsey, pg. 297). O livro de Maquiavel criou um precedente, ao admitir um tipo de governo e liderança voltada exclusivamente para o lider, ou o rei, ou o presidente de determinado sistema político, em que a característica maior é o despotismo totalitário, é a mentalidade injustificada do governante, que o torna aos poucos um verdadeiro fascista. Sem nos esquecer que grandes lideres políticos na historia foram adeptos de Maquiavel, e aplicaram seus princípios despóticos pra justificar sua orientação política totalitária e fascista. Tal como foi o caso de Mussolini, Hitler, Lenin, Stalin, Mao Tse Thung, Marx, Gramsci e muitos outros, todos aderentes às ideías de Maquiavel.  Uns o defenderam, e outros o atacaram veementemente. Dentre os que o atacaram – cujo numero é bem maior do que os que o defenderam – começaremos com Francesco Vettori, seu contemporâneo e amigo pessoal, que se recusou a ajudar Maquiavel a obter de volta seu emprego burocrático, perdido por questões políticas. Vettori se “esquivou delicadamente de prestar qualquer ajuda ao autor de tamanha patifaria literária” (Olavo, in ”Maquiavel ou a confusão demoníaca”. 2011). Na verdade, já naquela época, Maquiavel havia rompido com toda tradição político-filosófica até então estabelecida como “politicamente normal”. Ele criou um novo padrão no arranjo e na orientação política dada aos governantes a partir de O Principe. Para ele o que importava era que o governante se mantivesse no poder, custe o que lhe custasse.  O cardeal ingles, Reginald Pole, (1500-1558) um quase contemporaneo de Maquiavel, o denunciou como um “espírito satânico, defensor do despotismo e justificador de todas as violências” ( in Lauro Escorel. “Introdução ao Pensamento Político de Maquiavel”. RJ. 1958,p.90 Simões) E William Shakespeare o chamou em um de seus versos como “the murderous Machiavelli” – O assassino Maquiavel. ( Olavo in “Maquiavel, ou a Confusão Demoníaca”. ) Para a Igreja Católica Romana a reação não poderia ter sido outra. No Concílio de Trento de 1564, o livro O Príncipe foi incluído no INDEX LIBRORUM PROHIBITORUM (Indice dos livros proibidos) que era a lista de publicações consideradas heréticas, anti-clerical, lascivos ou libidinosos até então publicados e regeitados pela Igreja Católica Romana. Mas o  INDEX incluia uma série de autores, filósofos e até teólogos cristãos regeitados como imorais e heréticos dentre eles, Francis Bacon, Copernicus, Galileo, Descartes, John Calvin, Voltaire, Sartre, Kant e muitos outros, até que a própria igreja banil o INDEX em 1966 através de edito do papa Paulo VI.

Mas, a dinâmica da ideologia política dO Príncipe aos poucos vai mudando de tom, dentro desse período histórico de 500 anos em que exerceu sua influência. E isso inclue uma interpretação voltada a atingir até mesmo a Ética Cristã no Mundo Ocidental. É o que veremos a seguir. 

