Thursday, July 7, 2016

PROCESSOS QUE ENVOLVEM MISSÕES E EVANGELISMO – 14 I
LIVROS E IDEIAS INFLUENCIANDO A MENTE HUMANA.

Enquanto Schaeffer busca provar que ( em uma de suas mais extraordinárias teses ) Thomas de Aquinas em suas ideias-chave fez eclodir uma quase intrincada transformação na mente humana, através da fragmentação e do declínio da razão humana, o que se tornou evidente em sua análise epistemológica feita sobre a filosofia, a ciência, a arte e a cultura humana de modo geral, Schaeffer tambem identificou através da história da razão humana, um profundo dualismo, sua fragmentação que abandona, como por uma atitude deliberada, sua verdadeira genese e seu mais autentico eclodir dentro da história. E o que nós vemos hoje em nossa cultura pós-moderna, segundo Schaeffer, é o resultado do que foi prognosticado por Aquinas, ainda no século XIII. A questão chave na investigação proposta por Schaeffer diz respeito a quais são as necessárias e suficientes condições para que a mente humana tenha se desviado epistemologicamnete de suas investigações racionais justificadas e centradas em sua própria razão, para uma proposta racional desviando-se e desviada para uma investigação irracional e injustificada, centrada na mente autonoma e no próprio irracionalismo. Em outras palavras, de que forma a mente humana se desvia e se afasta de uma investigação racional justa, para uma posterior investigação irracional injusta. A mesma pergunta poderia ser dirigida a Adão e Eva, quando pecaram contra Deus. O que os motivaram a pecar: sua condição de seres criados absolutamente livres diante de Deus, ou a influente persuasão da mente diabólica de Satan, que os ludibriou, e os convenceu “logicamente” de que pecar seria apenas e nada mais que um desvio epistemológico da mente racional, na direção de um puro irracionalismo? E que posteriormente, Deus, em sua infinita sabedoria, saberia como resolver todo o engodo e todo o dilema causado por tal disfunção da mente racional. De qualquer forma, tal desvio existiu e continua existindo na história da “evolução”da mente racional humana. E Deus, certamente, determinou a resolução de tal desvio, através da incarnação do LOGOS de Deus, Jesus Cristo. Em outras palavras, Schaeffer se pergunta, o que causou à mente humana, se afastar da GRAÇA divina para uma condição de NATUREZA autônoma e humanista? O que impos o dualismo crescente entre GRAÇA e PECADO? E isso se tornou a questão mais absolutamente crucial da mente racional humana em todos os tempos. Essa é a questão magna, clássica, a questão pivotal na história da criação humana. Schaeffer busca a resposta na eclosão da cultuta a partir de sua analise epistemologica. O livro de Gênesis afirma que com a incursão da mente irracional, perssuasiva e satânica, os seres humanos se deixaram enganar pelos argumentos simplistas, ludibriantes do adversário, na direção de uma negação das demandas da mente divina, trocando o racional pelo irracional, o bem pelo mal, a graça pelo pecado, o Éden pela Natureza, a obediência pela desobediência. ( Cf. Genesis 3:1-5 ).
Schaeffer descobre que Thomas Aquinas não percebeu que a razão humana também havia sido vítima da queda, do engodo, de sua posterior insuficiência racionall causada pelo pecado, apesar de os Católicos negarem tal incursão thomista proposta por Schaeffer. (Para os teólogos católicos Thomas Aquinas nunca disse que a razão humana não fora afetada pelo pecado original. Aquinas disse que o pecado original foi primariamente um ato da vontade humana, e desta forma a vontade foi submetida a um maior comprometimento na queda original do homem. Como se a razão não tivesse envolvimento com a vontade. Tal controversia entre Protestantes e católicos perdura por muito tempo e continuará por muitos anos a fio,). Schaeffer expressa uma preocupação voltada para a semelhança de Deus no homem. E não por uma distinção entre vontade e razão, haja visto que o pecado ocorreu em um estado de pureza e de graça absoluta diante de Deus.  De qualquer forma a tese do autor de Escape from Reason se justifica em sua análise do processo cultural posterior a Thomas Aquinas, ao descobrir o desvio da mente racional na direção da mente autonoma, humanística, naturalística, descentrada da Graça de Deus.  Isso se mostra evidente em sua exposição do processo histórico e cultural, em que o afastamento da graça se torna mais e mais evidente. Em sua tese, para ilustrar como a graça sucumbe diante da voracidade do naturalismo humano, Schaeffer aponta o caso, entre muitos outros, de Jean Fouquet, pintor frances, por volta de 1450, que retratou pela primeira vez em um de seus quadros a amante do rei da França, no lugar de Maria, mãe de Jesus, com um dos seios expostos. Schaeffer afirma que "Nobody would have dared to do this a few years before. Nature was killing grace." ( Escape from Reason, pg. 16) (Ninguém teria a ousadia de fazê-lo alguns anos antes. A Natureza estava matando a graça.) Portanto, essa guinada cultural que desvela a razão descentrada da graça revela o desvio da mente humana, desde a baixa Idade Média, (segundo Scaeffer), na direção da mente autonoma, do humanismo autonomo. A proposta de analise da cultura como um todo, expressa por teólogos e filósofos, prevalece potencialmente como a evidência de que a mente humana, ao adquirir uma postura autonoma, afastada do LOGOS de Deus, assume proporcionalmente uma fatal incursão no irracionalismo, num distanciamente de sua origem centrada na religião, na direção de um crescente afastamento de Deus, ou de um crescente ateísmo cada vez mais distante e desconectado de suas origens. Em outras palavras, na direção de uma postura caótica e descontrolada. Schaeffer quis mostrar isso em Escape from Reason, assim como outros filósofos e teólogos contemporaneos. Roger Scruton, por exemplo, em Modern Culture, no prefácio desse livro, parece estar em consonância com a mesma ideia. ao afirmar que a "Culture, I suggest, has a religious root and a religious meaning". (Cultura, eu sugiro, tem uma raiz religiosa e um sentido religioso ). Afastar-se dessa origem certamente impõe perigos iminentes. Aliás, tal foi a perigosa proposta de Karl Marx ao se definir, ou sugerir, por uma radical exclusão do conteúdo religioso da cultura na sua concepção da história. Isso nós veremos através da análise do pensamento dos membros da Escola de Frankfurt, e de ANTONIO GRAMSCI, onde o Marxismo Cultural adquire uma nova perspectiva e avança impiedosamente na direção do esvaziamento do conteúdo religioso da hisória e da cultura.É o que veremos a seguir.    

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