Thursday, July 30, 2015

PROCESSOS QUE ENVOLVEM MISSÕES E EVANGELISMO – 10
Secularismo, intelectualismo filosófico florescente, a disponibilidade da incultura humana. Paulo viaja a Roma e estabelece novas fronteiras. A dimensão espiritual do Reino dos Céus.

Quando Paulo se moveu em direção ao Areópago de Atenas com a intenção formal de pregar o Evangelho de Jesus Cristo, sob orientação do Espírito Santo, Paulo, vamos dizer inconscientemente, detonava a maior de todas as fusões na história do pensamento humano: Paulo criava a Teologia. A Teologia então nasce do confronto entre duas realidades pré-existentes. Primeiro, das forças confrontantes criadas pelo racionalismo imanente da filosofia grega, (imanente, porque os filósofos gregos não estabeleceram nenhuma verdade transcendente)  e segundo,  da transcendência espiritual das idéias evangélicas (enquanto boa nova do Reino) do pensamento imutável e transcendente de Jesus Cristo. Paulo teve a coragem espiritual de se projetar em meio ao “secularismo” de uma Atenas intelectualista, absorvida pela idolatria e pelas forças ideológicas e imanentistas da filosofia grega de então, numa missão profética, que tipificava o secularismo urbano dos dias atuais. E Paulo, como sabemos foi mais longe. Investiu contra Roma, a força do secularismo de seu tempo, porque Roma era em tese, a síntese do mundo secular e urbano, o apogeu da cultura universal de seu tempo,  a apoteose da politica e da cultura de seu tempo, assim como hoje existem cidades influentes, denominadas metrópoles, caracterizadas por uma cultura pós-moderna secularizada. 
A partir de então, nasce a Teologia, o debate ou o discurso teológico.  Nasce também a formalização de uma das colunas que vão dar consistência à nossa cultura ocidental: O pensamento Teológico Cristão, que traz também à reboque de suas investigações e racionalismo, o debate apologético. Não podemos nunca deixar de considerar que o Cristianismo é profundamente e transcendentemente racional. O pensamento cristão se sustenta em bases espiritual/racionais, coração e mente, espírito e razão. O cristianismo se sustenta na força espiritual transcendente das idéias propostas sobre o Reino dos Céus, estabelecidas pela mente espiritual  e a lógica eterna de Jesus Cristo. Quando João declara em seu evangelho que Jesus Cristo é o LOGOS espiritual de Deus, João afirma que a lógica eterna de Deus supera e sustenta a lógica racional humana. João, em seu evangelho, como Paulo, em Romanos, operam racionalmente no sentido de tansportar o pensamento transcendente divino para o âmbito histórico do pensamento humano. E isso detona o que muitos teólogos chamam de Paradoxo do Cristianismo, a tentativa de implantar na limitação da mente histórico/racional/imanente humana, a novidade ( evangelion ) da mente transcendente racional divina, o que para a Teologia é quase impossível apenas à luz da razão humana. Se Deus não nos concede a Palavra e a fé, um dom espiritual divino, não nos seria possível entender as propostas eternas do que Jesus Cristo quis ao declarar as projeções escatológicas do Reino dos Céus. O Cristianismo, então, é uma doutrina essencialmente paradoxal.  Não se esqueça que para os Estóicos, (sec. 3 BC) muito antes do florescimento do Cristianismo, a palavra logos era usada para designar em escala cósmica a razão que dava ao mundo e ao Universo, ordem,significado (sentido) e congruência.
