Wednesday, September 30, 2020

 

IGREJAS EVANGÉLICAS BRASILEIRAS NOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA – 27

Sua diversidade eclesiológica e doutrinária.            

Outra proposta cristã de se romper com o dualismo espiritual aconteceu no caminho de Damasco, quando Jesus, ao se manifestar em sua glória a Paulo de Tarso, (como vemos narrado em Gálatas 1:11-17 e em Atos 9). Após ter sido lançado ao chão pelo poder da luz vinda do céu, Jesus disse a Paulo: “Saul, Saul, why do you persecute me? I am Jesus, whom you are persecuting” ( “Paulo, Paulo, por quê você me persegue? Eu sou Jesus a quem você está perseguindo”). Paulo pôde perceber, entre outras coisas, que sua vida estava preenchida por um profundo dualismo espiritual. Jesus mais uma vez encarna e incorpora em sua vida e em seu próprio corpo, a identidade entre Ele, Jesus, e a Igreja. Está muito claro nestas referências bíblicas que Jesus e a Igreja são na mesma dimensão espiritual, uma única e mesma pessoa. E existem nestas mesmas referências bíblicas a opção interpretativa em admitir que o REBANHO PERTENCE A CRISTO! A responsabilidade sobre o rebanho está em Cristo, a vida dos membros da Igreja está encarnada no próprio Corpo de Cristo, do contrário Jesus não lhe teria dito “Paulo, Paulo, porque voce ME persegue?” Desta forma não faz nenhum sentido que determinados pastores, em seu zelo doentio, reivindiquem a POSSE da Igreja como se eles fossem os donos do rebanho! Pastores não são donos nem deles próprios, mas “mordomos” de Cristo estabelecidos para APASCENTAR AS OVELHAS e jamais para tê-las como sua propriedade.  Tal diversidade de interpretação mostrada claramente em João 21:16-17, em Atos 9 e em Gálatas 1:11-17, na verdade dá testemunho de que as ovelhas de Cristo pertencem a Jesus Cristo! Cabe aos pastores a missão, o encargo, a responsabilidade de APASCENTAR o rebanho (como Jesus deu enfase 3 vezes diante de Pedro) e NÃO tentar expulsar membros de determinadas igrejas, caso existam rivalidades, pendências pessoais e legais entre pastores e ovelhas. E além disso, NÃO tentar ignorar certos membros que por acaso se ausentarem do rebanho por razões pessoais, ou se desviarem por algum motivo. Essa é uma prova da ignorância pastoral na interpretação da Palavra de Deus. Isso normalmente ocorre em igrejas brasileiras nos Estados Unidos, onde pastores não idôneos se apropriam indevidamente do rebanho e o manipulam de acordo com seu próprio interesse. Já mencionamos anteriormente que, alguns pastores tem uma predileção quase velada por membros empresários e os assistem com mais frequência com visitas e orações in loco mostrando com isso evidentes interesses financistas. Tal predileção é tambem excludente em relação aos irmãos e ovelhas cuja contribuição em dízimos e ofertas é inferior aos ditos empresários. Na verdade isso é reflexo da índole individualista de certos pastores que além de egoístas e deturpadores das verdades bíblicas buscam selecionar membros, por questões profundamente pessoais. Outro fato interessante, é que alguns pastores, também empresários, criam divergências sociais e pessoais com seus funcionários, membros de suas igrejas, trazendo para dentro do Corpo de Cristo um acúmulo de problemas e rivalidades que por si poderiam ser resolvidos no contexto empresarial e nunca levados às igrejas. E tais conflitos resultam em discriminação, rivalidades, exclusões de funções e até à exclusão de membros. Tais atitudes são antibíblicas e nem deveriam estar presentes no contexto eclesiástico. JESUS CRISTO jamais expulsou do convívio apostólico quem quer que seja, mesmo sabendo que Judas o trairia, que Pedro o negaria, ou que Tomé duvidaria dele. No entanto, existem igrejas brasileiras aqui nos USA que fazem exatamente isso. Por questões ligadas à manipulação de membros ou por incapacidade em endereçar tais problemas, expulsam membros por mera discriminação pessoal, por revanchismo ou para preservar seus próprios interesses institucionalizados. Além disso, a zelopatia pastoral, que é uma doença interna a muitas igrejas evangélicas brasileiras, continua operando impiedosamente contra as ovelhas do rebanho de Cristo. Essa é a face da Igreja que se identifica com qualquer grupo político-econômico mas jamais com a Igreja Corpo que se diz Noiva do Cordeiro. Dentro da ótica caótica de certos pastores, membros de muitos talentos e de formação teológica e espiritual, são deixados de lado do contexto eclesiástico, pois ameaçam a “soberania” da liderança pastoral estebelecida, que muitas vezes se tornam grupos oclusivos e avessos a um diálogo  mais franco e de bases cristãs entre os membros da igreja. Nesse particular, a Igreja se torna essencialmente uma instituição como qualquer outro grupo social e manifesta uma índole profundamente conspiratória.   🙈🙉🙊

Sunday, September 6, 2020


IGREJAS EVANGÉLICAS BRASILEIRAS NOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA – 26
Sua diversidade eclesiológica e doutrinária.


