Tuesday, May 3, 2016

PROCESSOS QUE ENVOLVEM MISSÕES E EVANGELISMO - 14 E 
Para Marx não existe Verdade, mas a Praxis imanentista. 
Mas, Karl Marx recebeu a influência de outros intelectuais de sua época e anteriores a ele. Como é o caso dos filósofos gregos  Demócrito e Epicuro, dois materialstas ateus, sobre os quais Marx escreveu sua tese de doutorado. Asim como o herói mitológico grego Prometeu. Também é evidente que não podemos atribuir somente a Kant e a Hegel o escopo da maior influência filosófica sob o pensamento de Marx em sua formação intelectual. Seus contemporâneos Heinrich Heine e Moses Hess ao escrever frases relativas à religião, onde citam a palavra "ópio", inspiraram Marx a cunhar a frase onde ele sintetiza sua concepção sócio-filosófica do que ele entendia sobre religião. A Religião é o ópio do povo. (Outros filósofos como Feuerbach, Spinoza, Proudhon, Voltaire, Darwin, Aristotle e muitos outros também influenciaram Marx). E o grosso da crítica marxiana sobre religião tem um peso mais relevante em seus escritos de 1843, 1844, onde Marx se identifica mais como um Neo-hegeliano de esquerda, o que o caracteriza ainda como não essencialmente marxista. A partir da crítica que Marx faz ao idealismo hegeliano, ele regeita esta noção em Hegel, ou seja, a noção da verdade se evolvendo na direção da idéia do Absoluto ( o idealismo hegeliano ). E regeitando o idealismo de Hegel, certamente Marx traz para o ambito do imanentismo filosófico, o próprio conceito de verdade, que transforma a idéia de Verdade, para uma concepção humanista, materialista e dialética. Apesar de que em "The Contribution to the Critique of Hegel's Philosophy of Right"  Marx faz severas reprimendas à Religião Cristã, a religião é vista por Marx e por Engels, como parte ou componente de um todo, e como uma das formas da produção espiritual ou ideológica da consciência humana, o que torna a religião como uma forma manifesta de humanismo ideológico. Em outras palavras, a geração de idéias da mente humana engloba a Religião bem como a Filosofia, o Direito, as condições economicas, a teoria política, e a cultura, de modo geral. A Religião, então, passa a ser irrelevante para Marx e Engels e as relações sociais humanas tomam maior importância dentro do processo da totalidade social, ao que se inclue a Economia, o Estado, as condições sociais da sociedade contemporânea. Desta forma não existe mais uma ênfase da religião, o que se torna muito evidente nos escritos posteriores de Marx, como podemos observar no The Communist Manifesto, ou em Das Kapital, como se Marx abandonasse a idéia de Religião como algo irrelevante a partir daí. Dentro da totalidade do processo social existem então, diferentes categorias da produção intelectual da consciência humana. Por um lado, temos a produção intelectual da consciência espiritual humana, e por outro, as relações sócio-economicas como parte do conflito social humano (o humanismo marxista). Marx passa a avaliar a relação entre formas de consciência e as relações sociais, como parte de uma totalidade, o que o filósofo hungaro marxista Gyorgy Lukács (ou George Lucaks) chama mais tarde de categoria dialética da totalidade no pensamento marxista. E essa distinção reduz a Religião a uma categoria irrelevante no pensamento de Marx. Para Marx a ECONOMIA é a condição primordial que condiciona a totalidade da vida humana. A Religião Cristã deixa de ser essencial e se torna meramente acidental, ou assume o carater de super-estrutura irrelevante. As relações economicas são fundamentalmente o substrato, o embasamento da condição social humana, para os marxistas. Posteriormente veremos que a crítica de Marx à religião se volta acima de tudo CONTRA o Protestantismo, particularmente a critica que Engels se propoe a fazer nao so contra o Protestantismo mas a dois eminentes teologos cristaos, quais sejam, Martin Luther e John Calvin. Apesar de que a crítica histórica do pensamento de Marx gerou uma sociedade profunda e essencialmente humanística e ateísta, por desprezar o conceito de Religião, este conceito volta a ter relevância com os Neo-Marxistas já no século XX, dentro da ideologia do Marxismo-Cultural. Para Marx, como veremos posteriormente, " Toda a transformação histórica das condições sociais, produz ao mesmo tempo a transformação das concepções e das representações dos seres humanos e, portanto, suas representações religiosas." Ou seja, para o marxismo, se mudarmos as relações sociais, as religiões certamente sofrerão transformações. A História, então passa a agir na determinação do fenomeno religioso, o que torna a Religião subjulgada pelo fenomeno Histórico.  A seguir veremos porque Marx e Engels em certo nivel divergiram com relaçao á sua critica pessoal ao Protestantismo. Enquanto que em Marx a religião se torna mais irrelevante, Engels ao contrario insiste em critica-la, o que criou uma particular distinçao em sua orientaçao ideologica. 

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