Sunday, October 28, 2018


SENSUALISMO – IDOLATRIA DE UM SENTIMENTO – 17
Algumas ideias retiradas do conceito da sexualidade humana na criação do sexo.
                Até mesmo o primeiro pecado humano ocorreu sob a influência corruptível da mentira diabólica dentro dos limites ainda não corrompidos do Éden. E isso veio configurar o primeiro grande paradoxo da história humana numa fase embrionária. Prenúncio de que os seres humanos seriam confrontados pela existência diária da mentira como uma espécie de substrato, subrepticiamente atado às suas vidas na Terra, numa espécie de fenômeno arquetípico, ou uma inconsciência coletiva (para usar uma terminologia de K.G. Jung), que sobrevive como um nada aparentemente inexistente mas que subsiste dentro da mente humana como uma real inconsciência. Assim é o escopo da mentira na mente humana. Dessa forma se configurou o domínio da influência satânica dentro dos limites ainda não corrompidos do paraíso, como já dissemos. A tal ponto que a influência maior do primeiro pecado acabou sendo submergir os seres humanos numa devastadora ilusão de que vivemos numa dupla realidade: de um lado a verdade e do outro a mentira, cujo somatório define o que é a realidade humana. E isso transformou o mundo no contínuo jazer do maligno, quando a mentira subsiste aparentemente sensível, mas profundamente sutil, como um nada que é tudo ou como um tudo que é nada. Isso nos leva a considerar a mentira como uma doença da personalidade humana, tão sutil e enigmátia que se aparenta inexistente, mas que permanece como um amalgama entranhado na consciência. Um dos maiores dilemas da alma humana hoje, no que se refere à própria sexualidade, é o de atribuir um caráter de permanente existência da mentira como absolutamente não existente, apesar de estar profundamentre arraigada à consciência humana. E isso gera uma profunda negação da verdade, admitida como realidade utópica, irreal, destituída de substância. “E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. (John 8:32)A aplicação desse conceito, tanto no passado, quanto atualmente, define a distinção profunda entre verdade e mentira, subsistindo até o presente momento. A mentira, no entanto, tem substância enquanto centrada na mente diabólica, e a verdade somente subsiste enquanto se torna presente como essência divina. E ambas se mostram distintas à medida que a realidade se descortina a cada segundo. Esse é dos temas centrais da Palavra de Deus, qual seja, dar à mente humana a habilidade de desvendar os mistérios profundos da verdade a tal ponto que, ao ser reconhecida, a verdade liberta o ser humano dos domínios aparentemente indestrutíveis da mentira. É um grande desafio entendê-lo como possibilidade real e muitos simplesmente rejeitam tal possibilidade. A mentira é o grande equívoco permitido pela mente humana desde o pecado original, dentro de seu poder de escolha. Um equívoco que subsiste como realidade aparentemente indestrutível, como afirmamos acima. Ou seja, em outras palavras, a mentira é essencialmente satânica, impregnando a realidade humana, com seus tentáculos na história política de uma nação, na religião, na ciência de modo geral, na filosofia, na formação ideológica da cultura humana, e até mesmo na interpretação que a ciência teológica confere às verdades bíblicas, se tal interpretação não for precedida da libertação conferida pela verdade em si. 

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