Saturday, December 27, 2014



PROCESSOS QUE ENVOLVEM MISSÕES E EVANGELISMO. 3  
Paulo prega em Listra, no Campo de Marte (no Areópago de Atenas) e através de Romanos.
          Paulo prossegue em sua trajetória evangelística em Atenas, conforme lemos os relatos em Atos 17:16-32, onde ali pôde observar o excessivo numero de entidades idolátricas. A cidade estava cheia de ídolos, (aliás, centenas de ídolos) repleta de liberalismo filosófico, congestionada por diferentes ideologias e indagando especulativamente por novas verdades. Em Atenas nos referimos mais ao tipo de idolatria fisica, paupável, concreta, referida mais especificamente ao grande numero de imagens  de “deuses”esculpidas. Atualmente existe uma complexidade e diversidade de idolatrias incomparavelmente maiores do que as que Paulo encontrou em Atenas, que vão visceralmente contra a Palavra de Deus. Para pregar no Areópago e se relacionar com o ambiente de ideias filosóficas que compunham o ambiente cultural da Grécia de seu tempo, Paulo evidentemente se preparou, absorveu ideias filosóficas, admitiu ter um conhecimento prévio das ideologias e filosofias que compunham mais intensamente o ambiente cultural ateniense.(Para maiores insights sobre esse conhecimento paulino acerca da cultura e historia de Atenas, recomendamos o livro de Don Richardson “Eternity in Their Hearts”, Venture Books, California Revised Edition 1984, pp.9-25) Isto quer dizer que para ele, fazia-se necessário conhecer tais ideias. (Alias, existe alguma influencia de filosofias gregas no “pensamentopaulino, assim como existe também tal influencia no Evangelho de João, por exemplo). Mas não era esta a principal preocupação de Paulo. E o livro de Atos, - bem como a epistola aos Romanos, - particularmente registra filosofias, conceitos filosóficos e as ideias que influenciaram o intelectualismo de então, por sua difusão e influencia cultural. Neste período eram conhecidos filósofos, scholars, poetas como Epicuro, Seneca,  Socrates, Platão, Aristóteles, Epimenides e muitos outros. E Paulo foi um homem de seu tempo, tinha uma cultura muito vasta e era contextualizado com seu tempo.  Isto representa em essência o perfeito modelo aplicado à nossa cultura pós-moderna atual, com sua diversidade e complexidade de ideias, e com suas diferentes e mais entranhadas idolatrias, ideologias e suas inovações. E esta complexidade gera sua própria fragilidade. As novas ideias da sociedade ateniense do tempo de Paulo, o paganismo, a idolatria, o intelectualismo diversificado, a violência de então, a diversidade sócio-cultural, e os pecados que caracterizavam e identificavam a plenitude do tempo em que Jesus viveu, assim como se equiparam ao mundo secularizado e pós-cristão vivenciado hoje. O paralelo é estarrecedor. Existe uma identidade dinâmica entre as diferentes épocas, como se a distinção maior entre os dois milieus fosse definida ou viesse á tona pela novidade da pregação da boa nova do Evangelho dentro de uma eclosão de antagonismo. Em outras palavras, a pregação do Evangelho de Jesus por Paulo atingiu um nível de novidade tão antagônico e diferenciado, causando impacto, e que o mesmo acontece hoje, em nossa diversidade e complexidade cultural, onde o Evangelho se apresenta como antagônico e estranho e sua rejeição passa a assumir um caracter, como fenomeno renovador sócio-cultural, criando uma rejeição injustificada, uma ojeriza sócio-cultural. Paulo, na verdade enfrentou um mundo de ideias diferenciadas e de alguma forma tão complexas, da mesma forma como o evangelismo atual, enfrentaria também a mesma complexidade e diferenciação. No entanto, existiu um elemento surpresa em meio à suposta arrogância do fenômeno do intelectualismo cultural ateniense.  Havia uma abertura possibilitada pela própria especulação do intelectualismo, assim como se admite o mesmo dentro do secularismo da sociedade atual. Por mais que eles se apresentem como mundanos e oclusivos, tanto o intelectualismo ateniense, quanto o secularismo da cultura pós-cristã de hoje, admitem uma abertura. E esta abertura é possibilitada pela falência do racionalismo intelectual autônomo (Para saber mais sobre esta falência da mente racional autonoma , veja o livro “Escape from Reason”, de Francis A. Schaeffer) que produz uma válvula de escape, que nasce da sua própria especulação ou da falência da sua especulação, ao admitir como consequência de seu liberalismo, uma abertura, uma possibilidade em direção àquilo que o intelectualismo não encontrou ainda como verdade absoluta. Isto é caracterizado pelo altar ao Deus Desconhecido.  Por mais que o pecado, ou a aversão à verdade mostre seu poder, existe por detrás dele um elemento surpresa caracterizado por sua falência, pela queda do inimigo imposta pelo sacrifício de Jesus. A vitória de Cristo na cruz nos dá a certeza de vitória no evangelismo também. Lucas 10:18 nos diz, “Eu vi Satan caindo do céu como um raio”. Neste ponto o intelectualismo ateniense mostrava sua fragilidade e abria uma brecha em direção à sua especulação. A razão mostrava a sua fragilidade, naquilo que ainda não havia sido pensado. E sempre foi assim na história da evolução do pensamento (da Razão) humana. Em essência o homem só tem “razão” quando ele está conectado com a razão divina, com o Logos de Deus. O idealismo platônico tentou mostrar o mesmo. Além disso o que existe é a trilha criada pela autonomia da mente liberal. O próprio Platão não conseguiu evidenciar aquilo, ou aquele “ser” que pudesse sustentar a evidencia das ideias absolutas, que dessem sustentação a uma real moralidade, o que prova que os gregos estavam profundamente influenciados pelo idealismo platônico.( Cf. “Death in The City”,  Francis A. Schaeffer pg. 106 ). Paulo, no entanto, ao pregar sobre este “deus” desconhecido, admite esta possibilidade e desmorona inteiramente o platonismo (sem no entanto, abolí-lo) ao prosseguir pelo caminho da falência deixada pelo intelectualismo, na direção das verdades absolutas sustentadas pelo Evangelho de Jesus.  E tal visão paulina ao pregar em Atenas, mostra a possibilidade real sempre possível em todos os níveis sociais e históricos, da pregação do Evangelho de Jesus. Paulo assim entendeu porque ele não estava sofrendo o impacto da cultura, o impacto do secularismo de seu tempo, o impacto das filosofias de seu tempo, o impacto das forças satânicas de oposição na história. Paulo estava pensando na direção da evolução do pensamento cristão, que além das ideias possibilitadas pelo conceito filosófico de “deus desconhecido” ele já trazia a resposta do Deus que todos ainda desconheciam. Paulo via a realidade com olhos centrados em JESUS CRISTO.   Se nós temos que enfrentar um fenômeno semelhante em nosso evangelismo hoje, este se chama secularismo, ou satanismo, ou idolatria, ou o que se opõe a ele. Paulo não trazia em seu ser carências especulativas, ausência de uma fé viva, mas uma fé centrada em Cristo e o poder do Espirito que lhe permitia operar milagres. Sabemos também que NADA supera a força e o poder de JESUS no mundo.  O secularismo representa na verdade o caminho oposto sustentado ou almejado pelo intelectualismo ( ou o idealismo) platônico de então e por outras ideias, como as do Epicurismo e do Estoicismo. No secularismo, o homem passa a divergir sua mente das coisas de um mundo além, para as coisas de seu mundo aquém, isto é, limitado pela sua especulação intelectual totalmente desmoronada, descentralizada, egocentrica. De modo geral, o secularismo despreza a religião e as propostas divinas para a história e segue pela trilha do mundanismo, da autonomia racional, da diversidade cultural, e isso com mais ênfase desde o humanismo renascentista, e aí reside sua fragilidade ao desprezar as verdades absolutas. Esta (a autonomia do racionalismo) é a maior carência da fragilidade mostrada pela história da evolução da mente racional, desde Tomas de Aquino (1225-1274). Nós conhecemos o que ocorreu desde tempos imemoriais na Bíblia, quando Adão e Eva decidiram livremente assumir sua própria autonomia racional. A partir daí surgiu o desastre histórico do pecado.  