Saturday, May 21, 2016

PROCESSOS QUE ENVOLVEM MISSÕES E EVANGELISMO – 14 G
Marx queria destronar Deus e o Cristianismo

                Uma das premissas básicas da ideologia marxista está expressa por Marx no livro “Introduction to a Contribution to the Critique of Hegel’s philosophy of Right”. Logo na introdução do livro Marx diz que “For Germany, the criticism of religion has been essentially completed, and the criticism of religion is the prerequisite of all criticism.” Além de termos por evidente que Marx era originário de uma confederação Alemã chamada Trier no Reino da Prússia, Karl Marx viveu grande parte de sua vida em Londres, na Inglaterra, onde faleceu. E aí escreveu inúmeros livros em parceria com F. Engels. Portanto, Marx and Engels conduziram uma série de pesquisas e produziram inúmeros documentos que se tornaram livros polêmicos. E particularmente em “Introduction to a Contribution to the Critique of Hegel’s” Marx se apropria impiedosamente do termo “RELIGION” em inúmeras vezes ( 36 ao todo) para conspirar contra  a Religião Cristã essencialmente. E Marx não se propõe a analisar o fenômeno religioso do ponto vista sociológico/teológico ou, digamos, antropológico, dentro das classes sociais que lhe eram contemporâneas, uma vez que para os antropólogos marxistas sua maior preocupação era proceder a tal análise das sociedades pré-capitalistas. (Toward a Marxist Anthropology of Religion, by Maurice Godelier). E tal análise desce a limites inferiores na história do pensamento religioso humano até à estrutura socio-religiosa da Igreja Primitiva, descrita essenciamente no livro de Ato dos Apóstolos e em muitos outros livros históricos. Mas foi Engels quem se preocupou em profundidade com esse estudo ao comentar que nos escritos de John Calvin ( ou Jean Calvin, França 10 de Julho de 1509, Suiça 27 de Maio de 1564 ), ou no calvinismo na verdade estariam encobertos como num disfarce os verdadeiros interesses da burguesia da época, numa análise posterior dos escritos e da influência do pensamento calvinista na Inglaterra e na França. Portanto Engels, e Marx, encontram na religião, motivos de sobra para a estruturação de seu criticismo. Engels se utiliza de uma análise crítica impiedosa e acirrada contra a visão cristã calvinista, apresentando uma espécie de metáfora em sua análise, ao comparar o pensamento da burguesia na Inglaterra, e na Europa de modo geral, como sendo encoberta sob a roupagem do cristianismo. Em outras palavras, para defender seus interesses de classe, os burgueses se disfarçavam de calvinistas, de cristãos protestantes, de puritanos, de luteranos, e assim por diante. Para Engels, o dogma do calvinismo respondia às necessidades da burguesia mais avançada da época. A Doutrina essencialmente calvinista da predestinação, - obviamente retirada dos estudos  epistolares de Paulo de Tarso notadamente em Romanos 8:29-30, Efésios 1:4-5, bem como em Atos 2:38, Atos 10:43, e outras referencias bíblicas -, é a expressão religiosa do fato de que no mundo comercial da concorrência, o sucesso ou o fracasso não dependem da atividade ou da habilidade do indivíduo, mas de circunstâncias independentes ao seu controle, como por exemplo da interferência divina. Tais circunstâncias, em suma, não dependem daquele que é proprietário, nem daquele que trabalha, mas todos estão à mercê de potências economicas superiores e desconhecidas. Engels, faz então, referências e alusões comparativas absurdas e irracionais, considerando o contexto sócio-econômico da luta de classes como essencial para a devastadora crítica feita contra a religião cristã.  Por outro lado, Marx se detém na análise da estrutura socio-economica das classes sociais em sua luta de classes dentro de uma dimensão meramente capitalista e economico social. Razão pela qual para ele as sociedades pré-capitalistas como os bascos, os bretões, os escoceses, os sérvios, aos quais Marx denominava “racial trash”, deveriam ser destruídos por estarem 2 estágios atrasados na luta histórica – os quais nâo eram ainda capitalistas – e  isto certamente os poria num nível de impossibilidade histórico-revolucionária na luta de classes na sociedade capitalista. Marx ainda se refere ao mal dos húngaros e à imundície dos povos eslavos, afirmando que a Polônia não tinha razão de existir. The classes and the races too weak to master the new conditions of life must give way…They must perish in the revolutionary holocaust.” (Karl Marx in “Marx People’s Paper” April 16, 1856, in “Journal of the History Ideas, 1981.) “As Classes e as raças muito fracas para planejar as novas condições de vida devem desistir...Elas devem perecer no holocausto revolucionário.”  Foi esta a primeira vez em que a palavra holocausto aparece redigida num escrito marxista, que também propõe uma das mais controvertidas questões históricas jamais aventadas pela história ideológica do gênio humano, a saber, por que o extermínio e a morte são essenciais ao comunismo? Foi neste sentido que Karl Marx escreveu que o criticismo da religião é o prérequisito de toda a crítica, o que passa a compor a base ideologica para o entendimento de toda crítica formulada pela ideologia do Materialismo Dialético, que se torna puramente serviçal aos interesses próprios da formulação de sua ideologia político-economico. Marx revela nessa formulação uma originalidade ideológica somente comparada à originalidade satânica na tentativa de se tornar semelhante a Deus. Essa busca por um termo de comparação e similaridade que suporta a idéia de um criticismo anti-religioso em Marx e em Engels, também serve para desmitificar, ou desmascarar sua própria ideologia, segundo a qual o criticismo da dialética marxista contrapõe de um lado a crítica à religião, em benefício da teoria revolucionária marxista, voltada para a crítica do capitalismo que desfavoreceu, tanto o calvinismo de um lado, quanto a própria religião cristã de modo geral. E do outro as idéias subjacentes e contrapostas que compõe o grosso da irracionalidade da dialética marxista, por exemplo, quando os discípulos de Marx apelam para suas próprias comparações em defesa de seus argumentos e de sua dialética materialista. 
 Quando Marx afirma que o "Man is the world of Man - state, society. This state and this society produce religion..." “Homem é o mundo do homem – estado, sociedade. Este estado e esta sociedade produzem a religião”, (“Critique of Hegel Philosophjy of Right”) Marx se esquece que o conceito de religião precede a idéia de estado e sociedade e que a formulação da consciência humana na idealização do conceito de religião, é anterior à existencia do mundo objetivamente real, de estado e sociedade, por exemplo,  e que passa a ser um conceito formulado a partir da consciencia de seu mundo anterior ao real. Uma das idéias mais marcantes em Marx seria a de “Destronar Deus e o Capitalismo”, essencialmente formulada pela idéia subjacente de que o que Marx realmente queria era “Destronar Deus e o Cristianismo”, o que nos permite entender a escalada na “evolução” da formação da consciencia do próprio Marx, que num sentido se tranforma de cristão em deísta e daí em um completo ateísta. Desta forma Marx se torna vítima de sua própria fragilidade e fraqueza moral ao assumir uma consciência irracional anti-religiosa, ao negar o cristianismo e a Deus. A Dialética do negativo, essencialmente hegeliana.  

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