Sunday, April 10, 2022

 

AUTOESTIMA. ou self-esteem.

Em bases simples mas fundamentais, vamos mostrar agora o que vem a ser o conceito de AUTOESTIMA. 

Informações preliminares: a palavra estima é originária do latim aestimare que significa estimar ou avaliar, ou ter acesso aos valores ou à qualidade de alguma coisa. Em outras palavras, autoestima se refere às nossas autoavaliações positivas ou negativas. (Coopersmith, 1967). Algumas pessoas têm uma autoestima maior do que outras, um atributo que pode ter um profundo impacto na forma como as pessoas pensam e sentem a respeito de si próprias.  Como regra geral, a autoestima é um traço estável desde a infância até à velhice. Ou ainda, um componente efetivo de nosso “eu” consistindo nas autoavaliações positivas e negativas de uma pessoa.(Social Psychology – Kassin, Fein, Markus e Burke – 2013)

À página 43 de seu livro SOCIAL PSYCHOLOGY, 8th Editions, o autor David Myers nos dá uma pequena e suscinta definição do que vem a ser AUTOESTIMA.  Para ele autoestima significa: My sense of self-worth. O sentido que eu dou ao meu valor pessoal. Ou o sentido dado à minha autoestima. Em que direção eu conduzo o fato de eu gostar de mim mesmo. O sentido de meu próprio valor. À página 62 o autor descreve com mais detalhes o que vem a ser autoestima. Para ele “Self-esteem is a person’s overall self-evaluation or sense of self-worth”. Ou A autoavaliação geral de uma pessoa ou seu senso de autovalor. E o autor pergunta, ainda à página 62, se a autoestima é uma autoavaliação pessoal que reúne a soma de nossos esquemas pessoais  e de nossos “eus” possíveis?  Provavelmente. Aliás, outra pergunta nos ocorre: a autoestima tem a ver com a forma como nós a entendemos e o que cada um de nós pensa em aplicá-la reflexivamente a respeito de nós mesmos? Creio que sim. David Myers afirma essa individualidade aplicada à autoestima quando expõe sua definição à página 62/63 de seu livro. Segundo ele, “ Uma pessoa pode ter autoestima que a motive a ir bem na escola ou ser fisicamente atraente, enquanto outra pode ter autoestima que a motiva a ser amada por Deus e aderir aos padrões morais.”  Isso é o que podemos observar em outra definição, sustentada por Greenberg, Schmader, Arndt e Laundau em SOCIAL PSYCHOLOGY – The Science of Everyday Life (2015) à página 202, que diz o seguinte: “A autoestima é o nível de sentimentos positivos que nós temos a respeito de nós mesmos, na medida em que nós nos valorizamos a nós mesmos”. Nessa definição está claro que a autoestima se define como um componente autorreflexivo do “eu” onde as pessoas se atribuem valores ou avaliações positivas ou negativas de si próprios. (cf. SOCIAL PSYCHOLOGY, by Kassin, Fein, Markus e Burke, 2013, pag. 71).  E através desses últimos autores, percebemos que autoestima é definida como um “atributo” que tem um impacto muito profundo na forma com que nós pensamos e sentimos a respeito de nós mesmos. Além disso, o “sentimento” da autoestima não é uma única característica gravada permanentemente em pedra, como um atributo fixo, inamovível do “eu”. Mas, trata-se de um estado de alma que varia com certa frequência, em resposta ao nosso sucesso ou fracasso, mudanças na sorte, interações sociais, e outras experiências de vida. (Heatherton & Polivy, 1991, in opus cited, pg 71).      

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