A atualidade do evangelismo paulino passa a existir á medida que Paulo confronta o crescimento do urbanismo, o surgimento das cidades como fenômeno social-cultural e histórico. Não é de se estranhar que Jesus basicamente se utilizava do contexto urbano para pregar e ensinar, e muitas vezes referindo-se a temas do próprio contexto urbano. (Cf. Ray Bakke, “A Theology as Big as The City”, pg 132, 1997). E este é o mesmo modelo de sociedade que o evangelismo atual vai enfrentar no urbanismo da sociedade secular. Assim como o intelectualismo ateniense tem suas raízes históricas, filosóficas e culturais bem profundas, centradas na filosofia, no urbanismo, na idolatria e no liberalismo intelectual, hoje em dia, nosso evangelismo teria que enfrentar bloqueios de natureza também sócio culturais e filosóficos, manipulados pela sociedade secular, que faz a razão humana divergir para uma natureza essencialmente materialista e até certo nível,  pragmática. Paulo viu a mente divina abrindo caminho em meio a todo esse emaranhado intelectual, e seguiu por ela, pelas possibilidades reais propostas pela mente divina. Paulo viu também a fragilidade do intelectualismo não apenas ateniense, conforme admitiu em 1Co 1:20-23, ao parafrasear Isaías 29:14, onde critica a insuficiência da mente do sábio desse mundo, ou dos scholars desse mundo ( quando se refere aos doutores da lei de seu tempo ), por causa de sua concepção errônea a respeito dos planos de Deus e de Sua revelação em Cristo. E neste ponto Paulo assume inteiramente uma adesão coerente ao Antigo Testamento bem como ao Novo, ainda em formação, que assume uma problemática diversificada, mais atual, em consonância com a sociedade do mundo secularizado. O que se destaca no secularismo são os paradoxos da razão humana, a autonomia da mente humana, buscando alternativas meramente infrutíferas e antagônicas. Razão pela qual tanto o intelectualismo ateniense, quanto o secularismo da sociedade pós-cristã atual, admitem sua fragilidade ao se afastar das verdades propostas pelo Evangelho, onde certamente não existe falência. O que motivava Paulo não era seguir pela carência (ou falência) de uma mente racional centrada no intelectualismo, mas as verdades espirituais mantidas e centradas no Evangelho de Jesus. Paulo não tinha medo do diabo porque o via como caído, derrotado por Jesus. Paulo estava profundamente inspirado pelos absolutos da mente divina, e não pelas limitações da mente racional autônoma secularizada, intelectualizada e fracassada em Atenas como em qualquer outra parte do mundo.
De modo geral, o que aconteceu em Atenas, no Campo de Marte, - e aqui nós nos referimos mais especificamente ao livro de Atos, - foi que Paulo se confrontou essencialmente com o Homem Sem a Bíblia, o homem intelectualizado, e pra esse homem Paulo pregou com autoridade e com destemor, mesmo enfrentando depois a opressão dos judeus, ou das classes intelectuais radicais da sociedade intelectual ateniense. E é este o cenário do ambiente secular atual que nós igreja IBVN enfrentamos hoje aqui em Massachusetts, numa região onde existe um alto nível de intelectualismo, de ideologias e pecados também. Nós perguntaríamos então: É difícil fazer evangelismo hoje aqui em Boston, nos Estados Unidos da América? A resposta é a seguinte: SIM é difícil, mas não é impossível, dadas as razões apresentadas acima.  Paulo conhecia profundamente o Evangelho, como o maior de todos os Teólogos e missionário do Novo Testamento, assim como conhecia também as filosofias e ideologias de seu tempo, e delas não tinha medo, mas destemor e fé para enfrentar o mundo secularizado de então, com a força do Espírito que vem do alto, da pessoa de Jesus Cristo. Paulo também não estava apenas à mercê do “elemento surpresa” em sua aproximação evangelística. Isso equivale dizer que Paulo tinha certo conhecimento prévio da diversidade cultural de seu tempo o que veio favorecer sua aproximação. Prova desse conhecimento é a alusão que ele, Paulo, faz ao poeta Epimenides, referida por Lucas no livro de Atos, capítulo 17:15-34. Isso equivale dizer também que é necessário se preparar convenientemente rumo a um estudo aprofundado do Evangelho de Jesus, ao se propor uma aproximação ao Evangelismo, sem desconhecer as nuances da sociedade cultural, urbana e secularizada de nosso tempo, sem desprezar o conhecimento das tendências sociais, culturais, filosóficas e históricas que regem nosso próprio contexto urbano. Pode-se mesmo afirmar que parte do sucesso alcançado por Paulo em seu Evangelismo se deve á obediência desses fatores, sua indestrutível fidelidade à Palavra, sua total credulidade á Palavra de Deus, seu amor ao evangelismo e á salvação de almas, sua entrega e trabalho incansável à causa do evangelismo e seu amor incondicional à pessoa de Jesus Cristo.
A abertura que existe na cultura atual hoje, como possibilidade real além de sua falência é definida essencialmente pelo secularismo materialista e pelo intelectualismo que caracteriza a sociedade americana. O Deus Desconhecido de então, é o Deus ausente na mente do homem sem a Bíblia dos dias atuais. Para os atenienses Paulo advogava um “deus estrangeiro” da mesma forma como o Deus verdadeiro vai se mostrar estranho àqueles que ouvem pela primeira vez ao evangelismo dos dias atuais. E o texto de Atos 17:18 nos diz que os atenienses se referiam “a um estranho deus”, porque Paulo pregava  as boas novas sobre Jesus e a ressurreição, ideias totalmente estranhas aos atenienses, importadas da Galiléia. Paulo se utilizou da falência do intelectualismo de então, que não possuía elementos para definir que “deus estranho” era aquele, para lançar a novidade das ideias “estranhas” do Evangelho de Jesus. Existia portanto, uma abertura proposta pelo intelectualismo ateniense, possibilitada pelo liberalismo intelectual de então, ou pelo humanismo filosófico dos intelectuais gregos. Paulo saiu vitorioso em seu evangelismo, porque ele não pregava sozinho. O Espirito Santo o acompanhava. E Jesus modela novas alternativas históricas, para abrir caminho à pregação de Sua Boa Nova, como parte das propostas originais de Deus para a salvação da humanidade, em Cristo.
O que o Apóstolo Paulo nos ensina em Romanos relativamente a seu evangelismo ao Homem sem a Biblia, começa logo no princípio dessa epístola, ainda no capítulo 1, verso 18, extendendo-se até ao capítulo 2, verso 16. Conforme Francis A. Schaeffer, (Cf. Death in The City pg. 105) aí neste ponto Paulo, nos dá definitivamente o “método da pregação para a nossa geração, porque nossa geração é amplamente formada de homens sem a Bíblia.”  
Em Romanos 1:18 Deus nos dá o método de pregação para a nossa geração atual (pós-moderna, pós-cristã, neo-ateísta, neo-liberal, como queiram) quando Paulo inicia sua pregação sem mencionar referencias ao Antigo Testamento. Porque na verdade o “homem sem a Biblia” não conhece as Escrituras e Paulo evita mencionar referências do AT.  Em Romanos, - dirigindo-se  aos habitantes de Roma sem ter podido visita-la - 1:18-19 ele assim diz: “The wrath of God is being revealed from heaven against all the godlessness and wickedness of people, who suppress the truth by their wickedness, since what may be known about God is plain to them, because God has made it plain to them.”  Sem dúvida esta é uma revelação profética de Paulo aos Romanos. A tradução em Português ficaria assim: “A ira de Deus está sendo revelada dos céus contra toda infidelidade e iniquidade dos povos (ou das pessoas), que suprimem a verdade por sua iniquidade, desde que o que pôde ser conhecido sobre Deus é conhecido por eles, porque Deus o fez revelado a eles.” Essa profecia paulina é muito atual. O texto em Inglês é mais completo e o texto da King James version é mais completo ainda. Porque o texto da NIV fala “hinder the truth” ou “suppress the truth”, e o texto da KJV fala “ hold the truth”. Há uma sutil diferença nos dois verbos em Inglês. O texto da KJV fala que mesmo sem conhecer a Biblia, “o homem sem a Biblia” mantém, sustenta, esconde, segura em seu coração, ou ele esconde a verdade em injustiça dentro de seu coração. E por este motivo ele está sujeito à ira de Deus, por saber que Deus existe, de alguma forma, ou por rejeitá-Lo, ou por negá-Lo, e portanto, por sustentar esta verdade na sua injustiça. Observa-se no entanto, que Paulo começa pregando sobre A IRA DE DEUS aos que não conhecem a Palavra. Francis A. Schaeffer observa que Paulo não inicia seu evangelismo pregando salvação. Mas pregando a ira de Deus. ( Cf. Francis A. Schaeffer “Death in the City”pg.106 ). Vemos nestes dois versos de Romanos uma das primeiras características do evangelismo paulino, qual seja, começar a pregar sobre a IRA DE DEUS ao Homem sem a Biblia. Isso revela a primeira característica do método paulino de evangelismo.

