A DINÂMICA DO PERDÃO – 23
O perdão de Deus em nossa direção pode ser comparado a uma semente que está pronta a ser ingerida por nosso coração e ser germinada aos poucos, dentro dos limites do tempo divino, e dentro dos nossos próprios limites espirituais. Uma semente que se originou a partir do pecado de Adão e Eva ainda no Éden, quando Deus nos manifestou seu amor através da semente do perdão. Parece como algo impossível e distante de acontecer, mas foi exatamente o que nos aconteceu. Primeiro as sementes do bem e do mal nos atingiram em cheio, chegando a se tornarem como algo íntimo e essencialmente profundo em nossa alma. De tal forma que essa ingestão se tornou parte de nosso ser. Naquele instante da negação de Deus na desobediência, nós ingerimos as duas sementes, a do bem e a do mal e desde então elas tem nos acompanhado. Podemos aceitá-las individualmente dentro de nosso ser, pois uma pode excluir a outra. A fragilidade dessas sementes está em sua vulnerabilidade. É possível nos nutrirmos inteiramente da semente do bem. Sim, é possível e muitas celebridades no Antigo e no Novo Testamentos nos provam isso ao se manterem visceralmente ligados ao bem, ou aderindo intrinsecamente ao mal. O impacto desse dualismo entre bem e mal, nos acompanha hoje, e dessa forma optamos na direção dessas duas sementes. Ou vivemos o bem, que Deus nos oferece através de seu perdão, ou optamos pelo mal, e nos afastamos definitivamente de Deus, até que a semente do perdão venha nos resgatar. Aliás, precisamos entender o impacto dessa dupla realidade como semente em nosso ser. Bem e mal: alguém pode dizer que nunca foi confrontado por tal dualidade? Ninguém. O perdão de Deus abre nosso espírito, assim como ocorre com a incidência do bem e do mal dentro de nosso ser. A diferença é que Deus nos oferece apenas uma opção, a de seguir sempre a semente do bem.