Saturday, June 25, 2016

PROCESSOS QUE ENVOLVEM MISSÕES E EVANGELISMO – 14 H
Livros e ideias antagônicas e seus efeitos sobre as novas gerações.
De uma forma ou de outra o confronto de ideias vai sempre ocorrer dentro do que sugestivamente alguém chamou de mercado de ideias. E isso se traduz por meras circunstâncias ou por circunstâncias meramente inesperadas, dentro do mover dialético da história. Para uns acontece de uma forma e para outros acontece de forma diversificada. Exemplo disso foi o que ocorreu com Paulo em Atenas, na praça ateniense de Mars Hill, ou Areópago. Ou o que ocorreu com Machiavelli em sua vida pessoal e politicamente conturbada. A partir de Paulo nós podemos traçar os caminhos embrionários da Doutrina Cristã em formação, quando ele percebe que ao pregar o Evangelho no meio acadêmico/filosófico de Atenas, nasce a Teologia (ou o confronto de idéias entre Filosofia e Teologia, como já dissemos), que surge do questionamento intuitivo, auto-consciente em que a mente humana se pergunta “o que é Deus” ou “quem é Deus”, ou “ existe Deus além da mera idolatria?” Naquele instante Paulo lançou na mente filosófica o germen do questionamento teologico.  Existe, no entanto, um forte componente irracional que se limita a negar ou a se esquivar do questionamento racional, propondo-se o desvio epistemológico da razão, aleatoriamente, talvez por mera autonomia da mente liberal. Francis Schaeffer expressa isso muito bem em “ESCAPE FROM REASON”. Mas Schaeffer atribui a Thomas Aquinas a responsabilidade por tal desvio da mente racional humana, na direção do que ele chama de “ Humanismo autonomo, uma filosofia autonoma”, apesar de que Schaeffer se limita a analisar tal fenomeno apenas a partir dos primordios da Europa do Sec. XIII.  (cf. Escape from Reason, by Francis Schaeffer pg. 13) No entanto, bem sabemos que a Filosofia Grega, já no tempo do Apóstolo Paulo, no primeiro século da Era Cristã, por questões ligadas à própria autonomia, por deliberada convicção, ou por uma opção livre, prefere ignorar os ensinamentos paulinos em função de sua opção  pela idolatria aos deuses do Olimpo. Tal liberdade, ou tal liberalismo autonomo, não deixa de ser influenciado pelo que muitos denominam erradamente de “LIVRE ARBÍTRIO” da mente humana. O que Thomas Aquinas fez no século XIII, certamente teria sido feito pela mente ativa, auto-sugestiva e perssuasiva de Satan, que certamente estava a plenos pulmões trabalhando na promoção de suas idéias contrárias ao Reino dos Céus, ainda no primeiro século da Era Cristã, e desde a criação do homem.   A proposta de Machiavelli foi de outra natureza, qual seja, sócio-histórico-político/filosófica. E nela, o ambiente cultural em que se desenvolveu traduz seu momento histórico, seu profundo envolvimento com a política na província de Florence, e em toda a Itália e Europa, seu conhecimento pessoal com as coisas da política como reflexo de sua experiência, suas indagações acerca de sua própria condição de intelectual profundamente envolvido com o estado, e sua necessidade intrínseca de se envolver novamente com aquele mundo, onde estava em jogo até mesmo sua sobrevivência pessoal. Alguns afirmam que ao escrever O PRINCIPE Machiavelli tencionava, numa espécie de aplicação para trabalho, atrair a atenção de Lorenzo de Medici para a recuperação de seu cargo no governo, coisa que jamais ocorreu enquanto vivo. Mas o reconhecimento da importância de seu livro veio mais tarde com a publicação póstuma de O PRINCIPE. No entanto, O PRINCIPE é a expressão máxima do mal social e histórico sendo aplicada como métodos de governabilidade sobreposto ao ideal no estado e na pessoa do príncipe, e dos governantes, na manutenção do poder político. Mas, no consenso geral, os princípios maquiavélicos são ainda amplamente usados hoje, quer nos altos escalões da política de estado, quer no consenso geral da competitividade administrativa entre líderes ou meros competidores potenciais. E prova disso é a evidência de um suposto e aparente comportamento maquiavélico que muitas vêzes simula estratégias de domínio através de qualquer tipo de argumentação mundana, mentiras, artimanhas e um jogo de ideias e argumentos discriminatórios, com meros intuitos de prevaricação e dominância na obtenção e manutenção de poder. São características do pensamento de Machiavelli: a criação do interesse pessoal voltado para o poder, a busca de posição e argumentação ou contra-argumentação nas idéias de ambição política. E além disso o cinismo amoral que suporta o conceito de que os fins justificam os meios, mesmo que para isso os argumentos e métodos sejam induzidos à corrupção e à injustiça. Não é por similitude ou  por mera coincidência que o ideais satânicos se identificam com as propostas maquiavélicas. Nesses 500 anos que separam a morte de Machiavelli e os dias atuais pós-modernos, muitos foram os influenciados pelo pensamento de Machiavelli, ao que chamaremos de Doutrina  Machiavelli.  Em oposição à Doutrina Cristã, podemos dizer. O que observamos hoje, quando aplicamos o evangelismo, as idéias eternas do Evangelho de Jesus, é que existe atualmente esse substrato cultural e ideológico maquiavélico profundamente arraigado à mente das pessoas, bloqueando a penetração dos ideais do Reino em suas mentes. Bloqueio esse que poderá apenas ser rompido com a força espiritual do poder de Deus, através do Espírito Santo.  De outra forma, podemos afirmar sem sombra de dúvidas, que a influência das idéias perssuasivas de Satan também estão atuando poderosamente no mundo hoje, impondo restrições profundas à mente humana, no sentido de desviá-la na direção oposta aos ideais cristãos pregados por Jesus Cristo, o que prefigura o confronto de forças opostas em colisão direta. Com a Palavra de Deus, Jesus prega o Reino dos Céus, e com seus ideais políticos voltados para o poder temporal, secular, Satan busca impor sem restrições os ideais do Reino das Trevas a ser estabelecido no “século”, numa proposta insistente de poder político/cultural/histórico/temporal e ao mesmo tempo, sem sustentação.   