POR QUE O MÉTODO PAULINO DE EVANGELISMO COMEÇA A PREGAR SOBRE A IRA DE DEUS? (veja no artigo 4 desta serie).

Sunday, December 14, 2014

      PROCESSOS QUE ENVOLVEM MISSÕES E EVANGELISMO 2
A PERSPECTIVA PAULINA. PAULO PREGA EM LISTRA, NO CAMPO DE MARTE E EM ROMANOS. 
                Nós iremos retirar do apóstolo Paulo, basicamente do livro de Romanos, exemplos de sua aproximação`a questão ligada ao tipo de homem  ou de mulher, para quem ele, Paulo, pregou em seu ministério apostólico aqui na Terra. Naquela época, Paulo teve obviamente que se referir a cada um dos diferentes perfis de pessoas, diante de si, quando tinha por objetivo pregar a Mensagem do Reino dos Céus. E isto fazia parte de seu entendimento do que evangelismo e missões significavam. Para assim fazer, Paulo certamente tinha que conhecer a quem ele pregava.  E de acordo com o livro de Romanos, 1:18 a 2:16 ( e também com o livro de Atos 14:15-17, a que nos referiremos a seguir) Paulo tinha por pré-requisito, reconhecer pelo menos dois tipos básicos de “personagens” para os quais a mensagem deveria ser pregada. E isto esta definido em Romanos.  Quais eram tais personagens? Eram eles, aqueles que conheciam a Palavra de Deus ( notadamente o Velho Testamento ) e aqueles que não conheciam o Velho Testamento, ou a Palavra de Deus conhecida até então. É evidente que a partir daí existem envolvidos no processo, ou incluídos “subentendidamente”, outros personagens definidos por sua aproximação ao conhecimento mais preciso ou menos preciso da Palavra de Deus. Tais eram aqueles que ouviram ou não falar sobre a pessoa de Jesus Cristo, aqueles que tiveram algum tipo de informação e experiência provenientes do Antigo Testamento, ou do Novo Testamento ainda em formação a partir da incipiente propagação oral da mensagem do Evangelho. Portanto, havia, sim, diferentes personagens que estavam realisticamente envolvidos com algum tipo de conhecimento prévio da Palavra ou da Pessoa de Jesus Cristo, realisticamente ou sub-repticiamente envolvidos. E tais personagens eram incluídos dentro daquele modelo mais generalizado de personagens. Paulo, portanto, sabia antecipadamente, por conhecimento prévio, ou por instrução espiritual, a quem iria pregar. Para ele haviam definidos dois tipos básicos, genéricos, de sujeitos de sua pregação. O Homem ou a mulher que conheciam a Bíblia e o homem e a mulher que não conheciam a Bíblia. E no meio desses dois tipos básicos de personagens, obviamente, havia aqueles que tinham ou não, conheciam ou não a mensagem da Boa Nova do Reino, de modo não profundo, ou superficial. E isto vai nos definir claramente como também devemos fazer quando iniciamos este processo de evangelismo e missões, no que se refere às pessoas sujeitos de nosso evangelismo ou missões.
                Vamos analisar agora o que nos diz o livro de Romanos em relação a isto. No primeiro artigo desta série, nós falávamos de uma aproximação baseada no conhecimento e nas experiências de missionários, evangelistas, estudiosos do assunto, teólogos e scholars que fizeram evangelismo e missões, e que posteriormente, mediante uma experiência acumulada, e benefícios provenientes dessas experiências, escreveram sobre o assunto, naquilo em que foram bem sucedidos ou mal sucedidos, com diferentes personagens. Demos também alguns exemplos práticos de aproximação (ou abordagem) ao assunto. Hoje em dia também podemos afirmar que existem diferentes níveis de personagens como no tempo de Paulo, mas, com uma diferença. A diversidade cultural hoje é bem mais ampla, a complexidade social é substancialmente maior, mas os pecados podem ser definidos como de mesmo nível e até certo ponto bem mais complexos do que no passado.  
                A metodologia proposta por Paulo em suas epístolas e nos livros bíblicos cujo tema seja relacionado, principalmente como já foi mencionado anteriormente, nas epístolas paulinas, (mas principalmente em Romanos) e no livro de Atos dos Apóstolos, será considerada o modelo padrão, que deveremos utilizar em nossos objetivos missionários e evangelísticos, porque tal modelo paulino, será tido como o modelo extraído da Palavra de Deus, ou modelo original e desta forma, orientado e inspirado por Deus. (Francis A. Schaeffer in “Death in The City”, page 105, afirma que é em Romanos “that God gives us the method of preaching to our generation…”).  A partir daí Teólogos, Scholars, Missionários, Evangelistas, leigos e escritores evangélicos retiram ou retirarão o padrão paradigmático para sua orientação, trabalho e estudos dentro do tema. Isto não quer dizer que devamos negar ou anular que no Antigo Testamento, homens chamados por Deus para servi-Lo, não tenham se utilizado de modelos missionários para atuar em suas missões proféticas, ou patrísticas, ou salmísticas, de alguma forma, criando e se utilizando de modelos veterotestamentários, válidos em toda a Palavra de Deus. Queremos dizer com isto que o modelo missionário paulino, não detém exclusividade como único modelo paradigmático, apesar de ser entendido e aceito como o modelo mais apropriado em missões, desde que Paulo, - pela dimensão de seu trabalho missionário - é tido como o missionário evangelístico padrão em toda a Bíblia. Sabemos também que hoje em dia existem modelos mais amplos que se utilizam de maiores recursos, como o tele-evangelismo, e outros.  Mas, de que forma Paulo começa a nos expor tal metodologia, é o que veremos a seguir. 
                O livro de Romanos 1:18 a 2:16 nos mostra grande parte da metodologia evangelística  utilizada por Paulo em seu trabalho missionário. Evangelística, porque ele aprendeu com o Evangelho de Jesus, ou mais especificamente com o “Ide” pregado por Jesus na Grande Comissão, e com O Antigo Testamento também, porque Paulo foi estudioso do Antigo Testamento. E missionária porque Paulo nos mostra o modelo bíblico paradigmático. E Paulo faz distinção primeiramente ao se dirigir ao homem comum, ou àquele que não conhecia a Palavra de Deus até então escrita, conforme vemos em Romanos 2 verso 3: “So when you, a mere man, pass judgement on them and yet do the same things, do you think you will escape God’s judgement?”. (NIV. Study Bible)“ Mere man “ no texto em Inglês significa o homem comum, simples, ou os gentios, desde que os principais recipientes da pregação paulina em Romanos foram os gentios. Isso também quer dizer que Paulo não faz distinção única, exclusiva, de “mero homem” referindo-se apenas aos gentios, mas acima de tudo ao grego comum, ou a todo aquele que compõe o cenário histórico/social de seu tempo, respeitando as limitações a que foi sujeito em seu ministério evangelístico.   Em seu livro “Death in The City”, Francis A. Schaeffer criou a expressão “Homem sem a Bíblia”, para se referir essencialmente ao povo grego. (cf. “ Death in The City” pg., 105, by Francis A. Schaeffer, 2002) Mas tal referencia ao grego não é tida com exclusividade no evangelismo paulino, dede que Paulo também se refere a outros indivíduos que também desconheciam a Palavra de Deus ( O Antigo Testamento ) ao pregar o Evangelho de Jesus, como vemos em Atos 17:21. “All the Athenians and the foreigners who lived there spent their time doing nothing…” Ao pregar aos Atenienses, Paulo certamente encontrou uma variedade de povos estrangeiros entre os gregos e no meio deles, alguns que obviamente não teriam ouvido sequer falar sobre o AT., ou sobre a pessoa de Jesus Cristo.  Alguns estudiosos e scholars afirmam, no entanto, que Paulo primeiramente pregou o Evangelho ao “homem sem a Bíblia” em Listra, - conforme vemos em Atos 14:15-17, - uma colônia do Império Romano a Noroeste do Mediterrâneo, numa região hoje conhecida por Turquia. Em Atos 17:16-32, Lucas registra a segunda ocasião em que Paulo prega ao “homem sem a Bíblia”, ainda em Atenas, no Areópago Ateniense.  Há muita semelhança no ambiente histórico social da Bíblia com o panorama histórico atual. O Intelectualismo visualizado por Paulo em Atenas, o agnosticismo de muitos homens sem Bíblia de seu tempo, a opressão sofrida pelos que pregam o evangelho de Jesus em confronto com as falsas doutrinas religiosas do paganismo, do neo-ateismo e da religiosidade fundamentalista do mundo atual, colocam os dois ambientes em paridade surpreendente. E Paulo foi o primeiro a nos mostrar este confronto real e paradoxal. E em tudo Paulo nos mostra o caminho ao verdadeiro evangelismo cristão.
Em terceiro lugar, identificamos o apóstolo Paulo se dirigindo aos “homens sem Bíblia” no livro de Romanos 1:18-2:16, livro escrito para a Igreja de Roma, onde predominavam os Gentios e também alguns Judeus. O próprio termo Gentios significa uma generalização referida a todos os povos à exceção dos Judeus. Portanto, podemos antecipar que existia uma multiplicidade de povos agregados sob um mesmo termo “Gentios” e que isto representa a soma de um grande numero de povos, que em determinado contexto histórico/social, escondia uma multiplicidade realmente complexa de povos, línguas e nações, todos agrupados sob esta denominação comum. Sendo assim é muito mais provável encontrarmos “homens sem a Bíblia” entre os Gentios do que entre os judeus. Portanto, observe que o campo missionário esta amplamente aberto para a pregação evangelística principalmente aos “gentios” ou ao não-judeu, que compõe o “grosso” da população em que vivemos. Há entretanto, campo missionário suficiente para o evangelismo entre aqueles conhecidos como “homens sem a Biblia”, porque este é o campo ao qual devemos nos dirigir essencialmente, para cumprimento das promessas de Jesus na Palavra. Quanto aos judeus, temos certeza que Deus esta tratando com eles, da mesma forma como tem tratado pelo menos nos últimos três mil anos.
                Definidos os três diferentes momentos em que Paulo pregou aos “homens sem a Bíblia”, na Bíblia, agora será mais fácil determinar sua metodologia em sua missão evangelística.
1). O que ocorreu em Listra relativamente ao Evangelismo Paulino: (cf. Atos 14:15-17).
                Em Listra Paulo operou milagres da parte do Senhor Jesus e juntamente com Barnabás, foram ovacionados como deuses pagãos. Paulo se tornaria Hermes e Barnabás, Zeus, tamanha era a idolatria a deuses pagãos na cidade. Mas, indignados com sua performance, os judeus tramaram contra eles e Paulo acabou sendo apedrejado e atirado para fora da cidade como morto. Mas, como por milagre Paulo se recuperou e junto a Barnabás, no dia seguinte seguiram viagem para Derbe. É importante observar que através do poder do Espírito Santo, Paulo operou milagres numa cidade pagã, violenta, mas onde se encontrou com Timóteo em sua primeira viagem missionária à cidade, convidando-o a participar em seu evangelismo. Isto quer dizer que no meio do joio urbano, Deus prepara o trigo a ser alcançado. Observa-se também que, na cidade de Listra havia uma certa promiscuidade religioso-sócio-cultural entre Judeus, Cristãos e Gregos, razão pela qual os pais de Timóteo eram, o pai, grego e a mãe Judeu-cristã. Paulo circuncisou Timóteo esperando que com isso, não houvesse desvantagem em seu trabalho com os Judeus, numa espécie de ardil que facilitasse seu trabalho, evitando a desconfiança dos judeus não convertidos ao Cristianismo. Dois eventos de importância a serem observados em Listra: 1) o milagre operado por Paulo em um manco, e posteriormente sua pronta recuperação do apedrejamento, o que mostra a operação da graça e do poder divinos em benefício de Paulo. 2) Paulo se utiliza de um ardil circuncisando Timóteo, o que demonstrou que a circuncisão lhe servira apenas como mero argumento ardiloso, facilitando a vida missionária de Timóteo entre os judeus,  em sua missão ao lado de Paulo. Tais eventos trazem á tona a evidencia de que os cenários religioso-sócio-culturais de Listra são comparados contextualizadamente ao ambiente (ou milieu ) religioso-sócio-cultural das cidades atuais, ou até mesmo de países do contexto histórico atual, com seu aglomerado urbano, miscigenado, com diversidade de línguas, tribos e nações, e sua tendência generalizada à violência e à impunidade criminosa. Ao pregar o Evangelho em Listra, Paulo sofreu a rejeição e a violência de seus habitantes, da mesma forma como hoje poderíamos estar sujeitos a tal rejeição, indiferença e violência em nossas cidades. Podemos certamente esperar a mesma reação contra o evangelismo.
2). O que ocorreu em Mars Hill, ou no Areópago Ateniense relativamente ao evangelismo Paulino: (cf. Atos 17:16-32).
Vamos abrir aqui um parênteses para explicar o que significa Mars Hill. Mars Hill é o nome romano para uma colina em Atenas, Grécia, chamada de Colina de Ares do Areópago (cf. Atos 17:19,22). Ares era o deus grego da guerra e do trovão, e de acordo com a mitologia grega, esta colina era o lugar onde Ares mantinha ou realizava julgamentos defronte a outros deuses, pelo assassinato de Alirrotios, filho de Poseidon.   O equivalente de Ares em Roma chamava-se Mars, ou Marte, daí o nome Colina de Marte, ou Campo de Marte ou Mars Hill, em Ingles. ( Continua ). 

