Friday, November 27, 2020

Tuesday, November 17, 2020

 

IGREJAS EVANGÉLICAS BRASILEIRAS NOS ESTADOS UNIDOS  DA AMÉRICA – 30

Sua diversidade eclesiológica e doutrinária.

 A Igreja brasileira, como qualquer outra Igreja Cristã nos Estados Unidos tem o direito e o dever de orientar seus membros quanto a uma tomada de posição dentro do contexto político-social em que está inserida. Caso contrário tal igreja assume uma postura de neutralidade política e pode induzir seus membros a aderir, com seus votos, a ideologias anti-cristãs e a dar suporte a ateus e a homens de índole corrupta e essencialmente maligna. Além disso, quando Jesus Cristo sentenciou aos seus discípulos “Dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”, Jesus orientou seus discípulos a obedecer a uma cláusula de discernimento das coisas políticas em relação às coisas pertinentes a Deus e ao Reino dos Céus. Existe uma distinção muito clara entre política e Reino Apolítico, mas Cristo teve consciência muito clara do contexto histórico, político e social em que a Igreja emergente haveria de conviver e sobreviver no mundo no qual ele instaurou a Igreja. Jesus NÃO disse: “Não se preocupem em obedecer as normas estabelecidas pela política do  Império Romano, mas obedeçam apenas as normas aplicadas ao Reino de Deus”. Existe uma grande diferença entre as duas sentenças. E negar esse fato é negar que a Igreja Cristã deva assumir uma postura dentro do contexto em que está inserida, sem perder seu legado e sua missão espiritual dentro do mundo. Tal postura cristã deixa ainda claro que a Igreja deve ter consciência de seu papel dentro do contexto em que vive, deve preservar os valores morais (e éticos) transmitidos e ensinados por Jesus nos Evangelhos e, além disso, deve ensinar seus membros a viver em justiça, em amor e em verdade dentro do mundo em que vive. Por uma questão de má interpretação do texto bíblico algumas igrejas brasileiras nos Estados Unidos se propõe a isolar seus membros do contexto em que vivem,  como se Jesus Cristo tivesse vivido isolado do contexto socio-político em que viveu. E isso não é verdade. Deus é um Deus de justiça e tal conceito se encontra claramente delineado dentro das Escrituras Sagradas.  E a justiça de Deus se aplica ao Reino dos Céus para o contexto do reino político em que a Igreja se relaciona. Jesus Cristo teve e continua tendo consciência disso. Por falta de orientação aos seus membros, muitas igrejas cristãs induzem seus membros inconscientemente (e muitas vezes com plena consciência do que estão fazendo) a darem suporte de poder a políticos corruptos e injustos em suas propostas de governo, e de ideologias anti-cristãs, atéias e até mesmo satânicas, corrompidas por ideais maquiavélicos e potencialmente alinhadas com a própria destruição da Igreja. E alguns pastores chegam até mesmo a admitir que “por estarmos no fim dos tempos” tais coisas precisam acontecer. Tal proposta pastoral de algumas igrejas não deixa de se inserir numa grande falácia em relação às coisas relativas ao fim dos tempos, pois a Bíblia é clara em afirmar que somente o Pai sabe quando virá o fim.  E tal indiferença, ou tal suposta ignorância em relação às coisas relativas ao fim dos tempos, leva algumas igrejas a cometer um erro gravíssimo de interpretação do texto sagrado, o que as leva a desinformar seus membros em relação aos seus deveres cívicos e políticos, e projetar a Igreja dentro de uma neutralidade e alienação absolutos relativamente ao contexto socio-político e histórico em que ela está inserida. Negar uma orientação relativa aos compromissos políticos dos membros da Igreja, significa inseri-los numa proposta de ignorância e alienação, cuja responsabilidade deverá ser atribuída à liderança pastoral de tais igrejas, que deve estar ciente de seu papel como pastores conscientes do conhecimento do texto bíblico aplicado aos membros do Corpo de Cristo.        

Thursday, November 12, 2020

IGREJAS EVANGÉLICAS BRASILEIRAS NOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA – 29

Sua Diversidade Eclesiológica e Doutrinária.