(Aliás, uma clara definição de Reino dos Céus se nos afigura agora, como sendo: O Reino dos Céus é a concretização formal histórico-espiritual e transcendente (não utópica) do ideal espiritual de Jesus Cristo a ser realizada no fim dos tempos - embora atualmente presente -, sob o ponto de vista escatológico, contrariamente ao “regime ideal” platônico, e também contrariamente à “Utopia” de Thomas Morus, às propostas político-idealistas de Maquiavel, de acordo com seu livro “O Príncipe” ou a “mentira intencional maquiavélica” {de que fala Olavo de Carvalho em seu livro “Maquiavel e a confusão demoníaca”}, e ainda contrariamente à ideologia da nova ordem {Nova Era} mundial sustentada politicamente pelo marxismo cultural gramsciano.O Reino dos Céus não tem sustentação política, por não ser desse mundo, mas se projeta a partir da proposta espiritual e divina de Deus Pai, na pessoa de Jesus Cristo, que veio para redimir a Terra, o homem integral, a história, a política e a cultura humana dentro e para a dimensão eterna de seu Reino dos Ceus. Em síntese, o Reino dos Céus é o reino do além, ou o reino da transcendência, e o Reino de que fala a Palavra sobre o que ele é em essência. Em última palavra, o Reino dos Céus é a morada espiritual, eterna, de Deus. )

E da mesma forma como João fala de LOGOS, João também se refere ao sentido ultimo da história humana, que faz sentido somente dentro da transcendência eterna do pensamento cristão.  LOGOS que também significa Razão, discurso, Palavra e SENTIDO. E ao afirmarmos que Jesus é o LOGOS eterno de Deus, Jesus é em essência o sentido transcendente da história da humanidade, o sentido para o qual a igreja caminha, para o Reino dos Céus, que somente passa a existir historicamente, pela revelação do evangelho de Jesus Cristo. E esta idéia de transcendência eterna também foi revelada por Jesus a João nas visões espirituais atestasdas no livro de Apocalipse, que apresenta a visão profetica do Reino dos Céus, dada a João na ilha de Patmos, relativamente às 7 Igrejas fundadas por Paulo, relativamente ao fim dos tempos, ao destino da humanidade, o início da glória eterna do Reino e a vitória final de Jesus Cristo.  Deus se movimenta então de revelação em revelação, através da idéia de Reino dos Céus na Terra, primeiramente no livro de Gênesis, em que o Éden (o Reino dos Céus na Terra) cessa de existir “historicamente” e numa concepção transcendente, quando o homem peca contra Deus, e a Revelação da Glória eterna de Jesus Cristo, e o Reino dos Céus, transcendência eterna de Deus, para além da história, no livro de Apocalipse, que ainda não existe historicamente, mas apenas como promessa escatológica.  A história humana é apenas um hiato, uma projeção temporal, entre duas revelações: uma revelação estabelecida no Éden e a Revelação do Reino dos Céus no Apocalipse para além de uma meta-história humana, quando o homem  cessa de pecar, e entra na glória transcendente do Reino. A razão humana, e o esforço teológico, não conseguem estabelecer racionalmente toda a idéia e dimensão do Reino dos Céus, antes da história humana, no Éden, sem o pecado, e a idéia do Reino dos Céus pós pecado, estabelecida pelo próprio Deus e revelada por Jesus no livro de Apocalipse, a não ser que o próprio Jesus a faça  revelada. Esta é a Palavra que o irracionalismo humano tenta negar e refutar historicamente através da ideologia do pensamento secular irracional, imanentista humano, através de muitas ideologias criadas ao longo da história por uma série de ideólogos humanos, e que o ser humano, hoje, abraça de modo irracional e sob a inflência de Satanás. 
O filósofo grego Platão entendeu claramente que um conceito absoluto, ou uma verdade absoluta era fundamental para a existência de uma moralidade real, - e isso originalmente deu credibilidade filosófica à “ética” platônica, - queiram ou não queiram os filósofos do gnosticismo clássico ou contemporâneo, queiram ou não queiram os teóricos criticos do Neo-Marxismo Cultural, ou os membros da chamada Escola de Frankfurt germânica ou européia, ou hispano-americana, em sua argumentação desfavorável à filosofia platônica, ou desfavorável às idéias do cristianismo romano ou pós-reformado, ou apesar das idéias do filólogo Wilhelm Humboldt, - para quem a “moralidade humana, até mesma a mais elevada e substancial, não é de modo algum dependente da religião.”   Aliás essa idéia de conceito absoluto formando uma moralidade humana faz parte da filosofia clássico-grega de modo geral e isso é percebido no idealismo platônico, e na filosofia que floresce a partir de Platão, como em Aristóteles e nos Neo-Platònicos da Renascença e da Idade Média também.  ( Cf. “Death in The City” by Francis Schaeffer, pg. 108 ). No entanto, como já vimos, na época em que Paulo pregou aos gregos, a plenitude dos tempos já havia preparado caminho para que essa moralidade conceitualmente absoluta, viesse criar caminhos para uma maior absorção e aceitação da idéia de transcendência que irrompeu na história através da VERDADE que é Jesus Cristo. O que os filósofos gregos a partir de Sócrates, fizeram, prevalece até hoje no pensamento filosófico ocidental, de tal forma que todos nós, quando pensamos filosoficamente, ou somos de alguma forma platônicos, ou somos aristotélicos em um sentido, tal a grande influência recebida pelo pensamento ocidental advinda dos filósofos gregos. ( Para maiores insigths cf. “The Great Conversation – A Historical Introduction to Philosophy”, by Norman Melchert, et alli. ) A influência de Platão na história filosófica de Atenas do tempo de Paulo, como forte influência no mundo secular, mostra que os gregos já viviam sob a influência de suas idéias, no ideal utópico de um “estado” perfeito (como lemos em seu livro a “Republica”, e a democracia ateniense demonstrava isso ) que mostra existir a possibilidade de uma realidade além do meramente real, ou idealista, e esse ideal utópico, estabelecia que o homem poderia viver numa sociedade perfeita e desfrutar de uma boa vida. E isso abre caminho para um entendimento mais claro do ideal cristão no Reino dos Céus. E a execução de Sócrates em 399 BC demonstrou-lhe que o estado grego não era um bom estado político/social, por causa dessa injusta execução. Suas idéias prevaleciam, então, na Atenas do tempo de Paulo, não apenas por refutar os sofistas, o ceticismo,  o gnosticismo e o relativismo de então, bem como o pensamento de Demócrito, ou de Protágoras, e outros,  acerca da realidade. Platão leva o discurso sobre a realidade a um nível mais profundo de investigação intelectual, além do meramente doxológico, - baseado em meras opiniões humanas, - para o nível de uma profunda investigação da razão e do conhecimento. Para Platão, conhecimento envolvia verdade.  Para o evangelismo paulino, também, o conhecimento revelado a ele através de Jesus Cristo, deu-lhe a entender que conhecer a Cristo envolvia e implicava o conceito de VERDADE, não somente a idéia de verdade estabelecida através da pessoa de Jesus Cristo, mas o conceito absoluto, filosófico e teológico de VERDADE, conforme Paulo a expressa repetidas vêzes no livro de Romanos, (e em todas as suas epístolas) como expressão máxima que se identifica com a pessoa de Jesus Cristo e como identidade testemunhada por sua própria vida como apóstolo do Senhor Jesus. ( Cf. Romanos 9:1 ). Isto foi o que Paulo demonstrou em Atenas, (mas uma verdade eterna, pessoal , encarnada em Cristo) quando de sua pregação no Areópago: o conhecimento da Verdade que é Jesus Cristo, levaria a razão humana a entender a realidade “Reino dos Céus”, não como realidade utópica, porque a verdade já estaria consumada em Jesus Cristo e a ideia de Reino dos Céus se torna real na Ressurreição e Ascenção de Cristo aos Céus. O que houve em Atenas, entretanto, foi uma congestão da verdade, uma forte indigestão causada pelo impacto da verdade sendo revelada por Paulo, uma forte dose impactante e paradoxal. E tal indigestão obrigou os judeus e opositores filosóficos de Paulo a agredirem a Paulo e a expulsa-lo de sua presença. ( Confira em Atos dos Apóstolos, o início da oposição ao evangelismo apostólico a partir de  Atos 5:17 ).  ESTE É O IMPACTO INCLUSIVE CAUSADO PELA VERDADE DO EVANGELHO DE JESUS NO MUNDO DE HOJE! E tal congestão não impediu a filosofia de prosseguir em seu discurso através da história do pensamento humano, para criar oposição ao conceito de verdade conforme pregada por Paulo. Em contraposição ao conceito único de VERDADE definido pela Palavra de Deus, a Filosofia passa então a divergir em sua investigação metafísica, buscando definir sua “própria verdade”, ou seja, a verdade própria da filosofia, A VERDADE DO RACIONALSMO FILOSÓFICO, fruto aceito apenas pela investigação meramente racionalista do pensamento humano. A partir da flosofia grega, de modo geral, a Filosofia insiste em divergir, e passa a negar o conceito de verdade conforme estabelecido pela Doutrina Cristã, ou pela Doutrina Teológica da Palavra de Deus. Desde que tal doutrina se estabelece pela pregação de Cristo e pelo testemunho vivo dado pelo discurso apostólico paulino, a Filosofia então se entrega ao próprio caminho da investigação racional e humanista do conceito de verdade. Uma longa tradição humanística floresce então como força de oposição ao Evangelho de Jesus. Embora os Católicos não o adimitam, Tomás de Aquino, além de suas virtudes, causou um profundo dano à história do pensamento filosófico/teológico na mente humana, ao admitir que a RAZÂO humana não havia sido contaminada pela QUEDA DO HOMEM após o pecado.
