A DINÂMICA DO PERDÃO – 14
Optar pelo mal
significa escolher uma opção contrária ao que Deus nos oferece de bom. Também
significa regeitar através de nossa autonomia e suposta liberdade de escolher,
o bem que Deus nos oferece. “Que Pai,
que sendo mal, ofereceria coisas más a seu filho, que ao lhe pedir pão lhe
daria um escorpião?” (Lucas 11:11-13). Tal referência bíiblica ilustra claramente
o amor que Deus nos oferece a cada dia em sua infinita bondade e providência
para com suas criaturas. O que Deus nos oferece sempre, é traduzido por bençãos
intermináveis, como expressão de seu infinito amor para com os seres por Ele
criados. No entanto, nosso relacionamento interpessoal com Deus, muitas vezes
nos conduz a regeitar suas opções de perdão e reconciliação, levando-nos a
optar pelo lado ruim de nosso poder de escolha, no intuito de satisfazer nossa
liberdade pessoal, e nossa autonomia exclusivista centrada em nós mesmos.
A Bíblia nos mostra uma série de opções benignas oferecidas a nós
por Deus, dentro do critério de livre escolha que ele mesmo nos oferece a cada
dia. Começando por Adão e Eva, que regeitaram a melhor opção de obedecer a
Deus, por uma atitude de desobediência e conivência com as propostas malignas
de Satanás. Cain optou em matar o próprio irmão quando, na verdade, poderia
ter-lhe polpado a vida. David cometeu adultério e o crime contra a vida humana
ao tentar esconder seu erro. E através do relato bíblico, muitos outros
personagens também fizeram a imprudente opção pelo mal, regeitando o que Deus
lhes havia oferecido como opção pelo bem.
Um teólogo americano se
preocupou em analisar a questão ligada às opções erradas que fazemos durante o
transcurso de nossa vida. E tal análise não abrange apenas as decisões opcionais que os seres humanos tomam em sua
vida diária. Ela abrange o aspecto moral, o social, o filosófico, o psicológico
e também o aspecto teológico de suas opções em cada um desses contextos.
Francis A. Schaeffer (1912-1984) foi o teólogo que deu ênfase ao estudo da
cultura humana de modo geral, em cada um desses contextos culturais, ou pelo
menos abriu um amplo caminho através da crítica à cultura humana em suas
decisões equivocadas.
Schaerffer
escreveu um pequeno livro intitulado “ESCAPE FROM REASON” no qual ele delineia
todo o processo da rejeição autônoma do bem proposta pela mente humana, e a
aceitação pura e simples de decisões contrárias à vontade divina, em detrimento
de sua própria felicidade pessoal e dos seres a ela relacionados. No entanto,
baseado no poder que o poder-de-escolha lhes oferece, as opções definidas pelos
seres huamanos lhes criaram sérios problemas que, afetando sua vida pessoal, de
sua família e de toda uma comunidade, levaram o homem a uma divisão entre si e
o próprio Deus, que em muitos casos pode
perdurar pelo resto de sua vida, causando-lhe danos irreparáveis e até mesmo
infelicidade eterna.