Saturday, September 30, 2017

SENSUALISMO – IDOLATRIA DE UM SENTIMENTO – 3
ALGUMAS IDEIAS RETIRADAS DO CONCEITO ORIGINAL DE SEXUALIDADE HUMANA NA CRIAÇÃO DO SEXO.  

O que estabiliza a sexualidade humana dentro de uma normalidade original, é a consistência do desejo humano de reviver uma vida sem pecado, ou próxima ao estado em que se encontrava antes do próprio pecado. Em outras palavras, uma vida voltada a um sentimento puro e de santificação. E isso são coisas quase absurdas de se admitir no mundo em que vivemos hoje. Na verdade a mente humana pós-pecado não está adaptada a viver, aceitar e admitir uma vida sem pecado ao ponto de estabilizar, até à normalidade, seus impulsos sexuais desordenados. Prefere trilhar os caminhos da autonomia da razão que liberaliza a consciência a se lançar nos perigos dessa autonomia. E isso predispõe a mente a se tornar vítima dos próprios anseios pessoais da libido e a sensualizar-se numa vulnerabilidade muito grande. De outra forma, a autonomia da razão lança a consciência humana em desvios e perigos ainda maiores. Tais assuntos e temas são analisados em profundidade pelos escritos do professor Augusto Cury, em vários de seus livros, e por outro eminente autor e crítico da cultura, Francis A. Schaeffer em alguns de seus livros, notadamente em “ ESCAPE FROM REASON “ e “HOW SHOULD WE THEN LIVE?” O tema da autonomia da razão voltada às decisões humanas referidas a seu poder de escolha, é tratado com maestria por Francis Schaeffer, dentro de uma perspectiva teológica e também filosófico-cultural. Os livros de Marcos de Souza Borges, ou Pastor Coti, tambem analizam o tema em profundidade.  Mas, sem dúvidas a Palavra de Deus mostra-nos com muita clareza e profundidade o escopo do problema. Não se pode negar que o pecado da desobediência a Deus cometido pelo primeiro casal, foi realizado voluntariamente numa decisão autonoma. Adão e Eva  decidiram autonomamente optar por desobedecer a Deus. E isso criou um precedente dentro de sua perspectiva histórica: eles seriam sempre confrontados por tal decisão de aí em diante. E optar livremente permitiu-lhes optar por decisões autonomas, aceitas consciente e voluntariamente, mesmo que sob os auspícios da perssuasão satânica. Deus preparou-lhes todo o caminho, todo o ambiente ideal, e seu nicho ecológico no Éden. E apesar de terem sido criados livremente, o componente autonomo de sua razão, jamais deixou de estar presente em seu dia-a-dia. A Adão, Deus preparou-lhe também a mulher. E isso nos leva a crer que Deus nos oferece as opções mais razoáveis e as escolhas mais acertadas em todos os níveis da vida humana. Não se pode negar que no Éden havia a opção da escolha pela obediência a Deus e pela opção da esolha da razão autonoma, pela Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal. E embora o homem e a mulher tivessem sido tentados a desobedecer pela presença perssuasiva e real de Satan, eles também tiveram a opção da presença real e viva de Deus do seu lado no Éden. Em momento algum a Bíblia menciona que Adão e Eva foram abandonados à própria sorte pela ausência de Deus e pela presença astuta do inimigo. O Deus que existe, estava lá ao seu lado e ao seu alcance. Essas são as opções que a vida sexual também oferece ao homem e à mulher. Existe a vida de alegrias, felicidade e realizações pessoais no casamento, seguindo o modelo bíblico, como existe a vida de perversidade, infelicidade e tristeza seguindo o modelo da razão autonoma que opta, por exemplo, pelo adultério, ou pelo homossexualismo. Existe em tudo um paradoxo. Não negamos que existe também a escolha livre da razão autonoma por Deus e a escolha feita pela razão autonoma que opta pelo mal. Porque os seres humanos foram criados livres, primeiramente, a aceitar a Deus como razão absoluta de sua autêntica liberdade, e em segundo lugar, a optar livremente, dentro dos parâmetros de sua autonomia racional,  a escolher também pelo mal, pela desobediência. Vamos analisar em seguida, as opções oferecidas por Deus quanto à criação do sexo oposto, a mulher, e o que ela veio representar ao homem, e vice-versa, quanto aos dons gratúitos de Deus oferecidos aos seres humanos na criação.

Thursday, September 21, 2017

SENSUALISMO – IDOLATRIA DE UM SENTIMENTO 2

ALGUMAS IDEIAS RETIRADAS DO CONCEITO ORIGINAL DE SEXUALIDADE HUMANA NA CRIAÇÃO DO SEXO.