Friday, June 17, 2016

TRECHO DE MEU LIVRO “A APOTEOSE DE JAY” A SER PUBLICADO EM BREVE PELA EDITORA KELPS, DE GOIAS, BRAZIL. Pagina 122.

   "E como um ser invisível de dentro para fora se fazia prevalecer e tão logo o via, desfalecia-se como a bruma fria que se evapora com o calor dos primeiros raios mornos do sol da manhã.  Tal semente pairava no ar, querendo tocá-lo com enormes unhas negras tentando tirar-lhe a vida, mas formando ao longe um colossal bloco negro e oco do outro lado do Al-Furat, que atraia como a um gigantesco íman os dotes íntimos de cada ser perambulante, os pequenos pontos negros que eram na verdade o sinal de Cain implantado em cada ser vivente, seus conterraneos na cidade cujo nome era Chanoch, por causa de seu filho Enoch.

Pairava no ar e queria tocá-lo com unhas enormes e tirar-lhe a vida desconhecendo, então, que a promessa de Jay haveria de ser cumprida tanto para a sua parentela que, perambulante, seria potencialmente o seu próprio assassino, quanto para Satan que não pode tocá-lo, apesar de suas ameaças cruéis e suas grandes gargalhadas de dentes negros e caninos, a boca molhada de estranha saliva e um hálito árduo cheirando a morfina. Afastou-se então, frustrado, Satan, que tramou em vão. E este é o triste programa de sua vida bizarra, num encontro providencial com seu maior inimigo, cujos erros crassos, os de Cain, feriram mortalmente seus mais puros sentidos projetando-o a deriva, na terra dos perambulantes, a Terra de Node, onde um dia cada lugar na Terra será transformado em outra Terra de Node.  Ausentou-se então Cain de seu solitário solilóquio e foi-se ao encontro de seus familiares. Ao reuni-los disse-lhes:" 

A DINÂMICA DO PERDÃO - 8   O alerta existe em função da riqueza de conceitos envolvendo a ideia de livre-arbítrio . É algo essencialmente op...