Wednesday, September 23, 2015

Curiosidades do Grego Biblico.
No manuscrito Nestle GNT 1904, lemos em João 1:1:  
Ἐν ἀρχῇ ἦν Λόγος, καὶ Λόγος ἦν πρὸς τὸν Θεόν,
καὶ Θεὸς ἦν Λόγος.(John 1:1c)
(kai Teós en ró logós)
(And God was the Word.)
 Na versão NIV em Inglês lemos:
“And the Word was God”
John 1:1c
Por quê existe essa alteração de  palavras do grego, para o Inglês?
Em grego a partícula “O” (ró) é o artigo que indica o sujeito da frase. Portanto, “ró logós” é o sujeito. Neste caso então a alteração da frase não altera o sujeito, que permanece o mesmo.  “ró logós”, que significa JESUS, poderia estar ou no início, ou no fim da frase, mas com o artigo. Neste caso, o sujeito pode vir tanto no início quanto no fim da frase, indicando a lógica do Grego.
Em Português, a tradução seria:
   E A PALAVRA ERA DEUS.     

Sunday, September 6, 2015

PROCESSOS QUE ENVOLVEM MISSÕES E EVANGELISMO: 12
O carater não restritivo do Evangelismo. As ideologias do século se opondo ao Evangelho.

Hoje nós vivemos num mundo mesclado por uma série de ideologias que vieram para ficar encravadas na mente das pessoas, mas como num processo acima de tudo inconsciente, subreptício, burlando a mente humana como algo arraigado, que a obriga a pensar dessa maneira, sem ter a consciência exata de sua irracionalidade e à sua inerência íntima à sua forma de pensar. E em meio a esta crise de consciência por que passa a mente humana no mundo pós-moderno, neo-ateu, neo-marxista e conflituoso em que vivemos, existe ainda a opção cristã pela demanda evangelística, que existe não necessariamente como opção,mas como demanda do prórpio Jesus Cristo. Como vimos anteriormente, hoje as ideologias existem como realidades factuais, mentais e autonomas inflingindo à mente humana uma prisão intelectual inconsciente. E isso tem sua origem determinada historicamente. Vimos também que enquanto tomava forma como ciência sistemática, a Filosofia buscou formar sua própria identidade autônoma, principalmente a partir do pensamento teológico de Tomás de Aquino, num instante de amadurecimento de sua autonomia, reforçado ainda mais pelo racionalismo Cartesiano (de René Descartes), e por outras ideologias que surgiram na história.  A Teologia, que surge a partir do encontro entre racionalismo grego (ou o pensamento filosofico grego) e  a fé Cristã,  dentro de um ambiente de disparidade, de rejeição e de distinção, ao criar sua própria identidade, tenta se conciliar com o raciocínio filosófico grego,(como já vimos anteriormente) a partir da pregação da Verdade do Evangelho de Jesus Cristo por Paulo no Areópago. Mas, esse não foi o propósito original da pregação do evangelismo paulino. Paulo nunca esteve preocupado em conciliar isso com aquilo, Filosofia com Teologia, ou fazer os gregos entenderem que a filosofia deveria assumir um novo discursso ou seguir um novo rumo com sua pregação. Naquela época já existia uma obstinação filosófico/cultural que por sua própria natureza dava mais ênfase à investigação metafísica (ou filosófica) em detrimento da própria doutrina cristã, em outras palavras, em prejuizo para o próprio Apóstolo Paulo e à Doutrina de Jesus Cristo. Nós já vimos que a filosofia como ciência quis alienar a Doutrina Cristã e discriminá-la, basicamente a partir do século XV. Jesus já sabia disso. E nem por isso, Jesus amenizou o estilo de pregação da Palavra ( ou do Evangelho ) com a pregação de Paulo, para se acomodar ao florescimento do pensamento filosófico. Pelo menos a Bíblia não mostra isso.  Paulo pregava em nome do Deus Altíssimo, a autoridade suprema  com todo o poder sobre todo o universo, e por esse motivo, Paulo não precisava se adaptar ao pensamento filosófico corrente, com argumentações fúteis e nem se submeter à autoridade intelectual dos filósofos gregos enquanto pregava. Se Paulo precisasse de outros recursos metodológicos ou espirituais que lhe permitissem alcançar persuasão ou convencimento, o Espírito de Jesus lhos concedia gratuitamente. Isso podemos ver claramente em Atos 14:3, onde Paulo e Barnabé recebiam poder para operar em sinais e maravilhas através das dádivas de poder concedidas pelo Deus provedor ( Yahweh Jireh ) e pelo Deus Minha Bandeira, que lhes prometera e operava vitórias a seu povo e aos seus apóstolos ( Yahweh Nissi ). Portanto, havia o suporte espiritual de Jesus no ministério evangelistico dos apóstolos desde o princípio de sua missão evangelística, com Deus indo à fente em sua providência. E esse suporte espiritual ocorre também hoje, porque Deus é o mesmo. Apesar de toda incredulidade reinante não apenas entre os gentis mas também entre os judeus e posteriormente entre os filósofos gregos, o suporte divino era real e acrescentado à medida que Paulo ou outros apóstolo dele precisassem. O objetivo de Paulo, como vimos, era o de pregar o Evangelho de Jesus, em meio ao milieu filosófico/cultural de seu tempo, e isso foi cumprido. Hoje, os evangelistas enfrentam o mesmo fenômeno, quando saem para pregar o Evangelho, ou para fazer missões e evangelismo. Existia uma série de oposições ideológico/filosóficas arraigadas na mente do homem sem a Bíblia do tempo ou do ministério apostólico, da mesma forma como existe hoje, no mundo secular pós-moderno em que vivemos. As oposições eram restritivas e de natureza filosófica, da forma como vemos também hoje.(Deve-se ressaltar, no entanto, que havia uma exceção, representada pela oposição ao Evangelho que os judeus, notadamente os saduceus e fariseus, e seus seguidores faziam contra Jesus e os apóstolos, que se opunham de forma não filosófica, nem político-filosófica, mas se opunham de modo a sustentar suas posições religiosas, ou teológicas, centradas apenas no Torah ). Hoje, quando um indivíduo rejeita ouvir a mensagem de salvação do Evangelho, ele, certamente, está sendo influenciado por algum tipo de ideologia que lhe foi préviamente informada, ou está submetido por argumentos que o bloqueiam deliberadamente, ou ao rejeita-la, quando sua mente o induz a isso, ou a ignora-la, quando sua mente não possui elementos cognitivos. E isso é ignorado por muita gente que muitas vêzes nem mesmo pode perceber quais tipos de idéias existem em sua mente obrigando-o a rejeitar o evangelho. Questões de ordem metodológica, teológica, filosófica, política, social e eclesiástica eram suscitadas à medida que a igreja crescia ou que o Evangelho avançava. Veja por exemplo a manifestação de vários conflitos internos à Igreja Primitiva em Atos 8:9, em Atos 14, e em Atos 15, na questão ligada à circuncisão no primeiro Concílio da Igreja Cristã, por exemplo. Hoje acontece o mesmo.  