                Chegamos à conclusão que os primeiros capítulos do livro de Genesis serão úteis e imprescindíveis para a determinação do que nós cristãos devemos entender acerca da criação do homem e da mulher, e qual o propósito original de Deus na criação da sexualidade humana. O grande divisor dos conceitos essenciais estabelecidos em Gênesis servirão para nos guiar nesse entendimento. Nesse sentido, o grande divisor, ou o elemento que criou uma cisão, uma ruptura entre o homem de antes e após a separação numa realidade posterior ao Éden, seria a ideia clara e inteligível estabelecida pela queda do homem com o pecado original. Tal queda não destruiu os conceitos originais propostos para a sexualidade humana, mas criou concepções distintas e profundamente paradoxais a partir de então. Se antes da queda homem e mulher haviam sido criados com determinados propósitos, e com uma sexualidade distintiva em sua origem e natureza, depois da queda, certamente, tal origem e natureza sofreram necessariamente um desvio em sua originalidade. Isso quer dizer que Deus sabia antecipadamente que o elemento pecado interferiria de modo intrínseco e essencial na sua sexualidade, mas não substancialmente no propódito original estabelecido por Deus para a criação e para a sexualidade humana. O “desvio de conduta” gerado dentro da sexualidade humana (ou dentro do conceito essencial de homem/mulher integral), permitiria ou produziria o desvio original da sexualidade, com um elemento de relevância paradoxal, qual seja, o próprio pecado. E nós seres humanos, normalmente somos acostumados a não refletir sobre o impacto do pecado na Obra da Criação. E tal impacto sempre existiu. O Pecado Original, tal como o entendemos como gerado pela desobediência do primeiro casal, produziu o impacto da expulsão do Éden, o acesso bloqueado à Árvore da Vida, o impacto da quebra de intimidade com Deus, o Eterno, e o impacto causado pela introdução do elemento MORTE em toda a natureza. E também na sexualidade humana. O ser humano se tornou sujeito à morte em todos os sentidos, o que incluiu a convivência com a iniquidade e a coexistência com o maligno. Portanto, a sexualidade humana também sofre com o impacto resultante da força do pecado, em sua natureza original, provocando-lhe desvios de toda a sorte. Não somente o corpo biológico sofre com o impacto do pecado, mas também a sexualidade humana, que agora não é mais original e pura, conforme definida anteriormente por Deus na criação, mas está sujeita a desvios e variáveis. Não se pode separar do corpo biológico as características de sua sexualidade intrínseca. Desta forma, se o corpo biológico sofreu com o impacto do pecado humano, que diremos da sexualidade que lhe é pertinente?      

Friday, September 8, 2017

SENSUALISMO- IDOLATRIA DE UM SENTIMENTO. 1

ALGUMAS IDEIAS RETIRADAS DO CONCEITO ORIGINAL DE SEXUALIDADE HUMANA NA CRIAÇÃO DO SEXO.