Existem, no entanto, duas propostas maiores que precisam ser consideradas aqui, quando se trata de analisar a atuação das Igrejas Brasileiras na América. Uma de tais propostas é a de analisar se a Igreja tem em sua eclesiologia o direito, ou o dever, de orientar os membros de seu corpo, nos valores que conduzam suas vidas não somente a nível espiritual, como também em bases políticas. Na verdade, uma coisa é certa: a neutralidade em assuntos e opiniões de caráter político que muitas vezes assola a igreja evangélica, foge aos critérios de avaliação teológica do carater político delineado nas entrelinhas do relato bíblico. Isso significa dizer que, se nós analisarmos o discurso bíblico no AT e do NT fatalmente nós encontraremos o envolvimento de homens, mulheres, patriarcas e profetas que se envolveram com o panorama político de seus reis e rainhas, dentro dos Reinos aos quais se relacionaram historicamente.  A própria plataforma de sustentação social da Igreja hoje, que dá suporte aos seus programas sociais, ou, em outras palavras, sua visão dos programas de assitência social das Igrejas, são os modelos de atuação que escondem um engajamento sócio-político dentro da eclesiologia dessas igrejas evangélicas. A atuação da Igreja Cristã Evangélica em movimentos internos de ajuda comunitária, delineiam sua proposta político-social. E isso faz parte de seu compromisso e de sua agenda político-social. Não há como negar. Aliás, a palavra “político” significa e define em seu sentido original grego, “os negócios da cidade” ou o conjunto de atividades que estão associadas com a tomada de decisões dentro dos diversos grupos sociais que compõem o espectro político, ou em outras formas de relações de poder entre os indivíduos, tais como as relações ou decisões relativas à distribuição de recursos ou do status social dos indivíduos dentro dos diversos grupos sociais. O ser humano é um ser político, como disse Aristóteles há alguns milênios atrás. O homem vive dentro do contexto da polis em interação mútua. Assim também acontece com as Igrejas que interagem dentro do contexto social, num contexto dissimulado por sua agenda política, que se mantém quase inteiramente oculto, por decisões pessoais estabelecidas pela cúpula dessas igrejas. E tal ocultamento do envolvimento politico é traduzido muitas vezes por uma neutralidade interna, que tem por objetivo maior, negar orientação política aos membros da Igreja, como se tal orientação fosse denecessária, ou criasse um contexto de mundanismo ou de heresia dentro das igrejas. A história dos povos bíblicos no Antigo Testamento ilustra muito bem, como havia interação entre os Reis, o povo e outros povos que interagiam com a nação de Israel em seus diversos períodos históricos. E dentro desse contexto vemos a intervenção divina no cenário político de cada reinado e nação. Os livros de Reis e de Crônicas ilustram muito bem o que falamos. No Novo Testamento observamos a influência muitas vezes negativa do contexto político não somente sobre a vida da igreja primitiva em formação, bem como sobre a vida do próprio Jesus. E tal influência sempre exigiu uma resposta também a nível politico. Jesus sempre sofreu as consequências da intervenção do Império Romano, desde sua infância, através do contexto sócio-politico em que viveu, o que o obrigava a reagir e tomar posições também de carater político. No contexto histórico da igreja dos tempos pós-modernos, nós observamos que a Igreja Evangélica precisa emitir orientação que afeta a vida da Igreja, como a vida de seus membros. A Igreja evangélica hoje, recebe influências políticas e sociais em todos os níveis  de sua atuação dentro do contexto histórico, desde que ela se propõe a existir como organismo social, no seu registro legal, na sua existência como uma instituição social. Negar tal influência através do neutralismo, significa pôr em risco sua própria existência como organismo social. Isso quer dizer que a orientação política que a Igreja dá a seus membros inclue alertá-los dos diferentes níveis ideológicos que circulam o contexto social. Um exemplo disso, ocorre quando a Igreja deixa de orientar seus membros em períodos de eleições presidenciais, mesmo sabendo que a influência ideológica de um partido politico pode ser nefasta para a existência da própria igreja. Tanto no Brasil da era Lula, quanto nas eleições presidenciais de 2020, nos Estados Unidos, a ideologia política exerceu uma profunda influência nas decisões dos eleitores em cada contexto. SE as Igrejas evangélicas brasileiras não souberam orientar seus eleitores cristãos na hora do voto,  teremos razões de sobra para lamentar o nível nefasto de restrições impostas contra a Igreja, contra sua liberdade de expressão religiosa, e contra sua própria existência como instituição. E a falta de orientação nesse nível, que significa alienação ou neutralidade política das igrejas, colocará as igrejas evangélicas brasileiras em sérios problemas estruturais e no contexto de sua existência sócio-político e religiosa. E isso nós observamos comumente ocorrendo dentro de nossas igrejas aqui nos Estados Unidos, talvez por má interpretação do texto das Escrituras aplicado ao contexto social em que as Igrejas sobrevivem.



A DINÂMICA DO PERDÃO - 8   O alerta existe em função da riqueza de conceitos envolvendo a ideia de livre-arbítrio . É algo essencialmente op...