Sunday, August 30, 2020


IGREJAS EVANGÉLICAS BRASILEIRAS NOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA – 25
Sua diversidade eclesiológica e doutrinária.

A dualidade espiritual caracteriza a essência maligna e benígna do coração humano, sendo mencionada extensivamente nos livros das Sagradas Escrituras. É um princípio íntimo, ativo, e destrutivo ao coração humano que se manifesta dentro de nossas igrejas também como fruto de uma má interpretação da Palavra, como consequência da herança cultural e religiosa trazida do Brasil para os Estados Unidos e ainda, resulta do aparecimento de controvérsias internas às igrejas, causadas por teorias conspiratórias ( de membros contra membros, de pastores contra membros e de pastores contra pastores ), por ciúmes, por inveja ou por vaidade pessoal entre membros de uma mesma congregação. Isso de alguma forma, caracteriza o espírito ou a índole da cultura brasileira, que naturalmente se envolve em críticas destrutivas, em comportamentos pré-julgamentais e em frutos de uma competição velada entre os próprios membros da congregação.  Mas, em seu sentido relativo à Palavra de Deus, o dualismo espiritual é o remanescente ontológico ( da essência do ser ), que reside no coração humano resultante do pecado original e muitas vezes como característica maligna que sobressai ao coração humano, e que insiste em permanecer e se enraizar dentro da congregação, manifestando-se ainda através de pré-juízos de revanchismo, de vingança, de ciúme, e de profunda inveja entre irmãos. A Parábola do Trigo e do Joio ilustra muito bem, de modo realístico, o que vem a ser o dualismo religioso. No entanto, existem pastores e obreiros dentro das igrejas que manifestam desejos íntimos de discriminação contra determinados irmãos e obreiros ( por razões fúteis e injustificáveis ) e sua incidência, além de velada é muito profunda dentro do contexto eclesiástico. A tal ponto que aquele que se apregoa direitos de vingança, discriminação e exclusão, o faz com intensidade e prazer insano, indo até às últimas consequências de seus atos. Um exemplo disso, acontecido recentemente em determinada igreja evangélica, um certo “pastor” evangélico rotulou o seminário GCTS de pró-comunista, e por essa irracionalidade, ele passou a discriminar e tentar excluir todos os seminaristas desse seminário de dentro de sua igreja. Para que tal dualismo seja finalmente excluído da Igreja, será preciso que a liderança espiritual e pastoral da Igreja, pregue o puro Evangelho de Jesus Cristo a tal ponto de conduzir todo o rebanho a uma intimidade genuína com a Palavra de Deus e ao batismo no Espírito Santo.
O dualismo religioso subsiste como princípios de oposição interna, ou antagônicos e se refere mais especificamente à oposição entre o sagrado e o profano dentro de um mesmo coração. Podemos até mesmo predizer que nem todos os membros de uma mesma congregação estão no mesmo nível de arrependimento e salvação e, por este motivo eles mesmos coexistem na mesma congregação criando tal antagonismo. Haja visto que a própria interpretação da Palavra de Deus por pastores em níveis de conhecimento precariamente teológicos, ou que careça de verdades a nível da inspiração pelo Espírito Santo, também se refere a um forte dualismo. Se tal pregador (pastor, obreiro ou instrutor teológico) interpreta mal a Palavra de Deus, ele ou eles incorrem no dualismo espiritual. São situações sensíveis que se caracterizam como pecados ocultos dentro do contexto eclesiástico, e pecados da má interpretação da Palavra, não são a verdade e por isso são pecados. O apóstolo Paulo se refere ao obreiro aprovado, (em 1 Timóteo) que maneja bem a Palavra. E Paulo se preocupa em instruí-lo em sua formação para o cuidado da Igreja em Éfesos, como pré-condição para a sua distinção como obreiro. Se o pastor prega erradamente, a igreja é induzida ao erro e ao dualismo. No entanto, valendo-se do nível médio e baixo de formação teológico/espiritual de membros de certas igrejas, alguns pastores não se importam em aprimorar seus conhecimentos teológicos ou, como exemplo, na área do Aconselhamento Pastoral e cometem erros absurdos.      