A complexidade da sexualidade humana começa desde o instante em que Deus criou homem e mulher. As palavras tanto em Inglês quanto em Hebráico bíblico dão um sentido mais complementar ao seu significado. Como homem e mulher são complementares em sua sexualidade, durante o processo criativo da sexualidade feminina, a mulher foi retirada de uma costela do lado do corpo do homem, segundo o relato bíblico de Gênesis. Portanto, como sendo retirada do homem, isso implica o caracter implicito da sexualidade feminina como sendo intima e complementar dentro da sexualidade humana (do homem). Portanto, ela se chamará mulher, pois que do homem foi retirada. Isto em Ingles é melhor ilustrado da seguinte forma. Do MAN, veio a mulher, WO-MAN, sendo que o acréscimo de duas mais letras WO á palavra MAN dá sentido á origem da mulher como vinda do homem.  Percebe-se implícito no conceito de homem a idéia de hermafroditismo relativamente á sexualidade do homem, em cujo interior existia a mulher. Mas esta palavra não ilustra profundamente o significado intimo da sexualidade como caracter psiquico da personalidade sexual do homem, porque a palavra hermafrodito se refere especificamente a possuir ambos os aparelhos ou orgãos reprodutivos num único organismo. Não se poderia excluir portanto a psique de ambos os componentes sexuais distintos, homem e mulher, num único órgão biológico, o homem. O que Deus retirou do homem, de seu lado, não foi somente um corpo fisico, mas um organismo complexo, biológica e psicologicamente completo, para que o homem pudesse então,e finalmente, se posicionar, se relacionar e resolver a questão ligada á sua sexualidade e solidão. Quando Deus diz que “ não é bom que o homem esteja só ” Deus nega que o homem solitário seja benigno tanto sob o ponto de vista de sua sociabilidade, mas tambem sob sua sexualidade, moralidade, integridade fisica e psiquica. A criação da mulher veio estabelecer o equilibrio em todas estas caracteristicas, relativamente á integridade do homem. A obra da criação de homem e da mulher confere á criação divina complementação e perfeição, o que não seria o caso se o homem pudesse viver solitiário. Posteriormente, quando a preservação da especie e da criação viesse a ser questionada por Deus, a única alternativa seria que o homem, por si só, tivesse sido capaz de procriar e gerar outro ser sem a interação do sexo da mulher.  A idéia de preservação da criação só se torna possivel e continuada a partir da existência objetiva e subjetiva do terceiro ser, gerado pelos dois seres originais, a partir da interação sexual. Portanto a partir da interação sexual de homem/mulher e a formalização objetiva do terceiro ser, advindo dessa interação sexual, temos a prova que dá inicio ao processo de preservação do corpo biológico de homem/mulher na obra de criação da humanidade iniciado por Deus. Isto não assume um comportamento meramento fortuito ou aleatorio de homem e mulher, mas é uma demanda divina para a criação, como plano e propósito pré-estabelecido. O conceito de Trindade tambem absorve o mesmo principio, quando se tem em mente a idéia do FILHO, como tendo sido gerado mas não criado pela pré-existência do PAI e do ESPIRITO SANTO a partir da interação espiritual e absoluta entre PAI e ESPIRITO. Só não existe implicito neste conceito a idéia da preservação do corpo espiritual divino, pois que Deus não se reproduz nas bases da reprodução biologica á semelhante do corpo biologico e reprodutivo dos corpos de homem e mulher, porque Deus é absoluto, tendo não principio, nem fim.  O homem e a mulher asseguram a preservação do corpo biológico da espécie, através de sua interação sexual, e através da combinação de dois diferentes orgãos reprodutivos, e não necessariamente atraves de sua interação espiritual. Portanto, o que há de bom, em oposição ao que há de mal na solidão, é que homem e mulher complementam a obra da criação da humanidade e preservação da espécie por meio de sua interação sexual, em toda a sua complexidade. Da mesma forma poderiamos afirmar  “ não é bom que a mulher esteja só ” se o objtivo e propósito da criação tivesse que ser objetivado e obtido na sabedoria da criação divina no que se refere a preservação do corpo biologico atraves da sexualidade de homem e mulher. Portanto, homem e mulher originalmente, foram não criados para a solidão.  Não podemos nos esquecer que o conceito original de sexualidade no homem e na mulher evidentemente estabelece que foram criados antes da queda de ambos com o pecado da desobediência. O propósito de Deus no que se refere á criação e perpetuação da espécie homem/mulher, deveria ter sido pensado por Deus em outra dimensão, antes do pecado e após o pecado de modo diferenciado, o que significa afirmar que antes do pecado a preservação do corpo fisico da criação deveria ter sido dimensionada de outra natureza e forma, obedecendo as regras de obediência e perfeição da criação no momentum de perfeição da natureza que precedia ao pecado. Dentre várias possibilidades, podemos inferir que antes do pecado não haveria de existir o parto com dor, como vemos afirmada na palavra a expressão “com dores darás á luz outro ser” , dito por Deus á mulher, após a queda. Podemos inferir também que ambos jamais morreriam,  não teriam que trabalhar, não estariam submetidos á escalada de iniquidade com o onus do pecado, mas experimentariam maior intimidade com Deus, que caminhava no jardim na presença do homem e da mulher.  De qualquer forma todas as demais possibilidadade do que deveria ter sido feito por Deus antes da queda do homem/mulher, permanecem uma incógnita, pois isto não é revelado pela palavra, mas pode ser inferido através de uma leitura cuidadosa da Palavra.
Portanto, preservada a criação mesmo após a queda, homem e mulher se interagem sexualmente para gerar outro ser e procriar para se assegurar a preservação da espécie na Terra. Há que se admitir o paradoxo da criação após a queda. Agora o pecado passa a conviver, a coexistir, entrelaçado dentro do relacionamento que visa perpetuar a especie humana. O pecado não deixou de existir. Passa a ser coexistente, justificado e se torna paradoxal. No sentido de que a relação de procriação da espécie humana na Terra também vai sofrer os reveses do pecado na criação, influência que se solidifica também intimamente dentro da procriação. Dentro da relação que visa criar vida, está interrelacionado o elemento morte advindo com o pecado. Em outras palavras, o pecado passa a conviver diariamente dentro de todos os frutos, benefícios e influências da relação sexual, antes e depois de sua complementação. Não existem limites através dos quais  o pecado não deixe de existir. “E em pecado nos concebeu nossa mãe”, diz a Palavra, o que significa dizer que o pecado da primeira mulher Eva, se torna de influência primordial e se perpetua na criação dos demais seres humanos através de toda a natureza. Portanto, o pecado se torna o elemento negativo que acompanha a criação como um todo, desde o start up do pecado original até á sua redenção final. Elemento negativo, significa também, elemento não divino na criação como um todo, porque foi deliberadamente escolhido pela vontade humana.
Quando o homem e a mulher viram abrirem-se diante de si todas as demais possibilidades negativas e positivas de seu evolvimento na obra da criação, a criação humana então passa a pecar e a corromper a obra da criação divina através da deliberação do pecado. Existem dispositivos que visam evitar a proliferação do pecado. Tais são os Dez Mandamentos da Lei de Deus, se plenamente obedecidos e, além disso,  todas as demais leis inseridas por Deus em sua Palavra e obedecidas pelos seres humanos.  
                Mas não se deve aceitar e entender o pecado apenas como fruto e obra da vontade do homem, frente á regeição da vontade divina. Ele é também entendido como a partir da interação de três forças pré-existentes: homem, mulher e Satan, e isso está definido claramente no discurso primordial do livro de Gênesis.( Ver Gênesis 3:1-24 ). 