Saturday, August 23, 2014

 - PROCESSOS QUE ENVOLVEM MISSÕES E EVANGELISMO. 1
1. Um dos mais importanes topicos a serem analisados e considerados, quando nos aproximamos do tema Missões e Evangelismo são aos seguintes:
a. Obter poder divino atavés do Batismo com o Espirito Santo.
Pentecostes nos revela, não a enfase dos sinais que se seguiram ou acompanharam á manifestação do Espirito, quais sejam, o vento forte, as linguas de fogo e o falar em linguas. Mas o foco central do Pentecostes é o próprio poder que foi conferido aos apostolos com a vinda e a manifestação do poder dado pela presença do Espirito Santo em cada vida.  Foi no dia de Pentecostes que a Igreja de Jesus Cristo passou a existir como instituição espiritual, em que sua expansão se iniciou, em que o Espirito Santo começou através dos Apóstolos a arrebanhar a formação espiritual da estrutura da Igreja como Corpo de Cristo. E foi também no dia de Pentecostes que os apóstolos e os discipulos de Jesus ( ja em torno de 120 ) se imbuiram de convicção, fé e coragem, provendo-lhes com o impeto espirtual para ir e proclamar as boas novas do Reino. E é neste contexto que nós devemos entender o trabalho daqueles que se dispõe, pelo chamado ques  lhe foi proposto, a assumir o trabalho da seara do Senhor, o que difere dos trabalhos seculares assumidos, por exemplo, por um engenheiro, que para construir uma obra de engenharia precisa se capacitar com as tecnicas apropriadas ao seu trabalho. Há portanto uma distinção fundamental entre o que entendemos pela dimensão secular do trabalho humano e o que devemos entender pela dimensão espirtual do trabalho dedicado as obras do Reino. O que capacitou o movimento Cristão a se expandir pelas principais cidades do Império Romano, foi a presença do Espirito Santo na mente e no coração daqueles que responderam ao Ide de Jesus.
Ser Batisado no Espirto não deve ser entendido com uma imposição restritiva, mas uma condição estabelecida pela vontade divina, aos que são escolhidos a trabalhar pelo Reino. O Batismo no Espirito Santo nos capacita e nos imbue de poder, ou se preferirem, nos arma de poder de tal forma que, mediante os modelos paradigmaticos que nos são mostrados no Antigo e no Novo Testamento, nos enche de poder, nos prepara de tal forma, que nossa fidelidade nos sobrepuja (ou nos faz ascender, o que nos mostra que o Espirito nos foi prometido após a ascenção de Jesus) ao vigor do trabalho, ás limitações impostas pelas barreiras criadas pelo trabalho e nos permite vencer todas as barreiras impostas contra nós pelo reino das trevas. É preciso, então que nós nos ascendamos á presença do Espirto para continuarmos o trabalho de Cristo. Obviamente, tal modelo deve ser buscado e entendido ao percebermos com a nossa mente centrada em Cristo, todo o prévio conhecimento que precisamos ter para ir ao campo missionário ou para ir ao espaço urbano evangelistico, pregar as boas novas do Reino.     No Antigo testamento o Espirito Santo cumulava de poder aqueles que seriam designados com importantes tarefas atribuidas por Deus. Isso nós vemos em Genesis 31:1-5, em Juizes 6:34, 1Samuel 16:13, em Isaias 61:1, em Ezequiel 2:1-4, e no Novo Testamento nós temos muitas referencias mostrando-nos a capacitação que nos vem através da presença do Espirito Santo nos dando poder ao habitar em nós, como em Efésios 1:13-14, e em todas as referencias relativas ao dia de Pentecostes. Em Atos 1:8, onde Lucas narra–nos sobre o poder dado pelo Espirito, semelhantemente ao mesmo poder desferido quando explodimos uma bomba de dinamite, conforme lemos em Atos 1-8, onde a palavra utilizada por Lucas, para descrever o poder do Espirito é a mesma entendida como DUNAMIS, cuja tradução do grego significa dinamite, ou um dinamo, aquilo que gera energia continuamente. Em Atos 2 temos como que a metodologia utilizada para a missão evangelica, ou evangelistica, de se levar a Palavra a outros povos, tribos e nações. 1). Devemos estar reunidos em um mesmo lugar (  “Eles estavam reunidos em um mesmo lugar”, Atos 2:1 ) Paulo ai se refere mais a nossa unidade espiritual do que espacial, como a unidade do corpo onde não existe discenção, mas unidade espiritual. Desta forma quando sairmos para evangelizar é necessario que haja um concenso, e não divisão de opiniões. Paulo fala em 1Cor.12:25, “ so that there should be no division in the body, but that its parts should have equal concern for each other.”   2). Devemos falar, ou ir ao encontro daqueles que nos circundam e abrir a boca e falar sobre as boas novas do Reino. Pedro nos mostra o modelo, ao lermos em Atos 2:14. “ Então Pedro, se ergueu junto aos 11, elevou  sua voz e disse á multidão..”.O livro de Atos torna-se a descrição categórica do poder do Espirto derramado sobre a vida de Pedro - e sobre os demais apostolos - em seus primeiros capitulos.   
Outra condição necessária para o trabalho da seara de Jesus Cristo é termos um encontro real com a pessoa de Jesus Cristo. E a vida de Paulo, o apóstolo, ilustra isso, quando no caminho de Damasco, Saulo foi  confrontado com a presença viva e real de Jesus que o confrontou, o derrubou, o cegou e o transformou totalmente, capacitando-o para o trabalho de evangelização. Este cegar-se paulino pode ser entendido também como o cegar-se diante das circunstancias politico-sócio-culturais que muitas vezes nos bloqueiam ou nos intimidam a trabalhar pela seara de Cristo. Em outras palavras é preciso fechar os olhos ás limitações do impacto da secularização do fenomeno politico-socio-cultural, que muitas vezes existem para nos bloquear ou nos impor restrições diante do trabalho  no campo missionario e evangelistico.
Outros aspectos importantes em Missões e Evangelismo.
b. contextualização.
O que é contextualizar-se: Contextualizar-se significa assumir o contexto da realidade, ou o contexto real, social e politico-cultural em que a mensagem de boa nova do Reino será levada. No seu livro “Anthropology for Christian Witness”, Charles Kraft diz:
“ The incarnation of Jesus serves as a key paradigm for a contextualized mission and theology.” (pg.20)
Quando Jesus se encarnou em nosso meio, este processo ( de sua encarnação ) nos serve como chave paradigmatica ( ou modelo ) para uma missão contextualizada e teológica.
Isto quer nos dizer que a vinda de Jesus, assumindo nossa condição, nosso tempo, nosso contexto humano, social e histórico, despojando-se de sua glória para viver em nosso meio como um de nós, mostra-nos como paradigma, que Jesus nos deu o exemplo chave do que Deus e Ele próprio, Jesus, esperam de nós quando assumimos também nós, nos contextualizar, para levar a palavra da Boa Nova do Reino. Contextualizar significa então, identificar-se com a realidade, com o contexto socio-politico-histórico da realidade á qual fomos levados a evangelizar ou missionizar. Significa também identificar-se com os mais simples, os mais oprimidos, com aqueles a quem Jesus se refere mais comumente e para quem Ele veio, ou observando para quem Ele se refere mais amiúde em sua pregação, notadamente no Sermão das Bem-aventuranças. ( Mat.5:3-12 e Luc.6:20-23 ).
Contextualizar-se significa também respeitar os modelos éticos e morais, como assumidos por Jesus, em sua missão de evangelizar o mundo. Neste sentido, contextualizar significa assumir uma postura sócio-cultural com o mundo secular, sem no entanto aderir integralmente aos vicios e males deste século, o que incorreria em muitos perigos, dentre eles o perigo do sectarismo, do sincretismo religioso, do farisaismo religioso, do legalismo, do fundamentalismo radical, do falso profetismo, da idolatria, da falsidade ideologico-cristã, e do liberalismo cristão. Jesus se identificou de maneira total ao assumir nossa condição humana, não somente a nossa condição de pobreza, mas nossa condição de enfermos, não se enfermando, de pobres espirituais, não sendo ele pobre espiritualmente, e de pecadores a serem redimidos, não sendo ele pecador ou necessitando de remissão. 
No campo da tradução e interpretação da Biblia, contextualização se entende como o processo de assumir o significado e os meios de se interpretar o meio ambiente dentro do qual o texto e a ação são executados. As próprias traduções da Biblia Sagrada em linguagem atualizada, também significam que ela ja se contextualizou para levar aos que precisam ouvir a mensagem do Evangelho, uma mensagem contextualizada, ou coerente com a realidade socio-cultural e ate mesmo politica, de determinado povo ou cultura.
A contextualização é comumente discutida ou analisada dentro do campo do trabalho missionário, pois neste campo, o missionario precisa levar a mensagem do evangelho a um nivel de inteligibilidade ou de entendimento a todas as culturas, povos e nações da Terra. Se o evangelho não for pregado para o contexto da cultura local, a mensagem evangélica pode ser não-entendida ou mal interpretada. Contextualizar significa também, respeitar os limites soico-culturais do meio em que a mensagem será levada. Deve-se ter em mente que ao ser pregada, a mensagem do Evangelho não pode exagerar em sua contextualização, de tal forma que a verdade não seja extrapolada para os falsos limites da inverdade.
Assim como Jesus fez e se vestiu como um dentre seu povo, os judeus e os gentis, nós também precisamos nos mostrar como um dentre os demais dentro do contexto urbano. Depois devemos nos identificar com aqueles que ouvirão a Boa Nova do Reino. Jesus era como um judeu, e neste sentido devemos ser como nossos irmãos que precisam ouvir o Evangelho. É portanto, necessário se desprovir de separatismo, de distinções desnecessárias,  ou de características que podem causar estranheza na mente e no coração daqueles que estão no mundo. A distinção maior que existe entre o evangelista e aquele que ouvirá o evangelho, é o Espirito que habita em seu coração e o distingue do mundo secular. Deve se entender também que não existem limites cronológicos para que o Evangelho seja pregado. Devemos assumir uma postura tal que o evangelismo deva ser feito sempre que existir a interação entre o evangelista e o evangelizado. Falar sobre Jesus e sobre a Boa Nova do Reino deve ser sempre a postura daquele que cre que Jesus não estabelecia horários ou critérios metodológicos para sair ás ruas ou ir pregar seu Evangelho.  
C - O Amor é indispensável 
Outra linguagem necessária aos que ouvirão o Evangelho, é a linguagem do Amor. É preciso ter AMOR pelas almas, quando se leva a mensagem de Cristo. Não discrimine ninguém, não se imponha a ninguém, não discuta com ninguém, não critique a religião de ninguém, e não julgue ninguém por ser ignorante na fé. Apenas fale do Evangelho de Jesus, a boa nova do Reino, como Jesus falou áqueles que cruzavam o seu caminho. Paulo fala em 1Cor.4:4 -“ It’s the Lord who judges me. Therefore judge nothing before the appointed time; wait until the Lord comes. He will bring to light what is hidden in darkness and will expose the motives of the heart.” (NIV)
Em 1Co 13, versos 1 a 3, apenas para citar alguns versiculos, Paulo fala sobre a linguagem e a realidade do AMOR na vida do Cristão. “...and if I have a faith that can move mountains, but do not have love, I am nothing”. Sair para evangelizar sem ter amor pela almas que estao carentes de ouvir a mensagem de salvação do Evangelho, é sair para perder tempo distribuindo panfletos e folhetos. Um semeador saiu para semear e o que ele espera é que sua semente caia num terreno fertil e que tais sementes germinem e produzam frutos dignos de seu semear, ou em outras palavras, frutos dignos de seu amor ao semear.
d. A cidade e sua diversidade.