Conflitos eram gerados da mesma forma como devemos esperar situações conflitantes surgindo em meio à pregação do evangelho no meio urbano. Aliás, o evangelismo paulino se dava acima de tudo dentro do contexto urbano. E Jesus também visava pregar a Boa Nova do Reino acima de tudo dentro do contexto das cidades. As cidades existem como referencial. Veja em Atos 9, no episódio da conversão de Saulo, o que Jesus lhe ordenou logo que ele observa a presença do Senhor diante de si: “Now get up and go into the city, and you will be told what you must do”. (NIV).  ( Agora levante-se e vá à cidade e lhe será dito o que você deve fazer”) Neste contexto, a cidade existe como manifestação da vontade divina relativa a seus seguidores. E isso vemos claramente no livro de Atos em que as ordenanças de Jesus a seu povo e à sua igreja, se tornam manifestas mais realisticamente dentro do contexto urbano. E como podemos definir o contexto urbano hoje? E como nós definimos uma cidade hoje? ( Aliás a pergunta não é minha. Já foi feita anteriormente por Harvie M. Conn em seu livro “A Clarified Vision for Urban Mission”, no capítulo 3 desse livro, onde se lê sobre a “Generalização do Crime: tenho medo da cidade”. (pg. 65). As cidades hoje, tem em sua estrutura, palavras tais como, gheto, crime, estresse, solidão, suicídio, perda de individualidade, mudança rápida, religiosidade, pobreza, injustiça, roubo, corrupção, egoísmo, arrogância, introversão, idolatria, relativismo, pluralismo. E ainda hoje, podemos acrescentar outras palavras como, ocultismo, perda de conceitos morais, satanismo, ecletismo, sincretismo, ecumenismo, imanentismo, lesbianismo e gaysismo, gnosticismo, ateísmo, intelectualismo, existencialismo, marxismo, pessimismo, homosexualismo, machismo, homofobia, anti-semitismo, e muitas outras palavras, e situações que existem para constranger e congestionar o meio urbano e social em que vivemos hoje.  Para a sorte de Paulo  (e de acordo com o contexto socio/histórico em que Paulo viveu) ele encontrou acima de tudo, oposição intelectual, violência, intelectualismo, idolatria, prostituição, leviandade, e outros “ismos” que no entanto, não expressavam a complexidade dos problemas que enfrentamos hoje. Mas, isso vai se repetir historicamente ainda, como veremos posteriormente. Outros componentes sociológicos são acrescidos hoje, como por exemplo, o desemprego, problemas ambientais, educacionais, policiais e de saúde, problemas fiscais, econômicos e culturais, como a superpopulação, aborto, volência doméstica, o abuso de poder, que afetam o meio urbano, ou seja, a cidade, que a fazem sofrer, reagir ou se adaptar. Além disso, as pessoas são confrontadas pela perda da consciencia cristã, e pela adesão, muitas vêzes inconsciente, a ideologias malígnas. Basicamente esse é o ambiente em que a mensagem evangélica deve ser pregada. É claro que as cidades hoje, sofrem mudanças radicais em sua estrutura, adquiriram mais complexidade à sua estrutura urbana, os problemas são de outra natureza, e por este motivo mais uma pergunta é suscitada: é necessário que se promova uma mudança prévia da estrutura da cidade, para que nela possamos pregar o evangelho hoje? Não necessariamente. Devemos crer que o Poder do Evangelho é o componente espiritual de poder transformador que vai  suscitar tal mudança, pois dentro das cidades se encontram a Igreja e o Corpo de Cristo como sal da Terra e luz do mundo. E tal estrutura também é transformada pelas instituições sociais dentro do contexto urbano, assim como pela atuação dos sistemas políticos e pela atuação de governos e instituições ligadas a ele. Mas, é importante se observar, que o ser humano que vive nas cidades têm hoje, potencialmente, a habilidade ou capacidade de levar dentro de si, e absorver parte significativa de todos esses problemas, como expressão da influência que o meio ambiente urbano exerce sobre si. É nesse ambiente que nós devemos pregar o Evangelho de Jesus. Não podemos negar que a cidade é expressão da subjetividade humana, como se ela manifestasse sua individualidade externizada no contexto social e urbano. E quanto mais o homem peca, mais ele acrescenta à cidade um componente novo de iniquidade, que altera sua estrutura, e além de levá-la ao caos, pode destruí-la. (Ver a Destruição de Sodoma e Gomorra em Genesis 19) O exemplo clássico disso foi a criação da primeira cidade fundada na história, de acordo com o relato bíblico, em que Deus permite a Cain se ausentar para a Terra de Node, carregando consigo sua marca de iniquidade, (o crime perpetrado contra seu próprio irmão)  e alí fundar a cidade com o nome de seu filho Enoch, para provar que a cidade é em si a expressão da própria subjetividade orgânica e genética de Cain. Desta forma o relato de Genesis 4 mostra como a descendência de Cain se evolve em torno a pecados e crimes dentro da cidade, supostamente como expressão íntima da sujetividade de seu fundador. Existem vários livros que suportam esta tese, como o livro de Philip Sheldrake, “The Spiritual City: Theology, Spirituality and the Urban”, onde o autor diz no seu epílogo que “Urban environments create a climate of values that define how we understand and them seek to create human community”. (O ambiente urbano cria um clima de valores que definem como nós entendemos e então visualizamos criar a comunidade humana).Neste caso também a recíproca é verdadeira. O ambiente urbano cria valores positivos e negativos.  Já no século IV da Era Cristã, o teológo Agostinho de Hippo, expressava esse mesmo tipo de idéias relativas ao contexto urbano em seu livro “The City of God” . O livro é a expressão clássica do triunfo do interior da cidade incansavelmente à procura do eterno preenchimento das intenções divinas, sobre o cotidiano da vida da cidade. (Philip Sheldrake, 2014).  Hoje nós entendemos que o preenchimento dessas intenções divinas transformando as cidades, se dá a partir da pregação do Evangelho de Jesus, no Evangelismo. Deus abriu espaço para a transformação íntima da vida urbana, através do trabalho evangelístico. De uma coisa estamos certos: o homem não perdeu a noção de que dentro das cidades, as religiões existem e que os governos também existem e muitas vêzes existem em conflito e emitindo ideologias.  Conflitos que se manifestam não somente dentro das religiões e no contexto globalizado de outras religiões, e que os governos também existem em conflito interno e externo. Apesar de todos esses e outros conflitos, o Evangelho de Jesus precisa ser pregado, e levado a todos os povos e nações.   