Sunday, August 16, 2020


IGREJAS EVANGÉLICAS BRASILEIRAS NOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA – 24
Sua diversidade eclesiológica e doutrinária.


Nossas Igrejas estão produzindo hoje seus próprios “dilemas de Iniquidades” quando pecam ao ignorar o conhecimento mais profundo da Palavra de Deus. E um fator que dificilmente é percebido por causa do abandono de um conhecimento teológico mais profundo, passa a existir e confrontrar a estrutura íntima da igreja como um dualismo espiritual, ou psico-social, qualquer que seja sua característica. Esse fenômeno da dualidade é mencionado nas escrituras praticamente em todos os seus livros. É uma questão fundamental para o entendimento da Palavra de Deus, mas que dificilmente nós nos referimos a ela como de profundas implicações para o contexto eclesiástico. Estamos nos referindo ao dualismo crítico, dogmático, subjetivo, metafísico, filosófico e religioso. No caso específico da Igreja, vamos nos deter no  dualismo religioso, ou teológico, que nem todos os pastores evangélicos percebem que existe. Em relação ao dualismo religioso, nós admitimos que se trata de uma doutrina que afirma a existência de dois princípios reais básicos e irredutíveis e opostos em sua essência, que se opõem intrinsicamente enquanto existindo na realidade. O livro de Gênesis nos fala claramente a respeito desses 2 princípios existindo em colisão íntima, paradoxalmente entre um e outro. No capítulo 2 verso 16, onde observamos tal dualidade manifesta pela Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal, que representa 2 princípios antagônicos típicos dessa dualidade. Porém, no capítulo 3 de Gênesis tudo se complica um pouco mais profundamente, pois homem e mulher, ao comer do fruto proibido, ingerem tal dualismo, permitindo que ele faça parte de sua essência humana. Quando homem e mulher comem do fruto, pecando contra Deus, eles perpetuam a incidência desse dualismo deixando um legado, uma herança de iniquidade para todo o gênero humano. A dualidade passa a existir dentro de cada um de nós como um princípio cuja remissão só se torna possível através do sacrifício de Jesus Cristo na cruz do calvário. É interessante  observarmos que durante sua trajetória de crucifixão Jesus se defronta com o mesmo dualismo quando é confrontado por 2 ladrãos, um bom  e outro mal. E Jesus resolve tal dilema da seguinte forma: para o bom ladrão, aquele que se arrependeu, Jesus disse: “ hoje mesmo estarás comigo no meu Reino”. Ao outro ladrão Jesus reservou ou o Seol, ou a Terra de Node, ou não sabemos exatamente o quê, cabendo ao próprio Jesus sua decisão final.  A Deus é reservada a resolução dos dilemas da dualidade do coração humano.

A essência da contravenção edêmica (acontecida no Éden) foi baseada na rejeição pura e simples da Árvore da Vida, que foi ignorada por Adão e  Eva, que passam a aderir totalmente à Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal. Tal escolha intrinsecamente errada nos induziu a um mergulho íntimo dentro do dualismo do Bem e do Mal que existe até hoje. E a adesão a tal dualismo é tão persistente e atávica que influencia toda a esfera da vida humana no planeta, e ainda produz um estereótipo na mente humana, que nos faz persistir no erro produzindo e projetando para fora da nossa alma as mais trágicas e terríveis consequências desse dualismo. Como consequências disso é fato que nossa vida é permeada constantemente pelo espectro do dualismo, em todos os níveis de nossa vida diária e também dentro de uma esfera eclesiástica, ou seja, dentro de nossas igrejas.

Monday, August 10, 2020


IGREJAS EVANGÉLICAS BRASILEIRAS NOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA – 23
Sua diversidade eclesiológica e doutrinária.