Friday, January 1, 2016


2016 - A NEW YEAR IS LIKE A CHILD, THAT BRINGS HOPE, BEAUTY AND A NEW BEGINNING. 
A HAPPY 2016 WITH HOPE, HEALTHY, PROSPERITY AND THE LOVE OF JESUS CHRIST TO YOUR FAMILY, ALWAYS AND FOREVER.  WISHES OF OUR BLOG AND THE BROTHERS AND SISTERS AT NEW LIFE BAPTIST CHURCH. 
PROCESSOS QUE ENVOLVEM MISSÕES E EVANGELISMO – 13A
Livros e ideias antagônicas e seu impacto sobre nossas gerações.
                Os livros são apenas os veículos através dos quais seus autores promulgam suas ideias. E por mais que eles sejam apenas um aglomerado de folhas de papel impresso, os livros, no entanto, veiculam ideias, pensamentos, ideologias e doutrinas filosoficas, que de alguma forma serão lidos e influenciarão seus leitores. E muitos livros foram escritos com essa intenção, a de fomentar ideias influentes, e de através dessas ideias, persuadir a mente de dezenas, centenas, milhares e milhares de seres humanos através do mundo. Por detrás das ideias, no entanto, estão seus autores, os verdadeiros responsáveis diretos por ideias persuasivas, contundentes, certas ou erradas, benignas ou intrinsecamente malignas. Existe uma série de livros memoráveis até hoje escritos que precisam ser conhecidos e estudados com cautela, para que deles se retirem lições de sabedoria, e se rejeitem ideias de destruição, tal a sua enorme ambiguidade e caráter paradoxal. Existem livros que desvendam inverdades e outros que revelam a verdade mesmo depois da morte de seus autores. Nosso objetivo aqui é o de apresentar alguns livros influentes e denunciar suas ideias contundentes e mal intencionadas, para que através deles nós possamos determinar suas origens, em muitos casos estabelecer o porquê de sua aparição no cenário intelectual, e quais os efeitos devastadores causados por eles na história do pensamento humano, através do tempo em sucessivas gerações. Dada a sua natureza e inspiração, não vamos ainda nos deter a analisar os livros contidos no Antigo e no Novo Testamento da Bíblia Sagrada, por terem sido escritos por homens e mulheres inspirados por Deus e por si, terem sofrido o impacto causado pela oposição imposta pelos livros tidos por seculares. Isso nos interessa sobremaneira. Além disso, vamos procurar entender, ainda que não totalmente em profundidade, as causas e efeitos das ideias humanas sobre o Evangelismo, sobre a formação de uma consciência ateística em várias gerações subsequentes, o que levou a formação de uma consciência anticristã, uma formal e profunda oposição ao Evangelho de Jesus Cristo, a alienação de culturas inteiras afastadas do Evangelho, a subordinação da mente humana às ideias persuasivas de Satanás, contidas em diversas propostas intelectuais, e o impacto e esfriamento da mente humana causados pelo secularismo e seus efeitos sobre a pregação do Evangelho de Jesus. Depois de toda essa análise, veremos como oferecer propostas mais eficazes de Evangelismo, que alternativas e compromissos nós cristãos temos diante do Ide de Jesus Cristo.
Poucos estudiosos e leigos cristãos desconhecem o lado filosófico do ministério missionário e evangelístico do Apóstolo Paulo. Já tivemos a oportunidade de mencionar a intrepidez, coragem e o espírito destemido que levaram o Apóstolo a investir sua própria vida no afã de pregar o Evangelho de Jesus Cristo. Ele não hesitou em avançar em três diferentes viagens missionárias através do mundo mais conhecido até então. Apesar de que hoje nós temos meios de comunicação mais eficazes, cremos que hoje se torna mais difícil e complicado pregar o Evangelho, tendo em vista uma comparação com o cenário histórico, político e cultural do primeiro século da Era Cristã. Por este motivo a medida que formos analisando os livros de que fizemos menção, faremos sempre referências aos livros do Atos dos Apóstolos, aos livros escritos por Paulo, suas cartas apostólicas, e a outros livros tais como “ The Gospel in the Marketplace of ideas – Paul’s Mars Hill Experience for Our Pluralistic World”, escrito por Paul Copan e Kenneth D. Litwak, e alguns outros livros. Paulo, como já pudemos mencionar, nos apresenta um modelo evangelístico paradigmático, por ter sido o primeiro a confrontar a pluralidade intelectual do mundo em sua época, e por ter possibilitado um meio de comparação e análise das condições em que esse confronto se deu, e de onde podemos obter elementos significativos que vão nos permitir criar alternativas válidas e objetivas para a pregação do Evangelho nos dias atuais. Portanto, o apóstolo Paulo é um elemento chave, um constante referencial, uma alternativa concreta, para entendermos e aplicarmos elementos de um evangelismo inspiracional e bíblico.


A DINÂMICA DO PERDÃO - 8   O alerta existe em função da riqueza de conceitos envolvendo a ideia de livre-arbítrio . É algo essencialmente op...