 Existe uma série de livros e artigos escritos sobre o tema de como a cultura em que vivemos afeta o que um grupo isolado ou coletivo, ligado ostensivamente ao contexto social e urbano, faz e acredita. Assim como existem livros e artigos sobre o tema de como o fator sociológico pode afetar o comportamento de uma pessoa ou instituições. Ninguém pode negar que o homem é fruto do meio em que vive. Ninguém pode negar também que a Biblia é um livro profundamente influente hoje, como foi em todos os tempos, que influenciou a mente de milhões de leitores através do mundo e continua influenciando o comportamento de quem lê suas páginas e também faz parte da formação moral e sócio-cultural da civilização (ocidental) em que vivemos.  Isso dentro de um contexto religioso referido à revelação dada pelo próprio Deus à toda a humanidade. Mas, existem outros livros, ideologias e instituições que influenciaram a mente humana, para uma outra diversidade contextual e comportamental de ressonância negativa, que de alguma forma influenciaram a mente humana a seguir as orientações negativas das palavras alinhadas acima, tais como, ocultismo, perda de consciência moral, sincretismo, arrogância, etc.   E isso nós veremos a seguir na continuação do artigo 12 A. 

A DINÂMICA DO PERDÃO - 8   O alerta existe em função da riqueza de conceitos envolvendo a ideia de livre-arbítrio . É algo essencialmente op...