SENSUALISMO –
IDOLATRIA DE UM SENTIMENTO – 7
Algumas ideias retiradas do conceito da
sexualidade humana na criação do sexo.
Essa
absorção da pecaminosidade humana sobre o conceito original de sexo e da
sexualidade humana, aconteceu em função do pecado original, que invadiu, vamos
dizer assim, toda a síntese da natureza humana e toda a natureza de modo geral,
a nível microcósmico, como em sua dimensão macrocósmica. Em outras palavras, Homem,
Natureza e Universo (conceitos mais amplos e generalizados), foram contaminados
pela perversão do pecado cometido pelos primeiros seres humanos criados, ainda
e após o Éden. Portanto, como já é notado, existiu uma realidade edêmica original,
incorruptível, e “outra” realidade pós Éden, corruptível, ou seja, corrompida
pelo pecado original. Isso nos permite inferir que toda natureza humana em sua
dimensão física, anímica e espiritual, foi afetada pelo ônus do pecado
original. A isso incluímos, obviamente, o sexo e a sexualidade humana que perderam
sua originalidade edêmica e seu propósito original definido por Deus. Existe,
portanto, em consequência da corrupção do sexo e da sexualidade, uma disfunção
que geraria posteriormente ao primeiro pecado, suas mais nefastas consequências.
Assim temos, o homosexualismo, o lesbianismo, o aborto, o sensualismo, a sodomia, a pedofilia, a pederastia, o incesto, o estupro, a prostituição e outros, que não são vistos dentro
da perspectiva da corrupção causada pelo pecado, mas como meros fenômenos
psicosociais, ou anomalias de caráter sócioculturais, ou ainda como definidas
por uma expressão típica de Émile Durkhein, o “normal patológico”. É certo que não podemos facilmente desassociar
a corrupção do pecado favorecendo a sexualidade humana, sem incorrermos numa
análise ou num julgamento precipitado e injusto sobre a natureza humana, no que
se refere à sexualidade e ao sexo. A restauração da originalidade edêmica,
conforme estabelecida por Deus quando da criação dos humanos, só poderá ser
reintegrada à natureza humana através de uma vida de comunhão com Deus, afastada
do pecado, através de sua graça, e também pelo caráter sotereológico do “trabalho”
de Cristo, aplicado àqueles a quem Ele salvou com sua morte redentora. O que nós vemos hoje através do secularismo,
e de uma deliberação autônoma da razão, é
que existe o favorecimento e a proliferação da prática do pecado e de uma vida de rejeição da soberania e da graça de Deus em todos os
sentidos. Alguém pode inferir que o propósito de Deus para o sexo e a
sexualidade humana deixou de existir após o pecado, o que no entanto, jamais
afetou a soberania e a graça divinas, que jamais deixaram de existir. O propósito de Deus
aplicado ao sexo e à sexualidade foi redimensionado. Nem tampouco podemos
inferir que Deus se frustrou na manutenção de seu propósito original, no que se
refere ao escopo da sexualidade humana. Deus tem certamente um “plano B” que
lhe assegurará sua eterna e própria soberania.
Neste sentido, cabe a todos nós como teólogos laicos que somos, entender e
definir profundamente o conceito de divindade aplicado à pessoa do Pai, do
Filho e do Espírito Santo, para que possamos entender o que vem a ser Soberania
Divina. Deus, no entanto, interfere na natureza humana através desse plano B,
redimensionando a sexualidade humana, criando alternativas que viriam favorecer
também sua proposta original aplicada ao sexo, não apenas para a sua sublimação,
mas também através de uma inserção providencial da sexualidade e do sexo, a seu
plano original. Isso pode ser entendido também como um processo de reintegração
da sexualidade ao propósito original de Deus para ambos, sexo e sexualidade.
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