 (Se você me perguntasse o que ocorreu no Período histórico de 400 anos separando os dois Testamentos bíblicos, - o período que se estende de Neemias/Malaquias até o ano 5 BC, ou o aparecimento de João Batista, de acordo com alguns historiadores - , tal  período foi  caracterizado por uma transição cultural muito significativa.  {Bruce L. Shelley em seu livro “Church History in Plain Language” logo no primeiro capítulo intitulado “The Age of Jesus and The Apostles”, estabelece como parâmetro cronológico o ano de 6 BC como início histórico da época que delimita o início de uma nova etapa histórica e o início de um novo testamento bíblico}.  Vários conflitos aconteceram neste período,e também mudanças no cenário politico e cultural do mundo conhecido até então. Mas, eventos de grande importância aconteceram na Grécia. Poderíamos dizer que a mente humana evoluia filosoficamente desde Sócrates – que morreu em 399 BC - e que Deus preparava o terreno intelectual para que a mente humana absorvesse as idéias revolucionárias que haveriam de surgir com o advento do Cristianismo 400 anos depois.  Apesar de todos os conflitos deste período, a Filosofia contribuiu de alguma forma como substrato cultural que permitisse ainda mais a evolução da mente humana. Assim como Deus age interferindo significativamente na história político/social da cultura humana, ele também age na formação intelectual da inteligência humana, preparando-a de alguma forma para o que  lhe haveria de convir. Não nos esquecendo que o diabo também age na história. Também não é coincidência que Deus tenha permitido a ascenção do Império Romano, por volta de 63 BC., o que serviu de base geopolítica para a difusão histórico/social do cristianismo, bem como abriu caminho e facilitou o florescimento do evangelismo cristão com Paulo. Portanto, muitos eventos de importância aconteceram neste período, conhecido como Período Inter-testamentar, eventos políticos, culturais, sociais e filosóficos. A História deste período acontece de modo oculto, en função de uma excassez de informação histórica. O que sabemos através de fontes muito restritas (desde que Josephus não nos pôde revelar muita coisa) é que houve um peíodo de helenização da cultura devido à grande influência imposta pelas conquistas de Alexandre, o Grande, até que Roma toma o poder. De modo geral as forças de oposição são transitórias entre a Grécia e Roma, que finalmente em 63 BC, estabelece seu domínio e prevalece durante alguns séculos, até 476 AD. A História, então, se mostra como o substrato cultural que sobrexiste paradoxalmente entre forças de oposição estabelecidas por Deus e pela influência maligna de Satanás). 
O predomínio da Filosofia no mundo ocidental mostra hoje, quão forte e duradoura foi sua influência logo que ela surgiu no cenário cultural da humanidade. E juntamente com ela nasceu também a Teologia. E a Teologia nasce exatamente do confronto entre o pensamento filosófico grego e o debate “teológico”, ainda não definitivamente teológico, quando Paulo começa a argumentar com o discurso filosófico acerca das verdades contidas no Evangelho de Jesus Cristo. De alguma forma a filosofia grega criou o cenário apropriado para o florescimento do discurso teológico, quando a verdade da Palavra de Deus, começa a ser confrontada pela investigação e pelo questionamento filosófico. (Não podemos nos esquecer que a Filosofia é anterior à Teologia e até mesmo ao Evangelho de Jesus Cristo.)  Simultaneamente nasce também a Apologética como uma das primeiras disciplinas dentro do discurso teológico. A obra filosófica de Platão é muito vasta e seria muita presunção  discuti-la ou apresentá-la aqui neste estudo, desde que nosso objetivo maior é com o evangelismo. Mas, apresentá-la sumariamente vai servir para situar o cenário histórico em que ele viveu, e o que vem após ele, uma vez que o florescimento da filosofia nunca parou de crescer. Pelo contrário, continuou com Aristóteles, onde não só a filosofia evoluiu, mas a partir de Aristóteles outras ciencias também apareceram no cenário cultural. Enquanto Platão falava sobre a alma humana, num debate animista, ( anima, quer dizer alma) como manifestação do ser real, ou do homem real, (não o corpo, mas a alma) em sua visão idealista acerca do ser humano, a visão de Aristóteles era um pouco mais complicada. Aristóteles fala do homem como um ser racional. O debate agora, em Aristóteles passa a ser racionalista. E Aristóteles inaugura com Tomás de Aquino a força da tradição filosófica Aristotélico-Tomista, que é essencialmente o respaldo de nossa tradição filosofico-clássico-cultural