SENSUALISMO
– IDOLATRIA DE UM SENTIMENTO – 3
ALGUMAS
IDEIAS RETIRADAS DO CONCEITO ORIGINAL DE SEXUALIDADE HUMANA NA CRIAÇÃO DO SEXO.
O que estabiliza a sexualidade humana dentro de
uma normalidade original, é a consistência do desejo humano de reviver uma vida
sem pecado, ou próxima ao estado em que se encontrava antes do próprio pecado.
Em outras palavras, uma vida voltada a um sentimento puro e de santificação. E
isso são coisas quase absurdas de se admitir no mundo em que vivemos hoje. Na verdade
a mente humana pós-pecado não está adaptada a viver, aceitar e admitir uma vida
sem pecado ao ponto de estabilizar, até à normalidade, seus impulsos sexuais
desordenados. Prefere trilhar os caminhos da autonomia da razão que liberaliza
a consciência a se lançar nos perigos dessa autonomia. E isso predispõe a mente
a se tornar vítima dos próprios anseios pessoais da libido e a sensualizar-se
numa vulnerabilidade muito grande. De outra forma, a autonomia da razão lança a
consciência humana em desvios e perigos ainda maiores. Tais assuntos e temas
são analisados em profundidade pelos escritos do professor Augusto Cury, em
vários de seus livros, e por outro eminente autor e crítico da cultura, Francis
A. Schaeffer em alguns de seus livros, notadamente em “ ESCAPE FROM REASON “ e “HOW
SHOULD WE THEN LIVE?” O tema da autonomia da razão voltada às decisões humanas
referidas a seu poder de escolha, é tratado com maestria por Francis Schaeffer,
dentro de uma perspectiva teológica e também filosófico-cultural. Os livros de Marcos de Souza Borges, ou Pastor Coti, tambem analizam o tema em profundidade. Mas, sem
dúvidas a Palavra de Deus mostra-nos com muita clareza e profundidade o escopo do
problema. Não se pode negar que o pecado da desobediência a Deus cometido pelo
primeiro casal, foi realizado voluntariamente numa decisão autonoma. Adão e Eva decidiram autonomamente optar por desobedecer a Deus. E isso criou um
precedente dentro de sua perspectiva histórica: eles seriam sempre confrontados
por tal decisão de aí em diante. E optar livremente permitiu-lhes optar por
decisões autonomas, aceitas consciente e voluntariamente, mesmo que sob os
auspícios da perssuasão satânica. Deus preparou-lhes todo o caminho, todo o
ambiente ideal, e seu nicho ecológico no Éden. E apesar de terem sido criados
livremente, o componente autonomo de sua razão, jamais deixou de estar presente
em seu dia-a-dia. A Adão, Deus preparou-lhe também a mulher. E isso nos leva a
crer que Deus nos oferece as opções mais razoáveis e as escolhas mais acertadas
em todos os níveis da vida humana. Não se pode negar que no Éden havia a opção
da escolha pela obediência a Deus e pela opção da esolha da razão autonoma,
pela Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal. E embora o homem e a mulher
tivessem sido tentados a desobedecer pela presença perssuasiva e real de Satan,
eles também tiveram a opção da presença real e viva de Deus do seu lado no
Éden. Em momento algum a Bíblia menciona que Adão e Eva foram abandonados à
própria sorte pela ausência de Deus e pela presença astuta do inimigo. O Deus
que existe, estava lá ao seu lado e ao seu alcance. Essas são as opções que a
vida sexual também oferece ao homem e à mulher. Existe a vida de alegrias,
felicidade e realizações pessoais no casamento, seguindo o modelo bíblico, como
existe a vida de perversidade, infelicidade e tristeza seguindo o modelo da
razão autonoma que opta, por exemplo, pelo adultério, ou pelo homossexualismo. Existe
em tudo um paradoxo. Não negamos que existe também a escolha livre da razão
autonoma por Deus e a escolha feita pela razão autonoma que opta pelo mal.
Porque os seres humanos foram criados livres, primeiramente, a aceitar a Deus
como razão absoluta de sua autêntica liberdade, e em segundo lugar, a optar
livremente, dentro dos parâmetros de sua autonomia racional, a escolher também pelo mal, pela
desobediência. Vamos analisar em seguida, as opções oferecidas por Deus quanto
à criação do sexo oposto, a mulher, e o que ela veio representar ao homem, e
vice-versa, quanto aos dons gratúitos de Deus oferecidos aos seres humanos na
criação.
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