Sunday, September 3, 2017

TRECHO DO LIVRO "A APOTEOSE DE JAY"  A SER PUBLICADO BREVEMENTE NO BRASIL E NO SITE "AMAZON.COM" virtual books. 
(Trecho do Capitulo 15.) 
...em que o deixei meus olhos se ofuscaram e até hoje não pude retirar deles as escamas imaginárias que os recobrem. Mas, enquanto estávamos no Éden não era assim. Uma experiência indescritível se apossara de nossos seres integrados à natureza, como sua parte íntima, dentro dos limites da profundeza de nossos olhos que tudo enchergavam, que tudo escrutinavam no profundo de sua intimidade molecular, luminosa e incandescente. Palavras que não conseguem descrever com detalhes o que de fato era a realidade no Éden. Mas, vou lograr com minhas palavras e delas minha mente tentará descrever o que era o Éden e de que forma meus olhos o viram, com que intensidade minhas emoções fluíam para além do espaço ilimitado, que poderes me foram concedidos, as indescritíves experiências vividas ao lado da mulher mais formosa em todo o universo criado por Jay.
Os olhares de todos de repente se viraram para Eva e nela se concentraram. Alguns a viam com entusiasmo; outros se deleitavam na beleza dos frutos criados pela própria imaginação. Outros ainda exibiam expressão de lamento. Para os mais idosos Eva representava a mulher ideal, e dela careciam intimamente como a mais almejada de todas as mulheres. Mas os mais jovens a idolatravam como a uma verdadeira deusa de beleza e virtude. Eva, no entanto, amadurecia a sábia idéia de que seus anos de vida na Terra estavam avançados e passavam rapidamente, e pouco tempo lhe restava para que dela pudessem sair sábios aconselhamentos e palavras de motivação e vida.  Em sã consciência Adão reiniciou sua narrativa.
- Não tive infância e dessa forma não me foi possível avaliar os anos anteriores à minha vida no Éden como tal. Mas, enquanto crescia além dos limites impostos por minha vida adulta, via com expectativa a infância de animais e plantas, dos seres e peixes do mar profundo, aos quais visitava constantemente, para denominá-los, e chama-los à ordenação das palavras que a mim me foram confiadas pelo próprio Jay.  Lembro-me perfeitamente de todos os nomes e sobrenomes que apliquei aos seres que denominei em minha jornada diária. E tinha de mim a clara consciência de que minha mente era de todo sábia para fazê-lo e empreendê-lo todos os diias. Nada de futilidades mentais ou de falências intelectuais, mas a mais profunda e inteligível dimensão de minha mente aberta ao espaço, ao infinito, à clarividência, a uma identidade de um verdadeiro deus. Sim, eu diria com todas as letras, eu me assemelhava a um semi deus que tudo podia sem limites, e que tudo fazia livremente, com o apetite intelectual e espiritual que a própria liberdade me concedia. Jay era meu par, meu modelo, meu criador, o amigo maior que caminhava comigo no frescor do dia. O frescor etéreo do Éden que o atraía, assim como a mim e à minha bela Eva. Não sabia como chamá-lo ainda que soubesse meu nome.  Mas podíamos nos olhar face a face e até mesmo sorrir um para o outro. E nossos pensamentos se comunicavam como que por ondas telepáticas...

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