Tuesday, March 17, 2020


SENSUALISMO – IDOLATRIA DE UM SENTIMENTO – 59
Algumas ideias retiradas do conceito da sexualidade humana na criação do sexo.

A INSEGURANÇA tem um sentido cognitivo relacionado aos conceitos de INCOSTÂNCIA e DESEQUILIÍBRIO, se o analisarmos dentro de uma perspectiva essencialmente psicológica. Além de que pode ser correlacionado também ao termo TEMOR da forma como vimos nas Escrituras. Pois, como já vimos, a Insegurança humana é um componente psicológico, ou melhor, psico-genético da mente humana, ou seja, ela nasce intimamente na “alma” do feto a partir do instante em que homem e mulher (ou mais especificamente, pai e mãe) entram numa zona de conflito ou de desequilíbrio psíquico causado por desajuste em seu relacionamento sexual, gerado em essência pelo “imbalance” (desequilíbrio) em sua sexualidade conflituosa. Carl Gustav Jung (1875-1961) nos oferece elementos importantes subtraídos de sua Teoria dos Arquétipos. Nela encontramos 4 componentes íntimos da Psicologia Junguiana ( ou de sua Teoria dos Arquétipos ) definidos como A Sombra, a Anima ou Animus, a Persona, e o Self. Para cada componente existem definições distintas, assim, temos que A Sombra, mais comumente conhecida em ingles por The Shadow, que o autor chama de O Lado Escuro da Psiqué, refere-se às qualidades pessoais que normalmente tentamos negar, reprimir ou suprimir de nossa personalidade, mas que não desaparecem inteiramente dela mas se estabelecem dentro da alma humana como o lado caótico, selvagem e desconhecido da personalidade humana. Jung propõe que esse lado escuro da personalidade normalmente aparece em nossos sonhos através de uma representação como cobras, monstros, dragões, demonios, e outro tipo de figuras fantasmagóricas, oníricas. Existem outras características que vão definir ainda de que forma tais sombras se manifestam. Além do Shadow, Jung apresenta ainda o que ele definiu como a Persona, e o Self. São conceitos arquetípicos que merecem ser estudados dentro da Teoria dos Arquétipos de Jung, que de alguma forma vão acrescentar elementos cognitivos ou do conhecimento próprio da personalidade humana, e que certamente nos ajudarão a entender e conhecer melhor a personalidade humana e a nossa própria. Mas, existe um elemento arquetípico que me chamou muito a atenção dentro da Teoria dos Arquétipos de Jung. Trata-se do arquético chamado por ele de ANIMA ou ANIMUS, que são dois diferentes conceitos. Para Jung ( pronuncia-se “iung”) a ANIMA representa o lado ou o aspecto arquetípico feminino da inconsciência do homem. Enquanto que o ANIMUS, representa o arquétipo masculino da incosciência da mulher.  Nós fomos buscar em Jung tais elementos característicos da personalidade humana, com intúito de analisar com mais profundidade as características psico-sociais ou além disso, psico-genéticas da personalidade humana, com intenções de desvendar e conhecer mais profundamente os distúrbios da sexualidade humana, e suas origens primárias, tanto na infância, ou mais profundamente na formação bio-psico-genética do feto humano, enquanto sendo gerado no útero da mãe, em função dos distúrbios causados pela influência de uma sexualidade conflituosa, ou em crise, conforme mencionamos antes. Como muitos sabem, C.G. JUNG foi discípulo de SIGMUND FREUD e ambos de alguma forma revolucionaram o que entendemos hoje pelo que há de mais profundo em relação ao conhecimento da alma e da personalidade humana. E nós estamos nos utilizando aqui desse autor, Jung, apenas com o intúito de aprofundarmos nossa pesquisa no que se refere à formação, ou geração da personalidade homossexual e lésbica em homens e mulheres. JUNG, apesar de algumas ideias anti-semíticas,  teve uma forte influência do Cristianismo, derivada de seu pai, que foi um ministro protestante. FREUD, no entanto, como sabemos, foi essencialmente ateu e simplesmente negou a existência de Deus, e sua suposta influência em seus estudos psicológicos e psiquiátricos.  Mas, em relação aos arquétipos de JUNG, ANIMA e ANIMUS, eis o que concluímos. Nós podemos fazer uma analogia, ou um paralelo entre o relato bíblico da criação do homem e da mulher em Gênesis, com esses elementos (Anima e Animus) obtidos por meio da teoria dos arquétipos de C.G. Jung. Apenas analogia que se descortina da seguinte forma. Quando Deus retira uma costela de Adão, para formar a primeira mulher, podemos supor que de alguma forma, a mulher foi retirada do corpo físico ou biológico do homem, numa dimensão espiritualizada por Deus. Isso pode nos sugerir uma dependência física, mas não necessariamente psíquica. Ou seja, coube a Deus caracterizar a mulher com uma estrutura genética diferenciada, sexo e sexualidade diferenciados. No entanto, tal dependência mútua, material, biológica e orgânica entre o corpo físico de Adão usado por Deus para a criação da mulher, nos permite afirmar que existiu mútua dependência  entre ambos os corpos físicos, que se estende também para o âmbito da influência e interdendência psico-genética, e a definição de uma mesma natureza. Não existe nenhum perigo ou nenhuma tendência herética em se fazer tal asserção da forma como o admitimos numa analogia entre a gênese do relato bíblico e a teoria dos arquétipos de Jung. A interpretação dada por Jung, com seus arquétipos, acrescenta elementos importantes na avaliação de tal analogia. 

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