Monday, August 10, 2020


IGREJAS EVANGÉLICAS BRASILEIRAS NOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA – 23
Sua diversidade eclesiológica e doutrinária.


Sob o ponto de vista teológico o que está ocorrendo no mundo hoje é que a opressão do maligno está se sobrepujando às forças espirituais da Igreja Corpo e tornando-a inoperante, neutra, acomodada e impotente. Isso não quer dizer que ela esteja sendo destruída ou inteiramente corrompida. A Igreja precisa ir até às últimas consequências de sua presença viva na Terra, assumindo um Evangelho vivo, real até aos limites máximos da cruz. E essa é uma das propostas da Igreja de Jesus Cristo que nos foi legada após o Pentecostes. E onde está a Igreja hoje? Provavelmente dentro de seus templos, acuada, a temer a crítica e as ameaças do secularismo, cuidando da manutenção de suas instituições, zelando por seus carneirinhos e seus dizimistas fiéis, e de sua estrutura orgânica e social, o que a projeta numa dinâmica inercial e a define no status quo de sua normalidade institucional. Os pastores, em sua maioria, se tornaram verdadeiros coaches, ou motivational speakers, ou ainda, inspirados pelo afã envolvendo a Teologia da Prosperidade, são conhecidos muito mais por suas habilidades sociais de liderança e oratória, do que por sua espiritualidade e poder. Enquanto isso, do lado de fora, o mundo apodrece e se lança na agressiva criminalidade do pecado, da violência e da corrupção absoluta. Não existe Igreja evangélica cristã que não se espelha na vida e na pessoa de Jesus Cristo, pois a Igreja Corpo é a presença do próprio Cristo na Terra, cujo testemunho maior é dado pelo Espírito Santo, até aos limites ultimados da cruz. As consequências ligadas a seu isolamento cria-lhe uma postura de distanciamneto, de exclusividade e senhorio, que em suma, produz a imagem da Igreja dogmática, que incarna o modelo em que o mundo é tido como estranho, como paradoxal e entregue ao secularismo e ao seu próprio mal. Em outras palavras tal postura se assemelha ao que Israel Galindo (in opus cit. pg. 16, 2004) admite que as congregações “resistem em abraçar um mandato contracultural do Evangelho”, o que significa dizer que as igrejas visam admitir uma postura aberta e excessivamente secular, adotam padrões perigosos de adesão ao mundo, absorvem o fenômeno da abertura cultural, e acabam assumindo um corpotamento mundano e não essencialmente cristão, em oposição ao que o apóstolo João nos diz em seu evangelho João 17:16. Uma postura destituída do “impeto original da Bíblia” como Palavra de Deus ( cf. “The Secular City”, by Harvey Cox, pg.15, 1968), ausente nas ciências naturais, no pluralismo cultural, e nas instiuições democráticas, que hoje assumiram uma postura corrompida e não-conservadora. Da forma como vemos hoje, existe o exagero do secularismo, em comum acordo com um “cristianismo mundano”, contextualizado, se é que assim podemos dizer. E a Igreja parece não estabelecer limites para a contextualização, pois sua liderança pastoral não está muito preocupada com isso.  Mas, EU VENCI O MUNDO, disse Jesus Cristo. Ou o Mundo esta vencendo a Igreja? Esse é o limite para além do qual nossas igrejas não querem ultrapassar e não querem ser reconhecidas. Onde está o Mestre que nos projeta para o alto em níveis espirituais que vencem e arrebentam com o pecado? Onde? Supostamente dentro das Igrejas Evangélicas. A Igreja, no entanto, projeta uma imagem muito socializada e extremamente institucional, e Jesus simplesmente arrebentou com as instituições ao torná-las seu próprio corpo e seu próprio sangue. E nossas igrejas não perceberam tal poder, tal espírito revolucionário que rompeu com a iniquidade e a corrupção política que domina sobre nossas cidades, como a única força atuante e dinâmica. Entretanto, a única força atuante e dinâmica no mundo hoje é o Poder do Espírito Santo que nos foi confiado no Pentecostes. Nada mais.

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