PROCESSOS QUE ENVOLVEM MISSÕES E EVANGELISMO – 13 H
Livros e ideias
antagônicas e seus efeitos sobre as novas gerações.
De uma forma ou de outra o confronto
de ideias vai sempre ocorrer dentro do que sugestivamente alguém chamou de
mercado de ideias. E isso se traduz por meras circunstâncias ou por
circunstâncias meramente inesperadas, dentro do mover dialético da história. Para
uns acontece de uma forma e para outros acontece de forma diversificada.
Exemplo disso foi o que ocorreu com Paulo em Atenas, na praça ateniense de Mars
Hill, ou Areópago. Ou o que ocorreu com Machiavelli em sua vida pessoal e politicamente
conturbada. A partir de Paulo nós podemos traçar os caminhos embrionários da
Doutrina Cristã em formação, quando ele percebe que ao pregar o Evangelho no
meio acadêmico/filosófico de Atenas, nasce a Teologia (ou o confronto de idéias
entre Filosofia e Teologia, como já dissemos), que surge do questionamento
intuitivo, auto-consciente em que a mente humana se pergunta “o que é Deus” ou “quem
é Deus”, ou “ existe Deus além da mera idolatria?” Naquele instante Paulo
lançou na mente filosófica o germen do questionamento teologico. A proposta de Machiavelli foi de outra
natureza, qual seja, político/filosófica. E nela, o ambiente cultural em que se
desenvolveu traduz seu momento histórico, seu profundo envolvimento com a
política na província de Florence, e em toda a Itália e Europa, seu
conhecimento pessoal com as coisas da política como reflexo de sua experiência,
suas indagações acerca de sua própria condição de intelectual profundamente
envolvido com o estado, e sua necessidade intrínseca de se envolver novamente
com aquele mundo, onde estava em jogo até mesmo sua sobrevivência pessoal.
Alguns afirmam que ao escrever O PRINCIPE Machiavelli tencionava, numa espécie
de aplicação para trabalho, atrair a atenção de Lorenzo de Medici para a recuperação
de seu cargo no governo, coisa que jamais ocorreu enquanto vivo. Mas o reconhecimento
da importância de seu livro veio mais tarde com a publicação póstuma de O
PRINCIPE. No entanto, O PRINCIPE é a
expressão máxima do mal social e histórico sendo aplicada como métodos de governabilidade sobrepostos ao ideal no
estado e na pessoa do príncipe, e dos governantes, na manutenção do poder político. Mas, no consenso geral, os princípios
maquiavélicos são ainda amplamente usados hoje, quer nos altos escalões da
política de estado, quer no consenso geral da competitividade administrativa
entre líderes ou meros competidores potenciais. E prova disso é a evidência de
um suposto e aparente comportamento maquiavélico que muitas vêzes simula
estratégias de domínio através de qualquer tipo de argumentação mundana,
mentiras, artimanhas e um jogo de ideias e argumentos discriminatórios, com
meros intuitos de prevaricação e dominância na obtenção e manutenção de poder.
São características do pensamento de Machiavelli: a criação do interesse
pessoal voltado para o poder, a busca de posição e argumentação ou contra-argumentação
nas idéias de ambição política. E além disso o cinismo amoral que suporta o
conceito de que os fins justificam os meios, mesmo que para isso os argumentos
e métodos sejam induzidos à corrupção e à injustiça. Nesses 500 anos que
separam a morte de Machiavelli e os dias autais pós-modernos, muitos foram os
influenciados pelo pensamento de Machiavelli, ao que chamaremos de
Doutrina Machiavelli. Em oposição à Doutrina Cristã. O que
observamos hoje, quando aplicamos o evangelismo, as idéias eternas do Evangelho
de Jesus, é que existe atualmente esse substrato cultural e ideológico maquiavélico
na mente das pessoas, bloqueando a penetração dos ideais do Reino em suas mentes. Bloqueio esse que poderá apenas ser rompido com a força espiritual do poder de
Deus, através do Espírito Santo. A
seguir, vamos analisar a influência do pensamento de KARL MARX na formação do
pensamento do homem moderno.
No comments:
Post a Comment