IGREJAS
EVANGÉLICAS BRASILEIRAS NOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA – 23
Sua
diversidade eclesiológica e doutrinária.
Sob o ponto de vista teológico o que está
ocorrendo no mundo hoje é que a opressão do maligno está se sobrepujando às
forças espirituais da Igreja Corpo e tornando-a inoperante, neutra, acomodada e
impotente. Isso não quer dizer que ela esteja sendo destruída ou inteiramente
corrompida. A Igreja precisa ir até às últimas consequências de sua presença
viva na Terra, assumindo um Evangelho vivo, real até aos limites máximos da
cruz. E essa é uma das propostas da Igreja de Jesus Cristo que nos foi legada
após o Pentecostes. E onde está a Igreja hoje? Provavelmente dentro de seus templos,
acuada, a temer a crítica e as ameaças do secularismo, cuidando da manutenção
de suas instituições, zelando por seus carneirinhos e seus dizimistas fiéis, e
de sua estrutura orgânica e social, o que a projeta numa dinâmica inercial e a
define no status quo de sua normalidade institucional. Os pastores, em sua
maioria, se tornaram verdadeiros coaches, ou motivational speakers, ou ainda, inspirados
pelo afã envolvendo a Teologia da Prosperidade, são conhecidos muito mais por
suas habilidades sociais de liderança e oratória, do que por sua espiritualidade
e poder. Enquanto isso, do lado de fora, o mundo apodrece e se lança na
agressiva criminalidade do pecado, da violência e da corrupção absoluta. Não
existe Igreja evangélica cristã que não se espelha na vida e na pessoa de Jesus
Cristo, pois a Igreja Corpo é a presença do próprio Cristo na Terra, cujo
testemunho maior é dado pelo Espírito Santo, até aos limites ultimados da cruz.
As consequências ligadas a seu isolamento cria-lhe uma postura de distanciamneto,
de exclusividade e senhorio, que em suma, produz a imagem da Igreja dogmática, que
incarna o modelo em que o mundo é tido como estranho, como paradoxal e entregue
ao secularismo e ao seu próprio mal. Em outras palavras tal postura se
assemelha ao que Israel Galindo (in opus cit. pg. 16, 2004) admite que as
congregações “resistem em abraçar um mandato contracultural do Evangelho”,
o que significa dizer que as igrejas visam admitir uma postura aberta e excessivamente
secular, adotam padrões perigosos de adesão ao mundo, absorvem o fenômeno da
abertura cultural, e acabam assumindo um corpotamento mundano e não
essencialmente cristão, em oposição ao que o apóstolo João nos diz em seu
evangelho João 17:16. Uma postura destituída do “impeto original da
Bíblia” como Palavra de Deus ( cf. “The Secular City”, by Harvey
Cox, pg.15, 1968), ausente nas ciências naturais, no pluralismo cultural, e nas
instiuições democráticas, que hoje assumiram uma postura corrompida e
não-conservadora. Da forma como vemos hoje, existe o exagero do secularismo, em
comum acordo com um “cristianismo mundano”, contextualizado, se é que assim
podemos dizer. E a Igreja parece não estabelecer limites para a
contextualização, pois sua liderança pastoral não está muito preocupada com
isso. Mas, EU VENCI O MUNDO, disse Jesus
Cristo. Ou o Mundo esta vencendo a Igreja? Esse é o limite para além do qual nossas igrejas não querem ultrapassar
e não querem ser reconhecidas. Onde está o Mestre que nos projeta para o alto
em níveis espirituais que vencem e arrebentam com o pecado? Onde? Supostamente
dentro das Igrejas Evangélicas. A Igreja, no entanto, projeta uma imagem muito
socializada e extremamente institucional, e Jesus simplesmente arrebentou com
as instituições ao torná-las seu próprio corpo e seu próprio sangue. E nossas
igrejas não perceberam tal poder, tal espírito revolucionário que rompeu com a
iniquidade e a corrupção política que domina sobre nossas cidades, como a única
força atuante e dinâmica. Entretanto, a única força atuante e dinâmica no mundo
hoje é o Poder do Espírito Santo que nos foi confiado no Pentecostes. Nada
mais.
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