- O mundo inteiro esta vindo para as nossas cidades. Neste contexto de urbanismo evangelistico, não devemos menosprezar a cidade ou a vida urbana, como maligna ou não-apta a ouvir a mensagem de boa nova do Evangelho de Cristo. É nela que nós devemos viver e devemos ter como campo do trabalho missionário e evangelístico. A cidade da forma como ela se nos mostra em seu aspecto urbano. As cidades em suas zonas de conflito, em suas areas conturbadas, em seu contexto marginalizado, e caótico. A cidade como ela é e não como deveríamos que ela fosse. E nossas escolhas de evangelismo, devem recair sobre as areas de maior conflito espiritual e humano. Onde existem as maiores carencias e os maiores pecados. De acordo com um conselho dado por Harvey Conn ( um grande missionario e evangelista americano na Coreia ), no livro “ The Urban Face of Mission: Ministering the Gospel in a diverse and Changing world”, á pagina 22, “Seek for ways to listen to those marginalized by poverty.” Os bolsões de pobreza, e onde exitem grupos marginalizados ou discriminados. Jesus veio para todos, mas principalmente para aqueles que necessitam de médico. Não se deve temer a cidade por seus bolsões de pobreza ou criminalidade. Ou por areas onde os indices de aborto, crimes, drogas, estresse, corrupção e solidão, nos imponham restrições e medo. Pelo contrário devemos partir para o campo evangelistico e missionário crendo que “o que está em mim, é maior do que aquele que está no mundo” ou na cidade. O que nos anima e nos dá coragem é a presença do Espírito Santo em nossos corações, para enfrentarmos o contexto conflitante de nossas cidades.  Para Jacques Ellul em seu livro “The Meaning of the City”, a cidade se torna o lugar da idolatria, da opressão, e da oposição do poder humano ao poder de Deus.  A cidade portanto, se torna, aquela entidade que traz em sua estrutura intima, conduzir a humanidade por uma estrada inhumana. ( Cf. “A Clarified Vision for Urban Mission”, by Harvey Conn. MRS, Zondervan, 87, USA ). Torna-se oportuno lembrar aqui e não podemos negar que a primeira cidade mencionada na Biblia, foi fundada por Cain, nas Terras de Node, e neste contexto, a cidade absorve em sua estrutura urbana a influencia estereotipica do mal, marcado pela vida do próprio Cain, que trazia  em si a marca do primeiro crime. Podemos observar em si mesma, que a cidade herdaria do primeiro crime sua marca indelével, perpetuada pela sua historia de injustiça e iniquidade.   
Urbanização, ou o contexto da cidade que deve ser assumido como dadiva divina de um mundo em transformação. Por este motivo devemos também assumir o secularismo como dadiva de Deus. Não como deteriorização da vida dentro do contexto urbano. Apesar de o secularismo ser muitas vezes entendido como o mal do seculo ou dentro de um conceito de mundanismo maligno, o secularismo na definição de Harvey Cox, ( em seu livro “The Secular City” ) é entendido como “ man turning his attention away from worlds beyond and toward this world and this time”. O Platonismo deixa de existir e assume uma postura mais Aristotélica. Isto quer dizer apenas que o homem põe sua atenção para fora dos “mundos” além de seu próprio ( ou os mundos espirituais, atribuidos pela espiritualidade religiosa ) e volta-se para este mundo e este tempo em que ele vive, assumindo uma postura pragmática, materialista, essencialmente secularizada, esquecendo-se ou propositadamente olvidando as coisas pertinentes a Deus, ou ao mundo espiritual. O secularismo, no entanto, não tem muita consistencia como super-visão da realidade. Ele pode ser manipulado, manuseado, modificado. O que quer dizer que  isto se torna apenas uma realidade conceitual, e que não nega a reflexão sobre as possibilidades reais de si próprio como meio através do qual a mensagem do evangelho deve e pode ser pregada. Isto quer também dizer que o desafio gerado pelo secularismo e que se abre como porta dentro do mundo em que vivemos, é o mesmo desafio que os primeiros cristãos tiveram que enfrentar nos primeiros séculos de existencia da pregação da mensagem evangélica.  E negar o secularismno seria discriminá-lo ou isolá-lo para fora das possibilidades reais da pregação do evangelho. Para Harvey Cox, o secularismo representa na verdade um “processo de liberação” das possibilidades reais em que o evangelho investe sua metodologia e atua para a eventualidade de uma realização positiva. Os planos do mal, não são tão consistentes como o Plano de Deus para nós, a cidade ou para a pregação do Evangelho. O mesmo ocorreu no tempo de Paulo em que no seu evangelismo urbano, as limitações impostas pelo Império Romano como forma de dominio secular, não o impediram de avançar na pregação da Mensagem Cristã. Pelo contrário, lhe deu elementos positivos e inspiração para que o Cristianismo se fortalecesse e avançasse positivamente.  E Paulo, na verdade, nunca teceu comentarios significativos ou alarmantes acerca do Imperio, apesar de ter sofrido suas consequencias. O foco de sua pregação era Cristo e as boas novas do Reino dos Céus.
e. Conhecer o que caracteriza o IDE de Jesus.
Nós vamos encontrar as mais importantes fontes de informação a respeito da Grande Comissão, como a ultima e personal instrução dada por Jesus antes de sua ascenção aos ceus. Para nós cristãos, estas são as diretivas deixadas por Jesus para cada um de nós como expressão, ou comando, que nos move na direção da ação mais espontanea de nossa fé. Agir nossa fé em Jesus, significa expressar uma ação prática, na direção do Ide e pregai, (além de outros comandos específicos tais como, ide, pregai, batizai, expulsai, e fazei discipulos, conforme lemos em Mateus 28:18-20, Marcos 16:15-18, Lucas 24:44-49 e finalmente em João 20:19-23). São cinco princípios básicos, que expressam especificos comandos, ordenações, como se a traduzir a mensagem de Jesus aplicada ao evangelismo e ás missões. Apesar de que todas as referencias refletem versões diferentes, todas mostram o encontro de Jesus após sua ressurreição. Este é o foco central de nossa interpretação diante desse fenomeno motivador de fé. Reconhecer que o Cristo vitorioso, ressurrecto, nos comanda, nos ordena, nos direciona ao agir através do Ide, ao nos comissionar. Isto é em essencia a missão da Igreja. Além disso, Jesus se declara recebedor  de todo o poder no céu e na Terra, poder que acompanhará aqueles que Nele crerem. Esta é porem a motivação maior que deve nos acompanhar durante nosso evangelismo, certos de que o Senhor estará conosco até o final dos tempos, conforme nos mostra  Mateus 28:20. Aliás, a Grande Comissão representa a fundação e o inicio do evangelismo como entendido nos primeiros seculos da era cristã, e tambem nos ultimos, onde nós testemunhamos o poder de Cristo  vivo como motivador de nossa ação evangelistica.
f. Dicas para um bom evangelismo:
1. Seja autentico e expontaneo.  Não se preocupe em formar em sua mente as mais complicadas formulações intelectuais e teológicas, quando estiver diante de alguém. Fale o que estiver em seu coração, daquilo que voce certamente já se preparou ou ja vem se preparando desde que se propos a servir ao Senhor no Evangelismo. No entanto, ser evangelista não é ser repentista, mas um autentico semeador da palavra evangélica de Jesus. E isto certamente voce ja tem guardado em seu coração, desde que se propos a lutar pelo evangelismo.  Ao evangelizar, voce será um evangelista, não um apologeta.
2. Nao seja timido e nem tenha medo.    O medo certamente não é uma “virtude” do carater cristão. E a timidez vai lhe predispor ao fracasso diante de pessoas que podem ser opressivas e soberbas.  Seja voce, sabendo que MAIOR é Aquele que habita em nós, do que o que está no mundo. Quando se tem o Espirito Santo no coração, não existem medo ou timidez, mas força, coragem, destemor.
3. Creia que Jesus já venceu o inimigo por voce.     Esta é a vitória que nos dá certeza de vitoria. Nós somos vencedores em Jesus Cristo e semeadores de seu Evangelho. Portanto, creia que Jesus já destruiu por nós as barreiras,  limitações, e possíveis fracassos. Ele tem as chaves da morte e do inferno nas mãos. Ele carregou por nós TODAS as nossas fraquezas e limitações. Com Jesus será fácil evangelizar, mas sem Ele será terrível.  
4. Não desista nunca.  Não espere ganhar o mundo num domingo á tarde. Evangelismo deve ser uma luta continua, perscistente, paciente. Semeie, pois certamente esta semente encontrando solo fértil, germinará. Depois, retorne ao campo de batalha, pois a luta continua. É preciso continuar semeando.
5. Use de todos os talentos que Deus lhe deu.   Deus lhe deu uma série de talentos e espera que voce se utilize deles também no evangelismo. O sorriso, a simpatia, a persuasão, a expontaneidade, a disponibilidade em se abrir ao próximo, a cordialidade, são talentos que Deus lhe deu e voce deve se sentir pródigo em utilizá-los durante o evangelismo. Não feche a cara ou se aborreça com as imprecações de uma vida. Saiba que voce tem as armas da milicia de Cristo para a vitoria.
6. Use de métodos mais simples. Não empurre o folheto ou livreto nas mãos do evangelizado, logo no primeiro instante. O folheto é um dos recursos no evangelismo, e não o unico. Se apresente, fale o seu nome e pergunte o nome da outra pessoa. Seja cordial e pergunte-lhe se tem um minuto de seu tempo para conversar. Esteja pronto a responder todas as perguntas, com atenção e carinho. Não se esqueça: uma alma vale mais do que o mundo todo.
7. Não seja pragmático ou apressado.  Doe-se naquele tempo disponivel e nem pense em apressar seu trabalho evangelistico, porque é domingo e o jogo começa as 3 e que voce está com fome. Jesus sofreu por voce toda a humilhação possível pra vir te salvar e sem pressa, mas com amor. E nem abandone o campo de batalha durante a luta, mas prossiga para o alto até o fim.
8. Não atenda o celular enquanto estiver com alguém.  Saiba dar atenção áquela vida que está diante de voce. Depois, atenda o celular, pois é fato que alguém poderá estar precisando de um auxilio.
9. Dê sua atenção a quem estiver com voce.  Não fique olhando para os lados ou olhando pro carro que buzinou, mas olhe nos olhos da pessoa diante de voce, e mostre empatia diante dela.
10. Apresente-se bem apessoado e asseado.  Dentro do possivel se apresente bem, com bom hálito e um cheiro agradável. O Espirito Santo dá testemunho disso. Temos certeza que Jesus cheirava bem e nem tinha mal hálito.
11. Voce não é o dono da verdade.  Jesus sim é o caminho, a verdade e a vida. Voce vai receber Dele toda a verdade acerca do Evangelho. Voce estará levando a mensagem da verdade que é Jesus. Não a sua verdade, ou a sua argumentação racionalistica. Não se concentre em voce mesmo, mas na pessoa de Cristo e na pessoa do próximo ao seu lado.
12. Nunca despreze as pessoas pela aparencia.  Não despreze uma pessoa por ela ser idosa, ou negra, ou chinesa, ou qualquer que seja a limitação, nem diga que vai deixar aquela pessoa pro irmão fulano atender, se ela vem em sua direção. Voce não conhece os caminhos de Deus e nem conhece os caminhos que Deus deu para uma pessoa que anda solitária nas ruas. Mas seja disponivel a quem quer que seja, com amor e apto a falar-lhe do evangelho de Jesus.
13. Ore antes de abordar uma vida.  Sim ore, e prepare seu espirito antes de ir ao encontro de outra vida.  Nossa luta não é contra a carne, mas contra as potestades espirituais do mal. E voce não sabe quantos demonios podem estar impedindo uma vida de estar ouvindo uma mensagem evangelistica.
14. Estude sempre e se prepare.  Ler, Estudar e entender a Palavra de Deus é a condição sine qua non, ou sem a qual não existe evangelismo. Ninguém pode pregar ou instruir alguém, se não pode entender e manusear a Palavra. Portanto, estude com afinco aquilo que voce vai ministrar. Não permita que a ignorancia o leve a pecar por desconhecer a Palavra.
Leitura Recomendada:
                  Existe muita informação ainda sobre o tema Missões e Evangelismo. Apenas para lhe dar mais detalhes e informação a respeito, vamos indicar aqui uma literatura referente ao tema, Urbanismo, Missoes, Evangelismo urbano, Secularismo e Contextualização.
1. INCARNATIONAL MINISTRY, Planting Churches in Band, Tribal, Peasant and Urban Societies, by Paul G. Hieberg and Eloise Hiebert Meneses.  Baber Books, 1995, USA.
2. A  CLARIFIED VISION for URBAN MISSION, Dispelling the Urban Stereotypes, by Harvie M. Conn. Ministry Resources Library, Zondervan Pub. House. 1987, USA.
3. PLANTING AND GROWING URBAN CHURCHES, From Dream to Reality, Edited by Harvie M. Conn, Baker Books,1997, USA.
4. THE URBAN FACE OF MISSION, Ministering The Gospel Ina Diverse and Changing World. Harvie M. Conn and others. Edited  by Manuel Ortiz and Susan S. Baker,  P&R Publishing, 2002, USA.
5. DEATH IN THE CITY, by Francis A. Schaeffer, 2002. USA. Um importante livro acerca das cidades com seus conflitos e pecados, e as soluções para seus dilemas. 
6. THE MASTER PLAN OF EVANGELISM, by Robert E. Coleman and Billy Graham, 2010, USA.
7. The Secular City, by Harvey Cox (ex.professor da Harvard Divinity School) A primeira edição de 1965, quanto a ultima edição de 2013, sob o titulo The Secular City, Secularization and Urbanization in Theological Perspective, do mesmo autor, são amplamente recomendados para a pesquiza dos temas propostos.  
E muitos outros livros que podem ser adquiridos e pesquizados, se voce tem interesse em aprender mais sobre Missões e Evangelismo. Basta pesquizar por voce mesmo no site www.amazon.com no topico books sobre evangelismo e missões. Infelizmente exite pouca literatura sobre o tema em Portugues. Faça boa pesquiza, bons estudos e que Jesus te abençoe abundantemente.



