Sunday, February 10, 2019

Sensualismo – idolatria de um sentimento – 31
Algumas ideias retiradas do conceito da Sexualidade humana na criação do Sexo.

O livro de Efésios capítulo 5, versos 22 a 29, obviamente, vai precisar de uma análise exegética que nos permita entender sua estrutura  e seu significado mais profundo. Se nós entendemos a Bíblia como Palavra de Deus, vamos perceber mais claramente sua disposição literal, seu conteúdo exegético, sua lógica gramatical e seu significado mais profundo na sua suposta inversão de valores e prioridades. ( Isso vemos mais claramente, por exemplo, na mudança entre um Testamento chamado Antigo  para outro dito como Novo. E também na mudança referida ao conceito de Verdade, arquitetado dentro dos dois testamentos.) Alguns creem que existem muitos erros nas Escrituras, mas não creem que a lógica de Deus é conceituamente diferente da lógica humana. E apenas uma parcela mínima e insignificante de nosso cérebro consegue entender as revelações e mistérios escondidos em suas palavras. O que Efésios 5 nos diz é impressionante:  em primeiro lugar o texto dá enfase à mulher, por dirigir-lhe a palavra em primeiro lugar, e a coloca numa posição de submissão em relação ao homem. Soa como paradoxal, mas tudo se explica quando Deus se dirige ao homem dizendo-lhe “ LOVE YOUR WIVES...” Deus não lhe disse para tomar vantagens sobre a submissão que ela lhe dirige nos versos 22 e seguintes. Existe de fato um caráter submissivo e simultaneamente um caráter profundamente afetivo que se complementa na relação homem/mulher: submissão e amor. Nessa relação submeter-se significa amar e se entregar, respeitando ao homem, à sua integridade e caráter como o cabeça do casal. E amar quer dizer, amá-la com profundidade ( e nunca platonicamente ), entendendo que a recíproca entre submissão e amor é alto compensatória, é repleta de mutualidade, implica num compromisso em que a submissão se rende ao amor e o amor sobrepõe-se ao caráter de uma submissão apenas dependente, deprimente e constrangedora.

No entanto, se existe submissão e amor entre homem e mulher, existe também a perpetuação da dimensão desse amor na submissão e também em relação ao amor. Alguma coisa compartilhada, mútua, recíproca, que se expande também para outros níveis, ou seja, para o nível da relação sexual, para o nível da relação afetiva, para o nível da formação da família, para o nivel da construção do mundo, e para o nível da formação intelectual, moral e do caráter dos filhos que virão desse amor. O amor não se orgulha como numa reação fascista à submissão da mulher, e nem a submissão da mulher se restringe à possível humilhação imposta pelo amor do homem. Pelo contrário, são complementares e expressam amor mútuo, compartilhado, ascendente e perene. E essa é a lógica de Deus aplicada ao amor. E mesmo estando submissa ao seu marido, a mulher recebeu a primeira palavra e foi tida como a primeira a ouvir de Deus, dentro de uma escala de atenções e prioridades  advindas da parte de Deus. E como podemos entender isso de modo interpretativo e biblicamente exegético? Por quê Deus fala em primeiro lugar às mulheres se ele sempre falou primeiramente aos homens?  É preciso que observemos e entendamos o que vem a ser a MULHER dentro da criação divina, e o que é o HOMEM dentro do propósito divino de sua criação. Em outras palavras, Deus está construindo as características básicas de seu Reino a partir da relação ( pesssoal ou sexual ) entre homem e mulher, numa visão eternizada por suas projeções divinas. Em outras palavras, Deus atribui dimensões eternas àquilo que ele mesmo cria e dá a cada ser criado uma projeção eterna de acordo com princípios originais que somente ele entende dentro de suas projeções infinitas. Não existe nada criado por Deus que esteja fora de um propósito de projeções eternas. Absolutamente nada. Além disso, o texto de Efésios 5 nos revela ainda algo surpreendente.   

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