até os dias atuais. A Igreja Católica Romana ainda hoje se utiliza profundamente da força do pensamento teológico de Tomás de Aquino. Os teólogos e filósofos católicos sempre voltam a Tomas de Aquino (1225-1274) quando buscam sustentar seu discurso teológico, em oposição ao nosso referencial evangelistico, biblico, reformista, baseado somente na Palavra de Deus. E esta é uma característica que define profundamente as duas posições cristãs doutrinárias: de um lado o Catolicismo Romano, com sua enfase no Catecismo da Doutrina Católica, nos dogmas da Igreja, no código do Direito Canônico, no Missal da Igreja Católica, na obediência à hierarquia da igreja e ao papa, e do outro lado a Igreja Cristã Evangélica Reformada, que surgiu a partir de Martinho Lutero, com sua ênfase na Palavra de Deus, a Bíblia, e a fé em Jesus Cristo. Os danos causados por Tomás de Aquino na historia do pensamento filosófico/teológico são discutidos por Francis A. Schaeffer, embora parcialmente, em seu livro “Escape from Reason” (InterVarsity Press-Downers Grove-Illinois, 1968-USA). Este é de modo muito sumário, o cenário do panorama histórico e cultural que se desenrola a partir da filosofia grega, continuando com a Doutrina Cristã, a partir da vinda de nosso Mestre Jesus Cristo. E continua com o evangelismo Paulino em meio a um turbilhão de oposições, rejeições, violência e martírio, que no entanto JAMAIS impediram o florescimento do cristianismo como única verdade absoluta e transcendente até hoje apresentada à humanidade. Não podemos negar nunca que o secularismo ( e por detraz dele, Satanás) foi e está sendo hoje,  a grande força de oposição dialética a tentar impedir o avanço do cristianismo, desde o princípio, desde a vinda da VERDADE, o senhor JESUS CRISTO, o Filho do Deus Altíssimo.
O secularismo necessariamente não pode nos afetar. O secularismo é como uma roupagem histórica no século, na cultura, a mundanização da cultura e da história em função de seu jazer no malígno, uma superestrutura do mal, negativa, que sobrexiste em função da derrota imposta por Satanás a Adão e Eva. No tempo de Paulo o “secularismo”, que ainda não tinha um clara definição como o secularismo dos dias atuais, era manifesto acima de tudo através da oposição intelectual sustentada pelo pensamento filosófico grego, e também pela poderosa força de oposição política sustentada pelo Império Roamno, que repudiava as idéias transcendentais do “pensamento” cristão paulino, da mesma forma como hoje o evangelismo sofre o odioso repúdio perpetrado pelo intelectualismo ideológico contemporâneo. Hoje no entanto, sob a influência do Evangelho de Jesus Cristo, o secularismo, que é ainda o sinônimo da superestrutura do pecado em meio à  cultura caída em que vivemos, não tem poder para nos destruir, como não teve poder para destruir ou subjulgar a Cristo num confronto direto entre as forças de oposição e a força do Deus da Palavra. Em outras palavras, o secularismo encarna o que vemos hoje na pessoa de Satanás, a síntese existencial de todos os males, ou de todos os pecados. Quando Satanás confrontou Jesus no deserto, um Jesus enfraquecido fisica, mas também historicamente, o que venceu Satanás foi a Palavra. Isso quer dizer que NADA pode nos derrotar, NADA pode vencer àqueles que estão em Cristo, o LOGOS de Deus, a PALAVRA de Deus. É impossível conceber Jesus Cristo vencendo ao diabo, apenas por ordenar que um anjo o derrotasse por si, ou que viesse lutar em seu favor, SE Jesus é a Palavra, Ele TEM a Palavra, encarna a Palavra de Deus como o logos de Deus Pai. Portanto, o secularismo é efêmero como força cultural diante do Cristo Palavra de Deus.  Nada pode nos separar do amor de Deus que existe em Jesus Cristo por nós. Nada e absolutamente nada. Nem mesmo o secularismo satànico existente no mundo hoje. O respaldo maior do evangelismo já está estabelecido em Cristo, na força e no poder do Evangelho que nós nos propomos a pregar. De um lado nós temos o SECULARISMO, a síntese de todos os pecados encarnada historicamente em Satanás e seus anjos e do outro, como força de oposição na história, temos o EVANGELISMO, a síntese do poder da Palavra em ação, agindo na história, na cultura, através do Espírito Santo, em nós, na Igreja Cristã, como a única força existente em meio à imponência do século, na história que avança paradoxalmente.  E nada pode nos separar da força e do poder do Evangelho de Jesus na história. Nem o diabo, nem o pecado, nem a cultura secular, nem a ideologia do Marxismo Cultural, nem o neo-ateísmo, nem o Islamismo, NADA, e isto já foi declarado por Jesus na Palavra.