Sunday, September 3, 2017

TRECHO DO LIVRO "A APOTEOSE DE JAY"  A SER PUBLICADO BREVEMENTE NO BRASIL E NO SITE "AMAZON.COM" virtual books. 
(Trecho do Capitulo 15.) 
...em que o deixei meus olhos se ofuscaram e até hoje não pude retirar deles as escamas imaginárias que os recobrem. Mas, enquanto estávamos no Éden não era assim. Uma experiência indescritível se apossara de nossos seres integrados à natureza, como sua parte íntima, dentro dos limites da profundeza de nossos olhos que tudo enchergavam, que tudo escrutinavam no profundo de sua intimidade molecular, luminosa e incandescente. Palavras que não conseguem descrever com detalhes o que de fato era a realidade no Éden. Mas, vou lograr com minhas palavras e delas minha mente tentará descrever o que era o Éden e de que forma meus olhos o viram, com que intensidade minhas emoções fluíam para além do espaço ilimitado, que poderes me foram concedidos, as indescritíves experiências vividas ao lado da mulher mais formosa em todo o universo criado por Jay.
Os olhares de todos de repente se viraram para Eva e nela se concentraram. Alguns a viam com entusiasmo; outros se deleitavam na beleza dos frutos criados pela própria imaginação. Outros ainda exibiam expressão de lamento. Para os mais idosos Eva representava a mulher ideal, e dela careciam intimamente como a mais almejada de todas as mulheres. Mas os mais jovens a idolatravam como a uma verdadeira deusa de beleza e virtude. Eva, no entanto, amadurecia a sábia idéia de que seus anos de vida na Terra estavam avançados e passavam rapidamente, e pouco tempo lhe restava para que dela pudessem sair sábios aconselhamentos e palavras de motivação e vida.  Em sã consciência Adão reiniciou sua narrativa.
- Não tive infância e dessa forma não me foi possível avaliar os anos anteriores à minha vida no Éden como tal. Mas, enquanto crescia além dos limites impostos por minha vida adulta, via com expectativa a infância de animais e plantas, dos seres e peixes do mar profundo, aos quais visitava constantemente, para denominá-los, e chama-los à ordenação das palavras que a mim me foram confiadas pelo próprio Jay.  Lembro-me perfeitamente de todos os nomes e sobrenomes que apliquei aos seres que denominei em minha jornada diária. E tinha de mim a clara consciência de que minha mente era de todo sábia para fazê-lo e empreendê-lo todos os diias. Nada de futilidades mentais ou de falências intelectuais, mas a mais profunda e inteligível dimensão de minha mente aberta ao espaço, ao infinito, à clarividência, a uma identidade de um verdadeiro deus. Sim, eu diria com todas as letras, eu me assemelhava a um semi deus que tudo podia sem limites, e que tudo fazia livremente, com o apetite intelectual e espiritual que a própria liberdade me concedia. Jay era meu par, meu modelo, meu criador, o amigo maior que caminhava comigo no frescor do dia. O frescor etéreo do Éden que o atraía, assim como a mim e à minha bela Eva. Não sabia como chamá-lo ainda que soubesse meu nome.  Mas podíamos nos olhar face a face e até mesmo sorrir um para o outro. E nossos pensamentos se comunicavam como que por ondas telepáticas...

A DINÂMICA DO PERDÃO - 8   O alerta existe em função da riqueza de conceitos envolvendo a ideia de livre-arbítrio . É algo essencialmente op...