IGREJAS EVANGÉLICAS BRASILEIRAS NOS ESTADOS
UNIDOS DA AMÉRICA – 30
Sua diversidade eclesiológica e doutrinária.
A Igreja
brasileira, como qualquer outra Igreja Cristã nos Estados Unidos tem o direito
e o dever de orientar seus membros quanto a uma tomada de posição dentro do
contexto político-social em que está inserida. Caso contrário tal igreja assume
uma postura de neutralidade política e pode induzir seus membros a aderir, com
seus votos, a ideologias anti-cristãs e a dar suporte a ateus e a homens de
índole corrupta e essencialmente maligna. Além disso, quando Jesus Cristo
sentenciou aos seus discípulos “Dar a César o que é de César e a Deus o que é
de Deus”, Jesus orientou seus discípulos a obedecer a uma cláusula de discernimento
das coisas políticas em relação às coisas pertinentes a Deus e ao Reino dos
Céus. Existe uma distinção muito clara entre política e Reino Apolítico, mas
Cristo teve consciência muito clara do contexto histórico, político e social em
que a Igreja emergente haveria de conviver e sobreviver no mundo no qual ele
instaurou a Igreja. Jesus NÃO disse: “Não se preocupem em obedecer as normas
estabelecidas pela política do Império
Romano, mas obedeçam apenas as normas aplicadas ao Reino de Deus”. Existe uma
grande diferença entre as duas sentenças. E negar esse fato é negar que a
Igreja Cristã deva assumir uma postura dentro do contexto em que está inserida,
sem perder seu legado e sua missão espiritual dentro do mundo. Tal postura
cristã deixa ainda claro que a Igreja deve ter consciência de seu papel dentro
do contexto em que vive, deve preservar os valores morais (e éticos)
transmitidos e ensinados por Jesus nos Evangelhos e, além disso, deve ensinar
seus membros a viver em justiça, em amor e em verdade dentro do mundo em que
vive. Por uma questão de má interpretação do texto bíblico algumas igrejas
brasileiras nos Estados Unidos se propõe a isolar seus membros do contexto em
que vivem, como se Jesus Cristo tivesse
vivido isolado do contexto socio-político em que viveu. E isso não é verdade. Deus
é um Deus de justiça e tal conceito se encontra claramente delineado dentro das
Escrituras Sagradas. E a justiça de Deus
se aplica ao Reino dos Céus para o contexto do reino político em que a Igreja
se relaciona. Jesus Cristo teve e continua tendo consciência disso. Por falta
de orientação aos seus membros, muitas igrejas cristãs induzem seus membros
inconscientemente (e muitas vezes com plena consciência do que estão fazendo) a
darem suporte de poder a políticos corruptos e injustos em suas propostas de
governo, e de ideologias anti-cristãs, atéias e até mesmo satânicas,
corrompidas por ideais maquiavélicos e potencialmente alinhadas com a própria
destruição da Igreja. E alguns pastores chegam até mesmo a admitir que “por
estarmos no fim dos tempos” tais coisas precisam acontecer. Tal proposta
pastoral de algumas igrejas não deixa de se inserir numa grande falácia em relação
às coisas relativas ao fim dos tempos, pois a Bíblia é clara em afirmar que
somente o Pai sabe quando virá o fim. E
tal indiferença, ou tal suposta ignorância em relação às coisas relativas ao
fim dos tempos, leva algumas igrejas a cometer um erro gravíssimo de
interpretação do texto sagrado, o que as leva a desinformar seus membros em
relação aos seus deveres cívicos e políticos, e projetar a Igreja dentro de uma
neutralidade e alienação absolutos relativamente ao contexto socio-político e
histórico em que ela está inserida. Negar uma orientação relativa aos compromissos políticos dos membros da Igreja, significa inseri-los numa proposta de ignorância e alienação, cuja responsabilidade deverá ser atribuída à liderança pastoral de tais igrejas, que deve estar ciente de seu papel como pastores conscientes do conhecimento do texto bíblico aplicado aos membros do Corpo de Cristo.
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