Tuesday, November 17, 2020

 

IGREJAS EVANGÉLICAS BRASILEIRAS NOS ESTADOS UNIDOS  DA AMÉRICA – 30

Sua diversidade eclesiológica e doutrinária.

 A Igreja brasileira, como qualquer outra Igreja Cristã nos Estados Unidos tem o direito e o dever de orientar seus membros quanto a uma tomada de posição dentro do contexto político-social em que está inserida. Caso contrário tal igreja assume uma postura de neutralidade política e pode induzir seus membros a aderir, com seus votos, a ideologias anti-cristãs e a dar suporte a ateus e a homens de índole corrupta e essencialmente maligna. Além disso, quando Jesus Cristo sentenciou aos seus discípulos “Dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”, Jesus orientou seus discípulos a obedecer a uma cláusula de discernimento das coisas políticas em relação às coisas pertinentes a Deus e ao Reino dos Céus. Existe uma distinção muito clara entre política e Reino Apolítico, mas Cristo teve consciência muito clara do contexto histórico, político e social em que a Igreja emergente haveria de conviver e sobreviver no mundo no qual ele instaurou a Igreja. Jesus NÃO disse: “Não se preocupem em obedecer as normas estabelecidas pela política do  Império Romano, mas obedeçam apenas as normas aplicadas ao Reino de Deus”. Existe uma grande diferença entre as duas sentenças. E negar esse fato é negar que a Igreja Cristã deva assumir uma postura dentro do contexto em que está inserida, sem perder seu legado e sua missão espiritual dentro do mundo. Tal postura cristã deixa ainda claro que a Igreja deve ter consciência de seu papel dentro do contexto em que vive, deve preservar os valores morais (e éticos) transmitidos e ensinados por Jesus nos Evangelhos e, além disso, deve ensinar seus membros a viver em justiça, em amor e em verdade dentro do mundo em que vive. Por uma questão de má interpretação do texto bíblico algumas igrejas brasileiras nos Estados Unidos se propõe a isolar seus membros do contexto em que vivem,  como se Jesus Cristo tivesse vivido isolado do contexto socio-político em que viveu. E isso não é verdade. Deus é um Deus de justiça e tal conceito se encontra claramente delineado dentro das Escrituras Sagradas.  E a justiça de Deus se aplica ao Reino dos Céus para o contexto do reino político em que a Igreja se relaciona. Jesus Cristo teve e continua tendo consciência disso. Por falta de orientação aos seus membros, muitas igrejas cristãs induzem seus membros inconscientemente (e muitas vezes com plena consciência do que estão fazendo) a darem suporte de poder a políticos corruptos e injustos em suas propostas de governo, e de ideologias anti-cristãs, atéias e até mesmo satânicas, corrompidas por ideais maquiavélicos e potencialmente alinhadas com a própria destruição da Igreja. E alguns pastores chegam até mesmo a admitir que “por estarmos no fim dos tempos” tais coisas precisam acontecer. Tal proposta pastoral de algumas igrejas não deixa de se inserir numa grande falácia em relação às coisas relativas ao fim dos tempos, pois a Bíblia é clara em afirmar que somente o Pai sabe quando virá o fim.  E tal indiferença, ou tal suposta ignorância em relação às coisas relativas ao fim dos tempos, leva algumas igrejas a cometer um erro gravíssimo de interpretação do texto sagrado, o que as leva a desinformar seus membros em relação aos seus deveres cívicos e políticos, e projetar a Igreja dentro de uma neutralidade e alienação absolutos relativamente ao contexto socio-político e histórico em que ela está inserida. Negar uma orientação relativa aos compromissos políticos dos membros da Igreja, significa inseri-los numa proposta de ignorância e alienação, cuja responsabilidade deverá ser atribuída à liderança pastoral de tais igrejas, que deve estar ciente de seu papel como pastores conscientes do conhecimento do texto bíblico aplicado aos membros do Corpo de Cristo.        

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