Trecho de meu livro,
A CIDADE DE CAIN E A APOTEOSE DE JAY
Um inimigo mortal estava a exigir do coral de Miguel uma resposta imediata e uma postura bélica, uma atitude austera dos bravos e destemidos combatentes do céu, que não foram jamais criados para temer, posto que sua identidade não os teria feito para os queixumes dos covardes, mas para a coragem dos valentes, nem tampouco para questionar ordens. Sua disposição e obediência eram incondicionais, disse Agapé. Porém, querubim Lúcifer teria sido o único dentre os seres criados tão próximos ao trono divino, com esta suposta habilidade para o questionamento eclético, que abrangesse todo o universo de indagações e questões inquisitoriais ao trono, com relevantes ambições e propostas pessoais altamente comprometedoras. Sua total liberdade de pensamento e ação o teriam posto à frente de sua própria demanda pessoal, como se exigisse da liberdade absoluta uma atitude mandatória, tal como e semelhantemente a uma inovativa atitude maquiavélica, que a exemplo de suas pretensas virtudes criminosas, usou dos meios de que dispunha para justificar os fins, onde sua liberdade absoluta justificavam seus propósitos finais mais insanos. Não via o trono de Jay como a uma utopia inconquistável, mas como o próprio objeto da conquista, reivindicando para si tomar posse dele e usufruir de toda as suas benesses, à medida que tomava posse de seu incontestável poder de conquistar e influenciar outros anjos e outros seres além de meros anjos, que admiravam sua sabedoria, sua óbvia ascendência divina, seu poder persuasivo e de coerção, e sua descomunal força metafísica. Livre como um pássaro, mas não como a um pássaro qualquer no mundo físico, mas como a própria Fênix renascida das cinzas incongruentes do finito, cuja envergadura das asas de ouro e prata afugentavam sua própria morte para depois dela forjar a vida e também aos mais afoitos, nos paramos celestes, ludibriando aos imprudentes e fazendo-os crer que após ao ser supremo e tendo o Filho deixado o trono de Jay ao lado de seu próprio Pai, como seu próprio e único suplente eterno.
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