Wednesday, March 20, 2019


SENSUALISMO – IDOLATRIA DE UM SENTIMENTO – 37
Algumas ideias retiradas do conceito da sexualidade humana na criação do sexo.


Além dos problemas que nossa sociedade enfrenta hoje em dia, tais como situações criadas pela necessidade que cada familia tem no sustento dos filhos e  em cada parcela de cuidados com relação ao contexto familiar, os pais ainda sofrem os reveses impostos pelo secularismo, pelo choque cultural, pela diversidade criada pelo contexto sócio-politico em que vivemos, pelo sistema educacional envolvendo os filhos, e por muitos outros fatores. Mas, um dos maiores problemas, está relacionado à falta de tempo para com os filhos,  à falta de amor dedicado a eles, e à definição de um tempo de qualidade que os pais precisam dispender com os filhos relativamente à formação do seu caráter. As necessidades e a pressão criadas pela vida moderna, tais como o estress e as concessões da vida secular,  impõem certas condições sobre a família e os filhos criando-lhes sofrimento, abandono, choque de gerações, disparidades e discriminação. Dentre todos esses problemas, o secularismo representa a maior de todas as ameaças. No entanto, abraçar o secularismo, como condição social inevitável, impõe-nos escolhas seletivas, e a definição de critérios de envolvimento que nos permitam opções razoáveis.  E na expressão de sua identidade dentro do contexto social, a criança acaba se perdendo ao deplorar a ausência dos pais em sua formação moral,  intelectual e também espiritual.  E isso certamente cria uma série de conflitos entre eles.
O tempo tem sua projeção perpetuada no espaço assim como o espaço se consolida no tempo. Existe uma relação de mútua reciprocidade cuja complexidade chega até mesmo a limitar nosso entendimento do que seja essa dupla realidade. E tais conceitos nos permitem definir um dentro do escopo da definição do outro. Nisso reside o que entendemos por secularismo, que é em verdade, estabelecer barreiras que vão limitar as projeções da realidade humana circunscritas por limitações temporais e espaciais. O homem se prende à realidade e ao contexto social como única forma de se entender dentro do Universo. O que domina a mente humana é apenas o real limitado, e não a expressão do real ilimitado dentro de infinitas possibilidades para além do real. Surgem então diversas formas de cosmovisões, caracterizadas por agnosticismos, por ateísmos, e por existencialismos, em que prevalecem a negação da existência real do eterno. Surgem na mente humana uma série de conflitos entre suas possibilidades de projeções infinitas em colisão com suas projeções meramente limitadas e finitas. O que envolve a mente humana bem como sua realidade espacial, é pensar que somente importa se conectar com o contexto social, o contexto temporal e secular. Em consequência, sua mente se prende ao contexto social como única alternativa para sua manutenção e sobrevivência. As coisas atinadas com o eterno se tornam insignificantes pois vão dar lugar apenas a um funcionalismo pragmático e imediatista. As projeções infinitas da mente humana, que funcionam ontologicamente apenas enquanto estão conectadas com o contexto universal, deixam simplesmente de existir. O imediatismo estabelece os limites do século, do tempo limitado.   Em outras palavras, o homem se prende a um desejo frenético de se expressar secularmente.

O homem se expressa socialmente mas afastando-se do fenômeno religioso. O secularismo dos primeiros séculos da era cristã, como é descrito em diversos contextos históricos, sociológicos, filosóficos (e antropológicos) não era definido como se tornou conhecido a partir de 1851, quando o termo foi criado e passou a ter expressão e definição mais significativa. Tal conceito visava separar e distinguir a ordem social no contexto cultural de então, do que havia de influência religiosa na sociedade como um todo. Mas o fenômeno apresenta as mesmas características dentro dos diversos modelos de expressão cultural, de tal forma que nós podemos definí-lo como existindo tanto na época do Império Romano, dentro dos primeiros séculos da era cristã, quanto no contexto social do período pós-moderno. Em suma, o que o define é caracterizado pelas distinções que sempre existiram entre o fenômeno sócio-cultural e o fenômeno religioso. E apesar de que tal disparidade era mais flexível e muito bem distinta, o termo era tido apenas como uma suposta forma de apresentação dos diferentes fenômenos sem profundas razões de discriminação ou profundas críticas. Na época de Paulo, o apóstolo, por exemplo, existia o secularismo, mas ele se vê manifesto nas palavras proferidas por Paulo no discurso do livro de Romanos capitulo 1, a partir do verso 21 em diante.

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