SENSUALISMO –
IDOLATRIA DE UM SENTIMENTO – 59
Algumas ideias retiradas do conceito da
sexualidade humana na criação do sexo.
A INSEGURANÇA tem um sentido cognitivo
relacionado aos conceitos de INCOSTÂNCIA e DESEQUILIÍBRIO, se o analisarmos
dentro de uma perspectiva essencialmente psicológica. Além de que pode ser
correlacionado também ao termo TEMOR da forma como vimos nas Escrituras. Pois,
como já vimos, a Insegurança humana é um componente psicológico, ou melhor,
psico-genético da mente humana, ou seja, ela nasce intimamente na “alma” do
feto a partir do instante em que homem e mulher (ou mais especificamente, pai e
mãe) entram numa zona de conflito ou de desequilíbrio psíquico causado por
desajuste em seu relacionamento sexual, gerado em essência pelo “imbalance”
(desequilíbrio) em sua sexualidade conflituosa. Carl Gustav Jung (1875-1961) nos oferece elementos importantes subtraídos de sua Teoria dos Arquétipos. Nela
encontramos 4 componentes íntimos da Psicologia Junguiana ( ou de sua Teoria
dos Arquétipos ) definidos como A Sombra, a Anima ou Animus, a Persona, e o
Self. Para cada componente existem definições distintas, assim, temos que A Sombra,
mais comumente conhecida em ingles por The Shadow, que o autor chama de O
Lado Escuro da Psiqué, refere-se às qualidades pessoais que normalmente
tentamos negar, reprimir ou suprimir de nossa personalidade, mas que não
desaparecem inteiramente dela mas se estabelecem dentro da alma humana como o
lado caótico, selvagem e desconhecido da personalidade humana. Jung propõe que
esse lado escuro da personalidade normalmente aparece em nossos sonhos através
de uma representação como cobras, monstros, dragões, demonios, e outro tipo de
figuras fantasmagóricas, oníricas. Existem outras características que vão
definir ainda de que forma tais sombras se manifestam. Além do Shadow, Jung
apresenta ainda o que ele definiu como a Persona, e o Self. São
conceitos arquetípicos que merecem ser estudados dentro da Teoria dos
Arquétipos de Jung, que de alguma forma vão acrescentar elementos cognitivos ou
do conhecimento próprio da personalidade humana, e que certamente nos ajudarão
a entender e conhecer melhor a personalidade humana e a nossa própria. Mas,
existe um elemento arquetípico que me chamou muito a atenção dentro da Teoria
dos Arquétipos de Jung. Trata-se do arquético chamado por ele de ANIMA ou ANIMUS,
que são dois diferentes conceitos. Para Jung ( pronuncia-se “iung”) a ANIMA
representa o lado ou o aspecto arquetípico feminino da inconsciência do
homem. Enquanto que o ANIMUS, representa o arquétipo masculino da
incosciência da mulher. Nós fomos
buscar em Jung tais elementos característicos da personalidade humana, com
intúito de analisar com mais profundidade as características psico-sociais ou
além disso, psico-genéticas da personalidade humana, com intenções de desvendar
e conhecer mais profundamente os distúrbios da sexualidade humana, e suas
origens primárias, tanto na infância, ou mais profundamente na formação bio-psico-genética
do feto humano, enquanto sendo gerado no útero da mãe, em função dos distúrbios
causados pela influência de uma sexualidade conflituosa, ou em crise, conforme
mencionamos antes. Como muitos sabem, C.G. JUNG foi discípulo de SIGMUND FREUD e
ambos de alguma forma revolucionaram o que entendemos hoje pelo que há de mais
profundo em relação ao conhecimento da alma e da personalidade humana. E nós estamos nos
utilizando aqui desse autor, Jung, apenas com o intúito de aprofundarmos nossa
pesquisa no que se refere à formação, ou geração da personalidade homossexual e
lésbica em homens e mulheres. JUNG, apesar de algumas ideias anti-semíticas, teve uma forte influência do Cristianismo,
derivada de seu pai, que foi um ministro protestante. FREUD, no entanto, como
sabemos, foi essencialmente ateu e simplesmente negou a existência de Deus, e sua
suposta influência em seus estudos psicológicos e psiquiátricos. Mas, em relação aos arquétipos de JUNG, ANIMA
e ANIMUS, eis o que concluímos. Nós podemos fazer uma analogia, ou um paralelo
entre o relato bíblico da criação do homem e da mulher em Gênesis, com esses
elementos (Anima e Animus) obtidos por meio da teoria dos arquétipos de C.G.
Jung. Apenas analogia que se descortina da seguinte forma. Quando Deus retira uma
costela de Adão, para formar a primeira mulher, podemos supor
que de alguma forma, a mulher foi retirada do corpo físico ou biológico do
homem, numa dimensão espiritualizada por Deus. Isso pode nos sugerir uma dependência física, mas não necessariamente psíquica. Ou seja, coube a Deus caracterizar a mulher com uma estrutura genética diferenciada, sexo e sexualidade diferenciados. No entanto, tal dependência mútua, material,
biológica e orgânica entre o corpo físico de Adão usado por Deus para a criação
da mulher, nos permite afirmar que existiu mútua dependência entre ambos os
corpos físicos, que se estende também para o âmbito da influência e interdendência
psico-genética, e a definição de uma mesma natureza. Não existe nenhum perigo ou nenhuma tendência herética em se
fazer tal asserção da forma como o admitimos numa analogia entre a gênese do
relato bíblico e a teoria dos arquétipos de Jung. A interpretação dada por Jung, com seus arquétipos, acrescenta elementos importantes na avaliação de tal analogia.
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