Wednesday, July 14, 2021

 O EVANGELHO SEGUNDO O APÓSTOLO JOÃO - 3 

3-  O livro de Apocalipse, ou a Revelação da Vitória Final de Jesus Cristo, escrito na Ilha de Patmos, Grécia.

João impactou seus receptores ao falar de Jesus sobre o Deus dos Sinais, no Antigo como no Novo Testamento, e ao introduzir um termo novo para seu tempo e para a posteridade, ao definir Jesus como o LOGOS de Deus.

O Evangelho de João começa em João 1:1 com uma alusão comparativa, ao se iniciar com a expressão NO PRINCÍPIO, em Português, ou IN THE BEGINNING WAS, em Inglês, o que encontra ressonância com a expressão de mesmo significado linguístico no livro de Gênesis no texto original hebraico: בְּרֵאשִׁית, בָּרָא אֱלֹהִים  que traz o contexto do AT. ao contexto do NT., para nos indicar uma ampla conexão hermenêutica entre textos e significados, bem como para indicar uma tipologia textual, e projetar a figura de Jesus, como Deus do novo e do antigo testamento bíblicos. Além disso reforça o conceito de criação ligado à pessoa de Jesus, à sua divindade e atemporalidade. Aliás, uma das propostas de João é a de indicar a divindade de Jesus, e anunciar um “profundo anúncio de  que Jesus é Deus” em primeiro lugar. ( Cf. NIV. commentary ). João faz a ampliação textual entre os dois testamentos da Palavra como se houvesse uma unicidade textual, o que nos permite entender ou melhor interpretar a pessoa de Jesus do NT., à luz do AT. E isso nos permite ter o poder para atribuir significado numa dimensão mais  ampla, que redimensiona, ou amplia, interligando um testamento ao outro, como já mencionamos. Isso quer dizer que João nos faz ultrapassar os limites delimitados não apenas por barreiras cronológicas, mas ainda conectando Jesus a uma dimensão universal, fora dos limites espaciais que supostamente são definidos pela historicidade dos dois testamentos. Aliás, é o que veremos ao estudarmos a estrutura lexical da palavra LOGOS aplicada ao próprio Jesus Cristo. Isso significa também que, por razões históricas e teológicas a figura gloriosa de Jesus ultrapassa tais limites para o início da criação,- e para além dela -, como seu principal protagonista. É o que veremos a seguir com um breve estudo da palavra LOGOS.   

ESTUDO DA PALAVRA LOGOS NO EVANGELHO DE JOÃO

Friday, July 9, 2021

 O EVANGELHO SEGUNDO O APÓSTOLO JOÃO - 2 

critical questions regarding that gospel: authorship, date, and characteristics. (…) The belief that John, the son of Zebedee and disciple of Jesus, was the author of the gospel, had a direct bearing upon the possible date of composition”. (…) This view of John’s gospel as written by John the son of Zebedee – and at a time that necessitated some understanding of a relationship between John and the Synoptics – was generally held both by the church and by scholarship at least until the first half of the nineteenth century, and by many still after that date”. (page 18).

Tal texto prova-nos essencialmente que João tem suporte entre os primeiros pais da Igreja, na autoria do 4º Evangelho, aquele que leva seu nome.

João, o Evangelista, era também conhecido como João o presbítero, como João de Patmos, João o Elder e João, O discípulo que Jesus amava, o único dentre os 12 apóstolos a morrer de causas naturais.  João e seu irmão Tiago receberam de Jesus o apelido de “Filhos do Trovão” ( Marcos 3:17) e Paulo em Gálatas 2:7-9 chama a Tiago, Pedro e João como As Pilastras do Ministério Apostólico, ou proeminentes líderes na Igreja Primitiva.  João era irmão de Tiago, filhos de Zebedeu, embora outro Tiago existisse no meio deles, filho de Alfeu. João, como seu irmão, seu pai e alguns outros chamados ao ministério apostólico, eram pescadores. E isso representava um privilégio para eles em seu tempo, como homens de negócio, no ramo da pesca. Uma das características da vida do apóstolo João que muito me chama a atenção foi o fato de ele ter sido considerado por Jesus como O Discípulo que Jesus Amava. E tão distinção sempre se reverteu em bençãos ao próprio João, que recebeu de Jesus o privilégio de ter sido presenteado com revelações especiais do próprio Deus, na pessoa de Jesus. Dentre elas o  Evangelho e as Epístolas ( 1ª. 2ª. e 3ª. JOÃO) que levam seu nome e a revelação máxima acerca da vitória final de Jesus expressa no livro de Apocalipse, ou a Revelação da Vitória Final relativa à pessoa de Jesus Cristo. E além disso, como prova desse amor, Jesus lhe concedeu o privilégio de poder viver até aos seus últimos dias de vida, morrendo de causas naturais.

João recebeu a inspiração de Jesus para escrever os seguintes livros contidos na Bíblia:

1.      O Evangelho que leva seu nome.

2.      As epístolas escritas por ele, que também levam seu nome, 1ª., 2ª. e 3ª. João.

  O EVANGELHO SEGUNDO O APÓSTOLO JOÃO – 1

 

“Matthew wrote the marvels of Christ for the Hebrews,

Mark for Italy, Luke for Achaia,

But John, the great herald, the heaven-wanderer

Wrote for all.”

 

(Carmina dogmatica, 1.12.6-9, trans. In Gregory of Nazianzus)

 

A identidade relativa à autoria do Evangelho de João está clara para muitos teólogos que apareceram até mesmo antes do final do século IV da Era Cristã. Indubitavelmente, o apóstolo João foi o autor do 4º. Evangelho, embora seu nome não tenha sido elucidado nas páginas desse Evangelho, mas referido como “ O discípulo a quem Jesus amava”. Para muitos até hoje, a dúvida com relação à sua autoria ainda persiste. (Cf. BAS – Biblical Archaelogical Society, November 8, 2020), mas as evidências no próprio 4º. Evangelho apontam para o apóstolo João como seu autor. Relativamente à autoria do 4º. Evangelho, Kevin Quast em “ Reading the Gospel of John” afirma à página 4, o seguinte: “ In the patristic writings of the second to the fourth centuries we see how the Beloved Disciple came to be associated with the name John…”  (Reading the Gospel of John – An Introduction, revised edition by Kevin Quast, Paulist Press, NY./Mahwah, NJ. USA 1996). Em “The Gospel of John in Modern Interpretation”, by Stanley E. Porter and Ron C. Fay, nós lemos o seguinte:  

“From the second century on, there is evidence, even if it is not as abundant as one would like, of the early church fathers knowing John’s gospel, as evidenced through their various types of citations of it (e.g. Ignatius, Magn. 8.2; Justin Martyr, I Apology 61), to the point that Irenaeus (AD 130-202) places John’s gospel with the other three gospels as reflecting the four directions of the compass (Adv. Haer. 3.11.8). It is only natural that their similarities and differences incited thought regarding their relationship. Clement of Alexandria (AD 150-215), probably writing soon after Irenaeus, inadvertently identifies three features of John’s gospel that have persisted as 

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