SENSUALISMO – IDOLATRIA DE UM SENTIMENTO – 58
Algumas
ideias retiradas do conceito da sexualidade humana na criação do sexo.
Como uma criança que ao se afastar dos pais no
primeiro dia de aula, ou deixada por conveniência num quarto escuro pode se sentir
insegura e amendrotada, assim também os adultos ao se afastarem de Deus ou
abandonados pelo peso de seus próprios pecados se sentem inseguros e amendrotados
em sua condição mais íntima, existencial. Nós seres humanos não somos apenas
criados com identidade natural e genética. Somos ainda a imagem e semelhança de
Deus e afastar-se dele traz também insegurança. Portanto, não é tão simples
tentar identificar que tipo de origem de insegurança é expressa pela
insegurança humana. Em outras palavras, não é totalmente possível definir as
causas reais e mais profundas da insegurança humana. Podemos lograr tal
possibilidade. Mas, ou somos inseguros em função de nosso distanciamento de
nossa identidade natural e psico-genética como seres criados como homens e mulheres,
ou nos tornamos inseguros em função do
distanciamento que nós mesmos nos impomos ao nos afastar de Deus, nosso
criador, queiram ou não o comum dos mortais. Como disse um filósofo frances
(JP. Sartre) acerca desse assunto, obviamente citando Dostoyevsky, “IF GOD DOES
NOT EXIST, EVERYTHING IS PERMISSIBLE”, os seres humanos tornam possível sua
insegurança mesmo inconscientemente, quando se afastam de Deus, e se propõe
como própria condição existencial afastar-se dele, para afirmar uma condição de
liberdade incondicional, mas sem bases solidas e consistentes. Ao assumir que
Deus não existe, nós damos vasão a todo tipo de comportamento liberal, e a toda
permissividade moral por simplesmente ignorarmos a existência de Deus em função
de uma pretensa atitude ateística e supostamente autonomo-liberal. Na melhor
das hipóteses ou o homem se torna inseguro por afastar-se de Deus livremente,
ou por assumí-lo voluntariamente, em função de sua condição de autonomia
humanística.
Não existe nas escrituras um termo
que defina especificamente o que vem a ser INSEGURANÇA humana. Tal termo não
aparece no discurso bíblico, mas de outra forma nós encontramos o termo MEDO
(ou temor), que se aplica mais comumente ao próprio homem, com o sentido de
ATEMORIZAR-SE diante de Deus,
expressando uma forma de respeito e temor em face dos atributos de poder, força
e justiça referidos a Deus. Todos os livros do TORAH (Pentateuco hebráico) bem
como quase todos os demais livros do AT e do NT * contém a palavra MEDO ou
TEMOR que se aplica comumente em referência a Deus por parte dos patriarcas,
profetas, Reis, homens e mulheres e todos os demais personagens bíblicos com
expressão verbal, não apenas diante de Deus mas também diante de profetas. (como
é o caso em 1 Samuel 28:20). Mas é evidente que se identificarmos a palavra
MEDO como sinônimo de INSEGURO, o termo se aplica e pode ser encontrado dentro
das escrituras. Mas, certamente a palavra MEDO, traduzida como temor diante de
Deus tem uma série de conotações e sentidos positivos e negativos como podemos
ver em Provérbios 1:7. A INSEGURANÇA humana, no entanto, tem raízes muito
profundas no coração humano, como pudemos mostrar nesse estudo. E algumas dessas
raízes são originárias do afastamento de Deus gerado pelos próprios seres
humanos, logo após ao pecado da desobediência. A partir daí os seres humanos
desenvolveram uma série de “doenças” típicas comportamentais provenientes da
alma insegura, (que alguns chamam de armadilhas invisíveis à alma humana),
que se traduzem por baixa auto-estima, solidão,
e um carater introvertido, além de desonestidade, vários tipos de carências e
necessidades múltiplas de auto afirmação, ciúmes, fraquesa moral e outras enfermidades
da alma.
* com excessão
de Cantares de Salomão, Obadias, Naum, no AT., e 1 Corintios, Efésiso,
Filipenses, Colossences, 2, e 3 João, e Judas no NT., que também não apresentam
a palavra MEDO ou TEMOR.
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