Sob o ponto de vista teológico o que está ocorrendo no mundo hoje é que a opressão do maligno está se sobrepujando às forças espirituais da Igreja Corpo e tornando-a inoperante, neutra, acomodada e impotente. Isso não quer dizer que ela esteja sendo destruída ou inteiramente corrompida. A Igreja precisa ir até às últimas consequências de sua presença viva na Terra, assumindo um Evangelho vivo, real até aos limites máximos da cruz. E essa é uma das propostas da Igreja de Jesus Cristo que nos foi legada após o Pentecostes. E onde está a Igreja hoje? Provavelmente dentro de seus templos, acuada, a temer a crítica e as ameaças do secularismo, cuidando da manutenção de suas instituições, zelando por seus carneirinhos e seus dizimistas fiéis, e de sua estrutura orgânica e social, o que a projeta numa dinâmica inercial e a define no status quo de sua normalidade institucional. Os pastores, em sua maioria, se tornaram verdadeiros coaches, ou motivational speakers, ou ainda, inspirados pelo afã envolvendo a Teologia da Prosperidade, são conhecidos muito mais por suas habilidades sociais de liderança e oratória, do que por sua espiritualidade e poder. Enquanto isso, do lado de fora, o mundo apodrece e se lança na agressiva criminalidade do pecado, da violência e da corrupção absoluta. Não existe Igreja evangélica cristã que não se espelha na vida e na pessoa de Jesus Cristo, pois a Igreja Corpo é a presença do próprio Cristo na Terra, cujo testemunho maior é dado pelo Espírito Santo, até aos limites ultimados da cruz. As consequências ligadas a seu isolamento cria-lhe uma postura de distanciamneto, de exclusividade e senhorio, que em suma, produz a imagem da Igreja dogmática, que incarna o modelo em que o mundo é tido como estranho, como paradoxal e entregue ao secularismo e ao seu próprio mal. Em outras palavras tal postura se assemelha ao que Israel Galindo (in opus cit. pg. 16, 2004) admite que as congregações “resistem em abraçar um mandato contracultural do Evangelho”, o que significa dizer que as igrejas visam admitir uma postura aberta e excessivamente secular, adotam padrões perigosos de adesão ao mundo, absorvem o fenômeno da abertura cultural, e acabam assumindo um corpotamento mundano e não essencialmente cristão, em oposição ao que o apóstolo João nos diz em seu evangelho João 17:16. Uma postura destituída do “impeto original da Bíblia” como Palavra de Deus ( cf. “The Secular City”, by Harvey Cox, pg.15, 1968), ausente nas ciências naturais, no pluralismo cultural, e nas instiuições democráticas, que hoje assumiram uma postura corrompida e não-conservadora. Da forma como vemos hoje, existe o exagero do secularismo, em comum acordo com um “cristianismo mundano”, contextualizado, se é que assim podemos dizer. E a Igreja parece não estabelecer limites para a contextualização, pois sua liderança pastoral não está muito preocupada com isso.  Mas, EU VENCI O MUNDO, disse Jesus Cristo. Ou o Mundo esta vencendo a Igreja? Esse é o limite para além do qual nossas igrejas não querem ultrapassar e não querem ser reconhecidas. Onde está o Mestre que nos projeta para o alto em níveis espirituais que vencem e arrebentam com o pecado? Onde? Supostamente dentro das Igrejas Evangélicas. A Igreja, no entanto, projeta uma imagem muito socializada e extremamente institucional, e Jesus simplesmente arrebentou com as instituições ao torná-las seu próprio corpo e seu próprio sangue. E nossas igrejas não perceberam tal poder, tal espírito revolucionário que rompeu com a iniquidade e a corrupção política que domina sobre nossas cidades, como a única força atuante e dinâmica. Entretanto, a única força atuante e dinâmica no mundo hoje é o Poder do Espírito Santo que nos foi confiado no Pentecostes. Nada mais.

A DINÂMICA DO PERDÃO - 8   O alerta existe em função da riqueza de conceitos envolvendo a ideia de livre-arbítrio . É algo essencialmente op...