O dualismo espiritual apresenta ainda outras caracetrísticas em forma de técnicas aplicadas à pregação durante os cultos de adoração. E isso se define da seguinte forma: enquanto um pregador se ocupa em enfatisar o lado espiritual e místico da pregação, levando o rebanho a uma profunda reflexão em torno ao conteúdo espiritual do texto explanado, e levando-o a seu caráter emocional e intimista, em direção a um profundo arrependimento e a uma vida de comunhão espiritual. Por outro lado, o outro pastor, quando tem oportunidade de pregar, prega essencialmentre sobre o diabo, sobre os efeitos do pecado e sobre o peso da ira e da justiça divina àqueles que o estão ouvindo. Mas, no sentido de criar uma expectativa de submissão e medo relativos ao próprio Deus dentro do contexto veterotestamentário. Tal dualismo, que é na verdade uma variável ou um estilo de se pregar a Palavra, é o reflexo de uma técnica, uma dobradinha no estilo, cujas intenções maiores tem a ver com a preservação do número de membros, através de se impor um medo relativo às obras das trevas no mundo, e em consequências, estabilizar tal número a um patamar sempre crescente. E isso não deixa de ser uma técnica de pregação ou uma jogada persuasiva e não representa necessariamente a pregação da verdade. Mas, tem a ver com técnicas de manipulação do rebanho. Isso pode representar também uma profunda divergência entre estilos de pregação mas também uma anomalia na formação teológica de diferentes pastores. E as igrejas que não se utilizam de tais técnicas, mas insistem na pregação do Evangelho de Jesus Cristo, fazem-no conscientes de seu papel como Igreja de Cristo comprometidas com a verdade. Essencialmente o que Jesus Cristo ( o caminho, a verdade e a vida ) nos instruiu a fazer, é ir e pregar o evangelho a toda a criatura, batizando-as, etc., tendo como pré-requisito o Batismo com o Espírito Santo e também tendo em vista que as bases doutrinárias e eclesiológicas da igreja foram estabelecidas a partir de Pentecostes. Além disso, podemos admitir que existem sempre as expressões de auto-valorização a enfatizar os valores exclusivos dessa igreja em detrimento das “outras igrejas” que acabam sendo sempre vistas com limitações, com críticas veladas dentro de um clima de arrogância e discriminação. Apenas para citar um exemplo, isso ocorre muito através das críticas feitas à Igreja Católica e às Igrejas Pentecostais, que de modo geral se tornam o bode expiatório, quando se trata de criticar outras igrejas. Em geral tais críticas têm por objetivo e interesse maior, preservar as igrejas que lançam as críticas contrárias às outras, no sentido da autopreservação e valorização dos próprios interesses. Resultado disso é que somente a “minha igreja” é a verdadeira e as outras são falsas e heréticas. Outro problema que precisa ser aventado: a julgar pelas qualificações de pastores em encargos de aconselhamento, existe quase sempre uma carência muito grande de idoneidade moral e ética entre os pastores quando se trata de operar na arte do aconselhamento.  Alguns são levados a tais encargos pastorais não por treinamento específico ou por formação teológica nessa área, mas são alçados a tal responsabilidade sem prévio conhecimento, aconselham sem o mínimo de experiência na área de aconselhar, emitem conselhos não-profissionais (ou não baseados na Bíblia) e não apropriados, ou apenas experimentalistas, mas são levados às funções de “atendimento” ao rebanho com meras intenções de coletar dados estatísticos a respeito de quem é quem dentro da igreja, com segundas intenções ligadas a controle e manipulação. Além disso, se utilizam apenas de referências bíblicas sem nenhuma justificativa ou interpretação adequada, mas agindo como a verdadeiros “monges budistas” do aconselhamento cristão. Tais atitudes em verdade definem uma índole não idônea, anticristã, e incompetência no aconselhamento.  A propósito, Jesus Cristo deu muita ênfase a esse “dom” de aconselhar almas em conflito, ao questionar a Pedro (um líder cristão em formação) se ele amava ao Mestre, em João 21:16-17. E a cada resposta de Pedro Jesus afirmava “APASCENTE MINHAS OVELHAS” enfatizando o amor a Cristo em primeiro lugar e às ovelhas, em segundo, através do APASCENTAR (instruir, pastorear, guiar, liderar) as suas ovelhas. Portanto, amar a Cristo e apascentar as ovelhas estão dentro do contexto da Palavra de Deus como prioridades complementares, pois Cristo se apresenta diante de Pedro como o Corpo e cabeça da Igreja e as ovelhas, seus membros. A estrutura do diálogo entre Jesus e Pedro mostram ambas as realidades como parte de uma mesma estrutura espiritual e eclesiástica. E não realidades dualísticas. Alguns pastores consideram o tempo de aconselhamento no gabinite pastoral, como um bate-papo informal e nunca uma oportunidade de a liderança expressar amor e experiência no aconselhamento, da forma como somente Jesus Cristo apresentou. Mas, ao contrário, alguns pastores admoestam, criticam, advertem e julgam, sem saber que o “não julgueis para não serdes julgados” também se aplica a pastores. Razão pela qual alguns pastores se mostram como NÃO-IDÔNEOS nos encargos de aconselhamento, mas puramente carnais.  

A DINÂMICA DO PERDÃO - 8   O alerta existe em função da riqueza de conceitos envolvendo a ideia de livre-arbítrio . É algo essencialmente op...