Thursday, August 7, 2014


                              COTAÇÃO DO PERIODO.

John 1:1 Ἐν ἀρχῇ ἦν λόγος, καὶ λόγος ἦν πρὸς τὸν θεόν, καὶ θεὸς ἦν λόγος.
1In the beginning was the Word, and the Word was with God, and the Word was God.
John 1:2 οὗτος ἦν ἐν ἀρχῇ πρὸς τὸν θεόν.
2He was with God in the beginning.
Para os Estóicos, ainda no 3o. Século antes de Cristo, a palavra Logos era usada para designar em escala cósmica a razão que dava ao mundo, ao Universo, ordem, significado e congruencia, uma das razões pelas quais os versos 9 e 10 de João 1, no original grego,apresenta a palavra  Cosmos, para designar Mundo, Cosmos ou World. A palavra grega LOGOS pode tambem designar Verbo, Palavra, Razão, o Verbo de Deus, e a própria pessoa de Jesus Cristo.
                             λόγος

Sunday, July 6, 2014


Biblioteca da Igreja Batista Vida Nova – BIBA – Critica de Livros. “ DEZ LEIS PARA SER FELIZ – Ferramentas Para se Apaixonar pela Vida”, de Augusto Cury. Editora Sextante, 2003 RJ. Brasil. 122pgs. 
Publicado em formato de Livro de Bolso  o livro de Augusto Cury apresenta em suas páginas uma série de ensinamentos que aplicados, visam ensinar o leitor a buscar e obter sucesso em sua vida pessoal, nas areas de sua vida emocional, psicologica, social, afetiva e material. O autor apresenta uma série de leis, que aplicadas com sabedoria, vão transformar a vida dos leitores em uma busca por uma felicidade real. Tais leis se referem a uma integração maior entre a vida diaria em sua totalidade, e diversos aspectos do cotidiano tais como integração com a natureza, com o próprio corpo e com o próprio espirito. Existe no livro inclusive uma referencia a Jesus Cristo, chamado pelo autor como O mestre da Emoção.  Ele descreve com detalhes até mesmo técnicos, aspectos da interioridade humana, falando sobre emoções, ansiedade, depressão, fobias, memória, etc., O Livro pode ser também entendido como um conjunto de pílulas de sabedoria que bem administradas nos levarão a uma vida emocionalmente equilibrada e bem sucedida. E tais pílulas tem muito a ver com livros bíblicos em que a sabedoria é transmitida por versículos de sabedoria inspiradas pelo Espirito Santo. Esta é pois a grande diferença entre o Livro de Augusto Cury e os Livros de Eclesiastes e de Provérbios de Salomão. Obviamente, não precisamos comparar os dois, nem subestimar os livros bíblicos em relação ao livreto de Augusto Cury. O livro DEZ LEIS PARA SER FELIZ, é uma boa leitura, positiva, visa objetivos  edificantes, e pode ser definida também dentro do estilo auto-ajuda, mas dispensa comparações com os livros de Salomão. A grande diferença que os distingue esta no fato de que a sabedoria bíblica nos transforma espiritualmente para a edificação da totalidade do ser humanao, enquanto as DEZ LEIS PARA SER FELIZ, nos auxilia na edificação de nossas emoções e de nossas potencialidades psico-sócio-emotivas. Percebe-se claramente que o autor é guiado á construçáo de relacionamentos socialmente e emocionalmente sadios, apesar de que ele fala de “inteligencia espiritual”sem mencionar a Biblia como o livro da Sabedoria Divina, ou sem se referir á pessoa de Jesus Cristo como o Mestre da Inteligencia Espiritual. Mas, o livro não deixa de ser uma boa leitura recomendado a adultos e adolescentes. Nossa bilbioteca tem apenas um unico volume. Uma frase impactante de seu livro diz: Quando a fé se inicia, a ciencia se cala. A fé transcende a lógica. (pagina 110).  

Thursday, June 19, 2014


BIBLIOTECA VIDA NOVA - BIBA - Critica de Livros.
O Vendedor de Sonhos . e A Revolução dos Anonimos. de AUGUSTO CURY. Editora Academia de Inteligencia, SP., Brasil 2009, 318 páginas. 9ª. Edição em Portugues.
A principio o livro ( que tem por subtítulo A Revolução dos Anonimos ),  nos surpreende por apresentar alguém tido como O Mestre. As pessoas o escutam e aprendem dele, e acabam por segui-lo como seus discípulos. Um livro que fala de nossas emoções e sentimentos mais ternos e que nos quer confrontar com nosso mundo diário, nossa realidade, aquilo que nos circunvaga e nos faz refletir profundamente. A seguir  o Vendedor de Sonhor se nos mostra mais como o despertador de emoções,  como se o nosso proprio eu se visse de repente diante do espelho de nossa propria realidade.  E tais revelações da alma começam como a se despertar lentamente, em desabafos emotivos, em gotas de emoções que aos poucos vão caindo e formando o rio de nossas emoções despertas, principalmente a partir do capitulo 4, onde o autor – que se identifica na primeira pessoa do tempo verbal e é denominado “Superego” – lança sua primeira lei do Vendedor de Sonhos, não como leis da fisica, mas as leis do coração, e ele o faz de modo profundo, como se a vasculhar os limites mais intimos da alma humana. 1. Reconheça suas loucuras e sua estupidez. A partir daí o livro vai se tornando mais filosófico, mais introspectivo, o que deixa transparecer a formação psico-sociológica do autor. E isto quer dizer que ele começa sua própria busca pelo sentido da vida, que para ele é definida como sendo cíclica, o que ele repete á página 106.  A seguir surgem então frases com forte apelo socio-politico-filosofico, tais como, á página 54, “ Todos os grandes desastres sociais e politicos vem  do culto á verdade, da aceitação passiva das idéias.” Chega até mesmo a parafrasear as palavras iniciais do Sermão do Monte – com forte apelo sócio-político – proclamado  por Jesus, em Lucas 6:20.  No capitulo 6 ele fala sobre o fascinante mundo da leitura. O aspecto realistico de sua narrativa, toma forma ao mencionar á pagina 62 que “ Um cirurgiao cardiologista brasileiro comentou.” A narrativa adquire um enfoque local, regional, personificado. Aspectos de sua formação como psicólogo, são revelados aos poucos, como á página 74, onde o autor fala pela primeira vez de uma “memória instintiva”, e através de termos e expressões usadas titpicamente por psicologos. O livro, então, vai se definindo como um tratado de psicologia aplicada em forma de romance, onde o personagem principal, O Vendedor de Sonhos, serve como portavoz das intenções doutrinárias do autor, ás quais se inclue a dinamica dos sonhos como projeção de nossas aspirações para um mundo de possibilidades reais, não apenas oníricas, mas também positivas e construtivas, num apelo de grande relevancia. No capitulo 11 o autor analisa com propriedade as reações de resistencia de um suicida diante das terapias ou dos terapeutas instantaneos, aqueles que surgem de repente para aplicar seus recursos na recuperação de pacientes mentalmente complicados e se utilisa também de uma dose de humor bem sutil. Em síntese o livro relata a saga de potenciais suicidas, ou pessoas em situações de desespero, á margem da vida, lutando contra suas frustrações, seus medos e suas psicoses, utilizando-se de uma figura dissimulada, o mestre, que se ergue em meio aos anonimos ( todos nós, ou as figuras comuns na vida ) e os auxilia na batalha por uma vida saudável e espiritualmente restaurada. Um ótimo e positivo livro para aqueles que apreciam a literatura de “auto ajuda”. E por isso mesmo, recomendado a todos sem restrições. O autor dispensa apresentação. Augusto Cury é, sem dúvida, um dos maiores escritores brasileiros da atualidade. Ele é médico, psiquiatra, psicoterapeuta, pensador brasileiro, que criou e desenvolveu a teoria da Inteligencia Multifocal. 