MAS, diante de toda a vitória que existe em Cristo Jesus, nós temos a história, nós enfrentamos o secularismo, nós temos a oposição cultural imposta pelas forças imanentistas de oposição que insistem em lutar contra o Poder do Evangelho. No mundo tereis aflições. Mas EU venci o mundo. Disse Jesus em João 16:33. " I have told you these things, so that in me you may have peace. In this world you will have trouble. But take heart! I have overcome the world."  E isso como que nos arrebata a um nível de fé e de vitória absolutamente indestrutível e imprevisivel dentro do contexto secular em que vivemos. No entanto, importa-nos conhecer a história, importa-nos conhecer o inimigo que enfrentamos no dia-a-dia secular, para que não nos surpreendamos desnecessariamente. Jesus não se surpreendeu no deserto, depois de 40 dias de fome e abandono histórico, quando o diabo o ameaçou com a dialética da destruição, da submissão, do senhorio mundano. Jesus apenas se manifestou como Palavra de Deus, e a expressou diante de seu inimigo, e a manifestou como força absolutamente poderosa e destrutiva contra a investida efêmera do diabo.   Essa é a força aparente que existe hoje no secularismo, diante da força e do poder do Evangelho. E a Igreja Cristã, hoje, muitas vezes se mostra amedrontada, mesmo com todo o poder que está retido em suas mãos. E essa força é liberada pelo Evangelho, no Evangelismo. Paulo sabia disso, e em sua viagem missionária e profética a Roma, ele nos mostra que o Evangelho é potencialmente a força espiritual na mente e no coração daquele que crê em Deus e crê em Jesus Cristo. O que o impulsionava para a batalha no campo espiritual é essa verdade absoluta que o leva adiante, destemivelmente, a enfrentar os inimigos históricos, políticos e espirituais, nos lugares celestes e nos lugares terrestres, o que em si, estabelece uma força de oposição paradoxal entre dois diferentes reinos.  A seguir veremos a influência destrutiva e dialética das ideologias que avançam impiedosamente sobre a humanidade e o que representa a Viagem Missionária de Paulo a Roma, e sua contextualizada e tipificada influência no secularismo dos dias atuais.  



Tuesday, July 14, 2015

    
                HEART BREAK

         (that's for you)

 Não te espantes em teu coração quando te disserem
Que não tens em ti a graça e a beleza que vem do alto.
Pois os seres de Deus os tem e como graciosos presentes
Se estampam na face de quem os tem como dádivas dos céus
Para os deleitar e a alegria dos que se dão as mãos como irmãos,
Na congregação dos santos onde um dia todos saberão se amar
Mais e mais, como nosso Deus que nos olha dos céus e
Nos encanta com oferta livre e graciosa de seus dons e nos ama e

Nos escuta quando oramos e nos ama quando amamos.
Não te espantes
Quando no silencio da noite nossos lábios pequeninos
Balbuciarem palavras de louvor ou som de lamento
Para pedir que nos inspire mais e mais amor,
Então nos amaremos intensamente como Deus nos amou primeiro.
Beijo regendo uma natureza amorosa.
Brumas e raios unindo nada além do amor.
Braços no abraço de dois anjos cândidos.
Bálsamo perfumado recobrindo teu corpo
Ungido de encantamento e nêsperas adocicadas.
Espero então que te banhes nas aguas inspiradas de meu pranto,
Repleto de palavras novas advindas de olhar-te,
Uma aura, duas asas, mais pareces um anjo.
Nascentes de amor certamente saem de ti e
Amanhã meus olhos serão bem mais atentos.                                                 

A DINÂMICA DO PERDÃO - 8   O alerta existe em função da riqueza de conceitos envolvendo a ideia de livre-arbítrio . É algo essencialmente op...