BIBLIOTECA VIDA NOVA - BIBA - Critica de Livros.
O Vendedor de Sonhos . e A Revolução dos Anonimos. de AUGUSTO CURY. Editora Academia de Inteligencia,
SP., Brasil 2009, 318 páginas. 9ª. Edição em Portugues.
A principio o livro ( que tem por subtítulo A
Revolução dos Anonimos ), nos surpreende
por apresentar alguém tido como O Mestre. As pessoas o escutam e aprendem dele,
e acabam por segui-lo como seus discípulos. Um livro que fala de nossas emoções
e sentimentos mais ternos e que nos quer confrontar com nosso mundo diário,
nossa realidade, aquilo que nos circunvaga e nos faz refletir profundamente. A
seguir o Vendedor de Sonhor se nos
mostra mais como o despertador de emoções,
como se o nosso proprio eu se visse de repente diante do espelho de
nossa propria realidade. E tais revelações
da alma começam como a se despertar lentamente, em desabafos emotivos, em gotas
de emoções que aos poucos vão caindo e formando o rio de nossas emoções
despertas, principalmente a partir do capitulo 4, onde o autor – que se
identifica na primeira pessoa do tempo verbal e é denominado “Superego” – lança
sua primeira lei do Vendedor de Sonhos, não como leis da fisica, mas as leis do
coração, e ele o faz de modo profundo, como se a vasculhar os limites mais
intimos da alma humana. 1. Reconheça suas
loucuras e sua estupidez. A partir daí o livro vai se tornando mais
filosófico, mais introspectivo, o que deixa transparecer a formação
psico-sociológica do autor. E isto quer dizer que ele começa sua própria busca
pelo sentido da vida, que para ele é definida como sendo cíclica, o que ele
repete á página 106. A seguir surgem então
frases com forte apelo socio-politico-filosofico, tais como, á página 54, “
Todos os grandes desastres sociais e politicos vem do culto á verdade, da aceitação passiva das
idéias.” Chega até mesmo a parafrasear as palavras iniciais do Sermão do Monte –
com forte apelo sócio-político – proclamado por Jesus, em Lucas 6:20. No capitulo 6 ele fala sobre o fascinante
mundo da leitura. O aspecto realistico de sua narrativa, toma forma ao
mencionar á pagina 62 que “ Um cirurgiao cardiologista brasileiro comentou.” A
narrativa adquire um enfoque local, regional, personificado. Aspectos de sua
formação como psicólogo, são revelados aos poucos, como á página 74, onde o
autor fala pela primeira vez de uma “memória instintiva”, e através de termos e
expressões usadas titpicamente por psicologos. O livro, então, vai se definindo
como um tratado de psicologia aplicada em forma de romance, onde o personagem
principal, O Vendedor de Sonhos, serve como portavoz das intenções doutrinárias
do autor, ás quais se inclue a dinamica dos sonhos como projeção de nossas
aspirações para um mundo de possibilidades reais, não apenas oníricas, mas
também positivas e construtivas, num apelo de grande relevancia. No capitulo 11
o autor analisa com propriedade as reações de resistencia de um suicida diante
das terapias ou dos terapeutas instantaneos, aqueles que surgem de repente para
aplicar seus recursos na recuperação de pacientes mentalmente complicados e se
utilisa também de uma dose de humor bem sutil. Em síntese o livro relata a saga
de potenciais suicidas, ou pessoas em situações de desespero, á margem da vida,
lutando contra suas frustrações, seus medos e suas psicoses, utilizando-se de
uma figura dissimulada, o mestre, que se ergue em meio aos anonimos ( todos
nós, ou as figuras comuns na vida ) e os auxilia na batalha por uma vida
saudável e espiritualmente restaurada. Um ótimo e positivo livro para aqueles
que apreciam a literatura de “auto ajuda”. E por isso mesmo, recomendado a
todos sem restrições. O autor dispensa
apresentação. Augusto Cury é, sem dúvida, um dos maiores escritores brasileiros
da atualidade. Ele é médico, psiquiatra, psicoterapeuta, pensador brasileiro,
que criou e desenvolveu a teoria da Inteligencia Multifocal.
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