Sunday, June 8, 2014

GOOD NEWS FROM YOUR COUNTRY.
CORTANDO NOS CORTES. Recente artigo publicado pela revista inglesa "The Economist", de 7 de Junho de 14, mostra como o Brasil se tornou o lider mundial na redução da degradação do meio ambiente, através da redução dos gases do chamado Efeito Estufa, advindos da queima de florestas, - o que representa em aumento nos indices de reflorestamento da Floresta Tropical Amazonica. O artigo acrescenta que nos anos 90 uma area equivalente ao tamanho da Bélgica era destruida a cada ano, o que alçava o Brasil á condição de maior vilão na degradação do meio ambiente. Hoje, no entanto, o que acontece na Amazonia mostra o que ocorre de mais certo e positivo nos indices de preservação da Floresta Tropical. O grafico na foto nos mostra isso. O artigo mostra tambem o esforço conjunto do governo ( não só do Brasil mas também de outros países onde existem florestas tropicais - como Indonesia e o Congo ), em colocar esforços em regulamentações e restrições, como o Codigo Florestal Brasileiro que diz que para fazendeiro na Amazonia, 80% da terra deve ser preservada como reserva florestal, o que criou um processo conflitante. Mas a partir do governo Lula, o deflorestamento se tornou prioridade, o que resultou em melhor cooperação entre diferentes setores do governo, especialmente através de controle ambiental por orgãos policiais e a justiça estadual e federal. Outros fatores também foram importantes nesta redução, tais como pressões por parte de compradores/consumidores de grãos, politicas de redução a nivel mundial, campanhas da Greenpeace, além da redução de crédito bancário a produtores de soja e outros grãos, que se utilizam do deflorestamento para cultivo. É verdade que o Brasil se tornou uma superpotencia na produção de alimentos, apesar de que grandes areas foram devastadas até se chegar a este nivel. É verdade também que o deflorestamento diminuiu bastante nos ultimos 5 anos, mas infelizmente, ainda não cessou totalmente. Preservação da Natureza, é uma proposta primordial do Plano de Deus, de acordo com a Palavra de Deus, como vemos no Salmo 24, verso 1 e seguintes.  

Thursday, May 15, 2014


Biblioteca Vida Nova - Critica de livros da BIBA. A CABANA Publicação da Editora Sextante Brasil - 2008. Rio de Janeiro RJ. 
O livro de William Paul Young (A CABANA ou THE SHACK em Ingles)pode ser visto como uma ficção interpretativa da Biblia, ás vezes com caracteristicas de realismo fantástico, elevada aos limites da criação literária até mesmo inimaginável, quando, a partir dos capitulos 6, 7 e 8, as tres pessoas da Santissima Trindade adquirem personalidades distintas. Os personagens criados pelo autor, todos eles, são fictícios ( criados pela imaginação do autor ) mas nem por isso deixam de se espelhar em personagens reais. Papai, Jesus e Sarayu, que representa o Espirito Santo, assim agem como se fossem, e interagem entre si de modo tão completo e intimo, que são mostrados como a Trindade.  O autor, Paul Young, é Teólogo formado em Religião e seu livro a princípio fora escrito como se fosse uma estória contada aos próprios filhos, mas que se deu bem, foi aceito e vendeu milhões de cópias. No princípio o livro se identifica como um romance policial, cuja trama se torna mais dramática ao envolver a filha de Mack, a pequena Missy, a criança sequestrada, que dá ao livro caracter de tragédia dramática. O autor gosta de contar estórias legendárias de índios e princesas corajosas que pulavam de penhascos para salvar com seu sacrifício as vidas de toda uma tribo.  E ele fala muito sobre a natureza, que identifica como obra da criação divina. E no livro percebe-se que o tempo passa rapidamente até que surge a Grande Tristeza no coração de Mack, quando descobre o vestido de Missy ensanguentado dentro da cabana.  Por causa do desaparecimento da filha, Mack tem crises de fé, se entristesse muito e quase se desespera.  Um bilhete deixado por Missy é encontrado e nele, o misterio se desvenda ainda mais, porque tal bilhete estava assinado por “Papai”.  Por que? A partir de então a trama se desenvolve  abertamente, Mack tem um sonho aparentemente real muito longo, narrado nos capitulos  6, 7 e 8, (que são a meu ver os mais fascinantes no livro), em que ele mantem convivencia e diálogo com Papai, Jesus e Sarayu. E nesta convivencia com a Trindade, muita coisa é revelada sobre a vida de modo geral, a convivencia humana com Deus, as questóes mais relevantes sobre natureza, a criação, o relacionamento com Jesus, e neste diálogo o autor se mostra um liberal teologicamente inovador e biblicamente correto, inclusive ao mostrar Deus como uma mulher. Algumas frases atribuidas a Deus, ou “Papai”, são as seguintes: “ Não preciso castigar as pessoas pelos pecados. O pecado é o próprio castigo”. Outra frase diz: “ Não existe conceito de autoridade superior entre nós, mas apenas de unidade.”  E nas paginas seguintes ( 109 -112 ) a definição da idéia de hierarquia humana que tudo destroi num relacionamento. O fato de acharmos erroneamente que Deus age dentro de uma hierarquia de valores relacionais com Ele próprio, com a natureza e com a humanidade, não nos permite admitir que dentro das Igrejas deva existir uma ordem hierárquica que pune e discrimina os membros do mesmo corpo.   Mas, de modo geral o livro nos mostra um “Deus” um tanto quanto romantico, no mais alto estilo americano (ou canadense), um “Deus” risonho, brincalhão, "um gente boa” que parece fugir de emitir conceitos sérios e punitivos contras as atitudes erradas dos humanos, ou um Deus mais pertinente á visão teologica Católico Romana da Palavra de Deus.  E isto fica claro á página 134, onde os seres humanos parecem que “optaram” por trabalhar com as mãos, ou se tornar independentes, sendo que na verdade sabemos que o mal não existe apenas por questão de opção do livre arbitrio humano, mas existe como consequencia da natureza pecaminosa que subsiste desde Adão e Eva. No Éden nós não abandonamos o relacionamento com Deus, mas nos deixamos seduzir pelo Diabo, não para afirmar a própria independencia, mas por nos submeter ao jugo do diabo. Nós não nos tornamos independentes quando nos submetemos ás regras do inimigo. Mas, o autor propõe aos leitores, através do personagem Jesus, que a única alternativa é nos “VOLTARMOS PARA JESUS” o que é também teologica e biblicamente correto.  De modo geral A CABANA é um bom livro, principalmente para aqueles que não tem muito conhecimento biblico, devido ao fascínio que a estoria exerce sobre o leitor. E de acordo com as próprias palavras do autor, o personagem MISSY, a filha de Mack supostamente sequestrada, representa a fase existencial dos seres humanos em que se chega a perder alguma coisa, quando nos afastamos de Deus, desaparecemos do entorno da Palavra e dos olhos afetivos de Deus, quando de alguma forma perdemos nossa inocencia, ou a dimençao do primeiro amor.  E Mack representa a busca por esta identidade cristã parcialmente perdida, através do questionamento após a evasão que nos permite o afastamento de Deus. Mack representa também o questionamento sincero, embora um tanto quanto cético, do que Deus, Jesus  e o Espirito Santo nos mostram e significam na Palavra. Esta crítica poderia ser mais extensiva e abranger todos os capitulos de A CABANA, mas já é suficiente ao apresentar informações e uma idéia geral sobre o livro e o autor.   A tradução para o Portugues é boa, e de um estilo de fácil assimilação e compreensão. A BIBA ( Biblioteca Vida Nova ) tem apenas um unico volume de A CABANA. 

Wednesday, April 23, 2014

WHAT HOLLYWOOD IS SHOWING NOWADAYS. 4
Eles estão ressurgindo.  Depois de NOAH o dilúvio? pergunta o artigo da revista inglesa The Economist, da ultima semana que antecedeu a Pascoa. Outro filme que esta se consagrando com faturamentos exorbitantes esta sendo "HEAVEN IS FOR REAL" ( O céu é pra valer), lançado nos cimenas dos USA em 16 de Abril.  Outros também estão na lista de grandes faturamentos como "GOD IS NOT DEAD (Deus não está morto)", mas que ainda não superaram o alcance do Box Office dos 10 maiores  na lista mostrada no artigo. Como dissemos antes, 2014 veio com força total, numa safra de grandes produções do cinema americano, que ainda vai mostrar "EXODUS: GODS AND KINGS" e outros. " NOAH" que ainda está em cartaz já faturou mais de $85 milhoes de dollars, aclamado como uma superprodução supostamente baseado na Biblia, mas que não deixou de ser acima de tudo, fruto da imaginação de seus produtores. Se a questão é mostrar os grandes faturamentos de Hollywood baseados na Biblia, THE PASSION OF THE CHRIST  de 2004, encabeça a lista no seculo 21, com mais de $400 milhões de dollars em faturamento, o que não quer dizer que outros em 2014 não poderão superá-lo. A mensagem está sendo dada, e o Evangelho está sendo pregado? Sim, claro. Se Hollywood pode faturar com o cinema biblico, que dirão os Teleevangelistas e as Megachurches? Are they for Real? Espero que chegue um tempo em que o Mundo vai estar tão enfastiado com o que a Media, a TV e os meios de comunicação em geral mostram com seu exagerado sensacionalismo e mentira, que a única opção mais real,  verdadeira e atrativa  a ser veiculada, serão as verdades absolutas mostradas pela Biblia. Vai vendo! Afinal não é isto o que grandes escritores renomados, produtores cinematográficos e a Media querem mostrar, ou seja, uma mensagem mistica, e positiva, e com uma roupagem supostamente "religiosa", que mexa com o moral e apele para as emoções sinceras dos consumidores? E quem prega a Verdade hoje em dia? 

