IGREJAS EVANGÉLICAS BRASILEIRAS NOS ESTADOS
UNIDOS DA AMÉRICA – 24
Sua diversidade eclesiológica e doutrinária.
Nossas
Igrejas estão produzindo hoje seus próprios “dilemas de Iniquidades” quando
pecam ao ignorar o conhecimento mais profundo da Palavra de Deus. E um fator
que dificilmente é percebido por causa do abandono de um conhecimento teológico
mais profundo, passa a existir e confrontrar a estrutura íntima da igreja como
um dualismo espiritual, ou psico-social, qualquer que seja sua característica. Esse
fenômeno da dualidade é mencionado nas escrituras praticamente em todos os seus
livros. É uma questão fundamental para o entendimento da Palavra de Deus, mas
que dificilmente nós nos referimos a ela como de profundas implicações para o
contexto eclesiástico. Estamos nos referindo ao dualismo crítico, dogmático,
subjetivo, metafísico, filosófico e religioso. No caso específico da Igreja,
vamos nos deter no dualismo religioso,
ou teológico, que nem todos os pastores evangélicos percebem que existe. Em
relação ao dualismo religioso, nós admitimos que se trata de uma doutrina que
afirma a existência de dois princípios reais básicos e irredutíveis e opostos
em sua essência, que se opõem intrinsicamente enquanto existindo na realidade. O
livro de Gênesis nos fala claramente a respeito desses 2 princípios existindo
em colisão íntima, paradoxalmente entre um e outro. No capítulo 2 verso 16,
onde observamos tal dualidade manifesta pela Árvore do Conhecimento do Bem e do
Mal, que representa 2 princípios antagônicos típicos dessa dualidade. Porém, no
capítulo 3 de Gênesis tudo se complica um pouco mais profundamente, pois homem
e mulher, ao comer do fruto proibido, ingerem tal dualismo, permitindo que ele faça
parte de sua essência humana. Quando homem e mulher comem do fruto, pecando
contra Deus, eles perpetuam a incidência desse dualismo deixando um legado, uma
herança de iniquidade para todo o gênero humano. A dualidade passa a existir
dentro de cada um de nós como um princípio cuja remissão só se torna possível
através do sacrifício de Jesus Cristo na cruz do calvário. É interessante observarmos que durante sua trajetória de crucifixão
Jesus se defronta com o mesmo dualismo quando é confrontado por 2 ladrãos, um
bom e outro mal. E Jesus resolve tal
dilema da seguinte forma: para o bom ladrão, aquele que se arrependeu, Jesus
disse: “ hoje mesmo estarás comigo no meu Reino”. Ao outro ladrão Jesus
reservou ou o Seol, ou a Terra de Node, ou não sabemos exatamente o quê,
cabendo ao próprio Jesus sua decisão final. A Deus é reservada a resolução dos dilemas da
dualidade do coração humano.
A essência da
contravenção edêmica (acontecida no Éden) foi baseada na rejeição pura e
simples da Árvore da Vida, que foi ignorada por Adão e Eva, que passam a aderir totalmente à Árvore
do Conhecimento do Bem e do Mal. Tal escolha intrinsecamente errada nos induziu
a um mergulho íntimo dentro do dualismo do Bem e do Mal que existe até hoje. E a
adesão a tal dualismo é tão persistente e atávica que influencia toda a esfera da
vida humana no planeta, e ainda produz um estereótipo na mente humana, que nos
faz persistir no erro produzindo e projetando para fora da nossa alma as mais
trágicas e terríveis consequências desse dualismo. Como consequências disso é
fato que nossa vida é permeada constantemente pelo espectro do dualismo, em
todos os níveis de nossa vida diária e também dentro de uma esfera
eclesiástica, ou seja, dentro de nossas igrejas.
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