Sunday, April 13, 2014

Book of the Month - Livro do Mes - Book Review - sugestão de leitura - ABRIL DE 2014 - April 2014. "IN DEFENSE OF ISRAEL" The Bibles's Mandate for Supporting the Jewish State by John Hagee, Published by FrontLine, A Strang Company, Lake Mary, Florida, FL. USA. 207 pages, 1a. edição 2007.  
Um livro fascinante escrito por um Pastor evangelico conhecido por sua atuação no televangelismo mundial, Pr. John Hagee. Em Março de 2007, Pr. Hagee falando para milhares de proeminentes líderes judeus dos Estados Unidos na Convenção da AIPAC ( American Israel Public Affairs Committee ), transformou sua audiencia em amigos da causa do apoio Cristão a Israel e ao povo Judeu. O  que Pr. Hagee fez na verdade foi dar suporte incondicional ao que a Biblia nos demanda em Genesis 12:3, "Abençoarei aqueles que Te abençoarem". E ele se tornou um dos mais fervorosos ativistas cristãos defensores da causa judáica no mundo hoje. Apesar do ano em que foi escrito, o livro é muito oportuno, pois além de dar suporte ao Povo escolhido por Deus, os confrontos politico/ideologicos que envolvem a causa judaica relativamente á posse da terra de Israel, (demarcação de terras, acolhimento e assentamento de imigrantes), se tornaram desde 1948, na mais polemica e controvertida desavença entre nações, não somente no Oriente Médio mas através do Mundo. Desde que Israel se encontra geopoliticamente cercada de nações árabes essencialmente pró-Islamismo, a questão relativa á defesa de Israel se converteu hoje numa estratégia politica envolvendo armas nucleares e nos ultimos anos, surgiram questões, não somente junto á IAEA ( International Atomic Energy Agency ) mas em confrontos politicos não só na ONU, mas tambem na UNSC ( United Nations Security Council ). A questão mais agravante nos debates atuais seria o de criar uma região livre de armas nucleares no Oriente Médio, apesar de Israel não dar suporte a esta idéia, por causa de sua justificada auto defesa em caso de possiveis ataques dos países arabes. No entanto, a administração OBAMA, parece  apoiar a ideia de uma região livre de armas nucleares. O que voce faria nesta situação? O livro IN DEFENSE OF ISRAEL, nos mostra os prós e contras do problema, e orienta cristãos histórica e biblicamente, no que é hoje o mais controvertido debate politico mundial. Vale a pena ler o livro e entender o que Israel representa para nós cristãos, em face de nosso comprometimento com a Palavra de Deus, e diante das promessas feitas por Deus á nação de Israel, relativamente ao Reino de Deus e a questões de profunda importancia escatológica. 

Friday, April 11, 2014

Algumas paginas de meu novo livro "A Apoteose de Jay", que sera publicado em Setembro on AMAZON.


A  APOTEOSE  DE  JAY


JOSE EDUARDO SABAUTE.


ROMANCE.

            Esta estória aconteceu parcialmente fora dos limites do espaço terrestre, dentro de uma dimensão espacial exterior, chamada sideral, e para além dela evoluiu naturalmente até que os elementos que a compõem originalmente passaram a figurar dentro da realidade a que estamos acostumados a chamar de realidade histórica terrestre. Não podemos precisar exatamente quando e quanto tempo foi necessário para que uma coisa evoluisse para a outra. O que podemos afirmar com alguma precisão, é que originalmente tudo de fato aconteceu num tempo passado muitissimo remoto, onde a idéia dos relatos foi transportada para a realidade presente apenas por intuição e meras especulações imaginárias, através da criação de relatos da investigação intelectual e imaginativa. Mas, o que nos parece impossivel de ser narrado, tornou-se hipoteticamente plausivel, e digno de credibilidade, mesmo porque, pela ausencia de uma veracidade maior, ninguém até hoje chegou a formular outra narrativa mais verídica. Por falta de elementos de narrativa histórica, não existiu até o presente momento, quem a pudesse refutar ou contesta-la com provas documentadas, e isto nos permitiu escrever um certo numero de paginas, sobre o que achamos que deveriamos escrever e narrar aquilo que somente a imaginação criadora nos permitiria narrar, até que algum dia num futuro também muitissimo remoto, possamos desvendar toda a verdade e dar ao assunto a credibilidade que finalmente merece.  Apesar de os fatos terem acontecido realisticamente, tramas, elementos e personagens foram recriados pela imaginação criadora do autor, movido e motivado pela investigação da verdade e pelos ditames de seu carater intelectual especulativo.
             Adentremos, pois, neste mundo da imaginação, onde a realidade a principio se aparenta meramente ficticia, onde os personagens são realisticamente irreais, onde o que pode não-ser assume ares de mera possibilidade real, em que os fatos foram no passado simplesmente intangiveis, e personagens tidos por reais passam a figurar como estranhamente misteriosos.           

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            Era uma vez um tempo num passado muitissimo remoto, no mais alto dos céus, no sétimo céu, diríamos, em que um ser supremo de grande magnitude e poder criativo, posteriormente denominado simplesmente de “Jay”, estava ocupado pensando nos projetos de sua ilimitada imaginação criadora. Arrazoava consigo mesmo a respeito do que estava para ser criado, planejando materializar tudo em um futuro bem próximo. Certamente não saberiamos precisar quando isso na verdade iria ocorrer. Sabemos, no entanto, que em sua companhia  vivia uma infinidade de criaturas denominadas anjos, vivendo com Jay em perfeita harmonia, como seus submissos servidores mensageiros e adoradores, envoltos por uma perfeita harmonia cósmica, em que a obediencia mutua observava os diversos escalões hierárquicos.  Assim, anjos se submetiam a arcanjos e estes eram submissos a querubins e serafins, e todos obedientemente eram regidos por Jay em perfeita e harmoniosa interação, quando o céu estava no centro do Universo ainda não inteiramente criado e explorado. Não existiam divergencias sócio-politicas que viessem a desestabilizar a unicidade da teocracia jaystica. Jay era e continuaria a ser um soberano unico, inabalavel. Isto queria dizer, não havia diferenciação discriminatória alguma que viesse criar separatismo entre os seres celestes que os pudesse presdispor uns contra os outros e todos contra Jay, nem tampouco divergencias pessoais que os lançassem em disturbios conspiratórios. Jay era o senhor absoluto e os anjos, arcanjos, querubins e serafins seus servos incondicionais e livremente atados á condição de criaturas serviçais interrelacionadas a Jay. E tal harmonia era tão absolutamente equilibrada que a engrenagem do céu se movia como máquina perfeita, num unissono silencioso e claro, cuja transparencia era a própria identidade espiritual de seu unico e explendido arquiteto, que não media esforços para tornar a plenitude da vida celeste ainda mais aplasível aos seus súditos nos diversos escalões existentes. Também não se podia conceber que houvesse coisa alguma que pudesse abalar a perfeita harmonia reinante,  entre os seres definidos como criaturas e os que detinham o privilégio da criação. Então, bilhões e bilhões de anos se passaram, digamos trilhões, - o que ainda é pouco – sem que absolutamente nada importunasse a ordem harmonica estabelecida previamente por Jay. A palavra Jay era na verdade uma sigla que escondia a existencia de tres seres distintos: Javiel, Agapé e Yasmim, que eram tres, mas que agiam como se fossem um.  Os anjos viviam como as mais capazes de todas as criaturas, os mais afortunados, perfeitos, poderosos e felizes.  A julgar pela absoluta paz reinante em seu meio, não se poderia admitir que sua simplicidade e pureza fosse de tal nivel esmerados e a tal ponto integros que pudessem produzir os fatos e acontecimentos dessa magnitude e complexidade. Tais fatos serão a partir de agora narrados com profundidade e profusão a todos os que deles queiram ter conhecimento e possam adentrar voluntariamente nas nuances de seu unico mundo.
            Certo dia, porém, em meio ao etério que tudo era, um ser criado chamado Serafim Lúcifer, conhecido por seu cargo como chefe geral do cerimonial de louvores a Jay, dotado de  extrema sabedoria e distinto poder junto aos seus semelhantes, viu-se de alguma forma enfastiado com tudo o que ele próprio presenciava no dia-a-dia celeste. Propos-se a si mesmo tentar o que ninguém jamais havia tentado anteriormente. Como ideal individualisado, planejou crescer indevidamente na tentativa de se assemelhar ao trono de Jay, tramando usurpar-lhe o poder e se assentar imerecidamente ao seu lado. Essencialmente o que ocorreu foi que, esta situação levou o serafim de elevada graduação na hierarquia celeste, a crer que ele, Serafim Lucifer, poderia ser tido por um ser também adorado por parte do contigente de anjos que adoravam a Jay diariamente, por concluir que ao seu espirito angelical nada mais e nenhuma outra ansia e aspiração haveria para ser alcançada além de se posicionar ao lado de Jay e compartilhar com ele de sua glória.   Esta deveria ser, pois, sua unica e mais radical aspiração, desde que todas as demais aspirações e experiencias já haviam sido logradas e realizadas durante o tempo de sua existencia até  então no céu.  Algo novo deveria ser tentado. Sua natureza inerente como espirito criado não poderia separá-lo de seu relacionamento com Jay, porque dEle dependia diretamente. Mas sua absoluta liberdade poderia no entanto, criar-lhe condições intelectuais para que, por si mesmo, se se separasse de Jay,  se transformasse projetando-se em diferentes tipos de espiritos, que eram na verdade suas aspirações mais intimas. Eram-lhe tantos os adoradores que Serafim Lucifer creu ser possivel, ao pensar consigo mesmo, num dia qualquer extremamente longo no céu, na paisagem etérea do universo, junto ao séquito de seus subordinados diretos, que também ele poderia separar para si alguns milhões de anjos que o adorassem incondicionalmente. Dadas as suas observações gerais acerca da população dos céus, pode perceber com evidente clareza, que o que mais atraia os anjos á pura adoração era o fato de que Jay tinha uma beleza extraordinariamente grande, e esta era a razão principal pela qual todos eles eram atraídos por Jay.  Além de que, obviamente, tinha outros atributos e virtudes de ofuscante dimensão que o pobre serafim sequer pensou em considerar. Suas conclusões o levaram a crer que devido á sua particular beleza e formosura, ele poderia ser também objeto de veneração e contemplação. Nisso apostou irrestritamente.  Sabia da existencia celeste de milhares de milhões de anjos de toda espécie, dentro das nove ordens angélicas gravitando o trono de Jay, formando os corais de louvores a Ele. Eram tres diferentes tríades de tres diferentes níveis: o nivel mais elevado do primeiro escalão, com os Serafins, os Querubins e os Tronos. O nível intermediário com as Dominações, as Virtudes e os Poderes, e finalmente, o nivel inferior com os Principados, os Arcanjos e os Anjos. Todos mantinham distintamente poderes extremamente grandes e superdimenssionados, se comparados aos poderes dos seres humanos, que Jay certamente criaria num futuro bem próximo.      
                Serafim Lucifer, após ter maquinado solitariamente a estratégia de sua conspiração 

A DINÂMICA DO PERDÃO - 8   O alerta existe em função da riqueza de conceitos envolvendo a ideia de livre-arbítrio . É algo essencialmente op...